Setúbal - Uma Baía a Ler | 19 de março de 2024 | Fórum Municipal Luísa Todi, Setúbal
Em torno do uso da palavra nas variadas expressões artísticas, demonstrativa da colaboração de todas as escolas, bibliotecas escolares, câmara e biblioteca municipal de Setúbal e Rede de Bibliotecas Escolares, a iniciativa Setúbal - Uma Baía a Ler decorreu em clima de festa!
A temática central foi o 25 de abril, onde a palavra se expressou através de declamações conjuntas, revisitando diferentes autores icónicos portugueses que deram voz a “abril”. Dramatização, dança e a música, canto, também fizeram parte das apresentações dos alunos envolvidos nesta iniciativa cultural concelhia.
Os pais e encarregados de educação marcaram a sua presença, bem como figuras ilustres do concelho e instituições parceiras. O ambiente cultural das escolas abriu-se à comunidade local, e os diretores das escolas e agrupamentos puderam apreciar o que de tão bom e criativo os seus alunos, professores e professores bibliotecários conseguiram promover, ilustrando que, nas escolas e bibliotecas, a massa crítica criativa e pensante não esquece a Democracia e os seus valores associados.
O espetáculo iniciou-se com a projeção de um filme produzido pelo Grupo de Trabalho das Bibliotecas de Setúbal, seguindo-se as boas-vindas da Senhora Vice-Presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Dra. Carla Guerreiro.
Dando continuidade a esta viagem, o espetáculo prosseguiu com as apresentações dos Agrupamentos e Escolas de Setúbal: Ordem de Sant’Iago, Barbosa du Bocage, Azeitão, Lima de Freitas, Luísa Todi e Escola Secundária D. João II, numa atuação conjunta, Sebastião da Gama, Escola Secundária du Bocage, Escola Profissional de Setúbal, Escola Secundária Dom Manuel Martins, culminando com a apresentação do Grupo de Trabalho de Bibliotecas Escolares de Setúbal.
Tratou-se de uma iniciativa de grande qualidade, onde a palavra nas vozes dos “miúdos e graúdos”, em diferentes expressões de arte, demonstrou que, em REDE, podemos sentir e valorizar com maior significado o poder da Liberdade de Expressão e da Democracia para Todos!
Notícias associadas ao evento podem ser visionadas aqui:
No dia 15 de março de 2024 assinalou-se o Dia Mundial dos Direitos dos Consumidores. Para comemorar esta data, a Consumer International selecionou o tema “Inteligência Artificial justa e responsável para os consumidores”, com o objetivo de alertar e sensibilizar todos os cidadãos, mas, sobretudo, os mais jovens, para um consumo inteligente e seguro, enquanto utilizadores desta tecnologia.
É muito importante que as novas gerações de nativos digitais, ávidas do uso das tecnologias mais recentes em todas as dimensões da sua vida, reflitam bem sobre estas questões, para que possam ser consumidores digitais responsáveis, atentos aos desafios éticos e de privacidade que a Inteligência Artificial (IA) nos coloca.
A IA está a revolucionar a forma como trabalhamos nas diversas áreas, recolhemos a informação de que necessitamos e comunicamos entre nós. Contudo, esta revolução acarreta a exposição a vários riscos sérios, nomeadamente, violações de privacidade, utilização de dados pessoais sem permissão, disseminação de informações falsas e propaganda de preconceitos.
Neste sentido, a DECOJovem, no âmbito da iniciativa Sitestar.PT 11 (parceria DECO e .PT) promoveu e realizou a CONFERÊNCIA “ALL TOGETHER IN THE WEB: Os (DES)Encantos da Inteligência Artificial”, no passado dia 15 de março de 2024, das 10h30 às 12:00 horas, na Escola Secundária Pedro Nunes, em Lisboa, tendo estado, também, aberta via online, por forma a abranger um maior número de escolas, a nível nacional.
Esta iniciativa teve como objetivo principal o desenvolvimento de competências digitais para uma cidadania mais ativa e mais inclusiva.
A Rede de Bibliotecas Escolares, parceira neste projeto, esteve presente na sessão e fez a divulgação nos canais virtuais de contacto, tendo incentivado a participação das bibliotecas escolares, por se tratar de um tema essencial, que nos interpela no nosso dia a dia e nos coloca perante responsabilidades acrescidas.
A conferência começou com uma breve comunicação por parte do jovem mediador que orientou a sessão e apresentou, ,entusiasticamente, todos os conferencistas convidados. No entanto, nesta fase inicial, quem se dirigiu ao público (presente e a distância) foi um ‘avatar’ do apresentador, num vídeo gerado por Inteligência Artificial (IA) a partir de uma fotografia, acrescentando-lhe a voz e os movimentos da boca.
Este foi o ponto de partida para as conversas que se seguiram, sob diferentes perspetivas, conduzidas por diversos comunicadores, que interagiram com o público presente na sala da escola que acolheu a iniciativa.
De uma forma dinâmica e direcionada para as questões trazidas para a discussão, cada conferencista foi introduzindo temas/ problemas no âmbito da IA, começando por colocar a ‘grande’ questão – o que é real (verdadeiro) nos dias de hoje, quando falamos do mundo virtual?
