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Blogue RBE

Sex | 29.04.22

As bibliotecas têm uma arquitetura própria…

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Quando se pensa em arquitetura (espaços, ambientes…) e bibliotecas imaginamos desde logo que nos encontramos na esfera do edifício, do mobiliário, dos equipamentos… No entanto, não é por acaso que o quadro estratégico da RBE, no seu eixo Sítios, reúne sistematicamente o físico e o digital, como duas faces da mesma moeda que se complementam e não existem de forma independente.

Neste texto, a reflexão será sobre arquitetura de informação, um conceito fundamental quando se pretende ponderar “o desenvolvimento de espaços […] digitais inclusivos, seguros, acolhedores, multifuncionais e flexíveis e que viabilizem as múltiplas vertentes da ação da biblioteca” (RBE, 2021, p. 45)

Quando se concebe o espaço de uma biblioteca é necessário considerar todos os recursos que se vão disponibilizar, todas as diferentes ações que os utilizadores aí vão desenvolver, as suas necessidades ou dificuldades específicas, os fluxos de circulação… e ainda projetá-las para serem esteticamente agradáveis.

Do mesmo modo, os arquitetos da informação determinam as necessidades de informação dos utilizadores e definem os caminhos que levam até ela, criando simultaneamente interfaces agradáveis para apresentar os conteúdos. Pode dizer-se, em termos gerais, que a arquitetura de informação corresponde à organização das informações dentro de um espaço visual:

“Consiste em tornar claro, aquilo que é complexo." (R.S Wurman)

A arquitetura da informação trata, pois, da organização da informação com o objetivo de a tornar clara e de criar as estruturas de organização de um sítio de internet para que o utilizador consiga compreendê-lo com facilidade. Trata-se de projetar a estrutura, o esqueleto sobre o qual tudo o resto se vai apoiar, seguindo uma regra de ouro: que a informação esteja acessível e facilmente recuperável.

“Arquitetura de informação é a arte e a ciência de estruturar e organizar ambientes de informação para ajudar as pessoas a satisfazerem suas necessidades de informação de forma efetiva.” (Toub)

Porque é que a arquitetura de informação é importante quando se projeta um sítio de internet? 

Ignorar a importância de apostar numa arquitetura de informação bem estruturada, resulta frequentemente em sítios confusos, que geram grandes dificuldades de compreensão e desmobilizam os utilizadores – em termos de biblioteca, pode dizer-se que corresponde a colocar simplesmente os livros nas estantes sem qualquer sistema biblioteconómico a suportar essa arrumação, algo impensável para os profissionais da ciência da informação.

Voltemos ao conceito de arquitetura. O principal objetivo é fazer com que um edifício utilize o espaço disponível da melhor forma, criando ambientes bem distribuídos, aliando preocupações estéticas e práticas.

Na construção de um sítio web, os conceitos são os mesmos: há um espaço disponível e é necessário distribuir as informações de forma lógica, hierarquizada e ligada para uma boa perceção dessa estrutura e, consequentemente, para uma boa experiência de utilização.

Se não se tiver em conta a experiência do utilizador, o resultado pode ser uma página negativa, com informações mal localizadas e uma taxa de acesso muito abaixo do desejado.

O que é necessário considerar, quando se pensa a arquitetura da informação de um sítio?

Um sítio de internet pode ser esteticamente muito agradável, mas se for confuso, lento, de difícil navegação e não tiver em conta os utilizadores visados, vai afastá-los, pois ninguém terá vontade de perder tempo na sua navegação.

Pelo contrário, uma página com conteúdo claro, organizado e que permita ao utilizador compreender rapidamente as funcionalidades e caminhos sem consultar documentações auxiliares, navegando por um percurso fluido, leva à recuperação da informação de forma intuitiva e a uma melhor experiência de navegação.

Quanto melhor for experiência de navegação, mais tempo o utilizador permanece na página, conhecendo e utilizando os produtos ou serviços e maior é a probabilidade de se tornar um utilizador frequente.

De acordo com Steve Krug em Não me faça pensar, para uma boa disponibilização dos conteúdos, é necessário ter em conta os seguintes pressupostos:

  • Qualquer pessoa com experiência mediana, na utilização da Internet deve ser capaz de utilizar um sítio sem achar o processo frustrante e complicado.
  • Um sítio deve ser óbvio e autoexplicativo: ao aceder, o utilizador deve entender, de imediato, para que serve.
  • Os utilizadores querem saber imediatamente o que é para fazer e como, ou saem e procuram outro lugar.
  • Se a as ações a desenvolver implicarem a desperdício de tempo, o utilizador vai-se embora.
  • O utilizador deve conseguir sempre voltar onde estava sem se perder, ou recomeçar tudo a partir da página principal.
  • Se o sítio funcionar bem para o utilizador, ele não vai procurar outros.
  • Há utilizadores que procuram uma caixa de pesquisa assim que abrem um sítio.

