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Blogue RBE

Qua | 20.10.21

Desenho e conceção de um cartaz na prática do professor bibliotecário | O texto e o formato

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O Texto

O texto deve estar organizado em diferentes categorias, conforme a sua importância (hierarquia da informação):

Texto principal é bem legível numa primeira leitura. Deve ser muito curto e direto e, preferencialmente, fácil de pronunciar e memorizar.

Texto auxiliar ou comentário é o que se vê (lê) numa segunda leitura. Dá informações sobre datas, locais ou características…

Texto complementar é legível numa leitura mais próxima e demorada (numa terceira leitura). Dá informações adicionais relacionadas com o promotor da mensagem (ministério, escola, biblioteca municipal) patrocínios e o autor.

O tipo de letra (font) é de grande importância. Este não deve ser complexo ou ter demasiados arabescos. O tipo de letra deve ser simples para permitir uma leitura rápida.

Há um conjunto de tipos de letra (à volta de 20) que são os mais utilizados pelos profissionais e que garantem uma boa leitura (ler em: https://bit.ly/3vdYtut).

Por norma, as fonts estão em livre acesso, desde que não sejam usadas para fins comerciais. Podemos pesquisas fonts em diversos sítios na internet, como por exemplo Font Dinner, 1001 fonts, dafont.com ou Google fonts.

Torna-se mais fácil escolher o tipo de letra na própria página da net, pois aí podemos digitar o texto que pretendemos adicionar ao cartaz e observar o resultado visual.

Não podemos esquecer que, se pretendemos fazer o cartaz recorrendo a um programa instalado no computador (e não online), devemos fechar o programa, instalar o tipo de letra; só assim o tipo de letra ficará disponível.

 

O formato

Onde pretendemos divulgar o cartaz?

O cartaz é tradicionalmente concebido para ser impresso e afixado numa parede e, por norma, tem um formato retangular, com uma orientação vertical (A2, A1…). Este formato e orientação são os que oferecem melhor leitura e facilidade de organização dos elementos gráficos.  Mas, se o objetivo é fazer a divulgação através de uma televisão, então o nosso suporte deverá ter uma proporção de 16:9 e orientação horizontal (repare que um cartaz no seu formato tradicional, colocado ao centro de um ecrã de TV, ocupará sensivelmente 1/3, reduzindo-se grandemente o seu impacto).

Como princípio de trabalho devemos ter como referência os seguintes formatos: A3 (mínimo) / 16:9 (320X180 - mínimo) já que a dimensão do suporte digital (ou folha) irá determinar a qualidade da imagem final.

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Paulo Rodrigues
(prof. bibliotecário)
Escola Básica Carlos Ribeiro
Agrupamento de Escolas de Pinhal de Frades

Ter | 19.10.21

Desenho e conceção de um cartaz na prática do professor bibliotecário | A imagem ou forma principal

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“Uma imagem vale mais do que mil palavras”.

A imagem central de um cartaz deve ser sugestiva e identificar-se com o público-alvo – deve despertar o interesse. Poderá ser o gatilho que fixa a atenção do nosso público-alvo e desperta a curiosidade relativamente ao evento ou iniciativa que pretendemos promover.

A imagem deve estar diretamente relacionada com o evento e/ou a ideia que lhe pretendemos associar.

Dentro da composição, por norma, a imagem ocupa mais espaço do que o texto e a sua leitura depende do contraste com os outros elementos. No entanto, podemos ter situações em que o texto ocupa a quase totalidade do cartaz, assumindo o papel principal.

Devemos ter em atenção que a imagem (digital) tem que ter uma boa definição. Uma imagem de tamanho pequeno terá como resultado a pixelização da mesma, quer na leitura em ecrãs, quer quando impressa.

Depois de encontrada a imagem central ou principal, podemos equacionar se vamos utilizar a totalidade da mesma; ou se poderá ser interessante reenquadrar ou utilizar apenas parte dessa imagem, o que poderá facilitar a composição final, ou até mesmo ser capaz de despertar maior curiosidade.

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A imagem central pode ser um desenho ou fotografia original, mas muitas vezes é retirada da internet. Nesse caso, devemos ter em atenção a questão dos direitos de autor, verificando se a imagem é de livre utilização, ou se a sua utilização está de algum modo condicionada.

Uma normal pesquisa de imagens irá devolver-nos, como resultado, uma quantidade enorme de imagens que foram utilizadas e reutilizadas, tendo-se perdido a referência ao seu autor. De modo a evitar este problema, podemos recorrer a sites que disponibilizam bancos de imagens, sendo que muitos deles requerem pagamento ou assinatura. Em alternativa, podemos usar sites ou aplicações que permitem a construção do próprio cartaz e onde são disponibilizadas imagens de livre acesso ( Canva em: https://www.canva.com/pt_pt/criar/poster/; AdobeSpark em https://www.adobe.com/br/express/create/poster ; Venngage em https://pt.venngage.com/features/criar-cartaz ).

