A Prevenção da Corrupção voltou a mobilizar, este ano letivo, dezenas de escolas que se envolveram em iniciativas com o objetivo de levar os alunos e alunas a refletir sobre o que significa a corrupção, os seus malefícios para a sociedade, e como esta pode estar presente em pequenos atos do dia a dia.
No dia 5 de junho realizou-se a cerimónia de entrega de prémios às escolas integrantes da Rede de Escolas Contra a Corrupção que desenvolveram os trabalhos mais consistentes e transversais a todos os níveis de ensino.
Mais uma vez as bibliotecas escolares foram as principais protagonistas destas atividades em cada uma das escolas, tal como foi mencionado por todos os professores bibliotecários que subiram ao palco, juntamente com os diretores dos agrupamentos, para receber os prémios.
O Agrupamento de Escolas Madeira Torres recebeu o prémio de mérito no valor de 1.500€ pelo seu trabalho que abrangeu de forma muito alargada, todo ao grupamento, desde o jardim de infância até ao ensino secundário, com desafios adequados a cada uma das idades. De facto, a prevenção da corrupção pode fazer-se, desde a primeira infância, estimulando uma tomada de consciência sobre comportamentos e sobre valores como a integridade, a lealdade e a responsabilidade.
Receberam também prémios pelos seus trabalhos em cada nível de ensino a Escola Profissional Artística do Alto Minho (prémio Ensino Secundário); a Escola Básica André de Resende do Agrupamento de Escolas Gabriel Pereira (prémio 3º ciclo); a Escola Básica de Santa Catarina do Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro (prémio 2º ciclo); e a Escola Básica da Conquinha do Agrupamento de Escolas Madeira Torres (prémio 1º ciclo).
Com a recente extinção do Conselho de Prevenção da Corrupção, que funcionava junto do Tribunal de Contas, as suas funções vão transitar para o recém-criado MNAC - Mecanismo Nacional Anticorrupção, sendo de prever que as iniciativas pedagógicas em torno desta temática se continuem a desenvolver e a expandir cada vez mais.
Olhão, a capital da Ria Formosa, tem uma população de cerca de 46.000 habitantes, e é conhecida pelo seu importante porto de pescas, pela sua paisagem única de ilhas, canais, dunas e lagoas, pelos seus mercados de tom avermelhado e por ser um destino popular entre os turistas que visitam o Algarve.
A cidade é rica em história e cultura, com um centro histórico encantador que oferece uma mistura de arquitetura tradicional portuguesa e influências mouriscas.
Olhão é cosmopolita e tradicional, animada e jovem. O número de crianças e jovens que frequentam as escolas de Olhão é de cerca de 6200 distribuídos por quatro agrupamentos de escolas e uma escola privada.
Em Olhão há Bibliotecas: dezasseis bibliotecas escolares, treze das quais integradas na Rede de Bibliotecas Escolares, uma Biblioteca Municipal, um Museu Municipal e um Arquivo Histórico.
A Rede de Bibliotecas de Olhão (RBO) abrange todas as bibliotecas do concelho e resulta de um trabalho colaborativo que se foi construindo e consolidando ao longo dos anos.
A RBO foi formalizada em 2016, com a assinatura do protocolo entre a autarquia, os agrupamentos de escolas e um colégio particular, mas o grupo de trabalho das bibliotecas de Olhão funciona, regularmente, desde 2002, com o desenvolvimento de algumas atividades conjuntas: concursos, mostras, jornadas, encontros com escritores e formação.
Esta rede define-se como uma estrutura de cooperação aberta à participação de todas as bibliotecas do concelho, visando o fortalecimento da ligação entre as mesmas e otimizando atividades e recursos através de uma parceria efetiva.
Os principais objetivos desta Rede, estabelecidos aquando da sua formalização, passam por:
- criação de um Portal, que efetive o acesso à informação em diversos suportes e estimule a difusão das ações desenvolvidas colaborativamente;
- enriquecimento do Catálogo Coletivo e sua disponibilização em linha, como forma de promover um mais rápido acesso aos recursos documentais e, simultaneamente, uma gestão integrada da coleção ao nível concelhio;
- criação de serviços e produtos digitais adequados aos interesses dos utilizadores;
- promoção e desenvolvimento colaborativo de projetos e atividades;
- partilha de recursos entre as bibliotecas parceiras.
O Plano de Atividades da RBO, elaborado anualmente, contempla diversas iniciativas e projetos, que vão desde a promoção da leitura, o desenvolvimento do currículo e das literacias (exposições, oficinas, encontros com escritores, palestras, concursos), até atividades de formação e gestão das coleções e do catálogo coletivo.
Ao nível da promoção da leitura e das literacias, destacam-se as seguintes atividades que ocorrem anualmente:
- Batalha dos livros - concurso de leitura que se realiza em todas escolas e níveis de escolaridade do concelho, desde 2008;
- Encontro com autores - anualmente, organiza-se a visita de um ou mais autores para todas as escolas;
- Ver para Ler - concurso de leitura e literacia dos media e da informação, destinado ao 3.º ciclo e secundário.
