Imagem: Fernando Pessoa no Martinho da Arcada Fernando Pessoa nasceu a 13 de junho de 1888 e faleceu a 30 de novembro de 1935. Assinalamos este último dia e o escritor com o poema Ah, abram-me outra realidade! , do heterónimo Álvaro de Campos. Foi seleccionado no Banco de Poesia da Casa Fernando Pessoa. Ah, abram-me outra realidade! Quero ter, como Blake, a contiguidade dos anjos E ter visões por almoço. Quero encontrar as fadas na rua! Quero desimaginar-me deste mundo feito com garras, Desta civilização feita com pregos. Quero viver, como uma bandeira à brisa, Símbolo de qualquer coisa no alto de uma coisa qualquer! Depois encerrem-me onde queiram. Meu coração verdadeiro continuará velando Pano brasonado a esfinges, No alto do mastro da visões Aos quatro ventos do Mistério. O Norte — o que todos querem O Sul — o que todos desejam O Este — de onde tudo vem O Oeste — aonde tudo finda —Os quatro ventos do místico ar da civilização —Os quatro modos de não ter razão, e de entender o mundo Álvaro de Campos Poesia , Assírio & Alvim, ed. Teresa Rita Lopes, 2002
Já só tem até às 19h de hoje para ir à Biblioteca Nacional usufruir da compra de títulos publicados pela BNP até 2011 e de algumas edições Inapa, com descontos que vão até 80%. Livros de variados temas de história, literatura, história do livro, da ciência e das artes, e muitos outros, em catálogos e roteiros de exposições, bibliografias, guias e inventários, fac-similes e edições críticas, disponíveis a preços muito reduzidos. Também pode consultar o catálogo da feira e fazer as encomendas, ainda hoje, por correio eletrónico.
No novo livro que publicou Uma cultura da informação para o universo digital, José Afonso Furtado aborda as questões pertinentes criadas pelas TIC - crescimento exponencial da informação, iliteracia de grupos significativos de cidadãos, fratura digital....- que exigem, segundo o autor, uma ética da informação. E considera que, com a avalanche de informação em que vivemos, as bibliotecas são cada vez mais necessárias. Pode ler a entrevista que José Afonso Furtado concedeu ao Público aqui >>.
(...) os livros aparecem como a terceira fonte na procura de informação global, atrás das sebentas/ slides e dos apontamentos próprios, e que no ano letivo 2010-2011, em média, os estudantes compraram 2,1 livros, fotocopiaram 2,9 livros e fizeram download de 0,7 livros.
Uma análise de clusters do comportamento dos estudantes deixou clara a existência de quatro segmentos aqui designados por:
» Os “originais” (21%) – estudantes que preferem livros originais;
» Os “slidistas” (20%) – estudantes que recorrem sobretudo a sebentas/slides;
» Os “fotocopieiros” (45%) – estudantes que recorrem repetidamente a fotocopia de livros;
» Os “mistos” (14%) – estudantes que se encontram numa posicao intermedia, e que tanto compram livros como utilizam sebentas ou fotocopiam livros.
Apenas 3% dos estudantes dizem desconhecer a lei da proibição da fotocópia; no entanto, perto de 90% da amostra afirma recorrer a cópia de livros por ser indiferente à lei (22%) ou porque o preço é mais baixo (68%).
Cada estudante terá fotocopiado, em média, e no ano letivo 2010/2011, livros no valor de 105,90 €, sendo este valor muito superior em Lisboa e no Porto (125 €) face ao resto do pais (95,40 €). (...)
Aunque parezca que a la sociedad 2.0 ya no se interesa tanto por las publicaciones en formato físico en favor de la inmediatez online, son muchos los que se empeñan en demostrar que ambas opciones no son antagónicas sino complementarias - afirmações que resumem o artigo de Héctor Llanos Martínez na revista eletrónica SModa (El País), que pode ler aqui >>.