Paulo Rodrigues
(prof. bibliotecário)
Escola Básica Carlos Ribeiro
Agrupamento de Escolas de Pinhal de Frades

Seg | 18.10.21

Desenho e conceção de um cartaz na prática do professor bibliotecário | Como começar?

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Divulgar as atividades e iniciativas das nossas bibliotecas é uma tarefa muito importante. Por norma, recorremos a cartazes ou imagens digitais que podem ser poderosos instrumentos de marketing e que pretendem comunicar com um determinado público-alvo (crianças, jovens, encarregados de educação...). Muitas vezes são o rosto das próprias iniciativas, passando uma primeira ideia das mesmas (divertidas, misteriosas, aventureiras…).

Os cartazes têm um papel importante, se forem eficazes, capaz de passar a informação e/ou de aliciar ou persuadir o público-alvo a participar, envolvendo-se nas iniciativas. O seu sucesso depende da forma como é concebido e executado, o que numa escola, ganha particular importância pedagógica, dado que os alunos, certamente, irão fazer os seus cartazes segundo os critérios ou princípios que conseguem observar nos que são expostos no seu ambiente escolar.

Torna-se, assim, pertinente que sejamos capazes de refletir sobre as nossas práticas, de modo a que possamos, de forma crítica, melhorar e facilitar a tarefa de divulgação dos nossos eventos, iniciativas ou simples informações.

Não será possível fazer aqui uma abordagem exaustiva, mas vamos deixar várias pistas que permitem avaliar as opções tomadas ao longo da conceção de um cartaz, melhorando o seu impacto visual.

No nosso dia-a-dia, somos constantemente invadidos por imagens, quer através da comunicação social e da internet, associadas ou não a publicidade, quer nos cartazes, em outdoors ou múpis, que são afixados nas ruas das nossas vilas e cidades. Estas imagens devem merecer a nossa particular atenção, pois são pensadas e desenhadas por profissionais – designers gráficos – com os quais temos sempre muito para aprender.

O cartaz deve atrair a atenção do observador e permitir uma leitura muito rápida. Repare-se que quando estamos a fazer scroll numa página da internet, apenas paramos nas imagens que nos prendem a atenção de imediato. O mesmo se passa com um cartaz ou imagem que seja colocada na rua: nós passamos e só paramos se algo conseguir despertar o nosso interesse. Quer isto dizer, que não devemos tentar passar toda a informação de igual modo (o que não permitiria a leitura muito rápida). Esta deve ser hierarquizada conforme a sua importância, jogando com a dimensão, posição e características visuais dos diferentes elementos gráficos (forma, cor, paleta de cores selecionada…) facilitando diferentes níveis de leitura e consequentemente uma boa leitura visual.

Um cartaz deve passar uma mensagem simples (texto curto e bem legível). Normalmente, é constituído por imagem e texto que, no seu conjunto deve constituir um produto apelativo, primando pela simplicidade de organização dos elementos, por um conjunto de cores harmoniosas e pela sua originalidade.  

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Como começar?

Antes de mais, devemos ter sempre presente as respostas às seguintes questões que vão determinar o desenho e conceção do cartaz:

- Qual a mensagem a transmitir? Qual o objetivo? (passar informação, passar uma ideia, publicitar um evento…)

- A quem se destina? Qual o público alvo? (crianças, jovens, encarregados de educação…)

- Qual a melhor forma de chegar a esse público-alvo?

- Onde vai ser divulgado? (afixado numa parede, nas redes sociais, na página web da BE…).

 

Paulo Rodrigues
(prof. bibliotecário)
Escola Básica Carlos Ribeiro
Agrupamento de Escolas de Pinhal de Frades

Seg | 18.10.21

Redesenhar o papel do professor na escola e na comunidade

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De acordo com o relatório Education at a Glance 2021 1, as condições de trabalho dos professores e o investimento público são fatores fundamentais para a qualidade e equidade da educação.

Os salários dos recursos humanos das escolas, particularmente professores e diretores, são a maior despesa pública em educação. Poderiam ser fonte de atração pelos profissionais, mas em Portugal, de acordo com a Portugal Country Note 2021 2, evidenciam desigualdade e são reduzidos face às elevadas qualificações que exigem.

Na OCDE os salários aumentam com a progressão na carreira e número de anos de ensino - em 2020 os salários dos professores, do pré-escolar ao secundário, com qualificações máximas e no topo da carreira eram 86% a 91% superiores aos educadores/ professores com qualificações mínimas e no início de carreira. Em Portugal a desigualdade salarial pode atingir 116%, embora a maioria dos professores receba vencimentos intermédios.

Na OCDE, entre 2005 e 2020, os salários de professores com 15 anos de experiência e qualificações mais frequentes, aumentaram 2% (ensino básico) a 3% (ensino secundário), apesar da crise financeira de 2008, mas em Portugal diminuíram 6%. O número de horas letivas anuais é mais reduzido em Portugal do que na OCDE – a grande variação ocorre no pré-escolar: em 2020 os educadores trabalharam menos 104 horas – mas este fator por si dificilmente justifica a não atualização salarial.