- Workshops de promoção e mediação da leitura com vários profissionais.
Quanto a atividades de gestão das bibliotecas, destaca- se o trabalho sistemático ao nível da:
- Formação em biblioteconomia e uso de plataformas de gestão documental;
- Monitorização e criação de manuais de procedimentos e outros documentos;
- Criação e atualização do catálogo coletivo.
A RBO conta com uma presença em linha bastante relevante, que inclui dois canais: um portal e uma rede social, dinamizados pelos seus membros.
O grupo de trabalho da Rede de Bibliotecas de Olhão é constituído por seis professores bibliotecários, um técnico superior representante da escola privada e a técnica superior representante do SABE (Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares) da Biblioteca Municipal. Neste grupo tem ainda presença assídua a Coordenadora Interconcelhia de Bibliotecas Escolares (RBE), que apoia o trabalho da Rede e colabora regularmente na concretização do seu plano de atividades.
A Rede de Bibliotecas de Olhão representa, a meu ver, o verdadeiro espírito de trabalho em rede, pois o grupo é coeso, focado nos objetivos a que se propõe, incentivando a participação de toda a equipa, sempre com uma forte preocupação no desenvolvimento dos hábitos e do prazer de ler e das aprendizagens dos alunos."
Decorreu, no dia 30 de maio, na Biblioteca Pública de Évora a 3ª edição do concurso de leitura expressiva “Leituras na Planície”.
O concurso foi organizado pelos professores bibliotecários dos Agrupamentos de Redondo, Moura, Portel, Manuel Ferreira Patrício (Évora), André de Gouveia (Évora) e Escola Secundária Poeta Al Berto (Sines), sendo coadjuvado pela Rede Bibliotecas Escolares através dos respetivos coordenadores interconcelhios.
Participaram nesta iniciativa 37 Agrupamentos de Escolas e estiveram na final 30 alunos (3 alunos por ano de escolaridade de todos os níveis de ensino).
Este ano o concurso teve como objetivos principais:
- A promoção do gosto pela leitura;
- O contacto com os livros;
- O desenvolvimento da expressividade/ leitura expressiva em voz alta.
Esta iniciativa decorreu em 3 fases:
1.ª Fase - Em sala de aula com os professores titulares de turma ou professores de Português: o professor selecionou 2 alunos por turma, os quais irão à 2.ª fase a realizar a nível do Agrupamento/ Escola;
2.ª Fase - Na Biblioteca Escolar sendo selecionado um aluno por ano de escolaridade;
A fase final foi constituída por dois momentos:
a) Prova de pré-seleção online - todos os alunos apurados na 2.ª fase gravaram um ficheiro áudio com a leitura do excerto do texto ou do poema das obras selecionadas para os respetivos anos de escolaridade.
b) Prova Final - no dia 30 de maio na Biblioteca Pública de Évora.
O júri da final foi constituído por um representante de cada uma das seguintes instituições: Rede de Bibliotecas Escolares, DGEstE-DSRA, Câmara Municipal de Évora, Câmara Municipal de Redondo, CFAE Beatriz Serpa Branco e por um Coordenador Interconcelhio RBE convidado.
A Biblioteca Pública de Évora proporcionou a todos os alunos participantes na final um momento de descoberta da Biblioteca através de um “caça ao tesouro” pelos diferentes espaços do edifício.
Foram momentos felizes, em torno da leitura, ao longo do ano letivo. Espera-se que a iniciativa volte no próximo ano com nova edição do Concurso.
O Agrupamento de Escolas de Nisa acolheu, nos dias 10 e 11 de maio, o VI Encontro Con.Raízes. Trata-se de um projeto dos professores bibliotecários da Rede Interconcelhia de Alter do Chão, Castelo de Vide, Crato, Gavião, Marvão, Nisa, e Ponte de Sor que visa promover o conhecimento, a partilha e a divulgação das diferentes manifestações culturais dos seus concelhos, contando com o apoio da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo. O Agrupamento do Crato não participou este ano, por questões de saúde da professora bibliotecária, mas está incluído neste grupo de trabalho.
Este ano foi convidado o Agrupamento de Escolas de Abrantes nº1.
O projeto, este ano sob a temática “Arte Con.Raízes”, explora diferentes vertentes do currículo local, numa articulação entre as turmas e respetivos docentes e as Bibliotecas Escolares.
Foram apresentados os seguintes projetos:
Agrupamento de Escolas de Abrantes nº1 – Escola Convidada
O projeto foi realizado ao longo do ano letivo, em articulação com a Biblioteca Escolar. Partimos da oliveira milenar (3350 anos) existente em Mouriscas, freguesia do concelho de Abrantes. As turmas envolvidas foram o 1.º e 2.º anos do EB de Mouriscas.
Os alunos trabalharam o tema “Da Oliveira ao azeite”, apanharam azeitona, assistiram à fabricação de capachos (nos lagares tradicionais, servem para separar o caldo que vai dar origem ao azeite), fizeram uma visita de estudo à Sifameca, teceram no tear e fizeram uma exposição.
