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Blogue RBE

Sex | 05.07.24

Abracadabra – Um livro na tua mão

De mãos dadas com os ODS. Um exemplo de articulação BM/BE

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O projeto Abracadabra um livro na tua mão, da responsabilidade da Biblioteca Municipal de Alenquer (BMA) em articulação com as bibliotecas escolares do concelho e dos seus professores bibliotecários, assenta na criação de caixas com livros, que circulam trimestralmente, de forma a apoiar os jardins-de-infância e escolas básicas.

Dado o isolamento de muitas famílias e as dificuldades sociais e económicas dum meio ainda muito rural, este projeto pretende colmatar lacunas ao nível da promoção do livro e das literacias, incentivando a leitura lúdica e o acesso ao conhecimento, levando uma maior diversidade de livros aos pequenos leitores, complementando o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelas bibliotecas escolares.

Sendo um projeto de continuidade, iniciado em setembro de 2020, tem uma temática definida anualmente. No presente ano letivo, o tema escolhido foi De mãos dadas com os ODS. Cada caixa é única, constituída por uma diversidade de obras, cujas temáticas cruzam os propósitos da agenda 20|30. O usufruto das obras pelos pequenos leitores acontece em contexto de sala de aula e/ou em família, de acordo com o critério do docente responsável pelo grupo.

Desta forma, a equipa das Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas Visconde de Chanceleiros dá continuidade à divulgação do propósito desta agenda, suscitando nos mais novos um espírito de missão que visa apoiar a sustentabilidade do planeta.

Desde o início do projeto, a equipa de biblioteca deste agrupamento acompanha a distribuição das caixas com atividades de promoção da leitura estruturadas de acordo com o tema anual e que podem ser visualizadas na página institucional.

Neste agrupamento, esta articulação surge com maior evidência na medida em que todos os estabelecimentos de ensino do pré-escolar e do primeiro ciclo aderiram ao projeto. No final do ano letivo, as salas abrangidas colaboram ativamente na realização de trabalhos artísticos, relacionados com as obras exploradas que dão origem a uma exposição anual promovida na BMA. Testemunha-se uma estreita e consolidada articulação entre biblioteca municipal e bibliotecas escolares, fruto dum trabalho criteriosamente projetado em rede.

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São objetivos deste projeto: apoiar os estabelecimentos de ensino e as famílias no domínio das literacias; promover o livro enquanto ferramenta para a construção do saber; facultar acesso à componente lúdica; promover a Biblioteca Municipal de Alenquer e os serviços que presta à comunidade; reforçar e consolidar os hábitos de leitura; aproximar as crianças ao objeto livro; combater o insucesso escolar; facultar a possibilidade de ler por prazer; fomentar a articulação entre BM e BE; apoiar os docentes na sua prática pedagógica.

Este projeto insere-se também na visão do Município de Alenquer enquanto Município Educador.

Para implementação do projeto são necessários os seguintes meios:

  • - humanos: equipa da biblioteca municipal e das bibliotecas escolares; um motorista afeto ao serviço de transportes do município;
  • - financeiros: aquisição de caixas de madeira, sacos de pano e reforço do acervo documental; materiais de desgaste facultados pelas direções de agrupamento de escolas.

Assente no fornecimento de caixas de livros para as crianças esta é, igualmente, uma forma de chegar aos adultos, quer a docentes, quer a encarregados de educação, que (re)descobrem a biblioteca municipal e que passam a utilizar os serviços que esta presta à comunidade, simultaneamente valorizando o trabalho desenvolvido pelas bibliotecas escolares.

Saiba mais:

Eugénia Maria Baltazar (Técnica Superior/Coordenadora da BM de Alenquer)
Sandra Rebelo Marques (Professora Bibliotecária AE Visconde de Chanceleiros)

📷Crédito da imagem de capa do artigo: Gualdim G, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons. A imagem foi adaptada, acrescentando-se a imagem da rubrica deste blogue Trabalhamos juntos. É republicada sob licença CC BY-SA 4.0.

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Este trabalho está licenciado sob licença: CC BY-NC-SA 4.0

Qui | 04.07.24

O dia em que chover para sempre

por Otelinda Rodrigues Vieira, Pseudónimo

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Falar da importância da leitura é como falar da importância da chuva, todos sabem quão importante ela é. Todos a desejam, sobretudo quando escasseia e ninguém sabe como obtê-la na justa medida e de modo a satisfazer todos.

