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Blogue RBE

Sex | 29.07.22

Ler. Escrever. Pensar.

Desafios da Biblioteca do Agrupamento de Escolas de Gavião

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Leitura: 3 min |

Entendemos a biblioteca como um espaço aberto, motivador e colaborativo que, simultaneamente, tenha intervenção no quotidiano das turmas, mas que também as desafie a pensar de forma crítica sobre o mundo que as rodeia. A biblioteca é também uma extensão natural da sala de aula, usando-se ambos os espaços para as atividades propostas, que se desenvolvem com uma regularidade quinzenal.

A leitura torna-se central na rotina destes alunos, potenciando a imaginação, a capacidade de interpretar e inferir, ajudando a partilhar ideias e emoções, aumentando a literacia da informação, bem como a aquisição de conhecimentos e competências. 

A operacionalização desenvolve-se em diferentes momentos e formatos. Assim a professora bibliotecária vai à sala de aula com um único livro, do qual se pode explorar a capa, um excerto ou todo o texto, partindo daí para uma chuva de ideias, para sugestões de escrita ou, simplesmente, apreciar a leitura. Outra das opções leva os alunos à biblioteca e são eles que de forma individual ou coletiva selecionam os livros que desejam ler, tanto em sala de aula como em família. De um ou outro formato resulta sempre, no final, uma partilha com toda a turma das impressões relativas ao lido. Houve sempre a preocupação de se proceder a uma articulação prévia entre as docentes envolvidas, procurando que as leituras fossem complementares às temáticas curriculares. 

Mas, mais do que as propostas feitas pela professora bibliotecária ou pela docente titular de turma, foi relevante serem também os alunos a proporem leituras ou atividades em torno das mesmas. 

Lemos em diferentes suportes. Lemos texto, imagem e o mundo que nos rodeia. Lemos os outros e lemo-nos a nós. E escrevemos. Criamos, através da escrita, novos textos, novas imagens, diferentes interpretações do Mundo.

Este trabalho, desenvolvido um pouco em todas as turmas do agrupamento, sob a forma de Clube de Leitura, centrou-se particularmente na turma de 4º ano da escola sede, com uma enorme apetência para os desafios que foram sendo propostos. 

A multiplicidade de obras disponibilizadas pela biblioteca, seja para leitura orientada ou recreativa, permitem a estes alunos o contacto com uma diversidade que possibilita escolhas, criando uma identidade leitora. E sabemos que quem lê mais, lê melhor, pesquisa melhor, estrutura melhor pensamentos e conhecimentos. 

Quem lê mais também escreve mais e melhor. 

Associadas às atividades leitoras surgem, muitas vezes, desafios de escrita, a que respondem com motivação e criatividade. 

O trabalho deste ano culminou com uma dramatização do Auto da Barca do Inferno, adaptado às crianças, que apresentaram à comunidade. 

Este desafio não ficará circunscrito a este ano letivo e deverá acompanhar esta turma ao longo do ensino básico, procurando demonstrar, num caso prático, a influência da leitura no sucesso educativo. 

Clique para ver alguns dos trabalhos produzidos.

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Este trabalho está licenciado sob licença: CC BY-NC-SA 4.0

Qui | 28.07.22

Professores bibliotecários “fazedores”

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Neste final de ano letivo, a reunião interconcelhia dos professores bibliotecários de Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença, Vila Nova de Cerveira, Caminha, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca - aconteceu na biblioteca escolar do AE de Paredes de Coura que recentemente teve oportunidade de no seu contexto se recriar e adaptar os seus recursos às efetivas necessidades dos seus utilizadores.

Após dois anos em que muitas das reuniões aconteceram à distância, o 13 de julho foi dia de presenças, balanços e muitas conversas “fazedoras” tendo como ponto de partida - A biblioteca escolar como promotora de práticas de desenvolvimento da sensibilidade e da criação estética e cultural.