No 2.º ciclo da Escola Básica e Secundária D. Miguel de Almeida estiveram envolvidas as disciplinas de Português e de Educação Visual, trabalharam o livro “A Oliveira do Mouchão”, através da arte de entrelaçar produziram mandalas que embelezaram a escola. O 3.º ciclo em Teatro dramatizou o conto “A Oliveira do Mouchão” extraído do livro de José Luís Peixoto “Onde” e reinterpretaram a arte do renascimento, através de Pixéis – experiência da cor.
As turmas de Artes do ensino secundário da Escola Básica e Secundária Solano de Abreu trabalharam o elemento vegetal e a arte de entrelaçar dando novas funções aos capachos.
As raízes da arte fundam o trabalho colaborativo, movem a Biblioteca Escolar e permitem aprendizagens profundas e enriquecedoras para os alunos partindo daquilo que é o local há milénios e torna a vida mais bela.
Agrupamento de Alter do Chão
A escola de Alter apresentou a sua artesã popular a D. Salete Crespo. A artesã, presente no encontro, apresentou alguns exemplares representativos do seu artesanato: Lâminas/Registos, Pirogravuras em madeira e pinturas a óleo. As peças expostas tinham um cunho tanto profano como religioso. Os alunos apresentaram o estudo que fizeram das peças e partilharam com os colegas as suas descobertas.
Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Alter do Chão
A apresentação “Riquezas da minha Terra” resultou da junção de vários projetos que decorreram na escola. No âmbito da disciplina de TTG os alunos do 12ºD deram continuidade à peça de teatro apresentada na edição anterior do Con.Raizes. A peça deste ano teve como únicas personagens D. João V, fundador da Coudelaria de Alter do Chão, e um aluno da EPDRAC. O diálogo que se estabeleceu entre ambos conduziu o público a refletir sobre o património material e imaterial do Alentejo e o papel da Mulher Alentejana na preservação das tradições.
Durante a peça de teatro foi possível assistir à atuação de um grupo coral composto por alunos de diversas turmas da escola que cantou 3 músicas alentejanas: Montinho, Ceifeira e Açorda. Durante a mesma foram apresentados os vídeos sobre o património alentejano e a mulher alentejana, desenvolvidos no âmbito da disciplina de Cidadania, da turma do 11º B, e o vídeo com que a turma do 12º C/D concorreu ao concurso GreenChef promovido pela DECO, o qual procurava promover o reaproveitamento de pão. A sua proposta incidia numa receita de migas com entrecosto.
Estiveram envolvidos neste projeto as disciplinas de Área de Integração, Inglês, Português, TTG e os alunos das turmas 10ºB, 11ºB, 11ºC/D e 12ºC/D
Agrupamento de Escolas de Gavião
A apresentação musical surge da longa tradição que o agrupamento tem na área da música. Sendo o tema do presente ano Artes e Ofícios, era importante mostrar um pouco do que se faz nesta área. Como a preocupação da escola vai sempre no sentido de trabalhar as temáticas de forma integrada e sem sobrecarregar os alunos, foi convidada esta turma (7ºano) que já estava a trabalhar a música tradicional no âmbito do projeto Etwinning, fazendo uma recolha centrada no Grupo de Cantares Terras de Guidintesta. Selecionada a canção, o trabalho da apresentação recaiu sobre o mentor de inglês e música.
Foi um trabalho construído ao longo das últimas semanas entre a biblioteca escolar, a disciplina de inglês, a mentoria de música e o projeto Etwinning.
Agrupamento de Marvão
O projeto Con.Raízes foi desenvolvido pelos alunos do 6.ºano, na disciplina de Português na qual elaboraram o guião da entrevista que iriam aplicar aos artesãos do concelho que os alunos decidiram entrevistar, pela sua importância e relevância. As entrevistas foram gravadas em vídeo e editadas e publicadas no youtube pela professora bibliotecária. Ainda na disciplina de Português, os alunos do 6.º ano escreveram textos poéticos reunidos na coletânea “Estas mãos”, em suporte papel e digital.
No Clube de Música, a partir da poesia popular marvanense, foram criadas canções populares. O projeto ainda não terminou, pois ainda se vai realizar um encontro, na biblioteca escolar, com todos os artesãos entrevistados e uma mostra dos seus trabalhos.
Agrupamento de Castelo de Vide
Os alunos do 6º ano do Agrupamento de Escolas de Castelo de Vide trabalharam nas disciplinas de Português (Expressão dramática no Ensino do Português) e Oferta Complementar/ Aprender com a Biblioteca Escolar, contando com a colaboração do Clube de Teatro e Dança do Agrupamento (orientado por Maria Belo Costa).