A falta de chuva deixa os terrenos improdutivos, um mundo sem leitura é terreno seco estéril onde não há lugar para a reflexão nem para a cidadania participada. Onde não há lugar para o sucesso escolar, o desenvolvimento pessoal nem para o conhecimento. Assim todos pedimos chuva. Mas como se faz para chover? Todos queremos leitores. Mas como se faz um leitor?

Surgem as bibliotecas. Oásis na desértica aridez da falta de leitura?

As primeiras bibliotecas surgem naquela avidez e avareza humana de guardar bens preciosos longe dos olhares e da cobiça alheia e, transformam-se em armazéns de tesouros que não se deixa ninguém tocar, como água pura em reservatório, guardado por exército forte e bem guarnecido de regras inescrutáveis ao comum dos mortais.

As grandes bibliotecas mantiveram-se largos anos baús de tesouros que todos sabiam importantes, mas ninguém ousava tocar. Água estancada, apodrecia de não ser remexida e acabava não servindo ninguém.

Um dia, surgiram as escolas e com elas um mínimo de necessidade de haver livros para alguém estudar, para se decorarem lições de pátria e família para mostrar o que papaguear, erudição postiça de não saber nada da vida, erudição de clichés e ordens cegas dadas a cumprir.

Quando as bibliotecas escolares nascem, seguem os preceitos das ancestrais e fazem-se de armários altos, portas de rede ou de vidro, com fechaduras e cadeados.

E, num novo “25 de abril”, alguém disse – a água estagnada apodrece, vamos abrir as portas aos livros!

Este ‘Gutenberg’ que atirou a pedra no charco tirou o exército das portas da biblioteca e pôs flores e cadeiras confortáveis e sorrisos a receber todos os que quisessem ler tudo o que já tinha sido escrito e escrever o que ainda há de vir. Guardamos a água no cântaro, na garrafa, mas regamos as plantas ou bebemo-la dentro do prazo.

Juntámos os livros nas bibliotecas, mas damo-los a ler rapidamente, irrigamos as mentes e ajudamos a brotar conhecimento. Fazemos com que os livros cheguem a muitos e esses muitos venham cada vez mais às bibliotecas, a todas as bibliotecas e se sintam bem e queiram voltar.

Como fazer chover? Respeitar a natureza e os ciclos da vida ajuda. Deixar a água aberta para o Sol a fazer subir aos céus também.

Como fazer leitores? Deixar os livros em campo aberto, à mão de semear, e respeitar os gostos e ritmos de cada um ajuda.

Mais do que isto, também não sei.

Posso procurar num livro.

Otelinda Rodrigues Vieira
Pseudónimo

📷 https://www.rawpixel.com/ 

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Este trabalho está licenciado sob licença: CC BY-NC-SA 4.0

Qua | 03.07.24

Renovação da biblioteca: ambiente inovador e acolhedor

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Renovação da Biblioteca Escolar da E.B. de Paredes de Coura proporciona ambiente inovador e acolhedor para os alunos

A biblioteca escolar da EB de Paredes de Coura nasceu em 2007 feita de paredes muito coloridas e vibrantes, mas passados 15 anos, uma resposta de qualidade à missão da biblioteca definida nas diretrizes do Programa da RBE tornou-se um desafio.

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Neste contexto, fruto do excelente trabalho colaborativo entre autarquia, diretora do agrupamento, professora bibliotecária e Rede de Bibliotecas Escolares, foi pensada a renovação desta biblioteca escolar de modo a flexibilizar o espaço, alinhando-o com o paradigma de trabalho da escola do século XXI e em que se procurou o aproveitamento eficaz de toda a área, transformando-a num espaço multifuncional onde coexistem as diversas áreas funcionais, potenciando a criação de novos ambientes de aprendizagem através da utilização dos media e do digital, rentabilizando os recursos já existentes.

Entre julho e agosto 2023 as obras foram realizadas e permitiram que: 

 >  a parede de compartimentação existente na biblioteca, que criava duas zonas distintas, mas ligadas por uma porta, fosse parcialmente eliminada para permitir que as diferentes áreas funcionais fossem mais fluidas e reconfiguradas à medida das diversas solicitações, passando todo o espaço a estar visível para a assistente da biblioteca;

 >  as estantes periféricas da área de leitura e da parede de compartimentação fossem eliminadas;

 >  as tomadas de chão muito danificadas fossem desativadas e substituídas por uma calha técnica na periferia das paredes para aumentar e flexibilizar a colocação de pontos de tomada (energia e dados);

 >  o pavimento fosse renovado;

 >  as paredes fossem pintadas.

O financiamento da candidatura Recriar/2023 da RBE permitiu combinar as obras de  remodelação com a aquisição de mobiliário adaptado aos utilizadores mais jovens, facilitando a criação de um ambiente estimulante e confortável.