Estes professores bibliotecários, com o apoio e colaboração da Câmara Municipal de Paredes de Coura, tiveram a oportunidade de visitar os espaços ELEVADORA e a Caixa de Brinquedo. E, foi necessário pousar os blocos de notas para participarem ativamente na oficina no Empreende Maker, experienciando a Cultura Maker através do manuseamento e utilização de tecnologias inovadoras digitais como a Impressão 3D, a estampagem, o corte e gravação a laser e a robótica. A sacola feita no espaço Empreende Maker serviu para acondicionar a nova edição de A grande casa de Romarigães de Aquilino Ribeiro, editado pelo município.

Momentos ricos de partilhas, algumas experiências e… certamente muitas ideias para que, em setembro, as diversas comunidades escolares encontrem nas suas bibliotecas algo novo e desafiador.

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Este trabalho está licenciado sob licença: CC BY-NC-SA 4.0

Qua | 27.07.22

ODS: Juntos Mudamos o Mundo

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O Município de Vila Nova de Famalicão, através da Rede Municipal de Leitura Pública, iniciou, no ano letivo 2019/ 2020, um concurso de escrita criativa designado tODoS por um mundo melhor, dirigido aos alunos do 2º e 3º CEB do concelho de Vila Nova de Famalicão, cuja temática são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Os contos/ textos vencedores são premiados com a sua publicação em formato interativo digital.

A organização, divulgação e realização do projeto, nas escolas, está a cargo das bibliotecas escolares do concelho. Nas reuniões mensais do Grupo de Trabalho das Bibliotecas de Famalicão são definidos os ODS a trabalhar durante o ano letivo. Em seguida, os professores bibliotecários, em conjunto com a equipa da biblioteca municipal, fazem a divulgação do concurso em cada escola do concelho. Estabelecidas as regras e prazos do desafio, passa-se às fases seguintes.

Por ano letivo são abordados três ODS, partindo-se de sessões de apresentação, junto das turmas inscritas a concurso, levadas a cabo pelas bibliotecas municipais e escolares. Estes três ODS servirão de tema principal ao texto/ conto que será produzido numa oficina de escrita criativa, na biblioteca ou em sala de aula, em disciplina a designar. Cada turma inscrita no concurso apresenta três textos/ contos, um para cada ODS abordado na sessão de apresentação.

Os textos/ contos finais remetido a concurso são sujeitos a uma avaliação e seleção por parte de um júri designado e, após a seleção dos trabalhos vencedores, os mesmos são editados e transformados num conto interativo digital.

Este trabalho já permitiu a publicação de cinco contos interativos digitais e estão mais dois em preparação para serem publicados em breve.

São objetivos deste concurso: dar a conhecer à comunidade os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; promover a criação literária e criar uma coleção de contos interativos digitais dedicados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Para saber mais sobre o projeto, visite o respetivo sítio.

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Este trabalho está licenciado sob licença: CC BY-NC-SA 4.0

Ter | 26.07.22

Articulação entre as equipas da Biblioteca Escolar e do Plano de Desenvolvimento Pessoal, Social e Comunitário

Experiências de sucesso

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No seguimento do Encontro Nacional da Rede de Bibliotecas Escolares e do Plano Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, que decorreu no dia 8 de julho de 2022, a RBE partilha outras experiências de sucesso que mostram a qualidade do trabalho realizado pelas equipas da Biblioteca Escolar e do Plano de Desenvolvimento Pessoal, Social e Comunitário.

 

Agrupamento de Escolas da Abelheira

Projeto: Parcerias para o sucesso emocional e académico

Apresentação sobre as parcerias que se estabelecem entre a Biblioteca Escolar e a psicóloga, colocada neste Agrupamento no âmbito do Plano de Desenvolvimento Pessoal, Social e Comunitário. Estas parcerias estabelecem-se em diferentes valências: planificação, atividades complementares, cedência e aquisição de recursos.

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Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Alter do Chão

Projeto: Alter Read

Alter Read integra o Plano de Desenvolvimento Pessoal Social e Comunitário da EPDRAC. A designação da medida tem um duplo sentido: uma comunidade (ALTER) que é convidada a ler e a promover uma ALTERação na forma como se concebe e entende a leitura. No âmbito deste projeto foram promovidas diferentes atividades para desenvolver competências de leitura e escrita de forma criativa, lúdica e motivadora.

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Agrupamento de Escolas de Arronches

Projeto: Sentir@Ler

Articulação entre a biblioteca escolar e a educação social.