Depois de refletirem sobre o que é a Arte, prepararam diversas questões nas aulas de Português e entrevistaram duas artistas que já criaram raízes em Castelo de Vide: Raquel Salgueiro, vencedora da 8ª Edição do Prémio de Literatura Infantil do Pingo Doce, com o livro Assim como tu e Barbara Walraven, artista plástica holandesa que, neste ano letivo, é artista residente do Agrupamento de Escolas de Castelo de Vide, no âmbito do Plano Nacional das Artes.
Reunidas todas as informações, foi realizado o vídeo «À procura da Arte em Castelo de Vide».
Agrupamento de Escolas de Nisa
Com o projeto Os Artistas do Xisto o agrupamento partiu à descoberta da arte rupestre do vale do Tejo e da necessidade da sua preservação no concelho. Afinal, as suas raízes mais longínquas… estão aqui nas margens do rio Tejo! Esta ideia nasceu das conversas nas aulas de História e Geografia de Portugal – 5º ano de escolaridade - quando os alunos estudaram as primeiras comunidades humanas e as suas manifestações artísticas neste território!
Em DAC, enquanto área de confluência de trabalho interdisciplinar, e seguindo a metodologia de trabalho de projeto, os alunos partiram do que já sabiam e identificaram o que precisavam de saber melhor. Construiram um mapa de ideias, envolvendo as diferentes disciplinas (HGP, Mat., EdV, EdT, Port., CD, CN EdM e TIC).
Tendo a biblioteca escolar como parceria determinante, definimos os objetivos que nos propúnhamos atingir: compreender o conceito de património, pesquisar sobre a existência de gravuras rupestres nas margens do rio Tejo - freguesia de Montalvão; distinguir o tipo de gravuras; representar essas gravuras em diferentes materiais; estabelecer contactos com arqueólogos e historiadores que conheçam estas gravuras rupestres para os convidarmos a ir à escola; elaborar um questionário para compreender o conhecimento que as pessoas do concelho têm sobre este tipo de gravuras e, finalmente, dar a conhecer este tipo de arte à comunidade e alertar para a importância da sua preservação. Constituídos os cinco grupos de trabalho, foi tempo de deitar mãos à obra…
No final, avaliámos todo o processo e para enorme alegria de tod@s @s alun@s e
professor@s… o balanço não podia ser mais feliz!!
Agrupamento de Ponte de Sor
EB1/JI de Tramaga - “Do sobreiro à cortiça”
Os alunos da EB1/JI de Tramaga apresentaram um estudo sobre as potencialidades da cortiça, como matéria-prima do sobreiro, a árvore dominante no concelho. O currículo local como ponto de partida para as aprendizagens e a exploração do conhecimento junto dos mais velhos, são dois dos objetivos que nortearam o trabalho destes alunos do concelho de Ponte de Sor.
Escola Secundária de Ponte Sor
Ao longo do ano letivo 2022/23, o Grupo de Educação Especial da Escola Secundária de Ponte de Sor, em parceria com a Biblioteca Escolar, desenvolveu um trabalho interdisciplinar sobre a Orquestra de harmónicas de Ponte de Sor, com o objetivo de conhecer e dar a conhecer este grupo emblemático e “Con.Raízes” profundas na cidade de Ponte de Sor.
O Agrupamento de Escolas de Nisa agradece a representação da Rede de Bibliotecas Escolares. Um agradecimento também à União de Freguesias de Espírito Santo, Nª Srª da Graça e São Simão, a qual proporcionou um momento de convívio no final entre alunos e professores.
A todos os que, de diferentes formas, contribuíram para o sucesso do VI Encontro Con.Raízes, um enorme e sincero agradecimento.
O Agrupamento de Escolas de Ponte de Sôr prepara a 7ª edição desta partilha que já se consolidou nestes concelhos!
Entre 22 e 26 de maio, o Agrupamento de Escolas de S. Martinho do Porto recebeu quatro professoras catalãs no âmbito do programa Erasmus+learning agreement, promovido pelo CETE – European Consortium for Educational Transformation –, num Job Shadowing (KA121), cujos objetivos foram observar e conhecer as dinâmicas desenvolvidas pelas quatro bibliotecas do Agrupamento de Escolas S. Martinho do Porto.
A proposta desta mobilidade emanou do Programa Biblioteca Escolar Puntedu, do Departament d’ Educació, da Generalitat de Catalunya, tendo sido muito bem recebida pela Direção e comunidade educativa, que abriram as portas para uma partilha de experiências que enriqueceu as visitantes mas, também, todos os envolvidos.
Neste contexto, foi definido um programa semanal, que possibilitou às quatro professoras convidadas contactar com atividades desenvolvidas em turmas do Pré-escolar ao 7.º ano, nas Escolas Básicas de Alfeizerão, da Cela e de S. Martinho do Porto e na Escola Básica e Secundária de S. Martinho do Porto. Foi variada a oferta de atividades, nomeadamente no âmbito da promoção das literacias da leitura, da informação e dos media e da Educação para a Cidadania.