Outro dos problemas é o envelhecimento docente que, segundo o relatório, pode colocar “muitos governos sob pressão para recrutar novos professores”. A idade aumenta com o nível de ensino e, em Portugal, a média de idades é superior aos países da OCDE – em 2019, 44% dos professores do 1.º e 2.º ciclos tinham 50 anos e a média da OCDE é 33%.

Em Portugal, o Conselho Nacional de Educação estima que até 2030 mais de 50 mil docentes (metade dos do quadro) poderão aposentar-se 3 e tem apelado à “integração urgente de mais professores no sistema para obviar a falta que já se faz sentir, possibilitando ao mesmo tempo o rejuvenescimento dos quadros e o aumento da estabilidade dos docentes nas escolas” 4. Em março solicitou que o Plano de Recuperação e Resiliência contemplasse verba para formar e atrair mais professores.

Acresce a esta situação a falta, em Portugal, de candidatos para cursos superiores de Educação: em 2021 entraram apenas 1100 e muitos não serão professores - o número de estudantes inscritos nestes cursos caiu cerca de 70% desde o início do século: passaram de 51.224 em 2001/ 2002 para 13.781 o ano passado 5. Este fator expressa a pouca atratividade e reconhecimento social da profissão. Um estudo da OCDE de 2018 evidencia que as perceções dos professores sobre o valor da profissão docente são reduzidas, designadamente em Portugal: 6 a 9% dos professores “concordam” ou “concordam totalmente” que a sua profissão é valorizada na sociedade (a média da OCDE é 26%) 6.

Para além de baixos vencimentos e falta de valorização social, as dificuldades em ingressar e progredir (existência de quotas) na carreira pode desmotivar estes profissionais e novos candidatos.

Para tornar os sistemas educativos capazes de alcançar maior qualidade e equidade em situações de crise pandémica, climática ou outras, a OCDE e a Education International, federação global de sindicatos de professores, estabeleceu um conjunto de 10 princípios 7 que podem orientar a cooperação internacional e local das autoridades, organizações e profissionais da educação na procura de soluções para a recuperação e crescimento na educação e sociedade.

Nos múltiplos papeis que a escola e a comunidade reservam aos professores – facilitadores, pares, líderes, mentores, tutores… - é importante que saibam, rápida e constantemente, atualizar-se, adaptar ensino e estratégias de aprendizagem a novas circunstâncias, responder a necessidades sociais e emocionais, desenvolver experimentação e micro-inovações/ estruturas de aprendizagem, fomentar uma cultura de aprendizagem. Por conseguinte, o documento sublinha que “O bem-estar dos professores é parte integrante do bem-estar dos alunos”, tendo “efeito nos resultados dos alunos” e da escola, devem ser “plenamente reconhecidos, recompensados e valorizados” e é necessário “rever condições de trabalho dos professores, a fim de identificar áreas que precisam ser melhoradas”.

De acordo com este documento, no futuro, os países devem preparar-se para desenvolver três tipos de ensino em simultâneo, de modo a garantir a continuidade da aprendizagem dos alunos: na escola (especialmente importante nos primeiros anos), híbrida e digital. A OCDE admite a construção de uma infraestrutura de aprendizagem à distância, segura, coerente, interoperável (pode funcionar com outras soluções) e multimodal (com ferramentas de aulas virtuais, aprendizagem em linha, tutoria inteligente, educação televisiva, radiofónica e de comunicação social) com recursos e experiências de aprendizagem para dentro e fora da escola, que permita variedade de oportunidades e inclua canais de retorno eficazes entre professores, alunos, líderes escolares e comunidade – a sua criação e avaliação deve envolver todas as partes interessadas, sobretudo professores e deve conter contribuições e curadoria da comunidade de aprendizagem em linha (crowd-sourcing/ crowd-curation). Considerando os efeitos da pandemia, propõe ainda “a criação de uma estratégia sistémica para aprendizagem dos professores com base em lições da pandemia”.

 

Referências

1. Organisation for Economic Co-operation and Development. (September 16, 2021). Education at a Glance 2021: Executive Summary. https://www.oecd-ilibrary.org/sites/b35a14e5-en/index.html?itemId=/content/publication/b35a14e5-en

2. Organisation for Economic Co-operation and Development. (September 16, 2021). Education at a Glance 2021: Portugal - Country Note. https://www.dgeec.mec.pt/np4/%7B$clientServletPath%7D/?newsId=1278&fileName=EAG_2021_Country_Note_Portugal_em_l_ngua.pdf

3. Conselho Nacional de Educação. (julho, 2019). Regime de Seleção e Recrutamento do Pessoal Docente da Educação Pré-escolar ao Ensino Secundário. https://www.cnedu.pt/content/noticias/estudos/Estudo_Selecao_e_Recrutamento_de_Docentes.pdf