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Escola Básica da Mata, Agrupamento de Escolas de Estremoz

Projeto: Voltas ao mundo num poema

Foram realizadas 3 sessões de 90 minutos cada, onde se trabalharam competências pessoais, sociais e de leitura e escrita, através de jogos poéticos, exercícios de movimento, som e imaginação.

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Agrupamento de Escolas do Concelho de Caminha

Projeto: Livros para ver, ouvir e experimentar

Partilha de quatro atividades desenvolvidas pela Biblioteca Escolar nos anos letivos de 2020/21 e 2021/22 em articulação com dois profissionais das artes performativas a trabalhar no agrupamento no âmbito do Plano de Desenvolvimento Pessoal, Social e Comunitário:

  1. gravação de videolivro(s) com grupos de alunos do 2º ciclo;
  2. dramatização da obra A lágrima;
  3. gravação de audiolivros com turmas do 6º ano;
  4. desenvolvimento do workshop Nau Catrineta para alunos do 3º e 4º anos.

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Agrupamento de Escolas de Atouguia da Baleia

Projeto: Colaborar, incluir, recuperar e superar

Apresentação das estratégias/ iniciativas no âmbito da integração dos recursos humanos afetos ao projeto PNPSE, nomeadamente de articulação com as Bibliotecas, EMAEI e SPO, com divulgação no setor de notícias, na página do Agrupamento.

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As práticas apresentadas, neste trabalho de articulação entre as equipas da Biblioteca Escolar e do Plano de Desenvolvimento Pessoal, Social e Comunitário, servirão certamente de inspiração para outras intervenções que possam ser implementadas no próximo ano letivo.

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Este trabalho está licenciado sob licença: CC BY-NC-SA 4.0

Seg | 25.07.22

Um olhar sobre as bibliotecas escolares de Columbia, Carolina do Sul, EUA

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Leitura: 2 min |

A participação da Rede de Bibliotecas Escolares na 50.ª Conferência Anual da IASL, subordinada ao tema “School Librarianship and the Evolving Global Information Landscape”, foi também a ocasião para conhecer as bibliotecas escolares desta região dos Estados Unidos da América.

Numa visita organizada pela IASL e pelos responsáveis do Richland County School District One, foi possível conhecer bibliotecas dos vários níveis de ensino – 1.º, 2.º, 3º ciclos e secundário.

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Estas bibliotecas assumem-se já como híbridas e como espaços de trabalho em torno do livro e das literacias. Em constante mutação, adequando-se aos alunos, aos projetos em curso e às necessidades da comunidade educativa, facilmente se reconfiguram e se transformam em centros de aprendizagem em que a figura central é o livro.

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A preocupação em atualizar a coleção é notória. De realçar a existência de uma política orçamental estadual para a biblioteca, que estabelece o valor de cerca de 25 dólares por aluno e por ano.

Os recursos tecnológicos – laboratórios digitais, centros de produção vídeo – surgem em salas contíguas que integram o espaço da biblioteca e são utilizados de forma livre pelos alunos.

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Não há computadores nem tablets, exceto para acesso ao catálogo ou para registo na biblioteca, pois os alunos, quando têm atividades, utilizam os seus computadores. A opção do distrito foi a de adquirem Chromebooks. Rápidos e baratos, são uma boa opção para os alunos.

O trabalho com a biblioteca escolar é previsto no horário dos alunos e o tema/conteúdo/projeto a trabalhar é definido em articulação com os docentes. O trabalho dos professores bibliotecários é reconhecido como fundamental para o sucesso dos alunos e a distinção com o prémio “Professor bibliotecário do ano” é um motivo de orgulho para toda a comunidade.

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Os professores bibliotecários contam com o apoio de um “Library Media Consultant”, uma espécie de coordenador interconcelhio, responsável pela implementação das políticas estratégicas distritais para as bibliotecas.