Durante a semana, as professoras Sònia Fernández Pérez e Montse Verdaguer Amat, da Escola La Farga (Salt, Girona), e Paula Gejo Chica e Irene Brugnoli Aluju, da Escola Àngels Alemany i Boris (Lloret de Mar, Girona), puderam conhecer os espaços, os projetos e as dinâmicas das várias bibliotecas escolares do Agrupamento de Escolas S. Martinho do Porto, bem como o Projeto Educativo do Agrupamento. Foram inteiradas, pela professora bibliotecária, Paula Príncipe, dos documentos organizacionais das Biblioteca Escolares, do apoio do programa da Rede de Bibliotecas Escolares para assegurar bibliotecas com espaços, recursos (humanos e materiais) e dinâmicas de aprendizagens que promovem o gosto pela leitura, o acesso, uso e produção de informação e conhecimento, em ambientes analógico, eletrónico e digital e, ainda, de outros programas nacionais, como o Plano Nacional de Leitura.
Apresenta-se um diário do Job Shadowing “Bibliotecas Escolares em observação”, que decorreu entre 22 e 26 de maio de 2023:
22 de maio
As professoras convidadas estiveram na Escola Básica e Secundária de S. Martinho do Porto, onde ficaram a conhecer o programa das Bibliotecas Escolares e o Agrupamento de Escolas de S. Martinho do Porto. Assistiram, também, a uma sessão do Clube de Leitura da escola sede, denominado “Apanhados da leitura” e coordenado pela professora Margarida Rodrigues, que decorreu na Biblioteca Escolar, e a aula de Complemento à Educação Artística (Oferta Complementar), de uma turma do 6º ano, na qual o professor David Amaral, de Educação Musical, amavelmente recriou a dança "Regadinho" com os participantes.
23 de maio
As professoras visitaram as escolas e as bibliotecas do 1.º ciclo do Agrupamento. À tarde, assistiram a outra sessão do Clube de Leitura da escola sede, dinamizada pela professora Maria José Duarte com outro grupo de alunos, tendo sido realizadas leituras em português, castelhano e catalão.
Seguiu-se uma sessão de promoção da Literacia da Informação, junto de uma turma do 6º ano (6ºD), numa articulação entre a Biblioteca Escolar e a sala de aula, neste caso a disciplina de Português. Na primeira parte da sessão, abordaram-se aspetos relacionados com os Direitos de Autor, Plágio e Licenças Creative Commons e, na segunda parte, os alunos testaram a ferramenta do Word para elaboração de uma bibliografia, já na Biblioteca Escolar, atividade que foi dinamizada pela professora bibliotecária. Esta tipologia de formação de alunos está prevista no PADDE (Plano de Ação de Desenvolvimento Digital da Escola), no qual a Biblioteca Escolar está fortemente envolvida.
24 de maio
De manhã, no Centro Escolar da Cela, as professoras conheceram a Biblioteca Escolar e assistiram a duas sessões à volta de livros, que envolveram o pré-escolar e as turmas do 1º e do 2º anos:
- uma sessão articulada entre a professora titular de turma, Tânia Moura, e a professora bibliotecária em torno do livro Corre, corre cabacinha, lido numa versão em português, pela professora Tânia Moura, e noutra em castelhano, por uma encarregada de educação de uma aluna da turma, tendo-se seguido o registo de palavras em castelhano em tablets;
- uma segunda sessão que apresentou, às crianças da turma do pré-escolar, o trabalho desenvolvido no âmbito de um DAC (Domínio de Articulação Curricular) com os alunos do 2.º ano, sob orientação da professora Sara Fortes, com base no livro O Peixe Arco-Íris, contando com a vertente da leitura e das expressões plásticas e dramáticas. Foi também lido um poema coletivo e textos de uma poetisa inspirada da turma. Os alunos do pré-escolar receberam dos colegas desenhos para colorir.
À tarde, no Centro Escolar de Alfeizerão, as professoras convidadas conheceram os novos espaços da Biblioteca Escolar, assistiram a uma sessão do projeto “Sinfonia dos Sons”, desenvolvido pelas professoras de Educação Especial, Fernanda Silva e Sandra Tempero, com uma turma do 1º ano, com a colaboração da professora titular de turma, Carla Susano, e da professora bibliotecária.
Houve, ainda, uma sessão de leitura na Biblioteca, na qual foi lido um conto catalão, terminando a tarde com requisições domiciliárias, por parte dos alunos do 4º ano da escola, em articulação com a professora titular de turma Isabel Almeida.
25 de maio
De manhã, na Escola Básica de S. Martinho do Porto, as professoras catalãs participaram nas atividades desenvolvidas no Agrupamento com parceiros externos, nomeadamente a Universidade de Coimbra, que conta com uma delegação em Alcobaça (CESUCA).
Assistiram a uma sessão articulada entre a professora titular da turma 23SMP, o Clube de Ciências do Agrupamento, a Biblioteca Escolar e a Universidade de Coimbra, destinada a alunos dos 3.º e 4.º anos.
Ao longo do dia, nas três sessões realizadas, a Professora Doutora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, Ana Cristina Tavares, promoveu o seu livro A alga que queria ser flor, da coleção Descobrir a Ciência, da Imprensa da Universidade de Coimbra, com a leitura do conto e posterior observação e experimentação de plantas.