Quais os passos a seguir para construir a arquitetura de um sítio?

Para conseguir um bom resultado, ou seja, uma arquitetura em que a informação é recuperada com eficiência, é importante considerar as seguintes etapas:

1. Inventariar o conteúdo
Reunir todo o conteúdo (ou áreas de conteúdo) e serviços que se pretende disponibilizar para estudar a melhor forma de o fazer.

2. Listar e hierarquizar as secções
Definir as secções e páginas de forma clara, agregando os assuntos por categorias. Esta é uma tarefa de base importantíssima pois corresponde à estrutura da informação e é determinante para que o acesso a ela seja eficaz.

3. Nomear as secções e subsecções
Cada título selecionado tem de ser claro e intuitivo para que o utilizador compreenda facilmente quais os conteúdos que agrega.

4. Criar o mapa do sítio
O mapa do sítio é a representação visual de todas as páginas já estruturadas. Permite uma visão geral de todo o conteúdo e as suas localizações dentro da lógica aplicada na arquitetura da informação utilizada naquele sítio.

5. Idealizar as linhas gerais do design
A arquitetura da informação é quase indissociável do design. É preciso analisar o conteúdo e toda a sua distribuição. E, depois, pensar nas soluções visuais e textuais a utilizar para “dar vida” a esse conteúdo.

6. Rever, rever, rever
Se já tem um sítio e pretende melhorar a sua arquitetura, sugere-se que faça um mapa do sítio tal como está, o que lhe permitirá compreender o que está a funcionar bem e o que não está.

Em seguida, faça o mapa de acordo com a estrutura que está a pensar seguir para reorganizar a informação, perguntando sistematicamente: “Onde é que os meus utilizadores esperam encontrar este conteúdo?”

Dê algum tempo à sua arquitetura de informação – talvez um ou dois dias, e depois volte a ela. Muitas vezes, será possível encontrar coisas que ficaram esquecidas numa primeira fase ou observar as questões de acordo com uma nova perspetiva.

Partilhe o seu mapa com alguns potenciais utilizadores (professores, alunos) que não estejam familiarizados com o projeto e possam trazer novos pontos de vista. A organização faz sentido para eles? Eles sabem onde encontrar informações?

Este é um processo que deve ser periodicamente implementado. Uma arquitetura de informação nunca está perfeitamente concluída.

UX e arquitetura da informação

Uma das prioridades da arquitetura da informação é a construção de boas experiências de navegação. Ela insere-se numa área mais ampla, que é UX (sigla de língua inglesa para experiência do utilizador).

A UX engloba vários de conceitos: design, arquitetura da informação, estratégias de conteúdo, entre outros, sendo determinante que tudo parta de um bom conhecimento dos utilizadores para compreender melhor seus desejos e suas necessidades.

Em qualquer projeto, a arquitetura de informação tem de conversar com a UX. Mais do que apenas organizar, a arquitetura da informação tem um papel estratégico.

Sites bem construídos...
Sem erros de direcionamento…
Com conteúdos relevantes para o público-alvo…
Com uma estrutura lógica de navegação…

…são mais atrativos e têm um maior potencial de interação e retenção.

A reter:

O foco está sempre no utilizador e na sua satisfação ao navegar. Este é um fator crítico para “o desenvolvimento de espaços […] digitais inclusivos, seguros, acolhedores, multifuncionais e flexíveis e que viabilizem as múltiplas vertentes da ação da biblioteca” (RBE, 2021, p. 45)

 

Referências

  1. Araújo, D. (2021) Recapitulando a Arquitetura da Informação. https://brasil.uxdesign.cc/recapitulando-a-arquitetura-da-informacao-37d2125f4848
  2. Digital House (2021) Arquitetura da informação: entenda o que é, sua relação com UX e suas principais metodologias. https://www.digitalhouse.com/br/blog/arquitetura-da-informacao/
  3. Guimarães, F. M. (2017). 10 Lições Incríveis de Usabilidade de “Não Me Faça Pensar”. https://medium.com/aela/10-li%C3%A7%C3%B5es-incr%C3%ADveis-de-usabilidade-de-n%C3%A3o-me-fa%C3%A7a-pensar-4a8bcaf1ccac
  4. McInerney, H. How to Build Information Architecture (IA) that’s a “No Brainer”. https://www.vontweb.com/blog/how-to-build-information-architecture/
  5. Portugal. Rede de Bibliotecas Escolares (2021). Bibliotecas Escolares: presentes para o futuro. Programa Rede de Bibliotecas Escolares: Quadro estratégico: 2021-2027. https://rbe.mec.pt/np4/file/890/qe__21.27.pdf
  6. Santana, F. (2017) Arquitetura de Informação e o seu propósito. https://coletivoux.com/arquitetura-de-informa%C3%A7%C3%A3o-e-o-seu-prop%C3%B3sito-29cd278ebdfe

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Qui | 28.04.22

UNESCO: O currículo deve trabalhar o ser humano completo

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O que devemos continuar a fazer? O que devemos abandonar? Que necessidades podem ser criativamente inventadas de novo? são questões orientadoras do relatório global da UNESCO, Reimaginar os nossos futuros juntos: um novo contrato social para a educação [1].