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Quando, as cerca de 290 crianças do pré-escolar e 1º ciclo e 25 professores e educadores de infância chegaram à escola em setembro de 2023, encontraram uma nova biblioteca que melhorou a qualidade do espaço físico, tornando-o mais inclusivo, seguro, acolhedor e pronto para responder às múltiplas vertentes da ação da biblioteca.

A biblioteca escolar melhorou claramente não só  as condições de trabalho dos alunos em grupo/turma com o professor titular ou professora bibliotecária, mas também em termos de espaços de leitura individual /informal com puffs, bem como da disponibilização e salvaguarda da coleção.

O desafio seguinte para a professora bibliotecária foi trabalhar com os docentes o desenvolvimento de experiências pedagógicas inovadoras, de modo a que os mais novos estimulem a curiosidade, a descoberta e desenvolvam as multi-competências.

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Esta biblioteca escolar renovada, que conta com uma assistente de biblioteca a tempo inteiro e uma professora bibliotecária que divide o seu tempo com a biblioteca escolar da escola sede, melhorou significativamente a sua resposta semanal aos seus utilizadores. Efetivamente, neste ano letivo, as turmas e grupos do pré-escolar passaram a ter no seu horário da turma de um tempo semanal para trabalho na biblioteca, para além da hora já regularmente prevista para o serviço de requisição de livros para leitura domiciliária.

Este ano, muitas das visitas à biblioteca nesta hora semanal foram usadas para os trabalhos relacionados com Abril e para as leituras orientadas em torno da liberdade: Ler Abril.  O Clube de Leitores, com uma  regularidade semanal, é dinamizado pela professora bibliotecária e tem envolvido os mais novos em muitas leituras e experiências em tornos dos livros.

A Biblioteca escolar também tem apoiado de forma muito consistente as dinâmicas curriculares decorrentes da realização da “Semana sem manuais escolares”, que acontecem uma vez por período, no âmbito do desenvolvimento do PADDE.

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Após um ano letivo com alunos e professores a usarem a biblioteca renovada, a avaliação feita pelos seus utilizadores mais novos  foi unânime.

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Ter | 02.07.24

Rede de Bibliotecas de Santarém: formalização

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No dia 21 de junho teve lugar, no edifício dos Paços do Concelho, a assinatura do protocolo da Rede de Bibliotecas de Santarém, celebrado entre o Município de Santarém e os quatro Agrupamentos de Escolas do concelho.

O protocolo foi assinado pelo presidente da Câmara, Ricardo Gonçalves, e pelas diretoras dos agrupamentos de Escolas: AE D. Afonso Henriques, Helena Vieira; AE Alexandre Herculano, Margarida da Franga; AE Sá da Bandeira, Adélia Esteves e AE Dr. Ginestal Machado, Carla Nunes, devido à ausência do diretor, António Pina.

Pretende-se, assim, dar resposta a um conjunto de preocupações sobre os jovens da sociedade atual e o seu futuro, perante os quais a Escola tem que enfrentar novos desafios que ajudem a desenvolver nos alunos competências que lhes permitam tornarem-se cidadãos autónomos. Neste sentido, a Escola foi obrigada a enfrentar mudanças que estão a conduzir necessariamente a alterações ao nível das suas práticas, nomeadamente no papel que é atribuído às bibliotecas escolares. E, desde há muito tempo, que o Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares procura que a biblioteca escolar seja um espaço agregador de conhecimentos e recursos diversificados, consciente de que, na atual sociedade do conhecimento, em que cada vez mais se valoriza o trabalho em rede, necessitamos de parceiros para estarmos implicados na mudança das práticas educativas, no suporte às aprendizagens, no apoio ao currículo, no desenvolvimento da literacia digital, da informação e dos media, bem como na formação de leitores críticos e na construção da cidadania.

Seguindo esta linha de pensamento, a Rede de Bibliotecas de Santarém (RBS), que já existia de forma informal, vindo a desenvolver um trabalho em Rede com a preocupação de responder a uma ordem particular de preocupações relacionadas, não apenas com a organização e gestão das bibliotecas, mas também com os níveis de leitura e literacia, deu um passo em frente, formalizando essa existência.

Estar atento ao presente para melhor preparar o futuro é e deverá ser sempre uma preocupação das instituições em geral e, neste caso em particular, das que dizem respeito às bibliotecas. Mãos à obra e que a operacionalização deste protocolo seja um exemplo e se mantenha atualizado perante os constantes desafios de uma sociedade moderna em constante atualização.