Foi explicado aos alunos que a IA usa dados e encontra padrões, e os algoritmos vão rapidamente perceber os nossos gostos e as nossas preferências, a partir das pesquisas que vamos efetuando, nas diversas plataformas a que recorremos diariamente, começando a escolher por nós (substituindo-nos), no sentido de prolongar o tempo de utilização ao máximo.
As comunicações foram-se seguindo, trazendo pontos de vista diversos, mas fundamentais para alertar os jovens consumidores. Soubemos que um dos objetivos da IA é tornar o universo virtual cada vez mais apelativo, mas cada vez menos verdadeiro. Segurança, Decisão, Interação e Pesquisa são questões a ter em conta por todos nós, cada vez com maior premência.
Um exemplo da falta de privacidade a que estamos sujeitos hoje é o conhecimento, a todo o instante, que as grandes operadoras de redes e serviços online, mas também os motores de busca, têm sobre nós, onde nos encontramos, o que fazemos e quais as nossas preferências…
Dizia um dos comunicadores: em algum momento, todos vamos ser enganados! Por essa razão, apelou a uma atenção redobrada e à necessidade de verificar os factos e a informação obtida, reafirmando que, daqui a 2 ou 3 anos, a maior parte dos conteúdos online corre o risco de ser mesmo falsa.
Na sequência da conferência, foi-nos dito que a interação humana é já um verdadeiro desafio a transpor, em oposição à sobrevalorizada interação virtual.
Aos alunos foi colocada a pergunta se achariam que faria sentido ser a IA a responder às solicitações dos TPC e, se essa opção seria, de facto, um ato de aprendizagem (ou consolidação da mesma) ou se se trataria apenas de dar instruções a um ‘robot’, apenas com a vantagem de evitar trabalho e usar esse tempo e energia para outras atividades… A maioria concordou que esta seria uma má opção e uma utilização incorreta da IA, em contexto de aprendizagem.
A IA pode funcionar em situações de ensino e aprendizagem, mas como mentora e, assim, ter um papel impulsionador do conhecimento. Em situação de consulta, por exemplo, de plataformas como o ChatGPT, devem ser seguidas regras muito concretas na interação: especificidade, contexto e restrições. Deste modo, a obtenção de respostas será mais acertada e produtiva. O conselho é: rever sempre o output, trabalhar os conteúdos obtidos para os adaptar ao tipo de audiência e, sempre, confirmar os factos!
Questões como a justiça e a responsabilidade por parte da IA foram igualmente abordadas. Os jovens, público vulnerável, serão os que mais necessitam de esclarecimentos quanto aos perigos da utilização destas ferramentas. Muitos são os casos de abuso de divulgação de conteúdos pessoais, sem qualquer autorização do seu autor.
Na geração de imagens de forma ilícita, o direito à proteção de dados fica comprometido. A União Europeia (EU) tem estado atenta a estas questões e tem criado regulamentação para evitar partilha de dados ativos digitais (como a íris), bem como para alertar e proteger os cidadãos quanto a conteúdos que apelam ao ódio.
Os alunos foram aconselhados a fazer uma denúncia às autoridades sempre que se deparem com as chamadas deep fakes.
A Organização das Nações Unidas (ONU) começou recentemente (o primeiro debate aconteceu há cerca de 7 meses) a analisar e a discutir a capacidade da IA para potenciar a guerra, sendo uma ameaça real à manutenção da paz.
Um dos oradores fez uma analogia interessante entre sustentabilidade e coração e entre digitalização e cérebro.
No final, a mensagem essencial que nos parece importante reter é a de que todos devemos aprender a proteger-nos das (reais) ameaças virtuais, fazendo um uso responsável e cuidadoso das potencialidades da IA, através do esclarecimento e da regulamentação, com vista a uma plena aceitação e a um aproveitamento informado desta tecnologia, que veio para ficar.
Se pretender aceder à conferência, ela está disponível:
No encerramento da Semana da Leitura, republicamos o nosso texto de 11/03/2022:
No final desta Semana da leitura, vale a pena fazer esta pergunta; questionar o que fazemos e para que fazemos…
Encontramos uma boa resposta na crónica de Miguel Esteves Cardoso, no jornal Público, no dia 07/03/2022. Dizia ele que “não ler é sempre mais perigoso que ler”. Reforçamos a palavra perigoso, pela carga negativa que acarreta e pelo estado de alerta a que nos deve conduzir.
Não ler é perigoso, quer do ponto de vista individual, quer do ponto de vista coletivo, porque nos afasta da nossa condição humana.
Porque nos impede de conhecer os outros e o que já descobriram.
Porque nos apouca as capacidades de expressão, de reflexão de construção de conhecimento.
Porque nos impossibilita de viver múltiplas vidas e de, pela mão (pela pena) do outro, experienciar o que os seres humanos já viveram, já sentiram, já imaginaram, já recearam, noutras latitudes, noutros tempos…
Não ler é perigoso porque nos limita a liberdade: impede-nos de conhecer a multiplicidade de opiniões sobre a mesma temática, que nos permitem refletir e criar ideias próprias, reduz-nos a capacidade de bem compreender as mensagens com que nos confrontamos, leva-nos com frequência a ser manipulados, a não sermos vozes ativas nas questões que nos rodeiam e implicam, sejam elas mais locais ou mais globais...