26 de maio
Na Escola Básica e Secundária de S. Martinho do Porto, foi desenvolvida uma atividade de articulação entre a Biblioteca Escolar, uma docente de Inglês, Elsa Fernandes, e a diretora da turma envolvida, Lurdes Efe, com a participação prévia da professora de Português, Maria José Duarte. Os alunos da turma do 6ºC desenvolveram uma atividade sobre expressões idiomáticas bilingues, em inglês e em português, em suporte analógico e digital.
No mesmo dia, no auditório da escola, realizou-se uma sessão de promoção da leitura a partir da obra Daqui Ninguém Passa, na turma 5.ºB, numa aula de Matemática da professora Teresa Damásio. Começou por ser feita uma leitura autónoma a pares, seguida de uma reflexão sobre mensagens do livro, relacionadas com Cidadania/ Liberdade/ Autoridade/ Autoritarismo/ 25 de abril. Procedeu-se, posteriormente, a breves castings, terminando a atividade com uma dramatização que envolveu entusiasticamente todos os alunos da turma. Esta atividade insere-se na iniciativa “Escola a Ler”, na vertente de “Leitura Orientada”, tendo as professoras convidadas ficado a conhecer os objetivos e ações deste programa.
Houve, ainda, tempo para as professoras convidadas assistirem a uma breve sessão da atividade "10 Minutos a Ler" na turma 7ºD, numa aula de Inglês (professora Emanuelle Santos), um projeto inserido no Plano Anual de Atividades, sendo uma proposta do Plano Nacional de Leitura.
O programa semanal envolveu a comunidade educativa – equipa das bibliotecas escolares, direção do AE, professores, alunos, uma encarregada de educação, o Clube de Ciências do Agrupamento- e outros parceiros como a Universidade de Coimbra/ CESUCA (Centro de Estudos Superiores da Universidade de Coimbra em Alcobaça) e a Biblioteca Municipal de Alcobaça.
O balanço foi bastante positivo para todos os envolvidos, tendo mesmo as professoras catalãs verbalizado a intenção de replicar e/ou adaptar algumas das atividades e dinâmicas que puderam observar nas escolas onde exercem as suas funções, escolas do 1.º ciclo que, em Espanha, abrange do 1.º ano até ao 6.º ano. Salienta-se o facto de neste país, e na Catalunha em particular, não existir a figura do professor bibliotecário com o enquadramento institucional e pedagógico que existe em Portugal.
Para o Agrupamento foi um prazer receber as professoras catalãs durante uma semana em que a aprendizagem, a partilha e a camaradagem andaram de mãos dadas para ir ao encontro das novas demandas dos alunos da sociedade atual.
Por Filomena Lima, professora bibliotecária do AE D. Maria II - Cacém, Sintra
Silêncio. Ouvem-se, de tempos a tempos, palavras murmuradas e, por vezes, umas risadinhas, lá no fundo, na zona onde abundam os livros de literatura, verdadeiros cofres do tesouro repletos de palavras que estão ali, contidas, à espera de que eles sejam abertos, e que essas palavras se libertem e esvoacem pelo espaço da biblioteca e dali para o átrio, para o recreio, para as salas de aula.
Silêncio. O mundo das bibliotecas era feito de silêncio e de silêncios e, ao mínimo ruído, o “chiiiuu” da assistente operacional impunha o estudo, a leitura silenciosa, a reflexão.
Intervalo. Agitação. Alun@s que entram e que requisitam e entregam livros. Alun@s que se sentam para conversar com alguns dos que fazem parte do seu grupo e que encontraram no espaço da biblioteca o local ideal para o fazer. Um espaço agradável, atraente, e onde até podem fazer “tricot” enquanto outras alunas aproveitam para ler mais umas páginas daquele livro que as está a arrebatar. E @s outr@s que se lançam para o Jardim das Leituras, se sentam na relva, recostados nas almofadas e nos pufes e mergulham nos seus dispositivos móveis como se não houvesse outro mundo, ou até amanhã. E ainda aqueles e aquelas que precisam de fazer uma pesquisa…
- Uma pesquisa?! Em dez minutos!!!
- É muito rápido, professora. É só acabarmos aqui o nosso PPT.
E lá se ouvem algumas palavras da professora bibliotecária, que vão encurtando os 10 minutos de pesquisa, mas que pretendem sensibilizar, formar, apontar outros caminhos e ajudar, sobretudo ajudar estes alunos. São tantos os alunos que precisam de ajuda. São tant@s aqueles e aquelas que, apesar de tudo o que se faz, precisam de uma palavra só para si, para conseguirem chegar lá, onde nós gostaríamos que eles chegassem.
E, de repente, eis que entra um grupo de alunos que não vem pesquisar, não vem refugiar-se no telemóvel, não vem ler, não vem fazer “tricot”, não vem estudar.
