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Blogue RBE

Ter | 28.12.21

Mochila Solidária - Um Presente para Ti

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A Biblioteca da Escola Básica Padre Francisco Soares, do Agrupamento de Escolas Madeira de Torres, em Torres Vedras, dinamizou no mês de outubro a iniciativa "Mochila Solidária - Um Presente para Ti", uma iniciativa divulgada no dia 17/12/2021 no Radar XS, um telejornal para crianças dos 8 aos 12.

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O objetivo foi apoiar a Fundação da Criança e da Juventude em S. Tomé e Príncipe e desenvolver, nos alunos, competências sociais no âmbito da solidariedade e a da cidadania, contribuindo, assim, para formar cidadãos conscientes e solidários.

Esta iniciativa consistiu na doação de 500 mochilas escolares com roupa, sapatos, pasta e escova de dentes, sabonete, um livro, um brinquedo, um fato de banho e um postal de Natal, que foram entregues a crianças apoiadas por esta Fundação em S. Tomé e Príncipe.

Para conseguir levar a cabo esta ação, a biblioteca/escola contou com a valiosa parceria da Câmara Municipal de Torres Vedras e da Marinha Portuguesa, que transportou as mochilas oferecidas no Navio D. Carlos I, com chegada a S. Tomé e Príncipe no dia 22 de dezembro.

Foram, ainda, entregues 100 mochilas à Associação Novo Futuro, em Oeiras, no dia 16 de dezembro.

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Este trabalho está licenciado sob licença: CC BY-NC-SA 4.0

Ter | 21.12.21

Miúdos a votos! na TV na Maior

O canal de televisão TV na Maior, do Agrupamento de Escolas de Santa Maria Maior, em Viana do Castelo, dedicou uma das suas últimas reportagens aos Miúdos a votos!, mostrando como os alunos  da EB2,3 Frei Bartolomeu dos Mártires têm estado a responder ao desafio lançado pela Biblioteca Escolar e pela disciplina de Cidadania e Desenvolvimento de proporem os seus livros favoritos para candidatos aos “mais fixes” deste ano.

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A TV na Maior, fundada em 2016, é um projeto distinguido pela Rede de Bibliotecas Escolares na candidatura Ideias com Mérito. Segundo o seu sítio oficial,  tem como finalidade “criar na escola uma cultura de educação para os média que proporcione aos alunos oportunidades de desenvolvimento de competências que os tornem responsáveis e críticos enquanto consumidores e produtores de conteúdos mediáticos”, pretendendo “desenvolver as literacias previstas no referencial Aprender com a biblioteca escolar, através da criação de um canal de televisão escolar, com uma programação regular, em que [são] transmitidas entrevistas, reportagens e spots promocionais de livros existentes na biblioteca escolar.”

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Este trabalho está licenciado sob licença: CC BY-NC-SA 4.0

Seg | 20.12.21

Projeto de Solidariedade e Voluntariado - A Mala dos Afetos

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“A Mala dos Afetos” é um projeto de solidariedade e voluntariado dinamizado no Agrupamento de Escolas Cardoso Lopes, na Amadora que se iniciou a partir de uma atividade incluída no Plano Anual de Atividades da Biblioteca da Escola Sede do Agrupamento e foi divulgada no dia 13/12/2021 no Radar XS, um telejornal para crianças dos 8 aos 12.

A "Mala dos Afetos" apresenta várias vertentes: apoio a famílias carenciadas, a nível de alimentos, equipamentos, roupas, livros, ...  e onde cabe sempre a partilha de leituras e atividades ligadas às artes, dinamizadas por alunos.

Os objetivos essenciais que fundamentam o Projeto passam pela promoção do conhecimento, pela aprendizagem, pela solidariedade, pelo voluntariado, pelos valores, pela inclusão, pelo respeito pelo outro e pela partilha de experiências, ao mesmo tempo que se promove a importância da reciclagem, o prazer e o gosto pela leitura, desenvolvendo-se a formação leitora e consciencializando-se os alunos para o valor e para a importância do ato de ler.