Não ler é perigoso ainda do ponto de vista económico – índices menores de literacia conduzem habitualmente a menor capacidade de criar riqueza e quando se pensa à escala macro, isso tem um enorme impacto no bem-estar pessoal e social, individual e coletivo.
Não ler é perigoso também no que respeita à saúde, como bem vimos durante a crise sanitária da pandemia de COVID 19.
E as memórias desses tempos levam-nos a uma outra ameaça, muitas vezes omitida: o perigo de não se saber que não se lê bem; o perigo de se acreditar que decifrar as letras e as palavras é suficiente para atingir uma boa compreensão e uma leitura plena.
Por todos os perigos que elencamos, a Semana da Leitura vem abanar consciências, lembrar o risco de não capacitarmos as nossas crianças e jovens, a nossa população, se não conseguirmos assegurar que todos leiam verdadeiramente.
Ler é o fogo que os seres humanos roubaram aos deuses. Nascemos equipados para respirar, para caminhar, para sobreviver, para falar (mais ou menos)… Fazemo-lo de forma inata e todos chegamos lá, mais cedo ou mais tarde. Com a leitura não é assim. É necessário aprender e dificilmente acontece por instinto. Passa por várias fases: começamos por decifrar lentamente ideias simples e, à medida que atingimos velocidade e nos tornamos proficientes, alcançamos níveis de compreensão cada vez mais complexos.
Hoje, mais do que ontem, ler é uma atividade que exige aos seres humanos muitos recursos e diversas ações simultâneas – já não falamos “apenas” de ler carreiros de letras bem enfiadas umas após as outras, mas para além disso, há que ler imagens, gráficos, infográficos, filmes… Tudo ao mesmo tempo e em múltiplos suportes.
Por isso, ler é difícil, embora saibamos que é possível torná-lo fácil. E os sinais das dificuldades estão por aí: multiplicam-se os estudos que vêm mostrar a falta de competências e simultaneamente a falta de hábitos de leitura. E todos os que temos responsabilidades na qualificação dos nossos concidadãos, sejam crianças e jovens, sejam adultos, não podemos ignorar os avisos e os riscos, porque sabemos que não ler é perigoso.
Voltando à pergunta de partida (afinal, para que serve a Semana da Leitura?), pode entender-se este momento como as olimpíadas ou campeonatos do mundo ou quaisquer outros eventos desportivos. É a festa! Os atletas exibem as suas especialidades com fluidez e é um gosto observar. Mas para que pareça simples e fluido, muitas horas de treino suportam essa aparente facilidade, muitos momentos de desânimo surgiram durante o processo, muita resiliência foi necessário convocar.
Também para a leitura o treino e a resiliência são indispensáveis: só lendo muito e muitos textos de diferentes tipos, de diferentes extensões, de diferentes autores, com diferentes propósitos, em suportes diversificados é possível adquirir a desejada aparente facilidade.
Para isso, todos somos poucos.
Apenas todos juntos, reunindo diferentes habilidades e modos de estar face à leitura, é possível proporcionar às crianças e jovens (e é esse o público das nossas bibliotecas escolares) as numerosas oportunidades de contacto com a leitura que conduzem, primeiro à fluência, depois ao gosto, de que decorrem mais leituras e subsequentemente maior gosto, melhores e mais profundas leituras, num ciclo que se sucede.
Nesta Semana da Leitura temos então a festa (o momento de cigarra) que justifica todas as horas de trabalho de formiga. E tantas são as formigas!
Desde logo, na mais tenra idade, os pais, as mães, os avós e outros cuidadores que, diariamente fazem chegar o livro à criança – pouco tempo, mas com regularidade;
Depois, nas escolas, os professores de todas as áreas curriculares também estão convocados para proporcionar esses momentos frequentes de contacto;
Também nas escolas, nas bibliotecas escolares, tantas são as estratégias e os pretextos que os professores bibliotecários encontram para trazer a leitura para o quotidiano dos alunos dos vários níveis de ensino;
Nas bibliotecas públicas, saímos do meio escolar, acrescentam-se outros públicos e outros atores;
Contamos também com o trabalho precioso de mediadores de leitura, de escritores e de tantos outros bons exemplos que nos chegam da sociedade civil…
Obviamente, deste contingente de formigas indispensáveis também fazem parte todos os que, com cargos de decisão, determinam apoiar, com ações, com reconhecimento, com financiamento, tudo o que se vai fazendo em prol da leitura.
Observemos agora mais de perto a realidade mais próxima: as bibliotecas escolares.
Tendo em conta a diversidade de ações que aí acontecem, a nível nacional, para lhes dar visibilidade apelámos à sua divulgação e partilha através do portal RBE. Temos hoje o registo de milhares de crianças e jovens envolvidos, mas o número cresce a todo o momento e muitos ainda não tiveram oportunidade de registar a sua presença.