E tudo para. Subitamente, a música inunda a biblioteca e tudo parece ficar suspenso no tempo e no espaço. Ouve-se uma melodia que tod@s conhecem, e tod@s se viram para lá, para esse sítio onde ele está, encostado à parede, e por cima do qual notas musicais se desprendem e parecem querer chegar ao céu. E o seu banquinho, aproveitado de uma antiga sala de trabalhos oficinais, e cujo tampo de madeira, duro e desgastado pelo tempo, foi forrado, por nós, claro, com um tecido estampado com livros, muitos livros de várias cores e tamanhos, porque, sim, estamos na biblioteca.
“Mamaaa, Just killed a man, Put a gun against his head, pulled my trigger, Now he's dead…”
É um aluno diagnosticado com problemas do espetro do autismo que está a tocar. Sabe várias melodias de cor e quase todos os dias vem à biblioteca, sobretudo para tocar.
Foi em abril de 2019. O ano maldito. Para nós foi o ano em que, quando ninguém ainda poderia adivinhar o pesadelo que se aproximava, recebemos o “nosso” “Gaveau” de Paris, registado com o número A86 no Grande Estabelecimento de Pianos, Órgãos, Instrumentos Musicais, Cordas e Acessórios de Lisboa. Foi doado pela sua legítima possuidora, psicóloga no nosso estabelecimento de ensino, à biblioteca da Escola Básica e Secundária de Gama Barros, no Cacém.
Vinha um pouco maltratado. A passagem do tempo é mesmo algo a que nada, nem ninguém, consegue escapar. Tentámos recuperá-lo. Recebêmo-lo com tanta expetativa, mas também com algum receio.
Seria uma boa opção? Pensei várias vezes antes de dizer o sim definitivo.
- Sim, vamos querer ter o piano na nossa biblioteca. Disse eu, um dia, nessa primavera, ao Diretor da escola, que viu o potencial deste maravilhoso instrumento musical para o nosso espaço.
E o silêncio metamorfoseou-se em melodias. Umas vezes, melodias harmoniosas, fruto daqueles que frequentam o ensino articulado e aprendem a tocar piano, e de muitos outros que recorrem ao Youtube para tentar aprender a tocar, vítimas de uma sociedade injusta, cega perante alguns talentos, e que não permite às famílias pagar as aulas de música.
Outras vezes, melodias menos agradáveis. Mas ainda assim, reflexo de que há uma vontade de aprender, de conseguir reproduzir temas muito simples, por tentativa e erro, com a ajuda do telemóvel.
Há já duas ou três teclas que não funcionam. Infelizmente, não há dinheiro para afinar o piano. Que pena! Mas vamos continuar a tentar encontrar uma solução porque o silêncio de outrora deu lugar à música na nossa biblioteca escolar.
Filomena Lima Professora Bibliotecária da Escola Básica e Secundária de Gama Barros Agrupamento de Escolas D. Maria II - Cacém
1 - *Qualquer semelhança entre o título desta rubrica e a obra Retalhos da vida de um médico, não é pura coincidência; é uma vénia a Fernando Namora.
2 - Esta rubrica visa apresentar apontamentos breves do quotidiano dos professores bibliotecários, sem qualquer preocupação cronológica, científica ou outra. Trata-se simplesmente da partilha informal de vivências.
3 - Se é professor bibliotecário e gostaria de partilhar um “retalho”, poderá fazê-lo, submetendo este formulário.
Com o aparecimento, em outubro de 2022, de modelos de linguagem (LLM - large language model) generativa, como o chatGPT ou o Bing Chat, o mundo passou a evoluir ainda mais velozmente. Essa mudança tem e terá, inegavelmente, repercussões vincadas na forma como aprendemos e ensinamos.
A inteligência artificial (IA) já está (omni)presente nas nossas vidas há muito, porém a inteligência artificial generativa abriu um mundo de possibilidades cuja direção e impactos ainda desconhecemos. Por ora, torna-se fundamental conhecer as suas potencialidades, as suas limitações e os desafios que coloca ao processo de ensino e de aprendizagem da escola do século XXI. Os alunos já utilizam modelos de linguagem generativa para aceder e criar informação, entre outras criações exclusivamente humanas, mas estarão efetivamente a transformar essas informações em conhecimento?
Segundo Lawton [1], um modelo de linguagem (LLM) é um tipo de inteligência artificial (IA) que usa técnicas de aprendizagem profunda e conjuntos de dados massivamente grandes para entender, resumir, gerar e prever novo conteúdo. Trata-se de um tipo de IA generativa especificamente arquitetado para gerar conteúdo baseado em texto. Por isso, ao contrário do que sucede com os motores de busca, exige interação linguística, capacidade de “conversação”, na linha do diálogo socrático, capacidade de gerar respostas que devem ser validadas com sentido crítico.