O seu núcleo inicial começou por ser constituído por elementos da equipa de trabalho da Biblioteca. A divulgação do Projeto e a sua aceitação levou a que alunos, professores, assistentes operacionais e administrativos se tornassem colaboradores voluntários.

Este é um Projeto que “desafia professores e alunos a solicitar “A Mala dos Afetos” e a enchê-la (de forma representativa) de produtos destinados a alguém ou a uma instituição previamente escolhida e que esteja numa situação de carência. Simultaneamente planificam-se ações que envolvem leituras, dramatizações, canções e mensagens (implicando sempre a exploração de livros ou textos de temáticas diversas), dedicadas aos recetores do benefício. A atividade é alvo de gravação em vídeo o qual é oferecido, complementando a oferta material.”

Para além da comunidade educativa, o Projeto chega, também, a instituições como o Instituto Português de Oncologia - IPO, Hospital de Santa Maria, Fundação AFID Diferença, entre outras, em que a oferta de livros e brinquedos para crianças hospitalizadas/ institucionalizadas são uma mais-valia.

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Sex | 17.12.21

Direitos de autor e Direitos Conexos | Utilização livre

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É permitida, sem o consentimento do autor, o uso e partilha de excertos ou fragmentos de uma obra ou prestação protegida, nos seguintes casos:

1. Exclusivamente para uso privado e sem fins comerciais.

Para uso exclusivamente privado, de teor científico ou humanitário, também é consentida a reprodução de um exemplar único de obras não disponíveis no mercado, desde que pelo tempo estritamente necessário (Art.º 81.º, CDADC). [1]

São exemplos de utilizações permitidas fotocopiar uma página de um livro ou fazer um ficheiro mp3 de música para uso pessoal.

São exemplos de utilizações ilegais fazer uma cópia integral de CD, DVD ou livro destinado ao público da biblioteca escolar. Estas são consideradas obras pirateadas, uma vez que em locais públicos, ainda que para fins de educação, só são lícitos suportes oficiais. Também é ilegal passar música que comprei em linha (Spotify, Apple Music, iTunes…), da qual tenho comprovativo, em atividade aberta ao público na escola.

2. Crítica, discussão e ensino, sem fins comerciais, em estabelecimentos de ensino, bem como obras próprias destinadas ao ensino.

São exemplo de utilizações permitidas: disponibilizar um excerto de programa de rádio ou televisão em plataforma LMS (Learning Management System/ Sistema de Gestão de Aprendizagem), desde que o seu acesso seja limitado aos alunos da escola; exibir um excerto de filme ou peça de teatro em sala de aula.

São exemplos de usos ilegais: exibir excertos de obras para fins de entretenimento e solidariedade (sem entradas pagas) ou de angariação de fundos na escola; disponibilizar um conto integral no blogue da biblioteca escolar, fora do circuito interno e fechado da escola – a disponibilização pública de obra ou prestação integral, ainda que para efeitos de educação e ensino, só é lícita mediante consentimento do autor ou artista ou seu representante legal, por exemplo, a Sociedade Portuguesa de Autores; a falta desse consentimento constitui crime público de usurpação (Art.º 195.º, CDADC).

3. Se a obra ou prestação de artista tiver caído no domínio público, pode ser parcial ou totalmente reproduzida, desde que:

- Por uma biblioteca, arquivo ou museu público e instituição científica ou de ensino;

- Esse uso não se dirija ao público, mas se limite às necessidades das atividades dessas instituições;

- Dele não resulte vantagem económica e comercial.

4. A favor de pessoas com deficiência, na medida da sua necessidade e desde que sem fins lucrativos.

5. Para fins de informação, por parte dos media.

6. Para reprodução por instituições sociais sem fins lucrativos, tais como hospitais e prisões, por radiodifusão.

Estas utilizações livres e, as demais que constam do número 2 do artigo 75.º (CDADC), obedecem aos seguintes requisitos obrigatórios:

- Identificar o autor da obra ou prestação artística – quem usar como sendo criação intelectual sua aquela que é de outro, comete crime de contrafação (plágio);

- Não devem ser tão extensas que possam prejudicar o interesse pela obra ou prestação.