No seu resumo, a IFLA levanta uma quarta questão: Qual é o papel das bibliotecas, bibliotecários e profissionais da informação a imaginar e cocriar este novo contrato social [2]?

Estas questões orientam a abordagem de todos os tópicos do relatório, inclusive do currículo, sobre o qual incidiremos esta reflexão [3], que reúne três artigos: um já publicado e outro que será publicado proximamente neste blogue da Rede de Bibliotecas Escolares.

 

3. Currículos que trabalham emoções

Os sentimentos estão na base da “criatividade humana, moralidade, julgamento e ação para enfrentar os futuros desafios”, bem como do discurso de ódio e prática de violência e conflitos. Por sua vez, “As neurociências mostram que conhecimento e sentimento fazem parte dos mesmos processos cognitivos e se desenvolvem, não em isolamento individual, mas através de relações diretas e alargadas com os outros”. Por conseguinte, escolas e bibliotecas são primeiramente lugares de diálogo e troca de aprendizagens entre pessoas, de criação e aprofundamento de relações sociais que têm por base o conhecimento (comunidades de aprendizagem).

“Os currículos precisam de tratar os estudantes como seres humanos completos”, dotados de pensamento e emoções (medo, paixão, confiança, insegurança) e de valorizar e integrar nas matérias a aprendizagem socio-emocional que, na sua melhor abordagem, tem uma componente cognitiva, de investigação crítica e ética, refletindo sobre as implicações dos comportamentos para a formação da identidade pessoal e coesão social – “Aprender a gerar empatia, cooperar, lidar com os preconceitos e gerir conflitos são valiosos em todas as sociedades, particularmente aquelas que lidam com divisões de longa data.”

A aprendizagem socio-emocional requer contextualização, partilha de experiências positivas intergeracionais e entre pares, envolvimento da comunidade e que o educador seja apoiado na sua intervenção.

Respondendo a todas as necessidades e capacidades do ser humano, o currículo deve também incentivar uma “educação física de qualidade que promova aptidões fundamentais de movimento” que “podem aumentar a autoconfiança, coordenação e controlo, trabalho de equipa […] e comunicação verbal e não verbal.”

Uma educação que não seja focada unicamente na cabeça e no cognitivo e que promova uma abordagem holística, deve ainda ter em conta a sexualidade humana, discutindo questões de respeito, consentimento e igualdade de oportunidades, bem como saúde materna e infantil e bem-estar.

 

4. Currículos plurilingues e que trabalham múltiplas literacias

Devem fazer parte do currículo “de forma muito mais decisiva” literacias que “reforcem capacidades de compreensão e expressão em todas as suas formas – oralmente, textualmente e através de uma diversidade crescente de meios de comunicação, incluindo narração de histórias e artes”.

Também é importante trabalhar “textos complexos em todas as disciplinas”, bem como “leitura aprofundada, ampla e crítica, para comunicar clara e eficazmente através da fala e escrita, para escutar com cuidado, desenvolver relações empáticas e compreender”. A UNESCO acalenta o ideal d’“A educação literária poder ir além das salas de aula e escolas, tornando-se um compromisso de toda a sociedade.”

Outra tendência dos currículos é “a mudança do monolinguismo nacional para o plurilinguismo, através do ensino de línguas estrangeiras, indígenas e gestuais, entre outras. Esta é uma mudança que precisa de ser sustentada e expandida”, pois as línguas trazem perspetivas únicas sobre o mundo, reforçam a identidade e permitem a comunicação. “A educação plurilingue cria mais oportunidades de participação em conversas globais, no trabalho e na cultura. Num mundo cada vez mais interdependente, há um valor óbvio para a aprendizagem em diferentes línguas” e para sermos tradutores ativos ao longo da vida.

Paralelamente, é importante que os estudantes tenham “opções educacionais da mais alta qualidade nas suas línguas de origem e ancestrais”, para que possam conhecer e envolver-se socialmente e com o seu património. Os sistemas educativos em todo o mundo devem “apoiar as identidades culturais dos aprendentes” e “respeitar e sustentar a diversidade”.

As línguas minoritárias exigem apoio de todos os falantes e comunidade internacional. Neste contexto, celebra-se 2022-2032 - Década Internacional das Línguas Indígenas.