4. Conselho Nacional de Educação. (dezembro, 2020). Estado da Educação 2019. https://www.cnedu.pt/content/edicoes/estado_da_educacao/EE2019_Digital_Site.pdf

5. Público. (2 de outubro, 2021). Número dos que estudam para ser professor caiu 70% desde o início do século. https://www.publico.pt/2021/10/02/sociedade/noticia/numero-estudam-professor-caiu-70-desde-inicio-seculo-1979559

6. Organisation for Economic Co-operation and Development. (23 de marco, 2018). TALIS 2018 Results: Teachers and School Leaders as Valued Professionals (vol. 2). https://www.oecd.org/education/talis-2018-results-volume-ii-19cf08df-en.htm

7. Organisation for Economic Co-operation and Development; Education International. (2021). Principles for an Effective and Equitable Educational Recovery. https://www.oecd.org/education/ten-principles-effective-equitable-covid-recovery.htm

Fonte da imagem: Organisation for Economic Co-operation and Development. (2021). Principles for an Effective and Equitable Educational Recovery. https://www.oecd.org/education/ten-principles-effective-equitable-covid-recovery.htm

Sex | 15.10.21

Education at a Glance 2021 | O nível socioeconómico pode determinar quem queres ser?

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A página principal do relatório anual da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Education at a Glance 2021 1, que inclui uma versão relativa a cada país, Portugal Country Note 2 e, este ano, o relatório O Estado da Educação Global – 18 meses de pandemia 3, parte de uma situação inquietante - quase um paradoxo - vivida globalmente, que induz ao questionamento do propósito da educação: garantir mobilidade social, dando a todos, ao longo da vida, iguais oportunidades e meios de desenvolvimento e realização.

Tal como foram os sistemas educativos de baixo desempenho os que encerraram por mais longos períodos, também foram “As crianças de contextos desfavorecidos que tiveram maior probabilidade de perder o horário escolar e não ter recursos para uma aprendizagem remota eficaz.” Nas palavras de Andreas Schleicher, Diretor de Educação e Competências da OCDE, “Os alunos de origens privilegiadas, apoiados por seus pais e ansiosos e capazes de aprender, poderiam encontrar seu caminho além das portas fechadas da escola para oportunidades alternativas de aprendizagem. Aqueles de origens desfavorecidas frequentemente permaneciam fechados quando suas escolas fechavam“.

A pandemia Covid-19 permitiu observar, em tempo real, o alargamento e aprofundamento das desigualdades de origem – socioeconómicas, de género, migração, condições de trabalho dos professores… - e os relatórios mostram que, apesar da situação de partida dos alunos tender a persistir, inclusive quando frequentam a escola, a  educação é a forma mais eficaz de modificar o passado/ destino, “criando condições de concorrência mais equitativas para que pessoas de todas as idades adquiram as competências que impulsionam empregos e vidas melhores”4

Nos países da OCDE o ensino secundário é o nível básico com que se espera que os jovens contribuam para a sociedade e entrem no mercado de trabalho. No entanto, “um em cada cinco adultos na OCDE não o concluiu e, em alguns países, uma parcela significativa das crianças abandona a escola precocemente.” Entre os fatores que influenciam o desempenho educacional, o socioeconómico tem, sobretudo nos jovens de 15 anos, impacto maior do que género ou país de origem, influenciando a escolha do curso e oportunidades de emprego. 5

Alunos cujos pais não têm habilitações superiores escolhem mais frequentemente cursos de dupla certificação, com formação mais técnica e prática, em vez de cursos gerais científico-humanísticos dirigidos para prosseguimento de estudos na universidade. Segundo o relatório do país, “Em Portugal, os estudantes sem qualquer progenitor com formação superior representavam 40% dos alunos matriculados em cursos de dupla certificação do ensino secundário, em comparação com 47% entre os matriculados em cursos de carácter geral”. De acordo com o Sumário Executivo do relatório global, “Em 2020, a taxa de desemprego dos jovens adultos que não concluíram o ensino secundário era quase duas vezes maior do que a daqueles com qualificações mais altas”.

O estatuto socioeconómico pode influenciar o acesso à educação, particularmente em níveis de ensino não obrigatórios, como primeira infância e ensino superior.

O estudo, A Pobreza em Portugal: Trajetos e Quotidianos 6 mostra que “a categoria social mais afetada pela pobreza” – e crises em geral - são crianças e jovens. A Estratégia Nacional de Combate à Pobreza 2021-2030 propõe a integração do pré-escolar no ensino obrigatório a partir dos três anos, e não dos seis como atualmente, bem como o reforço dos apoios à frequência de creches e pré-escolar para crianças com menores recursos 7.

Em Portugal os privados investem no pré-escolar 34% da sua despesa total, enquanto a média da OCDE é 17%. Na educação superior financiam 34%, em comparação com 30% da média da OCDE.