As propostas de atividades, que já se encontram visíveis no mapa para isso disponibilizado, incluem o recurso a diferentes expressões e linguagens, que assim ajudam à abertura e entendimento para as diferentes realidades que o mundo comporta. As leituras que se sugerem e a literatura que se oferece poderão ajudar a conquistar um posicionamento plural e multidimensional tão necessários no mundo atual!
Afinal, para que serve a Semana da Leitura? Para refletir, para valorizar, para celebrar. Para nos unirmos em torno da preocupação ligada ao perigo de não ler. Para inspirar e apoiar todas as outras semanas de trabalho invisível que se sucedem ao longo do ano.
O concurso “Escrever é Viver”, vai já na sua 4.ª edição, é promovido pelo Instituto Multimédia, integrando a Rede de Bibliotecas Escolares o júri deste concurso. “Liberdade e Tolerância” é o tema escolhido para a edição do presente ano letivo.
Trata-se de um concurso direcionado ao 3.º ciclo do ensino básico das regiões Norte e Centro do país e que tem como objetivos fulcrais:
Mobilizar para a produção de textos poéticos ou em prosa;
Estimular o gosto pela escrita;
Ativar o olhar analítico e o espírito crítico dos jovens;
Motivar os jovens para a expressão dos seus sentimentos;
Valorizar a criatividade.
Os alunos podem participar individualmente ou a pares, com acompanhamento por parte de cada biblioteca escolar participante.
Os trabalhos deverão ser submetidos até ao dia 12 de abril de 2024 através deste formulário.
Estas e outras informações encontram-se no respetivo regulamento e poderão ser acedidas através da página do Instituto Multimédia.
O Plano de Ação para o Desenvolvimento Digital da Escola (PADDE) é um instrumento estratégico que reúne informações sobre os meios tecnológicos existentes, o grau de competências digitais da comunidade educativa e identifica uma visão e ações estratégicas.
A missão da biblioteca escolar no âmbito do PADDE é desempenhar um papel fundamental na promoção da literacia digital entre os membros da comunidade educativa. Assim, algumas das principais funções da biblioteca escolar do Agrupamento de Escolas n.º3 de Elvas, no contexto do PADDE, abrangem os seguintes pontos:
promover o acesso à informação digital: disponibilização de recursos digitais, como bases de dados, e-books, revistas eletrónicas e outros materiais online, garantindo que alunos, professores e funcionários tenham acesso a informações relevantes e atualizadas, num serviço de curadoria sempre atualizado;
desenvolver competências digitais: oferta de formação em competências digitais, incluindo pesquisa online, avaliação crítica de fontes, uso responsável das redes sociais e segurança digital;
integrar tecnologias digitais no ensino e aprendizagem: colaboração com os professores para inclusão de ferramentas digitais nos planos de aula, promovendo a inovação pedagógica e o uso eficaz da tecnologia;
estimular a leitura digital: incentivo à leitura de e-books e outros conteúdos digitais, promovendo o gosto pela leitura em diferentes formatos;
fomentar a cidadania digital: sensibilização dos alunos sobre questões relacionadas à ética digital, privacidade online, direitos autorais e responsabilidade digital.
Em suma, a missão da biblioteca escolar no âmbito do PADDE é apoiar a transição digital da escola, capacitando os membros da comunidade educativa para uma participação ativa e crítica na sociedade digital.
As bibliotecas escolares do Agrupamento de Escolas n.º3 de Elvas sempre estiveram na vanguarda no que respeita à utilização do digital nos múltiplos aspetos do seu trabalho: desde o uso de ferramentas TIC e web, a criação de blogues, sítios web e plataformas de recursos digitais até à partilha de boas práticas através das redes sociais. As plataformas digitais em linha das bibliotecas escolares são diversificadas, constantemente atualizadas e construídas para responder ao máximo possível de necessidades detetadas na comunidade escolar, contribuindo, desta forma, para a consecução de algumas das metas estabelecidas no PADDE do agrupamento. Assim, temos ao dispor:
O sítio web, que congrega os acessos a todas as plataformas e as informações relativas a todos os projetos;
A biblioteca digital, organizada como uma biblioteca física, constitui-se como um repositório de documentos úteis, quer para o currículo quer para a leitura autónoma e recreativa;
A videoteca digital, com conteúdos visando as aprendizagens e o lazer;
Neste momento, constitui prioridade, para o agrupamento, o impacto que a inteligência artificial (IA) está a ter na nossa sociedade e, por isso, deve ser feita uma reflexão conjunta, aberta e lúcida, sobre a sua utilização pedagógica, para promover a compreensão das suas potencialidades, com o objetivo de dissipar dúvidas, medos e preconceitos que persistem junto de muitos professores.
O Agrupamento está a participar no projeto IA Educação 360º, que surge da necessidade de explorar novas abordagens educativas e integrar a tecnologia de forma inovadora no processo de aprendizagem. Contando com a colaboração de duas turmas do 8º ano de escolas de Oeiras e Elvas, a Rede de Bibliotecas Escolares e o Instituto Politécnico de Portalegre, este projeto visa investigar o potencial da Inteligência Artificial (IA) como ferramenta pedagógica.