Marco Neves, num webinar intitulado “Potenciar o ChatGPT para melhorar a Aprendizagem: 12 Técnicas e Práticas Eficazes” [2], salienta que a maior frustração com estes modelos não decorre tanto das respostas dadas, mas antes da incapacidade de colocar as perguntas devidas que otimizem o seu feedback e output e, ainda, de adotar uma postura crítica face aos mesmos. Há que considerar o facto de plataformas como o chatGPT ou o Chat do BING operarem em enormes dataset de informação recolhida na Internet, por isso, não são sistemas infalíveis, apesar de parecerem.
Face ao exposto, impõe-se treinar competências que habilitem os alunos a serem pró-ativos, críticos, rigorosos e estratégicos na interação com chatbots, entre outras ferramentas suportadas por LLM, e alterar muitos dos procedimentos e metodologias de ensino.
Algumas ferramentas de AI generativa:
1- ChatGPT (3 e 4) - Modelo de linguagem avançado da OpenAI que pode gerar texto coerente e relevante em resposta a prompts fornecidos pelo utilizador.
2- Chat do Bing - Assistente virtual desenvolvido pela Microsoft para ajudar os utilizadores a encontrar respostas e informações, usando o motor de busca Bing.
3- Chat da Poe - Plataforma de chatbot alimentada por IA desenvolvida pela Quora, por meio da qual se acede a uma variedade de modelos de linguagem avançados (uns grátis outros pagos), incluindo o GPT-4 e GPT-3.5 Turbo.
4- Perplexity AI - Ferramenta de pesquisa interativa que usa IA para ajudar os utilizadores a encontrar respostas para as suas perguntas, usando um copiloto.
10 regras de ouro
No já referido webinar, Marco Neves partilha 10 regras “de ouro” para interagir com estes modelos de linguagem, de modo a explorar eficazmente as potencialidades desses sistemas.
1-Ser específico - Formular claramente a pergunta ou a solicitação (através da respetiva prompt, que deve saber "provocar“ outputs) para contextualizar e ajudar o Chatbot a entender o que se pretende e, deste modo, apresentar respostas relevantes e de qualidade.
2-Fornecer o contexto - Disponibilizar o máximo de contexto e informações de fundo possíveis na solicitação (prompt) para ajudar o chatbot a gerar respostas mais contextualizadas, precisas e coerentes.
3-Atribuir um papel - Especificar um papel para o chatbot na prompt (como, por exemplo, professor, especialista, aluno do 3.º ciclo ou do ensino secundário…) para o ajudar na produção de respostas mais focadas e relevantes que atendam às expectativas.
4-Definir o público-alvo - Identificar claramente o público-alvo para o conteúdo que se deseja que o Chatbot produza. lsso ajudá-lo-á a adaptar a linguagem, o tom e o grau de complexidade da resposta considerando o público-alvo apontado.
5-Estabelecer o formato - Indicar o formato desejado para o conteúdo a ser produzido como, por exemplo, uma apresentação oral, um plano de aula, um ensaio, um relatório, um e-mail…, de modo a ajudar o chatbot a estruturar a resposta de forma adequada, para corresponder ao que se pretende.
6-Ajustar o tom e o estilo - Especificar o tom e o estilo que se deseja que o sistema adote no conteúdo a produzir (por exemplo formal, informal, técnico, humorístico ou persuasivo), para garantir que o conteúdo produzido esteja em linha com o que se espera.
7-Explorar vários ângulos- Se as respostas não forem satisfatórias, há que fazer a mesma pergunta a partir de diferentes perspetivas ou pontos de vista para reunir informações mais diversas e abrangentes.
8-Reformular, se necessário - Se não estivermos satisfeitos com a resposta inicial, devemos reformular a prompt, fornecendo mais contexto para obter uma resposta mais adequada.
9-Verificar as informações - Verificar sempre as informações produzidas pelo chatbot, pois estas nem sempre são precisas ou atualizadas. Deve-se cruzar as informações obtidas (cross-checking) com fontes confiáveis.
10-Ter consciência dos limites de conhecimento - Ter presente que as informações destas ferramentas não são infalíveis: no caso do chatGPT-3, está limitado aos dados de treino, que é 2021; no caso do chat do Bing, já acede a informação em tempo real. Por isso, importa ter isso em atenção ao pedir informações que necessitem de informação atualizada.
Em síntese, impõe-se considerar as ferramentas de IA generativa como ferramentas pedagógicas para apoiar o ensino e a aprendizagem, exigindo capacidade analítica e crítica (critical thinking), resiliência e uma abordagem ética, competências e capacidades que devem ser trabalhadas no contexto escolar.Ao longo da história da humanidade, o Homem soube adaptar-se aos vários desafios e a educação, que hoje dispõe de inúmeras ferramentas digitais, exige mais um grande esforço. Carlos Ceia [3] defende que “temos [educadores e cientistas] de aprender a dominar este novo mundo de ferramentas de assistentes de IA, ou perderemos o voo do futuro em que a maioria dos nossos estudantes já fez o check-in”. Sublinha a necessidade de os educadores acompanharem a evolução da AI de mente aberta, sendo cada vez mais humanos nas suas ações e, desse modo, tudo o que for ensinado terá um resultado que nenhum computador conseguirá emular.