Educação na primeira infância e ensino superior são áreas da educação que, dentro de cada país, apresentam maiores desigualdades entre regiões – em Portugal as variações no acesso ao pré-escolar situam-se entre 83% e 100% e a população com habilitações superiores oscila entre 16% (Região Autónoma dos Açores) e 38% (Área Metropolitana de Lisboa). O fator socioeconómico também condiciona a possibilidade de os alunos do ensino superior estudarem no estrangeiro, que é menor em situação de reduzido nível económico - em Portugal 10% dos estudantes do ensino superior são, em 2019, internacionais e a tendência é aumentar.

O maior desígnio da humanidade é “Até 2030, garantir que todas as meninas e meninos completam o ensino primário e secundário que deve ser de acesso livre, equitativo e de qualidade” 8 e que proporcione, equitativamente, poder e meios humanos para a recuperação e aceleração local e global.

A educação contribui realmente para diminuir desigualdades de acesso a recursos e oportunidades?

Ou as condições em que os indivíduos nascem determinam até onde podem ir/ os seus sonhos?

A educação tem o poder de transformar?

… A biblioteca escolar pode escutar testemunhos e histórias de problemas e soluções de crianças, jovens e da comunidade, exprimindo como participa na mudança destes indicadores.

 

Referências

1. Organisation for Economic Co-operation and Development. (September 16, 2021). Education at a Glance 2021: OECD Indicators. https://www.oecd.org/coronavirus/en/education-equity

2. Organisation for Economic Co-operation and Development. (September 16, 2021). Education at a Glance 2021: Portugal - Country Note. https://www.dgeec.mec.pt/np4/%7B$clientServletPath%7D/?newsId=1278&fileName=EAG_2021_Country_Note_Portugal_em_l_ngua.pdf

3. Organisation for Economic Co-operation and Development. (September 16, 2021). The State of Global Education - 18 Months into the Pandemic. https://www.oecd-ilibrary.org/education/the-state-of-global-education_1a23bb23-en

4. Organisation for Economic Co-operation and Development. (September 16, 2021). Education at a Glance 2021: OECD Indicators. https://www.oecd.org/coronavirus/en/education-equity

5. Organisation for Economic Co-operation and Development OECD. (September 16, 2021). Education at a Glance 2021: Executive Summary. https://www.oecd-ilibrary.org/sites/b35a14e5-en/index.html?itemId=/content/publication/b35a14e5-en

6. Fundação Francisco Manuel dos Santos. (abril, 2021). A Pobreza em Portugal: Trajetos e Quotidianos. https://www.ffms.pt/publicacoes/grupo-estudos/5364/a-pobreza-em-portugal-trajectos-e-quotidianos

7. Público. (4 de outubro, 2021). Governo quer escolaridade obrigatória a começar aos três anos de idade. https://www.publico.pt/2021/10/04/sociedade/noticia/governo-quer-escolaridade-obrigatoria-comecar-tres-anos-idade-1979741

8. Organização das Nações Unidas (2021). Objetivos de desenvolvimento sustentável: 4. Educação de qualidade. https://unric.org/pt/objetivo-4-educacao-de-qualidade-2/

 

Fonte da imagem: OECD. (2021, 17 November). Education at a Glance 2021. https://www.oecd-ilibrary.org/education/education-at-a-glance-2021_b35a14e5-en

Qui | 14.10.21

O projeto Clássicos em Rede está novamente em marcha!

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Desde o início, este projeto tem um leque de intenções que incluem, entre outras, o “desenvolvimento de atividades de exploração de temas da Cultura Clássica”; ou “a criação de guiões de exploração de obras versando sobre a Cultura Clássica”, como se lê no Protocolo assinado em 2017 entre a Rede de Bibliotecas Escolares e a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Nos seus primeiros anos, o projeto arrancou essencialmente com duas vertentes: a organização de sessões nas escolas por investigadores de cultura clássica; e a organização das Olimpíadas da Cultura Clássica. Com a pandemia, a primeira vertente tornou-se impossível de concretizar, mas as Olimpíadas prosseguiram, até porque já vinham sendo realizadas em formato digital, nomeadamente ao nível dos desafios escritos, com recurso à aplicação Socrative.

Em 2021-22, ultrapassadas as fases de maiores restrições, diversas iniciativas irão ser desenvolvidas, a seu tempo anunciadas. Para já, a 22 de novembro abrem inscrições para as Olimpíadas convidando, como sempre, todas as escolas públicas e privados a motivar os seus alunos do 4º ao 12º anos. A inscrição far-se-á mediante o preenchimento dos formulários que estarão disponíveis no portal RBE.

Tendo em conta que, neste ano letivo, deverá ser dada uma especial atenção e prioridade à recuperação das aprendizagens, decidiu-se que os temas a concurso serão apenas dois para os escalões etários mais novos. Apenas os alunos do ensino secundário terão 3 temas.