Estas exceções são muito relevantes para as bibliotecas, designadamente as bibliotecas escolares, pelo que se revela necessário conhecê-las bem, de forma as poder usufruir dos seus benefícios, continuando a respeitar os direitos de autor.

 

Referências

[1] Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos Decreto-lei 63/85, de 14 de março.

[2] Imagem: Opensofias, CC0, via Wikimedia Commons

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Este trabalho está licenciado sob licença: CC BY-NC-SA 4.0

Qui | 16.12.21

AE Gil Eanes, Lagos | Boas leituras!

As bibliotecas escolares do Agrupamento de Escolas Gil Eanes de Lagos estão a participar, desde o ano letivo (2020/2021), no Projeto Erasmus + KA2 cooperação para a inovação e intercâmbio de boas práticas: “TITLE - Teaching, Improving and Training Literacy Education”.

Concebido enquanto projeto europeu, que assume como propósito central a cooperação para a inovação e o intercâmbio de boas práticas, escolas de 4 países (Croácia, Estónia, Itália e Portugal) constituíram uma parceria estratégica que visa: apoiar o desenvolvimento e aperfeiçoamento do ensino das literacias; a transferência e/ou a aplicação de práticas inovadoras; a execução de iniciativas conjuntas de promoção da aprendizagem interpares e o intercâmbio de experiências.

Este projeto, desenvolvido no Agrupamento de Escolas Gil Eanes pelas bibliotecas escolares, tem sido impulsionador de inovação em contexto educativo, por implicar mudanças no quotidiano educativo e proporcionar experiências mais envolventes para os alunos do ensino básico.

Sublinha-se, neste âmbito, a importância da transnacionalidade, essencialmente relacionada com a riqueza que a diversidade de práticas pedagógicas, em cada um dos países envolvidos, traz a todos os parceiros do projeto. A riqueza pessoal, cultural e linguística trazida a todos os atores direta ou indiretamente envolvidos é evidente, proporcionando um crescimento/ desenvolvimento pessoal e académico altamente enriquecedor.

Por outro lado, a implementação da metodologia de projeto, em lugares tão diferenciados, cria, por si só, um conjunto único de desafios e oportunidades que pode ser tão enriquecido pelo grupo, que a aplicação do modelo se torna mais efetiva em todos os contextos. Acresce que as boas práticas partilhadas, no âmbito do projeto, ajudam a preparar os alunos para uma futura inserção numa sociedade europeia, em que não há limitações de diferenças culturais e de modelos educativos.

O sucesso educativo já não reside maioritariamente na reprodução de conteúdos, mas na extrapolação daquilo que sabemos e na sua aplicação criativa a situações novas. Ou seja, o fundamental não é tanto aquilo que as pessoas sabem, mas aquilo que conseguem fazer com a informação. Por isso, a educação tem cada vez mais a ver com o desenvolvimento do pensamento crítico e criativo, da resolução de problemas e da tomada de decisões, e com formas de trabalho que implicam comunicação e colaboração. Dessa forma, os alunos estarão mais preparados para uma sociedade mais tecnológica e multifacetada, que exige competências relacionadas à leitura, inovação, adaptabilidade, reflexividade, colaboração e literacias múltiplas.

Tal abordagem tem sido uma vertente muito enriquecedora deste projeto por: permitir à biblioteca trabalhar áreas de literacia, pressupostas no Referencial Aprender com a Biblioteca Escolar, de forma consistente e sistemática; fomentar o desenvolvimento de competências dos alunos no âmbito da literacia da leitura, a par de outras competências (sociais, cívicas, linguísticas, interculturais, críticas…).