Pretendemos, assim que for possível, realizar formação sobre o tema, de modo a podermos replicar os conhecimentos adquiridos junto da comunidade escolar.
Enfrentamos ainda obstáculos por superar, nomeadamente no que respeita à qualidade e quantidade dos equipamentos de que dispomos, mas as políticas nacionais, que permitem acesso de cada aluno a um computador portátil, começam a ter efeitos práticos com um crescente número de alunos a solicitar o seu equipamento. Isto não significa, contudo, que não haja necessidade de renovar a “frota” que temos, mas acreditamos que as oportunidades são francamente maiores do que os constrangimentos que sentimos. O caminho faz-se caminhando.
Relativamente ao uso da calculadora da pegada e da impressão digital de carbono da biblioteca, há um projeto piloto que envolveu, entre 2020-2021, 13 bibliotecas públicas da Finlândia, que importa conhecer. Administrado pela Biblioteca Municipal de Helsínquia e financiado pelo Ministério da Educação e Cultura, foi apresentado publicamente por Leila Sonkkanen na Conferência Mundial da IFLA 2022 [2].
Neste artigo sistematizamos o seu processo e conclusões.
1. Importância da participação de todos e de alianças
Trata-se de um projeto de investigação e formação pioneiro, que adota uma abordagem participativa dos profissionais das bibliotecas e é acompanhado por peritos que ajudam a recolher e a estudar os dados.
2. Objetivos
“Identificar os principais fatores envolvidos no cálculo da pegada de carbono das bibliotecas”;
“Clarificar o papel das bibliotecas na sensibilização ambiental, na economia de partilha e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”;
“Criar uma rede de bibliotecários ambientalmente conscientes e um banco de materiais de utilização gratuita”, que inclui os dados recolhidos.
3. Vantagens do uso da calculadora:
Obter dados comparáveis que devem servir de base a uma estratégia mais eficiente;
Identificar as fontes relevantes de emissões;
Tomar medidas para reduzir o impacto da biblioteca no clima;
Disponibilizar os dados como referência para futuros cálculos (sustentabilidade)
4. Medição da pegada de carbono
Esta experiência piloto iniciou-se com a aplicação de um inquérito sobre o nível de sensibilização ambiental das bibliotecas.
Simultaneamente, procedeu-se à medição da pegada de carbono de cada biblioteca, limitando-a ao seguinte levantamento de dados:
Consumo de energia das instalações (aquecimento, eletricidade…);
Resíduos;
Transporte de materiais;
Viagens/Mobilidade;
Aquisições de materiais;
Considerou-se materiais, estritamente papel e livros eletrónicos.
Não foi considerado o papel do utilizador, mas o estudo reconhece que influencia a pegada de emissões, sobretudo ao nível da distância percorrida e do transporte - uma biblioteca deve estar associada a uma ampla rede de transporte público e fomentar o acesso a pé ou de bicicleta e, sempre que tiver que adquirir novos recursos, deve privilegiar os que envolvem cadeias curtas de transporte.
A pegada de carbono é a medida mais popular do impacto climático, indicando a “quantidade de emissões de gases com efeito de estufa que um produto ou atividade provoca”.
A recolha de dados do ano anterior (2019) “é a etapa de trabalho mais importante do processo, que garante a fiabilidade do cálculo”.
5. Medição da impressão digital de carbono
Procurou fazer-se um retrato completo e abrangente das emissões da biblioteca pública, medindo-se também a impressão digital de carbono da biblioteca que indica “o impacto positivo nas emissões de carbono ao permitir que os utilizadores reduzam o seu impacto climático negativo”.
Corresponde ao fenómeno oposto, simétrico, da pegada de carbono e está associado à economia de partilha e circular. Concretiza-se através da ação do utilizador, quando este acede a livros, dispositivos eletrónicos, cultura e instalações de aprendizagem/trabalho partilhados e disponibilizadas pela biblioteca:
“Por exemplo, um livro emprestado por uma biblioteca tem cerca de um terço do impacto negativo no clima em comparação com um livro comprado por um indivíduo e lido apenas uma vez”. A “pegada de carbono do livro consiste principalmente nas emissões da produção de eletricidade e calor usadas na sua produção e nas emissões de gases com efeito de estufa geradas durante o transporte”. O número de vezes com que se lê um livro faz baixar o total de emissões, o que significa que para calcular a pegada de leitura há que dividir o livro pelo número de leitores.
O estudo considera que o uso regular da biblioteca promove um estilo de vida compatível com o alcance de 1,5% de emissões, como prevê o acordo de Paris. Cada utilizador pode fazer esta verificação usando a Calculadora de CO² para medir as próprias emissões.
6. Conclusões
As “emissões climáticas das bibliotecas públicas são bastante moderadas”: mais de 60% resultam do consumo de energia, 25% de aquisições de livros e e-books, 6% de transporte, 4% de bibliotecas digitais e 4% de resíduos. Como a maior parte das emissões resultam do edifício da biblioteca e este é da responsabilidade da autarquia, há que planear com esta decisões mais eficientes.