Na mesma linha, é importante reforçar que todos os temas das Olimpíadas podem e devem ser trabalhados em articulação com o currículo, nas suas diferentes áreas, desde a Língua e Literatura Portuguesa, à História, à Expressão Dramática ou à Educação Visual e Tecnológica. Essa articulação atesta a presença da Cultura Clássica nas mais variadas áreas do conhecimento e da cultura atuais.

Veja todos os pormenores do regulamento no portal RBE.

Qui | 14.10.21

Centro Internet Segura lança eBook sobre parentalidade e tecnologia

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Numa altura em que o Mês Europeu da Cibersegurança teve início, o Centro Internet Segura (CIS) anuncia o lançamento de um novo recurso – o eBook “Pais, filhos & tecnologia”. A publicação, lançada em parceria com a revista Forum Estudante, pretende garantir a pais e educadores mais informação sobre o peso da tecnologia na vida e no crescimento das crianças, abrindo espaço a várias opiniões e pontos de vista sobre o tema.

O papel dos pais, encarregados de educação e educadores na mediação da relação dos mais jovens com a tecnologia é o foco deste novo eBook, que apresenta várias estratégias parentais para regulação do uso da Internet, ao mesmo tempo que detalha alguns dos vários estilos parentais existentes neste particular.

O eBook “Pais, filhos & tecnologia” inclui ainda capítulos sobre a infância e a parentalidade contemporânea, aprofundado o tema do crescimento com a tecnologia e da importância do papel dos pais e encarregados de educação. De igual forma, são deixadas algumas dicas e conselhos que podem facilitar a mediação da relação das crianças com a tecnologia, com destaque para fenómenos como redes sociais, jogos online ou tablets e smartphones.

Tendo em conta esta abordagem, a publicação é sobretudo destinada a pais, encarregados de educação e educadores. Contudo, será também adequada para qualquer interessado nesta temática, nomeadamente os mais jovens. O novo eBook está assim integrado na missão do Centro Internet Segura enquanto estrutura que visa a promoção do uso responsável, consciente e saudável da Internet em Portugal.

Através desta nova publicação é ainda possível aos leitores ficar a conhecer melhor os canais gratuitos que o CIS coloca à disposição para apoio e esclarecimento sobre utilização segura da Internet (Linha Internet Segura) e para denúncia de conteúdos ilegais online (através de formulário).

Pode ler e consultar o ebook aqui.

Qua | 13.10.21

Bibliotecas Escolares e o gosto da leitura

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Por Aida Alves, Diretora da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, Braga

Esta crónica aborda o tema das Bibliotecas Escolares, celebradas no mês de outubro internacionalmente pela IASL (International Association of School Librarianship) e a nível nacional pelo Ministério da Educação/ Rede de Bibliotecas Escolares (RBE). Estas bibliotecas têm tido um papel fundamental na criação de hábitos de leitura nas crianças e jovens desde os primeiros anos de escola até ao ensino secundário.

Da nossa infância e juventude, na década de 80, guardamos a memória de, nos 5° e 6° anos, existir a prática de empréstimo de livros no seio da turma. Estas trocas e empréstimos aconteciam habitualmente nas aulas de Português, onde havia um aluno responsável pela troca de livros entre os colegas que registava manualmente estas operações. Desta forma, criava-se o impulso à leitura, partilhando as leituras em formato de Clube de Leitura. Será nestas idades que se desenvolve o gosto pela leitura, pelo livro e consequentemente o bom hábito de frequentar bibliotecas. Já nessa altura se começa a perceber que os gostos dos futuros leitores são variados. Alguns são consumidores vorazes de banda desenhada, associando sempre a imagem às palavras, outros leem narrativas de ficção, literatura do fantástico e aventuras. Uns procuram livros com uma componente mais temática (ciências, futebol, artes), outros procuram livros onde a complexidade das palavras e do discurso os obriga a imaginar, a partir de ideias abstratas. Ao fim e ao cabo talvez estas escolhas reflitam já a personalidade de cada um e permitam antever outras escolhas que irão ser feitas no futuro, como a profissão, hobbies e modos de vida. Nesse sentido, as bibliotecas escolares proporcionam as primeiras manifestações da personalidade dos indivíduos e permitem um conhecimento antecipado do eu, do interior mais pessoal de cada um. E, um livro, é sempre um professor, um amigo, um confidente, uma janela aberta para o mundo. Nos livros viajamos sem sair fisicamente do mesmo lugar. Nos livros vamos mais além, em todas as dimensões do ser humano.

A celebração do Mês Internacional da Biblioteca Escolar (MIBE), contempla todas as bibliotecas escolares em todo o mundo, sendo uma oportunidade para darem a conhecer o trabalho que desenvolvem e mostrarem que não são apenas um serviço, mas um espaço dinâmico vital nas escolas. No mês de outubro, a RBE lança um desafio às bibliotecas que consiste na recriação artística de contos de fadas e contos tradicionais de todo o mundo, a qual pode assumir diferentes formas, como a dramatização, o espetáculo musical, exibição de filmes, desenho ou pintura, trabalho tridimensional ou performance de leitura em voz alta. O importante não é a forma de expressão, mas apenas a própria expressão em si. Tudo é válido e, na recriação, o importante não são os meios, mas sim os fins.