 

Referências

1. United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization [Comissão Internacional sobre os Futuros da Educação]. (2021, 10 nov.). Reimagining our futures together: a new social contract for education. France: UNESCO. https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000379381

2. International Federation of Library Associations and Institutions. (2022, 24 Jan.). International Day of Education – Libraries Contributing to a New Social Contract for Education [Resumo da IFLA do Relatório Futuros da Educação]. Netherlands: IFLA. https://www.ifla.org/news/international-day-of-education-libraries-contributing-to-a-new-social-contract-for-education/

3. UNESCO, 2021: Part II, Chapter 4, pp. 63-78.

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Qua | 27.04.22

5º Encontro Con.Raízes

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A rede Interconcelhia de Bibliotecas Escolares dos concelhos de Alter do Chão, Castelo de Vide, Crato, Gavião, Marvão, Nisa e Ponte de Sor, organiza mais um Encontro Con.Raízes, que irá decorrer nos dias 18 e 19 de maio no Gavião.

Este Encontro regressa ao regime presencial depois de dois anos a ocorrer em formato digital, com a temática Figuras Con.Raízes.

Levar as crianças e jovens destes concelhos a descobrir as suas raízes, os lugares onde vivem, a importância do local na construção da sua identidade coletiva e individual são objetivos primordiais desta iniciativa.

O primeiro dia destina-se a docentes, bibliotecários e outros edificadores da palavra com o Workshop “O livro é um lugar”, dinamizado por Bru Junça.

No dia 19 de maio terão lugar as apresentações dos alunos sobre as figuras de relevo dos respetivos concelhos.

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Ter | 26.04.22

Nova biblioteca na EPDR de Ponte de Lima

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No dia 20 de abril de 2022, pelas 15h, a Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima inaugurou um novo espaço - Biblioteca escolar - que, neste ano letivo, passou a proporcionar aos seus utilizadores os recursos e as aprendizagens necessárias à leitura e ao acesso e produção da informação e conhecimento.

Foi uma cerimónia simpática, em que alunos e professores da escola estiveram presentes, ficando evidente que é um "espaço" apropriado por todos.

O Diretor da escola, Joaquim Amâncio Vieira Cerqueira, reforçou a importância das sinergias encontradas com a Rede de Bibliotecas Escolares para que esta biblioteca fosse uma realidade.

A Coordenadora Interconcelhia para as Bibliotecas Escolares Raquel Ramos, que acompanhou a implementação desta biblioteca, explicou a mais-valia que tinha sido ter os alunos no desenho do espaço com os seus contributos. Realçou ainda a qualidade das escolhas feitas no momento da intervenção no espaço e das aquisições e investimentos realizados.

A comunidade escolar passou a ter acesso ao livro e à leitura em múltiplos suportes, permitindo novos percursos e viagens com o foco nas literacias da leitura, da informação e dos media

 

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Sab | 23.04.22

Livro: objeto essencial à condição humana

Em tempos difíceis, a celebração do Dia Mundial do Livro impõe-se. Partilha-se a reflexão da Coordenadora Nacional da Rede de Bibliotecas Escolares a propósito deste dia:

Celebração da UNESCO: Porque ler é mais importante agora do que nunca

No Dia Mundial do Livro e do Direito Autoral, a UNESCO recorda que, principalmente em tempos incertos, devemos valorizar e defender os livros como símbolos de esperança e diálogo.

Sabendo-se que os livros há muito incorporam a capacidade humana de evocar mundos, reais e imaginários, dando voz à diversidade da experiência humana, eles ajudam-nos a partilhar ideias, obter informações e inspirar admiração por diferentes culturas, permitindo formas de diálogo de longo alcance entre as pessoas no espaço e no tempo.

No Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, convido todos os parceiros da UNESCO a partilharem a mensagem de que os livros são uma força para enfrentar os desafios contemporâneos, para compreender as realidades políticas e económicas, e para combater as desigualdades e a desinformação. Contar histórias é uma ferramenta incrivelmente eficaz quando se trata de educar as gerações mais jovens.

De facto, os livros são veículos vitais para aceder, transmitir e promover a educação, a ciência, a cultura e a informação em todo o mundo.

Audrey Azoulay, Director-General of UNESCO

O que é

O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor é uma celebração que, a partir da UNESCO, congrega os três grandes setores da indústria do livro - editoras, livreiros e bibliotecas, com o objetivo de promover o prazer dos livros e da leitura. Todos os anos, no dia 23 de abril, leva-se a cabo em todo o mundo todo um conjunto de iniciativas para reconhecer o alcance dos livros - um elo entre o passado e o futuro, uma ponte entre gerações e entre culturas. 

23 de abril é uma data simbólica na literatura mundial. É a data em que vários autores proeminentes, William Shakespeare, Miguel de Cervantes e Inca Garcilaso de la Vega, todos morreram. Esta data foi uma escolha natural para a Conferência Geral da UNESCO, realizada em Paris em 1995, para homenagear mundialmente os livros e autores nesta data, incentivando a todos ao acesso aos livros.