De acordo com as estimativas do estudo, “Ler [um livro ou e-book emprestado pela biblioteca] é uma atividade recreativa de baixas emissões com uma impressão digital positiva” de 0,7% e 0,07%, respetivamente, conforme imagem infra, uma vez que “é lido mais de 100 vezes antes de ser retirado da coleção e reciclado”. Isto significa que “Usar os serviços da biblioteca é um ato ecológico”, amigo do ambiente.
O estudo recomenda que as estatísticas nacionais sobre o funcionamento das bibliotecas passem a incluir dados sobre as emissões e os ODS priorizados pelas bibliotecas.
Sugere que o clima e a sustentabilidade passem a ser um critério de todas as decisões da biblioteca e que esta tenha, na comunidade, a coragem de liderar a agenda ambiental através do exemplo, da sensibilização e educação e dos projetos que desenvolve.
Nem sempre pensamos nos bebés como utilizadores de bibliotecas, mas felizmente já são muitas as bibliotecas que disponibilizam espaços dedicados a bebés, usualmente designadas por Bebetecas. São espaços atraentes, agradáveis, envolventes e lúdicos, dedicados aos bebés e aos seus familiares, que pretendem despertar o gosto pelo livro e pelas narrativas.
A utilização destes espaços é o testemunho de que o livro deverá estar presente na vida de uma criança desde tenra idade e que a mediação de leitura, promovida pelas bibliotecas, deve, desde cedo, ser uma constante contribuição para a valorização do livro e da leitura.
É reconhecida a vantagem de os bebés manipularem livros e de os adultos lerem, em voz alta, para os mais pequenos como forma de fortalecer vínculos afetivos e, em conjunto, descobrirem um mundo que nos rodeia. Os livros ajudam a desenvolver e melhorar a linguagem, explorar um mundo infindável de experiências sensoriais e promovem a autonomia para a execução de diferentes rotinas diárias: comer, dormir, vestir, despir, arrumar e desarrumar, descobrir objetos, formas de fazer e refazer ou simplesmente construir e agir num mundo fantasioso.
"Um bebé a quem não contamos histórias terá dificuldades em construir a sua própria voz." [1]
Evelio Cabrejo-Parra, psicolínguista
Frequentemente os pais e educadores questionam-se sobre os critérios de qualidade na escolha de um livro para bebés. Felizmente, já são várias as editoras portuguesas que se dedicam à publicação e divulgação deste tipo de livros e que nos apresentam livros de grande qualidade. Recentemente, surgiu no mercado editorial uma jovem editora independente dedicada a livros ilustrados, com ênfase na literatura para bebés - UPA editora
Esta jovem editora apresenta um catálogo diversificado, onde encontramos livros cartonados, de pontas arredondas, tamanho adequado e resistentes à mão de pequenos leitores, curiosos e exploradores. A leitura, muitas vezes, é aguçada com belíssimas ilustrações.
Deste catálogo, selecionámos o Livro do Outono
O ping ping caí lá fora. Será chuva? Será vento? Os primeiros pingos de outono são visíveis pela janela enquanto o sopro do vento oferece-nos folhas dançarinas de diferentes cores e formas, dificulta-nos o passeio à chuva enquanto o chapéu rodopia, rodopia. Calça as tuas botas e vem dançar em todas as poças de água que encontrares!
A memória dos dias de outono, presentes no poema da Isabel Peixeiro, traz-nos o som da alegria de ser criança, sentir o frio no rosto, de sonhar em ser pássaro e descobrir segredos e encantos em cada folha esvoaçante.
O lúdico habita entre páginas, ilustradas por Vitor Hugo Matos, onde há detalhes para explorar e sons para replicar.
Este livro pertence à Coleção Conta outra Vez, onde os adultos, cúmplices no gosto de leitura, dão enfase ao ritmo, à entoação, sonoridades, pausas, suspense, gargalhadas ou não, irão (re)ler e (re)folhear cada página, e no fim ouvir: "mais uma vez" e, quiçá, mais uma outra vez.
por Paulo Dias, Diretor do AE de Macedo de Cavaleiros
Desde que me lembro, a biblioteca da escola foi o meu lugar preferido. Recordo o cantinho, com uma pequeníssima estante com livros, na minha sala de aula, na escola primária. Era lá que me refugiava nos intervalos das aulas, nos dias mais frios do inverno transmontano, e nos outros também, sempre que me deixavam. Recordo também a pequena sala que servia de biblioteca, já no ciclo preparatório, que se afigurava como espaço mais organizado e disciplinado, com inevitáveis cartazes pedindo silêncio que, teimosamente, insistia em não cumprir. Ao longo de toda vida procurei as bibliotecas. Fossem escolares, académicas ou municipais, fixas ou móveis.
Provavelmente por causa das boas memórias e experiências ligadas às bibliotecas, já na direção do agrupamento de escolas, priorizei a sua dinamização e modernização. Hoje contamos com quatro belíssimos e bem equipados espaços de biblioteca escolar, correspondendo a três bibliotecas. Na inauguração de cada uma delas pedi, sempre, aos alunos e professores que gastassem rapidamente os livros, as cadeiras, os sofás… pedi-lhes que experimentassem gostar da biblioteca, que nos dissessem o que gostariam de lá ter, o que fazer e como usar. É assim que entendo que as bibliotecas devem ser. Um serviço disponível de acesso livre, de apoio à criação, à exploração, à resolução de problemas e à construção. De pessoas, de conhecimento, de alegria e até de felicidade.