Walter Hugo Mãe foi escolhido como vencedor do Prémio Portugal Telecom de Literatura 2012, um prémio a que se podiam candidatar obras do género romance, poesia e conto/crónica, escritas em língua portuguesa e publicadas no Brasil em 2011.
José Afonso Furtado e Gustavo Cardoso estão, neste momento, na Livraria Almedina do Atrium Saldanha (Lisboa), a debater o livro recentemente lançado pelo primeiro: Uma cultura da informação para o universo digital. Na sinopse da obra, edição da Fundação Francisco Manuel dos Santos, lê-se:
O termo literacia é hoje aceite para designar a persistente dificuldade de percentagens significativas da população dominarem as competências de leitura, escrita e cálculo. Diversas medidas institucionais não conseguiram erradicar este fenómeno, origem de preocupantes desigualdades, a que a emergência de novos ambientes digitais veio ainda acrescentar maior complexidade. A informação é agora criada, registada e armazenada em suportes digitais e circula em infra-estruturas e redes globais. Se é certo que tal pode representar enormes oportunidades para o desenvolvimento individual e colectivo, tem contudo gerado novas desigualdades, que se sobrepoem e reconfiguram as anteriores. A noção de “fractura digital” designa então as dificuldades na interacção com as tecnologias e no acesso a recursos de informação, cuja produção é exponencial e de dimensão difícil de abranger e gerir. Responder aos desafios do universo digital, que transformará todas as facetas da nossa vida, exige uma ética e uma cultura da informação para a inclusão social. Na edição do Públicode hoje, José Afonso Furtado fala do livro e das questões que este aborda num artigo intitulado O Google pode deixar-nos sózinhos.
Na passada 6ª feira, 23 de novembro, o Media Lab ofereceu um programa especial aos alunos que ali se deslocaram para fazer o seu jornal, guiados pela mão de jornalistas e colaboradores do Diário de Notícias (DN). Integrada na Semana da Ciência e Tecnologia, a sessão contou, no início, com a presença do Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, ele próprio matemático e, desde há anos, conhecido divulgador de ciência. O diretor do DN, João Marcelino e a presidente do programa Ciência Viva, Rosália Vargas, foram as outras duas presenças marcantes na inauguração do novo workshop temático: Falando de ciências. Em todos os workshopsMedia Lab há sempre a abordagem de algumas questões de literacia mediática: importância da informação; fiabilidade dos conteúdos, nomeadamente conteúdos da web; o que é uma notícia e como se faz; e, finalmente, as diferentes secções de um jornal e a sua elaboração. Como este workshop se destinava a que os alunos trabalhassem o tema da ciência nas páginas e notícias a criar, este momento prévio foi seguido de uma conferência intitulada Ciência e tecnologia na prevenção dos riscos, em que o Prof. Jorge Proença, do Instituto Superior Técnico, falou sobre sismologia, explicou quais as zonas de maior risco em Portugal e os sistemas anti-sísmicos usados na construção de edifícios. Apresentou ainda os reforços sísmicos introduzidos em algumas das nossas escolas secundárias intervencionadas pela Parque Escolar (ver a publicação Reforço sísmico de edifícios escolares). No final da conferência, os alunos da EB23 António Sérgio (Cacém) e do AE D. Filipa de Lencastre (Lisboa) foram novamente encaminhados para a redação Media Lab, para porem mãos à tarefa de produzir um jornal. As páginas impressas, os vídeos e os podcasts produzidos pelos jovens aprendizes de jornalismo estão disponíveis aqui >>
As publicações da Fundação Gulbenkian voltam a estar em destaque na Festa dos Livros Gulbenkian 2012, entre os dias 29 de novembro e 23 de dezembro, na loja do Museu e na livraria da Sede. De terça-feira a domingo, entre as 10h e as 20h, podem ser encontradas edições da Fundação Gulbenkian a preços especiais. À semelhança dos anos anteriores, serão também apresentadas algumas obras que marcaram o ano editorial (...). Haverá, ainda, conferências sobre essas edições mais marcantes de 2012.