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Seg | 01.07.24

Livros com ciência

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A atividade Livros com Ciência inseriu-se no Plano Anual de Atividades 2023-2024 das Bibliotecas Escolares do 1.º ciclo do Agrupamento de Escolas da Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira, como uma proposta inovadora que visou despertar a curiosidade científica nos alunos do 3.º e 4.º anos.

Este projeto, dinamizado pelos professores bibliotecários em estreita articulação com a professora de Ciências Naturais da Escola Básica e Secundária D. Martinho Vaz de Castelo Branco (escola sede), decorreu de uma parceria com o Clube de Ciência Viva - “Ciência Todo o Vapor!”. Neste âmbito, a professora de Ciências Naturais deslocou-se, durante este ano letivo, a todas as escolas do 1.º ciclo deste agrupamento de escolas, envolvendo as 18 turmas (9 turmas do 3.º ano e 9 turmas de 4.º ano) das 5 escolas/bibliotecas escolares do 1.º ciclo (abrangendo um total de 388 alunos).

A ideia central da atividade foi utilizar a literatura infantil, especificamente o livro "Aida Batista, Cientista" de Andrea Beaty e David Roberts, como ponto de partida para explorar conceitos científicos. A história de Aida Batista serve, assim, de inspiração para que os alunos descubram as "histórias escondidas" na natureza, promovendo a observação e a investigação científica desde cedo. Esta abordagem permite que as crianças compreendam que a ciência está presente em tudo ao seu redor e que elas mesmas podem ser cientistas ao questionar, observar e explorar o mundo natural.

Descrição da atividade:

A partir da leitura do livro "Aida Batista, Cientista" de Andrea Beaty e David Roberts é feita a ponte para o despertar da curiosidade científica dos alunos que, tal como a “Aida”, são convidados a descobrir histórias “escondidas” na natureza: que histórias nos contam as plantas? Os fósseis? As rochas?

A atividade decorreu em três etapas:

📍 1.ª etapa- Leitura do livro "Aida Batista Cientista" pelo professor bibliotecário e por alunos que se voluntariaram para ler alguns excertos (os excertos foram deixados aleatoriamente sobre o tampo de algumas cadeiras);

📍 2.ª etapa- Exploração do livro fazendo referência às etapas de uma metodologia científica, uma vez que a Aida começa por observar o que a rodeia, depois passa a colocar questões, a levantar hipóteses… Foram, ainda, abordadas questões tais como o que é ser cientista, quais as características de um cientista, que histórias a própria natureza nos conta através da “leitura” dos seus elementos;

📍 3.ª etapa- Os alunos foram divididos em 3 grupos, circulando rotativamente por 3 postos de trabalho: posto 1 com rochas para observar; posto 2 para observar a areia da praia, a areia do rio e a areia do deserto com uma lupa binocular e posto 3 com livros para explorar relativos à área temática das ciências. Estes livros saíram da prateleira e estão dispostos em cima da mesa mesmo a jeito de se lhes pegar!

No contexto atual da educação, há uma crescente necessidade de integrar a ciência de forma mais dinâmica e acessível no currículo escolar, especialmente nos primeiros anos de ensino. Como tal, considerou-se que este tipo de atividades são essenciais para preencher esta lacuna, oferecendo aos alunos uma oportunidade de aprender ciência de maneira prática e envolvente, uma vez que a utilização deste género de livros, que aliam narrativa à ciência, não só cativa a atenção dos alunos através de uma narrativa atraente, mas também facilita a compreensão de conceitos científicos complexos de uma maneira mais simplificada e relacionada com o seu dia-a-dia.

Além disso, esta atividade apresenta-se como uma resposta à necessidade de promover o pensamento crítico e a capacidade de resolução de problemas entre os alunos, competências essenciais no século XXI. Ao trabalhar em grupos e circular por diferentes postos de trabalho que incluem a observação de rochas, areias e a exploração de livros temáticos, os alunos são incentivados a colaborar, comunicar e refletir sobre as suas observações e descobertas. Estas competências são fundamentais não só para a sua formação académica, mas também para o seu desenvolvimento pessoal e social.

Tendo em conta o sucesso da atividade junto de alunos e professores, poderemos considerar que a atividade Livros com Ciência foi, para além de uma atividade lúdica, uma estratégia pedagógica bem estruturada que contribuiu significativamente para o desenvolvimento integral dos alunos.

Este projeto destacou-se pela sua capacidade de transformar a curiosidade natural das crianças em conhecimento científico, promovendo uma aprendizagem ativa e participativa.

Nota: a série inspirada no livro está disponível na Netflix.

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Este trabalho está licenciado sob licença: CC BY-NC-SA 4.0

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