A relação entre a Rede de Bibliotecas Escolares e a IASL saiu reforçada desta 50.ª Conferência e, em setembro, serão criadas mais oportunidades de partilha e de trabalho nas áreas de investigação das bibliotecas escolares

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Este trabalho está licenciado sob licença: CC BY-NC-SA 4.0

Sex | 22.07.22

Dar voz às bibliotecas: 100 anos, José Saramago

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Leitura: 2 min |

Todos os anos as bibliotecas do Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus, Vila Real, elegem um tema comum para aprendizagem e articulação com a comunidade: alunos, pais e encarregados de educação, funcionários, professores e parceiros, designadamente, Espaço Miguel Torga e Museu da Vila Velha de Vila Real.

No ano letivo 2021/ 2022 o tema proposto foi 100 anos, José Saramago.

Segundo as professoras bibliotecárias deste agrupamento de escolas, Anabela Quelhas e Sofia Doutel, esta é uma “oportunidade de conhecer uma das figuras ímpares da literatura portuguesa e o desafio consta em transformar este tema no fio condutor de várias ações transversais a várias faixas etárias, explorando a competência leitora, diversas literacias e sinergias” com ligação às artes.

As bibliotecas disponibilizam um repositório [1] em construção e aberto a todos, que reúne publicações que motivam para o tema, bem como trabalhos que resultam de atividades centradas na vivência, ideias e sensibilidade das crianças e jovens. Por exemplo: 100 palavras de opinião em articulação com Português; Contar por imagens inspirado em Viagem a Portugal de José Saramago; Kit com recursos interdisciplinares em diversos formatos e reconto e filme a partir de Memorial do Convento, dirigido a alunos de 4.º, 5.º e 6.º anos.

Este repositório foi estruturado com a ferramenta digital blogspot e todas as suas etiquetas (coluna lateral) formam um índice que facilita o acesso às publicações.

As bibliotecas do Agrupamento de Escolas dispõem de outros repositórios temáticos elaborados em anos letivos anteriores, por exemplo: 2020/ 2021, Ano Europeu dos Transportes Rodoviários; 2019/ 2020, Torga, século XXI ou, 2018/ 2019, À volta do mundo, em homenagem ao V Centenário da viagem de circum-navegação (1519-1522) de Fernão de Magalhães.

Segundo as professoras bibliotecárias, “Todas as ações são concebidas num registo de grande liberdade, seguindo uma planificação inicial concebida pela Biblioteca Escolar, que depois é adaptada às características dos alunos, ao seu nível etário, possibilitando a intervenção dos encarregados de educação. Envolvem-se várias áreas do conhecimento, integram-se as 3 literacias [Leitura, Media e Informação] consoante as necessidades, experimentam-se ferramentas digitais que nos auxiliam e melhoram as nossas práticas, assumindo por vezes alguma exuberância partilhada com a comunidade, como é o caso das duas grandes exposições dos trabalhos artísticos”.

 

Referência

1. Biblioteca Escolar. (2021/ 2022). 100 anos, José Saramago [repositório]. Vila Real: Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus. https://100anosjosesaramago.blogspot.com/

 

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Qui | 21.07.22

À Roda dos Livros

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Leitura: 3 min |

À Roda dos Livros é um projeto continuado de leitura, integrado no projeto aLer+, que fez a sua estreia em 2012, na biblioteca da Escola Básica Manuel do Nascimento, em Monchique. 

Sabemos que a concretização da formação de leitores, embora não seja uma tarefa simples, exige da escola e das bibliotecas ações que estimulem o pensamento, a criticidade, a criação, apresentando bons e diversos materiais de leitura, com os quais seja possível despertar e estimular o gosto pela leitura e pela escrita, desde os primeiros anos escolares.

Apesar de tão essencial, e de fazer parte da educação básica nas nossas escolas, a aprendizagem da leitura e da escrita não ocorre espontaneamente. Passa por um longo processo de aprendizagem, conducente a vários níveis de competência, sendo esta suscetível de ser aumentada e aperfeiçoada ao longo de toda a vida. 

É precisamente este o compromisso essencial do projeto. E já lá vão 9 anos, com o tempo necessário que leva a esculpir o olhar, o refletir, o ler, o saborear, as palavras, as frases ou imagens, e a transportar os alunos  de uma roda de livros à espiral das interpretações.

Não são raros os testemunhos, de professores, encarregados de educação, alunos e outros agentes educativos da região, a reconhecerem as virtualidades deste projeto. Leia-se, por exemplo, este testemunho de uma professora de português 

 

E a mim faltam-me as páginas. O espaço. Para contar. Para vos Contar. 