Não existe espaço mais adequado ao exercício da cidadania e da democracia. Quando um aluno entra na biblioteca está num espaço de igualdade. Igualdade no acesso e na utilização de todos os recursos. Ali todos têm atenção e apoio, livros, computadores, tablets, sofás, mesas e cadeiras, robots, impressoras 3D, enfim, um mundo de oportunidades! Oportunidades para alunos, docentes, não docentes, pais e encarregados de educação. Um equipamento de ponta com a capacidade de a todos poder servir, de criação individual e coletiva, para se alcançar o desígnio maior da Escola: criar cidadãos livres, autónomos, criadores, críticos e donos de uma humanidade urgente.
É por isso que as bibliotecas escolares do nosso agrupamento têm beneficiado das maiores fatias de investimento, em sede de execução orçamental, independentemente das fontes de financiamento. Queremos ter um acervo novo, renovado, atualizado, que vá ao encontro das preferências e necessidades da comunidade escolar. Queremos conforto, queremos equipamentos. E com tudo isso que temos e que continuamente enriquecemos, estamos a conseguir uma “Escola de qualidade inclusiva”, meta do projeto de intervenção do diretor e do projeto educativo. A biblioteca contribui, sobremaneira, para o desenvolvimento e enriquecimento do currículo, na sala de aula, na biblioteca e em outros espaços, dentro e fora da escola, ampliando os conhecimentos e as competências dos alunos. Qualquer atividade que acontece na Escola beneficia, sempre, com a colaboração dos bibliotecários e das equipas das bibliotecas.
Os desafios, constantes, que a Escola enfrenta, têm na Biblioteca Escolar um parceiro privilegiado. Nada melhor para vencer um desafio que um ambiente estimulante e provocador, características inerentes à criação, à libertação e ao crescimento!
Imaginem como seria o mundo se todos usassem as bibliotecas!
Paulo Dias Diretor do Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros
1. De que falamos quando nos referimos a metodologias ativas?
Em educação, o conceito metodologias ativas é utilizado quando colocamos o aluno no centro do ato de aprender, conduzindo-o a participar, a refletir, a colaborar e a resolver problemas, por oposição a metodologias mais centradas na ação do professor. Embora os modelos de ensino mais centrados no professor continuem a fazer sentido para dar instruções diretas ou para apresentar e explicar conceitos, as metodologias centradas no aluno têm a vantagem de contribuir para o desenvolvimento de competências que são hoje socialmente valorizadas e para transformar as aprendizagens dos alunos em aprendizagens mais significativas. O professor deve ser eclético no uso e combinação que faz das diferentes metodologias.
Neste artigo, referimos três modelos de ensino centrados no aluno, apresentados por Richard Arends:
Aprendizagem cooperativa
Com raízes na Grécia Antiga, esta metodologia foi desenvolvida ao longo dos tempos e, mais recentemente, beneficiou do trabalho de psicólogos e pensadores como Piaget e Vygotsky. Os alunos expostos a este tipo de metodologia são encorajados a trabalhar numa tarefa comum, sendo necessário coordenar esforços para a realizarem. Uma vez que trabalham em equipas heterogéneas, em termos de aproveitamento académico, género e contexto social e cultural, os alunos alcançam resultados académicos e, em simultâneo, desenvolvem a tolerância, a aceitação da diversidade e competências sociais, como a cooperação e a colaboração.
Aprendizagem baseada em problemas
Ao contrário das metodologias centradas na ação do professor, que privilegiam a instrução direta, a aprendizagem baseada em problemas implica que o docente confronte os alunos com a resolução de problemas, lhes faça perguntas, os instigue a investigarem e os prepare para saberem dialogar. Com suporte na psicologia cognitiva e no pensamento de Dewey, esta abordagem não se foca no que os alunos estão a fazer, mas no que estão a pensar, enquanto fazem algo, ou seja, enquanto investigam e resolvem problemas. O recurso a um conjunto de técnicas/estratégias (scaffolding) que permitem que o aluno alcance níveis mais elevados de compreensão e de autonomia face à aprendizagem é um aspeto muito importante a ter em conta neste tipo de metodologia.
Para que a aprendizagem baseada em problemas seja bem-sucedida, é necessário que o professor seja capaz de criar ambientes de aprendizagem propícios à troca aberta e honesta de ideias. Este tipo de metodologia permite que os alunos desenvolvam o seu pensamento crítico, competências de pesquisa e resolução de problemas, aprendam a desempenhar papéis atribuídos a adultos, através da participação em situação reais ou simuladas, e se tornem aprendentes mais autónomos.