Ao defender livros e direitos de autor, a UNESCO defende a criatividade, a diversidade e a igualdade de acesso ao conhecimento.

Em Portugal

O cartaz português relativo à celebração do Dia Mundial do Livro é proposto anualmente pela Direção Geral do Livro dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) que convida um artista para a sua conceção. Este ano, a elaboração do cartaz ficou a cargo de Susa Monteiro − Menção Especial do Prémio Nacional de Ilustração em 2019 com o livro Sonho, editado pela Pato Lógico.

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No sítio da DGLAB encontra-se a ideia que deu origem à imagem:

Uma lenda grega conta que as ninfas cultivavam laranjas nos Jardins das Hespérides, e aqueles que provassem os seus gomos de ouro tornavam-se imortais.

Também o livro tem o poder da laranja, tornando imortais quem guarda as palavras e as retém como suas. E, em cada livro lido, há uma vida renovada por mais um leitor, que, serena ou avidamente, abre as suas folhas e bebe as palavras que todos nós conhecemos mas não sabemos transmitir de forma imortal.

 

 

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Sex | 22.04.22

Rede de Bibliotecas Escolares assina parceria com o Festival Literário Internacional do Interior

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O Festival Literário Internacional do Interior: Palavras de fogo (FLII) é uma iniciativa promovida pela cooperativa Arte-Via, com sede na Lousã e que tem como princípio homenagear as vítimas dos fogos florestais de 2017.

Este Festival, conta com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República e em 2022 terá a sua quinta edição celebrando os autores Agustina Bessa Luís, Matilde Rosa Araújo, José Saramago e Adriano Correia de Oliveira.

A Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) apoia este Festival desde a sua origem, divulgando-o e incentivando as bibliotecas escolares a participar, no quadro das dinâmicas que se implementam a nível local. Consciente da mais-valia cultural que uma iniciativa como o FLII constitui, com o acesso a escritores, músicos, investigadores, jornalistas... de diversas nacionalidades, sobretudo em concelhos onde este tipo de oferta cultural não é corrente e contínua, a RBE firmou a parceria com a organização do FLII.

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Esta formalização decorreu no passado dia 4 de abril, na Escola Básica nº 1 da Lousã, com a assinatura de uma Carta de Compromisso entre a Dr.ª Manuela Silva, coordenadora nacional da Rede de Bibliotecas Escolares e a Ana Filomena Amaral, diretora executiva da Arte-Via, cooperativa.

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Qui | 21.04.22

UNESCO: Conhecimento como herança da humanidade

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O relatório global sobre educação da UNESCO, Reimaginar os nossos futuros juntos: um novo contrato social para a educação, considera que é necessário um novo paradigma da educação que permita transformar o mundo, tornando-o mais inclusivo, pacífico e sustentável.

Coloca três questões que exigem reflexão e ação por parte dos profissionais da educação e professores bibliotecários:

A. O que devemos continuar a fazer?

B. O que devemos abandonar?

C. Que necessidades podem ser criativamente inventadas de novo?

 

O resumo deste relatório, elaborado pela IFLA [1], propõe uma quarta questão:

D. Qual é o papel das bibliotecas, bibliotecários e profissionais da informação a imaginar e cocriar este novo contrato social?

Estas questões orientam a abordagem de todos os tópicos do relatório, inclusive do currículo, sobre o qual incidiremos esta reflexão [2] que continua em próximos artigos do blogue da Rede de Bibliotecas Escolares.

O currículo exige uma abordagem crítica, sobre “O que deve ser aprendido” e “O que deve ser desaprendido”, de modo a construir uma base comum de conhecimento que permita reimaginar (construir uma visão futura partilhada) rotinas e práticas para a transição sustentável.

Até 2050, horizonte temporal para pôr em prática as principais ideias do relatório, literacias, numeracia, artes, tecnologias digitais e cidadania, focadas nas alterações climáticas, ciência e direitos humanos, são as principais áreas de trabalho da educação para todos ao longo da vida.

A reconceptualização do currículo leva a considerar simultaneamente o conteúdo (o que) e a forma (competências) como o conhecimento é gerado, documentado, reexaminado e posto em prática.

Neste artigo consideraremos o currículo no seu propósito de justiça, inclusive ambiental, da ecocidadania.

 

“A educação deve capacitar as pessoas para corrigir omissões e exclusões nos conhecimentos comuns e assegurar que é um recurso duradouro e aberto que reflete a diversidade de formas de conhecer e ser no mundo.”