Esta perspetiva globalista, ao abordar o imaginário de diversos países, continentes e regiões é aglutinadora do ser humano, não como cidadão, mas como ente vivo, a que se associa uma cultura, uma voz, uma imaginação. Afinal, o ser humano é apenas um, e é essa a perspetiva que importa reter. O mundo não se constrói a partir das diferenças, mas sim das muitas semelhanças que todos encerramos.

No concelho de Braga, as Bibliotecas Escolares estão organizadas numa rede de trabalho mais alargada intitulada Rede de Bibliotecas de Braga (RBB). É uma rede que foi inicialmente formalizada pelo Ministério da Educação e o Município de Braga em 2012, integrando para além das bibliotecas escolares, a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, as bibliotecas de duas juntas de freguesia e a Casa do Professor. Julgamos que esta rede contribui de forma consistente para integrar o cidadão leitor ao longo da vida, proporcionando-lhe múltiplas experiências de aprendizagem e de consolidação de literacias fundamentais para uma sociedade baseada no conhecimento, num espaço de partilha, de respeito, de honestidade intelectual, de afetos.

Artigo publicado originalmente no Correio do Minho, 30/09/2021. https://correiodominho.pt/edicoes/

Ter | 12.10.21

SOBE+ desafia as Bibliotecas Escolares

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Em Outubro, o SOBE+ associa-se às comemorações do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares (MIBE), este ano subordinado ao tema “Contos de fadas e contos tradicionais de todo o mundo”.

O tema do MIBE é um pretexto para trabalhar, a partir da leitura e dos materiais/ recursos disponibilizados no portal SOBE+, ou outros, o tema da saúde oral.

Desafiamos os alunos do pré-escolar e/ ou do 1.º e 2.º ano do ensino básico a recriar um conto de fadas ou um conto tradicional em que uma das personagens tenha um problema relacionado com a saúde oral.

Os trabalhos produzidos neste âmbito, em formato podcast, vídeo ou desenho, podem ser partilhados através de formulário, até 29 de outubro. A partilha é limitada a um trabalho em cada categoria, por Agrupamento.  

Os três trabalhos mais criativos em cada categoria serão partilhados no portal do projeto.

E porque a criatividade é o limite, aceitam o desafio?

Ter | 12.10.21

Education at a Glance 2021

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Education at a Glance é a principal fonte internacional de estatísticas nacionais comparáveis que medem o estado da educação no mundo. Publicado anualmente, analisa a estrutura, financiamento e desempenho dos sistemas de educação dos 37 Países Membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) 1 e economias parceiras.

A edição 2021, publicada a 16 de setembro, no contexto da pandemia Covid-19, mantém o nível de análise crítica habitual e inclui um relatório sobre efeitos da Covid-19 na educação, para além de versão nova e interativa 2 e uma relativa a cada país, Portugal Country Note (traduzida para português) 3.

Tem por foco a equidade na educação, analisando algumas das suas dimensões - nível socioeconómico, género, país de origem, condições de trabalho dos professores – objeto dos três artigos do blogue sobre o relatório.

“Em Portugal, 5,6% dos alunos matriculados nos cursos gerais do 3.º ciclo do ensino básico e 7,2% dos alunos matriculados nos cursos científico-humanísticos do ensino secundário, repetiram um ano de escolaridade em 2019 [a média da OCDE é 1,9% e 3%]” e a maioria são rapazes – por exemplo, no 3.º ciclo, correspondem a 60% das reprovações; no secundário diminuiu para 52% (a média da OCDE é 57%), afirma a versão nacional do relatório.

Os rapazes também têm mais tendência - na OCDE e em Portugal - a escolherem, no secundário, cursos de dupla certificação, em vez de cursos científico-humanísticos – em Portugal são opção de 55% das raparigas – e a ingressar menos no ensino superior – em Portugal 49% das mulheres de 25 a 34 anos têm qualificação de nível superior em 2020, em comparação com 35% dos homens.

Na OCDE tem vindo a aumentar a procura do ensino superior, sobretudo por parte de jovens mulheres entre 25 e 34 anos: em 2020, 52% de jovens têm qualificação superior, em comparação com 39% dos seus pares masculinos; em Portugal a probabilidade é ascendente, mas menor (49% e 35%, respetivamente).

Nas licenciaturas em ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM), essenciais para economias do futuro, mulheres estão sub-representadas na OCDE e em Portugal, onde em 2019 representavam 29% (engenharia, indústrias transformadoras, construção) e 17% (tecnologias de informação e comunicação); em contrapartida, são 77% dos novos inscritos em educação e 71% dos professores. À medida que o nível de ensino superior aumenta, a proporção de mulheres diminui – na OCDE, em 2020, 45% realizou o doutoramento.