Discussão em sala de aula
A discussão em sala de aula é uma metodologia que pode ser utilizada per se ou incluída noutros modelos de ensino, implicando o desenvolvimento de situações em que alunos e professor, ou alunos e alunos, conversam uns com os outros e partilham ideias e opiniões. A discussão em sala de aula é utilizada para ajudar os alunos a melhorarem o seu pensamento e a compreensão dos conceitos académicos, para aumentar o seu grau de envolvimento e motivação para debater assuntos para além da sala de aula, e para desenvolverem competências de comunicação.
A discussão em sala de aula é uma metodologia que, tal como outras, exige que seja bem planificada e concretizada para ser eficaz. O professor deve ter em conta o propósito da discussão, saber quais os conhecimentos prévios que os alunos têm sobre o tema em debate, conduzir a discussão com mestria, ajudar os alunos a resumirem o que foi dito e, por vezes, refletir sobre o modo como esta metodologia decorre.
2. Metodologias ativas na promoção a leitura e da escrita
A experiência e os estudos (Yopp & Yopp, 2014) dizem-nos que a promoção da leitura e da escrita, quer em contexto de sala de aula, quer em articulação com a biblioteca escolar, é mais eficaz se os alunos forem envolvidos ativamente nas atividades que os preparam para ler e escrever, assim como nas atividades que advêm da leitura e da escrita. Isto é, a promoção da leitura e da escrita assumem mais sentido junto dos alunos, quando estes realizam atividades significativas, cooperam uns com os outros, trabalhando em pares ou em grupo, são desafiados a resolver problemas, questionam-se, assumem posições, argumentam, colocam-se no papel do outro, refletem e são, muitas vezes, conduzidos à ação que extravasa os muros da escola.
Ao desenhar e desenvolver projetos de leitura e de escrita nas escolas, desejavelmente em articulação com a biblioteca escolar, o professor da área disciplinar/o professor titular de turma/o educador e o professor bibliotecário devem estar conscientes da importância de desenvolver estratégias lúdico-pedagógicas que envolvam efetivamente o aluno e não atividades que, muitas vezes, implicam demasiada energia do mediador, mas pouco contribuem para o desenvolvimento de competências do aluno. Isto é válido para as diferentes atividades preparadas e realizadas no âmbito da promoção a leitura recreativa e orientada, ou nas atividades que preveem a socialização e o envolvimento das famílias.
3. Perguntas que os professores devem fazer quando preparam atividades de promoção da leitura e da escrita
De acordo com as especialistas Yopp & Yopp, ao desenharem atividades de promoção da leitura e da escrita, os professores, além de conhecerem muito bem as obras ou textos que pretendem que os seus alunos leiam, devem fazer uma reflexão em torno destas questões:
A atividade ativa ou desenvolve o conhecimento prévio do aluno sobre o assunto?
A atividade exige que o aluno utilize estratégias de compreensão? Essas estratégias incluem: definir objetivos de leitura, prever, ativar conhecimentos prévios, monitorizar, inferir, perguntar, resumir, fazer esquemas.
A atividade estimula a reflexão sobre as ideias do texto e promove o pensamento crítico? O aluno é conduzido a compreender, a aplicar, a analisar, a avaliar e a criar?
A atividade é adequada a um leque alargado de leitores?
A atividade promove o trabalho colaborativo e a partilha e construção de interpretações?
O aluno beneficia da atividade? Ou seja, a atividade desenvolve a compreensão? O aluno tem oportunidade de ser criativo?
A atividade promove a discussão em torno do texto, induz à produção de conexões e incentiva à produção de respostas pessoais?
O desenvolvimento de atividades de promoção da leitura e da escrita deve representar um modo de fazer refletido e estratégico, recorrendo a metodologias centradas no aluno. De acordo com as autoras, as atividades devem servir de suporte à promoção da leitura e da escrita e não distrair os alunos do texto. Os professores deveriam proporcionar aos alunos momentos de leitura e de discussão à volta dos textos várias vezes por dia e em diferentes contextos. Estas oportunidades permitirão que os alunos se transformem em leitores competentes, independentes e apaixonados pela leitura. A biblioteca escolar pode e deve ser uma estrutura catalisadora.
Referências
Arends, R.I. (2009). Learning to teach, 8th edition. McGraw-Hill
Yopp, H. K. & Yopp, R. H. (2014). Literature-based reading activities: Engaging Students with Literary and Informational Text, 6th edition. Pearson.
O 𝐋𝐈𝐆𝐀-𝐓𝐄 está de regresso para a 2.ª edição com mais atividades, artistas e muitas novidades. De 𝟏𝟓 a 𝟏𝟗 𝐝𝐞 𝐦𝐚𝐫𝐜̧𝐨, 𝐆𝐚𝐯ião vai voltar a celebrar a festa da literatura e da ilustração!
Continuamos unidos à palavra, à família, à terra e ao outro. Mas não ficamos por aqui… A programação promete ligar-nos à liberdade, à música e a nós próprios.
Este festival é organizado pela Câmara Municipal do Gavião e Rede Concelhia de Gavião ( Biblioteca Escolar e Biblioteca Municipal).
Do vasto programa destacamos uma oficina para professores com o autor David Machado e o lançamento do livro "As Galochas Vermelhas" de Pedro Seromenho e Rachel Caiano.