UNESCO, 2021

 

1. Currículos para a co-construção de um modelo de conhecimento justo e reparador

Segundo a UNESCO, historicamente a formação tradicional do conhecimento tem contribuído para “a construção de barreiras/ divisões e reprodução de desigualdades” geradoras de discriminação, ódio e conflitos. Propriedade de uma elite que, através dele, mantém a sua hegemonia nos diversos setores da sociedade, o conhecimento tradicional é intencionalmente incompleto (apresenta “exclusões”) e “requer correções”.

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“Rica tapeçaria de diferentes caminhos para saber e ser” [3].

 

Na sociedade cosmopolita em que vivemos, o conhecimento deve constituir “herança de toda a humanidade” e contribuir para “o enriquecimento e bem-estar coletivo”

Porém, para que reúna as perspetivas epistemológicas de todos, é necessária a cocriação de “justiça epistémica, cognitiva, reparadora”, que exige envolvimento de todos.

Este é um processo libertador, que passa pela discussão crítica de preconceitos, hierarquias e formas de exploração, herdadas e arbitrárias, bem como pela valorização de novas abordagens que alarguem o modelo lógico-verbal de raciocínio, através da crítica, experimentação, criatividade, cooperação, projetos e resolução de problemas.

O currículo decorrente desta visão unificadora do conhecimento é aberto e comum/ partilhado - resulta da interação e envolvimento de todos, não tem limites fixos essenciais - as diversas disciplinas refletem a complexidade do mundo e “nunca é organizado como ‘conhecimento completo’, mas sim informado por um conhecimento que liga diferentes gerações, transmite o património cultural e dá espaço para revisão e atualização.”

A lecionação das suas diferentes áreas deve iniciar-se com enquadramento histórico e diálogo intergeracional e a aprendizagem deve entender-se como re-significação de conteúdos e abordagens.

 

“Ele [o relatório] imagina salas de aula quebrando muros e ligando-se ao mundo lá fora, a escola sendo aberta e flexível e ajudando aprendentes a aceder a recursos sociais, culturais e ambientais mais vastos.”

IFLA, 2022

 

2. Currículos de reconstrução ambiental

Todas as áreas da educação devem preparar os estudantes para responderem à “urgência da sustentabilidade ambiental”, devendo abandonar três ideias centrais da fabricação do conhecimento moderno:

- O mundo é objeto exterior (“lá fora”) ao ser humano, destinado simplesmente a ser conhecido;

- O homem ocupa posição privilegiada (“excecionalismo”), de domínio face aos outros seres;

- O homem tem uma atitude de arrogância perante a natureza - “dono e senhor” (Descartes).

 

“Devemos repensar e reimaginar os currículos” para que os estudantes possam aprender que:

- O ser humano pertence e está ligado aos ecossistemas naturais;

- Deve manter para com eles uma atitude respeitosa e responsável (ética do cuidado);

- Modelos económicos baseados no aumento da produção e consumo são incompatíveis com os limites do planeta e futuro da vida na Terra;

- Há formas de adaptação, mitigação e inversão da crise ambiental que se traduzem na mudança de valores, hábitos, práticas e estilos de vida;

- Os países ricos contribuem em muito maior escala para alterações climáticas irreversíveis e destruição maciça de biodiversidade e os países pobres sofrem desproporcionalmente mais os seus efeitos.

 

“Mudar a forma como discutimos o mundo vivo nos currículos educativos é uma estratégia importante para reequilibrar as nossas relações com o planeta”. Inclui:

- Abordagem intersecional do ambiente (todos os setores em simultâneo);

- “Pensamento crítico e envolvimento cívico ativo”;

- “Conversas intergeracionais sobre práticas relevantes para viver com o planeta, como as que ocorrem em numerosos movimentos liderados por jovens e comunidade”.

 

Porque vivem há milénios em harmonia com a “comunidade natural”, os povos indígenas experienciam o papel insubstituível de cada ser vivo e cultivam a ideia de que cada um só tira da Terra estritamente o que necessita para sobreviver. Podem dar um importante contributo ao reequilíbrio entre “humano e mundo mais do que humano”, evidenciando que “aprendizagem ecológica, intercultural e interdisciplinar” são indissociáveis.

Aprender a cuidar do Planeta significa aprender a cuidar uns dos outros: “Justiça social é inseparável de justiça ecológica”. O cuidado é uma atitude ética que se aprende e tem uma componente afetiva e comunicacional e cognitiva. É importante que o currículo faça uma abordagem profunda, científica e técnica, de como a Terra é documentada e compreendida e de “como estas práticas de conhecimento [objetivo e neutro] se entrelaçam nas práticas da vida neste planeta degradado”.  A ética do cuidado ensina-nos a sentir e a ter consciência da interligação entre todos os seres e o mundo, do seu poder e vulnerabilidade – “Cuidar, cuidar, dar e receber cuidados deve ser incluído nos currículos que nos permitem reimaginar juntos os nossos futuros interdependentes.”