As boas leituras ajudam não só a reforçar a inclusão, por via do acesso à participação de alunos de vários níveis e ciclos de ensino, como a reduzirem-se disparidades nos resultados de aprendizagem e desigualdades no acesso ao conhecimento.

Veja aqui a página do projeto, com o trabalhos dos alunos.

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Qua | 15.12.21

Lançamento do livro "A Bola e pássaro"

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No âmbito do Projeto Todos Juntos Podemos Ler da Rede de Bibliotecas Escolares, em parceria com a DGE e o PNL2027, decorreu, no passado dia 9 de dezembro, no Auditório Professor Domingos Rijo, da Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico de Castelo Branco em Idanha-a-Nova, o lançamento do livro A Bola e Pássaro, com texto de Celeste Gonçalves e ilustração de Sandra Serra, editado pela Flamingo.

Este livro foi produzido no âmbito do Projeto Ler Sem Palavras, um projeto dinamizado e coordenado pela professora bibliotecária Carla Ribeiro, do Agrupamento de Escolas José Silvestre e Ribeiro de Idanha-a-Nova. Este livro conta com duas versões, uma com texto e ilustrações e outras com texto, ilustrações e pictogramas, numa perspetiva de desenvolvimento da literatura inclusiva através da Comunicação Aumentativa e Alternativa. Esta versão, em pictogramas, editado pela Câmara Municipal de Idanha-a-Nova com a chancela da ARASAAC (Centro Aragonês de Comunicação Aumentativa e Alternativa) de distribuição gratuita, encontra-se disponível para descarregar e permitir a sua impressão através da seguinte ligação: Livros em pictogramas

De referir que só foi possível concretizar este projeto através de uma estreita colaboração e parcerias com diversas entidades de que se destacam, a Direção do Agrupamento de Escolas José Silvestre Ribeiro, a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, a União de Freguesias de Idanha-a-Nova e Alcafozes, a ARASAAC, as autoras, Celeste Gonçalves e Sandra Serra e a professora Maria Nascimento. 

O Sr. Presidente da Câmara, Armindo Jacinto evidenciou a importância deste projeto, a relevância das parcerias estabelecidas e a valorização da comunidade local, um projeto que vai ao encontro das linhas definidas pela autarquia para a educação integral de todos os indivíduos no concelho de Idanha-a-Nova.

Também o Diretor do Agrupamento, Paulo Frias, manifestou a sua satisfação por este projeto, desenvolvido pela biblioteca escolar, numa perspetiva inclusiva, salientando que o mesmo já vinha a decorrer com a direção anterior, período em que a biblioteca organizou o seu fundo documental com a aplicação do sistema ColorADD.

A Professora Maria Nascimento apresentou a obra e a sua adaptação para a Comunicação Aumentativa e Alternativa e Pictogramas.

Para a autora, Celeste Gonçalves […]

“Dar a esta pequena e simples história um sentido universal, foi também um desiderato. Por isso, o pássaro leva a bola até outros locais do Mundo. As crianças perceberão que o que nos torna felizes pode e deve ser partilhado. Perceberão, até pela ilustração, que o Mundo é vasto e que não vivemos num espaço fechado e limitado, olhando para ele e acautelando apenas os nossos interesses. O Pássaro é protetor; A bola é um elemento universal de prazer e alegria, proporcionando a interação e o convívio entre as crianças e os seres humanos em geral.
Uma vez criada a história, corporizado o texto, havia que transpô-lo para a linguagem simbólica de pictogramas […] Que nenhuma criança, nenhum jovem ou adulto fique excluído do prazer de ler. Tenhamos consciência de que existe uma pluralidade de leituras. São possibilidades, potencialidades nos recursos, que permitem que todos sejam incluídos e possam fruir e aprender com a leitura e com a escrita. É nosso dever, respeitar os direitos elementares dos seres humanos, e nestes, em particular, os das crianças, conferindo a todas, sem exceção, a mesmas oportunidades. Sublinho, a oportunidade de se sentirem úteis e integrados, felizes, de modo a desfrutarem do que a vida e a literatura em particular, sem esquecer a ilustração, lhes possam oferecer.” 