Digo-vos: no que ao ensino da língua portuguesa, e à formação cívica, diz respeito, deve haver poucas atividades tão completas e enriquecedoras como «À Roda dos Livros». É simples, trata-se disto: ler um livro e apresentá-lo à turma, introduzindo no discurso uma «palavra-mistério». Desejavelmente, muito desejavelmente, de forma continuada, uma apresentação por período. A imagem é esta: um bater de asas (pensemos numa borboleta) a multiplicar-se em todas as direções. Saber ouvir; saber expressar-se; saber sintetizar; saber argumentar; saber criticar; saber avaliar; saber avaliar-se; ser responsável; ser criativo; refletir; rir, chorar, poder errar. Crescer.

(…) Livros, o teu peso, o teu cheiro, sim, deixem-me ser romântica só esta vez, livros, o teu peso, o teu cheiro, o teu corpo, nós à tua volta. Menos um círculo fechado. Mais um degrau numa porta aberta. Uma Roda em jeito de Espiral.” [1]

 

Em síntese, o alcance dos resultados do projeto é extenso: Incremento do gosto e dos hábitos de leitura/escrita; Mudança na atitude e na resposta dos alunos às atividades de leitura/escrita; Valorização e integração da leitura na vida pessoal e escolar dos alunos; Aumento da utilização da biblioteca escolar, por parte de professores e alunos, para atividades de leitura e escrita (espaço físico e digital); etc. 

Contudo, a melhor forma de conhecer o projeto é mesmo explorá-lo. Deixamos, então, aqui algumas sugestões: vídeo | Publicações no blogue | Documentos de suporte às ações/ atividades

 

Referências

[1] Testemunho de professora de português do 8º ano,“À Roda dos livros: Estória de uma espiral sem fim à vista”, in Bibliotecando, 2018. https://biblioteclando2.blogspot.com/2018/06/a-roda-dos-livros-estoria-de-uma.html

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Este trabalho está licenciado sob licença: CC BY-NC-SA 4.0

Qua | 20.07.22

‘Caracóis com Cores’e ‘Klara a menina de olhos-céu’

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Leitura: 2 min |

No âmbito das comemorações do Dia da Criança, o Centro Educativo Alice Nabeiro (CEAN) recebeu no passado dia 1 de junho a Mariana Jones que nos veio apresentar os seus dois livros: 'Caracóis com cores' e 'Klara a menina olhos -céu'.

‘Caracóis com cores’ foi escrito durante a pandemia, fala das emoções sentidas e retratadas com episódios da vida quotidiana de mãe e filhas. Uma história onde muitas das crianças que ouviram a história na Oficina da Biblioteca se sentiram espelhadas com estas emoções e deram asas a grandes momentos de partilha. Falar de emoções e explicar o que sentimos é importante e com esta história cada criança teve oportunidade de se exprimir e partilhar as suas próprias emoções.

‘Klara a menina olhos-céu’, cuja história pode ser seguida no Instagram, é uma história escrita em quatro línguas, português, inglês, francês e ucraniano. Num momento em que assistimos a tantas e tantas crianças ucranianas e as suas famílias a abandonar o seu país, esta história surge da vontade da autora de "dar colo e um miminho" a todas elas. É um livro solidário, que pretende acolher e passar uma mensagem de esperança. Este será um livro para oferecer a todas as ucranianas que estamos a acolher no nosso país e desta forma tão simples acarinhá-las.

A ilustração destes dois livros infantis ficou a cargo de Inês Portugal.

Foi uma tarde muito especial, vivida no CEAN. A abertura ficou entregue ao Grupo de Bombos do CEAN, seguida de uma pequena apresentação dos livros feita pelo Grupo de Teatro do CEAN. A fechar a apresentação estiveram várias crianças do CEAN que cantaram e encantaram todos os presentes no auditório com a música "Já passou".

A finalizar o dia a autora e ilustradora foram acolhidas na Biblioteca do CEAN onde receberam uma pequena lembrança feita pelas crianças com base nas duas histórias.