Propondo a “ecologização do setor da educação”, o relatório da UNESCO sugere o alargamento do espaço tradicional de sala de aula, afirmando a possibilidade de a aprendizagem dever ocorrer em sítios naturais - a biosfera é contexto de aprendizagem - espaços construídos e virtuais. Este ecossistema educacional mais vasto pode ser imaginado como “uma grande biblioteca”:

“Podemos imaginar estes novos ambientes escolares como uma grande biblioteca onde alguns estudantes estudam sozinhos, ligados à internet ou não, e outros apresentam o seu trabalho a colegas da turma e professores. Outros estão fora da biblioteca em contacto com as pessoas e mundos fora da escola, possivelmente em lugares longínquos. A biblioteca suporta uma imensa diversidade de situações e tempos espaciais. É um ambiente completamente novo diferente da estrutura habitual da escola e da sala de aula. Esta biblioteca pode ser tomada literalmente ou como uma metáfora. Lembra-nos que os tempos e espaços escolares precisam de servir como portais ligando os alunos com os conhecimentos comuns [partilhados por todos]” [4].

 

Referências

1. International Federation of Library Associations and Institutions. (2022, 24 Jan.). International Day of Education – Libraries Contributing to a New Social Contract for Education [Resumo da IFLA do Relatório Futuros da Educação]. Netherlands: IFLA. https://www.ifla.org/news/international-day-of-education-libraries-contributing-to-a-new-social-contract-for-education/

2. United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization [Comissão Internacional sobre os Futuros da Educação]. (2021, 10 nov.). Reimagining our futures together: a new social contract for education [Part II, Chapter 4, pp. 63-78]. France: UNESCO. https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000379381

3. Rede de Bibliotecas Escolares. (2022, 7 abr.). UNESCO: A expansão do direito à educação até 2050. Portugal: RBE. https://blogue.rbe.mec.pt/unesco-a-expansao-do-direito-a-educacao-2579064

4. UNESCO, 2021, p. 97.

 

Fonte das imagens:

1. UNESCO. (2021). “Reimagining our futures together: a new social contract for education [Vídeo]”, in: United Nations. (2022, 24 jan.). Dia Internacional da Educação. EUA: UN. https://www.un.org/en/observances/education-day

2. Hendry, P. (2018, 6 Nov.). Unplash. India: @worldsbetweenlines. https://unsplash.com/photos/oaaRPhOz5Dg

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Qua | 20.04.22

Semana da Leitura da Lousã: Visita da Coordenadora Nacional às bibliotecas escolares

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Com o tema “Ler Sempre. Ler em qualquer lugar” proposto pelo Plano Nacional de Leitura, realizou-se, de 4 a 10 de abril, em diferentes espaços do concelho, mais uma edição da “Semana da Leitura da Lousã”, promovida pela Rede de Bibliotecas da Lousã, com um programa diversificado e dirigido a vários públicos.

A “Abertura Oficial da Semana da Leitura”, realizou-se no dia 4 de abril, e contou com a presença da Coordenadora Nacional da Rede de Bibliotecas Escolares, Dr.ª Manuela Pargana Silva, da Vice-presidente da Autarquia, Dr.ª Henriqueta Oliveira, do Diretor do Agrupamento de Escolas da Lousã, Dr. Pedro Balhau, da Bibliotecária responsável pela Biblioteca Municipal Comendador Montenegro, Dr.ª Natércia Pereira, e teve como ponto central das intervenções, a importância da leitura como ato de prazer, de imaginação e de conhecimento, fundamental para a compreensão do Eu e do Outro.

Neste evento, que aliou a música à leitura, foram lidos dois poemas, “O Vagabundo do Mar” de Manuel da Fonseca, por alunos da turma G do 7.º Ano, e “De tanto olhar o sol” de Miguel Torga, por uma aluna da turma E do 8.º Ano.

No público, para além de alunos do 9.º Ano, dos docentes das turmas participantes e de alguns elementos da Equipa da Biblioteca, estiveram ainda presentes, no auditório da Escola Básica n.º 1, a Coordenadora do Estabelecimento, Dr.ª Mercês Fernandes, as Professoras Bibliotecárias do Agrupamento e as Coordenadoras Interconcelhias da RBE, Dr.ª Maria José Cristóvão, Dr.ª Helena Duque e Dr.ª Lucília Santos.

Pelas onze horas e durante dez minutos, realizou-se a atividade “Silêncio a Ler +", momento prazeroso de leitura individual e silenciosa.

Ao longo do dia a Coordenadora Nacional da RBE, Drª Manuela Pargana Silva visitou as Bibliotecas da Escola Básica n.º 1, da Escola Básica de Santa Rita, da Escola Secundária e da Escola Básica n.º 2, acompanhada pelas Professoras Bibliotecárias, pelas Coordenadoras Interconcelhias e pela Bibliotecária Municipal.