  
No prefácio da obra a Coordenadora Nacional da Rede de Bibliotecas Escolares, Manuela Pargana Silva, entre outras palavras escreveu o seguinte: 

[…] “A Bola e o Pássaro” mostra-nos, de uma forma muito bela, o lugar de sonho da nossa vida, e o modo como todos nós, habitantes deste planeta, podemos tornar os nossos sonhos realidade e como, todos juntos, facilitaremos a sua concretização. E as histórias são tão mais importantes quanto maior for a colaboração e a partilha”[…] O Agrupamento de Escolas José Silvestre Ribeiro, de Idanha-a-Nova, desenvolve um trabalho de articulação bem evidente nesta publicação, porque contou com o apoio e envolvimento do Município e como o da Junta de Freguesia, porque a autora é professora no Agrupamento e assumiu, em parceria com a biblioteca escolar, o desafio da leitura como fator essencial no sucesso das aprendizagens porque o livro foi traduzido em símbolos pictográficos para a comunicação, alargando-se assim a oportunidade de leitura, de imaginação e de fruição a um maior número de leitores. São estas histórias que enchem de encanto as bibliotecas, como as que integram o projeto Todos Juntos Podemos Ler, ao adotar a inclusão como atitude cultural determinante […] Cada história lida ou ouvida desafia-nos a conhecer o outro, a descobrir-nos e a transformar-nos”.

E como é necessário ter sempre novos desafios e continuar a transformar, novos reptos se apresentam para este projeto: esta obra editada, irá avançar para outras adaptações, noutros formatos, em língua gestual portuguesa, em formato audiolivro e em braille, através de uma estreita colaboração com o Agrupamento de Escola Afonso de Paiva em Castelo Branco. 

 

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Ter | 14.12.21

Turma da EB1 Gualtar – Da leitura à ação

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A EB1 de Gualtar, do Agrupamento de Escolas Carlos Amarante, em Braga, está a desenvolver o projeto Digit@l_Mente, apoiado financeiramente pela RBE, no âmbito da candidatura Leituras… com a biblioteca.

Assim, a biblioteca escolar tem desenvolvido um conjunto de iniciativas e atividades várias, que tentam cumprir dois grandes objetivos: promover competências de escrita, decorrentes de atividades de leitura orientada e formar para os Media, desenvolvendo competências digitais e tecnológicas.

Neste sentido, o Jornal de Notícias TAG [1] acabou de publicar uma notícia referente a mais uma atividade desenvolvida pela biblioteca no âmbito desse projeto:

Na escola EB1 de Gualtar, a Turma GUA 8, do 4º ano, está a levar a cabo uma ação de sensibilização ambiental, intitulada: “Escola Limpa”. Os dinamizadores desta iniciativa são os próprios alunos que contam com o apoio incondicional da professora titular e da professora bibliotecária.

A Biblioteca Escolar ajudou os alunos a selecionar um livro e de entre as ofertas colocadas à disposição dos alunos; a escolha recaiu sobre o livro: “Greta e Os Gigantes”, escrito por Zoe Tucker e ilustrado por Zoe Persico, da editora Jacarandá.

Inicialmente, os alunos informaram-se sobre a ativista Greta Thunberg, pois isso permitiu-lhes compreender melhor a história do livro. Seguidamente, leram a história e realizaram um questionário, utilizando a aplicação QUIZIZZ. Construíram cartazes alusivos ao ambiente, com recurso à ferramenta CANVA, para afixaram em diferentes locais da escola e realizaram um vídeo que apela à reciclagem. Enviaram também um email ao Senhor Diretor da Braval, empresa que procede à valorização e tratamento dos resíduos sólidos no Baixo Cávado, a solicitar ecopontos para colocar nas diferentes salas da escola.