Apesar do elevado nível de qualificação, aproveitamento e realização nos estabelecimentos de ensino, jovens mulheres, sobretudo sem secundário completo, têm maior probabilidade de:

- Desemprego: Em Portugal, em 2020, 35% das mulheres entre os 25 e os 34 anos estavam desempregadas, para 20% dos homens – a OCDE regista menor diferença de género 57% e 31%, respetivamente;

- Baixos salários: Mulheres entre os 25 e 64 anos têm média de rendimentos que corresponde a 76% - 78% dos rendimentos dos homens e, em Portugal, a desigualdade salarial entre sexos é maior entre licenciados: as mulheres têm rendimentos equivalentes a 73% do que recebem os homens.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) sublinha que meninas e jovens mulheres adultas frequentando presencialmente estabelecimentos escolares “diminui casos de violência, negligência, fome”, gravidez precoce, impedindo-as de aumentarem o trabalho doméstico não remunerado e abandonarem a escola – a falta de acesso à escola pode gerar “retrocesso na condição social de milhares de alunas” 4.

Para além do género, o país de origem também é determinante no acesso a emprego digno com salário justo e a educação/ formação de qualidade ao longo da vida. Domínio da língua do país de destino, dificuldades de reconhecimento de diplomas dos países de origem e falta de competências para mercado de trabalho são dificuldades que migrantes enfrentam no país de destino.

Na OCDE, em 2020, adultos de 25 a 64 anos provenientes de outro país têm maior probabilidade de não terem diploma do secundário (22%), não tirarem uma licenciatura (14%), tornarem-se NEET (Not in Education, Employment, or Training/ Não estão na Educação, Emprego ou Formação), aceitarem salário mais baixo e, por isso, a sua taxa de emprego com baixo nível de qualificações é mais elevada. A probabilidade de estar empregado aumenta com as habilitações, mas para 86% de adultos empregados com habilitações de nível superior, há 79% de adultos nascidos no estrangeiro. Os que chegam em idade precoce, estudam e obtêm diplomas reconhecidos no país de acolhimento, tendo menor risco de se tornar NEET.

Na OCDE, entre janeiro de 2020 e maio de 2021, quanto mais elevado o nível de educação, mais dias as escolas fecharam: 55 dias na educação pré-primária e mais de 100 dias no ensino secundário e superior (estes num quarto dos países estiveram totalmente fechados mais de 150 dias). Education at a Glance 2021 sublinha que o fecho das escolas e a alteração para o ensino à distância “foi particularmente desafiadora para crianças desfavorecidas que não tinham acesso a materiais de aprendizagem ou que não tinham um ambiente de aprendizagem de apoio em casa [pais com formação e disponibilidade, ferramentas de aprendizagem digital, espaço tranquilo para estudar em casa…]” 5.

Atualmente a maioria dos países reabriu as escolas, mas “Os sistemas de educação precisam prestar muita atenção para evitar que a educação cada vez mais digital amplie ainda mais as desigualdades existentes no acesso e na qualidade da aprendizagem6, pelo que precisamos repensar o modelo de escola e aprendizagem que queremos para um futuro mais justo.

 

Referências:

1. Organisation for Economic Co-operation and Development. (s.d.). OECD: Together, we create better policies for better lives. https://www.oecd.org/

2. Organisation for Economic Co-operation and Development. (September 16, 2021). Education at a Glance 2021: Executive Summary. https://www.oecd-ilibrary.org/sites/b35a14e5-en/index.html?itemId=/content/publication/b35a14e5-en

3. Organisation for Economic Co-operation and Development. (September 16, 2021). Education at a Glance 2021: Portugal - Country Note. https://www.dgeec.mec.pt/np4/%7B$clientServletPath%7D/?newsId=1278&fileName=EAG_2021_Country_Note_Portugal_em_l_ngua.pdf

4. Gomes, A., Balmant, O. (24 de setembro, 2021). 'Nova escola' depois da pandemia impõe desafios. https://www.terra.com.br/noticias/educacao/nova-escola-depois-da-pandemia-impoe-desafios,4f9ba7fd110b10ebb8bc2b54292b10adgw6a6zf0.html

ONU News. (27 de julho, 2021). Com escolas fechadas, crianças sofrem com violência e maior risco de gravidez. https://news.un.org/pt/story/2021/07/1758032

5. Doumet, M. (September 16, 2021). OECD Education and Skills Today: Six key takeaways on equity from Education at a Glance 2021. https://oecdedutoday.com/six-key-takeaways-equity-education-2021/

6. Organisation for Economic Co-operation and Development. (s.d.). Equity in education: Strengthening educational opportunities. https://www.oecd.org/coronavirus/en/education-equity

 

Fonte da imagem: OECD. (2021, 17 November). Education at a Glance 2021. https://www.oecd-ilibrary.org/education/education-at-a-glance-2021_b35a14e5-en