Estas visitas, o contacto com a Comunidade Escolar (Direção, Coordenadores de Estabelecimento, assistentes e docentes da Equipa da Biblioteca e alguns alunos), a descrição de atividades desenvolvidas e a apresentação de alguns recursos produzidos, possibilitaram um melhor conhecimento das Bibliotecas Escolares da Rede de Bibliotecas da Lousã e do seu trabalho.

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Ter | 19.04.22

PesquisOAz - 3.ª edição

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O PesquisOAz, campeonato de pesquisa, seleção e avaliação de fontes de informação em linha, voltou a marcar presença este ano letivo, sendo esta a 3.ª edição. Promovido pelas bibliotecas escolares do concelho de Oliveira de Azeméis, em parceria com o CFAE AVCOA, a Biblioteca Municipal Ferreira de Castro e a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, que o patrocina, a equipa responsável pela sua implementação continua a estar centrada na Biblioteca Escolar da escola sede do Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro, mentora do projeto.

Manteve a abrangência da edição anterior, nomeadamente visou os concelhos de S. João da Madeira, Arouca, Castelo de Paiva, Espinho, Vale de Cambra e Santa Maria da Feira, além de, obviamente, o de Oliveira de Azeméis. O formato de participação singular e totalmente em linha também se manteve, pela atual conjuntura mas, igualmente, porque o formato totalmente em linha se enquadra perfeitamente na transição digital que está em curso em todas as escolas/ bibliotecas escolares.

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Atualmente, já teve lugar a fase de escola e estão apurados todos os alunos para a fase final, a acontecer no dia 7 de maio. O saldo é francamente positivo, dado que o campeonato contou com a participação de 19 escolas de 13 Agrupamentos de Escolas, distribuídos por 5 concelhos, num total de 4 476 participações de alunos do 2.º, 3.º ciclo e ensino secundário. O maior número de participações registou-se no 2.º e no 3.º ciclos, com números muito equilibrados.

Nesta edição, muitos Professores Bibliotecários trabalharam de forma bastante estreita com docentes de TIC e o campeonato integrou mesmo, em alguns casos, as planificações curriculares desses docentes, em articulação com a biblioteca escolar, numa aplicação mais próxima e estruturada do referencial Aprender com a Biblioteca Escolar.

Tal como nas edições anteriores, as bibliotecas escolares participantes receberam um Guião de Formação PesquisOAz, para formação prévia com os alunos, e um bloco de treino (com desafios distintos dos que enfrentaram e enfrentarão mas de estrutura idêntica). As provas de escola decorreram na plataforma Quizizz, indo o mesmo acontecer na fase final. Os conteúdos abordados nos desafios contam já com o trabalho colaborativo de Professores Bibliotecários dos concelhos participantes e não apenas com as propostas dos de Oliveira de Azeméis, tendo sido criada dinâmica que permite essa ação conjunta. Também já está em preparação a efetiva integração do 1.º ciclo neste campeonato, que continua a ser um objetivo a atingir.

site de apoio ao projeto  continua a agregar módulos e provas e, novidade a partir do próximo ano letivo, é o apoio do CFAE AVCOA que garantirá a licença da plataforma Quizizz, uma vez que o universo de participação se está a expandir de forma muito significativa, obrigando a trabalhar com versões que ofereçam mais funcionalidades e capacidade. Sendo um dos parceiros deste projeto, fica o agradecimento pela disponibilidade e interesse em o viabilizar com o máximo de qualidade possível.

Feitas as provas e apurados vencedores, a entrega de prémios terá lugar a 20 de maio, no evento Palco das Letras, da responsabilidade do município de Oliveira de Azeméis.

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Seg | 18.04.22

Biblioteca Escolar: um laboratório de aprendizagens

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O Agrupamento da Quinta do Conde tem vindo a desenvolver o seu Projeto Educativo sob o lema «Educar com afeto, construindo o futuro».

A Biblioteca Escolar tem desempenhado um papel nuclear no desenvolvimento dos projetos de turma, no âmbito da autonomia e da flexibilidade curricular.

Chamamos a atenção para o artigo Livros e Hábitos de Leitura – o papel da Biblioteca Escolar na formação de leitores! publicado, em março, na revista Noesis, da autoria de Pedro Delgado, professor bibliotecário do agrupamento, dando testemunho da importância fulcral da Biblioteca Escolar na formação de leitores e na fidelização da leitura no percurso académico dos alunos.

A este propósito, e pela sua atualidade, lembramos as palavras de Raúl Proença[i] (1918): «Uma biblioteca não é um sarcófago do pensamento morto, mas um laboratório de ciência viva.»

[i] Escritor, jornalista e bibliotecário, Diretor da Biblioteca Nacional.

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