Finalmente, passaram à ação, iniciaram a sua visita às turmas da escola e vão continuar a sua ação de sensibilização nas próximas semanas. Os alunos de diferentes turmas ouviram com atenção a história “Greta e os Gigantes”, responderam às perguntas do QUIZIZZ e foram convidados a refletir sobre o que cada um pode fazer para manter a escola limpa e o planeta verde.

Os dinamizadores da iniciativa estão a utilizar a leitura do livro, os cartazes, o vídeo e as suas apresentações como forma de motivar os colegas mais novos a agirem. Todos sabemos que “Não há Planeta B” e, por isso, Todos somos chamados a intervir para defender a Nossa casa Comum!

Para saber mais sobre o projeto Digit@l_Mente, consulte o seu sítio de divulgação.

 

Referências

[1] Os alunos da Turma GUA 8, 4º ano, EB1 Gualtar, AE Carlos Amarante, Braga (2021). Turma da EB1 Gualtar – Da leitura à ação. https://tag.jn.pt/turma-da-eb1-gualtar-da-leitura-a-acao/

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Seg | 13.12.21

Equilíbrio entre competências

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O Estudo Internacional sobre Competências Sociais e Emocionais (Study of Social and Emotional Skills – SSES) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, Beyond Academic Learning - First results from the survey of social and emotional skills, no qual Portugal - através do município de Sintra - e mais nove países do mundo participaram, apresenta indicadores que constituem pontos de partida ou reforço do trabalho das escolas [1]. Dois exemplos:

- Decréscimo da criatividade e curiosidade dos estudantes ao longo do percurso escolar, muito significativo nas raparigas.

Condicionadas por papeis de género e autocrítica, elas apresentam “níveis mais elevados de competências relacionadas com o desempenho de tarefas como a responsabilidade e a motivação de realização”, enquanto “os rapazes demonstraram maiores capacidades de regulação emocional, como resistência ao stress, otimismo e tolerância emocional, controlo [que favorecem bem-estar e menor ansiedade nos testes], bem como competências sociais importantes como assertividade e energia”.

- Expetativas de educação (e profissão), exemplo expresso pelo presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, à Agência Lusa: “Em Sintra, e não deverá ser muito diferente no resto do país, apenas 60% dos adolescentes de 15 anos relataram que esperavam continuar a estudar e completar um grau superior. Para lhe dar uma ideia, na cidade de Suzhou, na China, são 91%. Então porque é que o desenvolvimento da escola em vez de abrir perspetivas aos alunos e desejar que eles prossigam, pelo contrário, levam-nos a abandonar o desejo de continuar a estudar?” Na opinião do dirigente, “o problema é que a escola se tornou apenas uma fonte de conhecimento e ignora o talento […] Os jovens querem tocar música, querem conhecer cinema, teatro, literatura. Isto em termos nacionais é uma perda completa. Uma perda de talentos”; o estudo deve “merecer uma reflexão nacional por parte das escolas e sobre o modelo de ensino".

De acordo com o Editorial deste Estudo Internacional, “os estudantes que se consideram altamente criativos tendem também a relatar níveis elevados de curiosidade intelectual e persistência”, fundamentais para, em todos os grupos etários, disciplinas e cidades, obter bons resultados escolares e ter vontade/ gosto em aprender ao longo da vida, atitude que terá efeito multiplicador na sociedade. A curiosidade intelectual, à semelhança de elevadas expetativas dos pais e professores, é “poderoso motivador intrínseco” da aprendizagem.

Andreas Schleicher, Diretor de Educação e Competências da OCDE, no Editorial deste Estudo apresentado a 26 de novembro em Sintra, sustenta que a missão atual da escola é complexa porque deve:

- Dar ferramentas cognitivas/ académicas e de caráter/ personalidade - a escola atual “É sobre curiosidade - abrir mentes; sobre compaixão - abrir corações; e é sobre coragem - mobilizar os nossos recursos cognitivos, sociais e emocionais para tomar decisões. Estas qualidades ou competências sociais e emocionais como o nosso relatório as designa, são também armas contra as maiores ameaças do nosso tempo: a ignorância - a mente fechada; o ódio - o coração fechado; e o medo - o inimigo da ação”.