As bibliotecas escolares do Alto Alentejo vão receber a oferta destas obras.

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Ter | 19.07.22

Semana Cultural de Fronteira

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Leitura: 6 min |

A Rede de Bibliotecas de Fronteira proporcionou a todos os que nos visitaram, entre os dias 29 de maio e 3 de junho, uma semana dedicada a atividades culturais pensadas para alunos e população em geral.

Foi uma semana de interação colaborativa entre a Biblioteca Escolar e a Biblioteca Municipal, com a colaboração do Agrupamento de Escolas e do Município de Fronteira.

Uma semana repleta de atividades para todos os gostos em que houve lugar para o teatro, música, dança, desporto, sessões de autor, feira do livro, sessão de contos, dramatizações…

Uma semana recheada de oportunidades culturais. Visite a página da Rede de Bibliotecas de Fronteira.

 

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Este trabalho está licenciado sob licença: CC BY-NC-SA 4.0

Seg | 18.07.22

Pequenos Cientistas

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Leitura: 3 min |

O projeto “Pequenos Cientistas”, dinamizado pelas bibliotecas escolares do AE Gil Eanes de Lagos, teve o seu início em 2010 e destina-se a alunos do pré-escolar. A ideia do projeto surgiu da resposta a uma necessidade concreta: uma aluna do pré-escolar com baixa visão nunca tinha visto um arco-íris e a sua educadora pediu ajuda ao departamento de ciências. Na sequência desse pedido, um professor de ciências físico-químicas e a professora bibliotecária ofereceram ajuda e realizam a experiência de projetar um arco-íris na parede da sala de aula.

Com o sucesso desta iniciativa, os professores decidiram alargar a experiência e integrá-la num conjunto mais alargado de atividades, dinamizadas pela biblioteca, com o objetivo de despertar o interesse pela ciência e desenvolver a curiosidade e o gosto por aprender, com recurso à experimentação.

Com o decorrer do tempo o projeto foi ganhando escala e um maior envolvimento por parte da comunidade educativa. Hoje, em 2021/2022, o projeto dinamiza a leitura como domínio transversal ao currículo e fomenta o desenvolvimento de competências de literacia científica nos alunos do pré-escolar.

O processo de organização das atividades pressupõe o seguinte: as sessões são agendadas e planificadas de acordo com as solicitações apresentadas pelas educadoras e a grande maioria das sessões realizadas advém da curiosidade das crianças em querer saber mais sobre determinados assuntos.

As metodologias utilizadas variam em função do tema a abordar e do perfil do grupo de crianças e incluem: leitura de pequenas histórias, interpretação de sequências de imagens, visionamento e exploração de vídeos de conteúdo científico, adaptado ao nível cognitivo das crianças, execução de atividades experimentais e posterior elaboração de registos, entre outros.

O projeto é dinamizado pela professora bibliotecária e professora de Física e Química. com o objetivo de ajudar as crianças a compreenderem o mundo à sua volta. Quando estas fazem experiências e investigam para responderem a questões como “O que acontece se …?” ou “Quais as diferenças e as semelhanças entre …?”, estão envolvidas na aprendizagem de ciência. O ponto de partida para qualquer atividade é, por isso, o encontro entre a criança e um determinado fenómeno que ela vai tentar compreender ou com o qual vai interatuar.

Durante o ensino a distância, foram construídos e facultados às educadoras protocolos de atividades, bem como documentos de registo, adequados ao desenvolvimento da atividade em contexto familiar (Disciplina na Classroom criada pela biblioteca escolar).

Com este trabalho com as crianças foi possível atingir objetivos mais vastos e chegar à família. Verificámos que incentivados pelas crianças, os restantes elementos da família vão a exposições, museus, centros de ciência... Tal permite uma formação informal entre gerações, uma valorização do papel da criança, um aumento da sua autoestima e contribui para um aumento da qualidade do tempo passado em família.

Nota: Pontualmente, acontecem atividades com turmas de 1º ciclo, partindo do mesmo pressuposto que no pré-escolar.

A divulgação do projeto e a disseminação das atividades desenvolvidas acontece na página web das bibliotecas.

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Este trabalho está licenciado sob licença: CC BY-NC-SA 4.0

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