- Promover uma aprendizagem diferenciada que desenvolva múltiplas inteligências com base em estratégias diversificadas porque o modo como e o contexto em que cada um as combina e aprende é diverso. É importante centrar a educação no indivíduo e suas diferenças, seguindo uma abordagem personalizada. Relativamente aos estudantes carenciados – e raparigas, sobretudo mais velhas - a ação deve ser particularmente atenta porque “Estudantes de meios favorecidos relataram competências sociais e emocionais mais elevadas do que os seus pares desfavorecidos em todas as competências que foram medidas e em todas cidades participantes no inquérito”.

- Incentivar uma ética do cuidado, respeito mútuo, solidariedade e complexidade para que cada um possa encontrar o seu lugar na escola e no mundo e desenvolver um sentido de empatia, pertença e responsabilidade em relação aos outros e comunidade e para que a escola e, cada um, perceba os problemas da sociedade como seus e de todos.

A boa notícia do estudo é que competências sociais e emocionais - responsabilidade, persistência, autocontrolo, resistência ao stress, empatia, confiança, tolerância, curiosidade, energia, assertividade ou pensamento crítico - não são características inatas e fixas dos indivíduos, podem ser aprendidas e desenvolvidas, mas “não é sistematicamente incorporado no currículo escolar com a mesma extensão que o desenvolvimento das capacidades cognitivas, tais como leitura e matemática” e isto depende dos professores e das atividades que proporcionam aos estudantes: dinâmicas ativas e participativas, explícitas e focadas, que expressam a(s) competência(s) que pretendem desenvolver, individuais e em grupo, competitivas e cooperativas.

É também importante que o estudante tome consciência e acredite que pode mudar e desenvolva uma mentalidade construtiva, de crescimento interior (Growth Mindset), em vez de cultivar uma imagem fixa e estática sobre as suas capacidades (Fixed Mindset), pois o que pensa sobre as suas competências pode afetar a realização e desenvolvimento das mesmas e impedir a criação de novos hábitos, formas de abordagem, experiências e desafios [2].

“As pessoas, e mais especificamente as crianças, precisam de um conjunto equilibrado de competências cognitivas, sociais e emocionais para prosperar no mundo de hoje, exigente, em mudança e imprevisível.” As competências sociais e emocionais devem ser trabalhadas na escola com a mesma dignidade que as cognitivas porque afetam sucesso escolar e profissional, saúde física e mental, envolvimento cívico e democrático, prevalência de comportamentos antissociais e crime e bem-estar.

Para que o seu desenvolvimento produza impacto, a promoção destas competências deve restringir-se a uma disciplina, Educação para a Cidadania [3], ou é necessário trabalhá-las transversal e sistematicamente em todos os contextos de aprendizagem, curriculares e informais, envolvendo inclusive famílias, parceiros e comunidade? Como é que a biblioteca escolar integra esta componente no currículo e oportunidades de aprendizagem que oferece?

 

Referências

[1] Organisation for Economic Co-operation and Development. (2021, 7 September). Beyond Academic Learning - First results from the survey of social and emotional skills. https://www.oecd.org/education/beyond-academic-learning-92a11084-en.htm

[2] Organisation for Economic Co-operation and Development. (2021). Sky's the limit: Understanding the impact of growth mindset. https://learningportal.iiep.unesco.org/en/library/skys-the-limit-growth-mindset-students-and-schools-in-pisa

[3] Direção-Geral de Educação. (2021). Educação para a Cidadania. https://cidadania.dge.mec.pt/saude/prevencao-da-violencia-em-meio-escolar/competencias-socioemocionais

[4] Fonte da imagem: Organisation for Economic Co-operation and Development. (2021). Sky's the limit: Understanding the impact of growth mindset. https://learningportal.iiep.unesco.org/en/library/skys-the-limit-growth-mindset-students-and-schools-in-pisa

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