A comunicação digital e a Internet tornaram-se omnipresentes na nossa sociedade, nos nossos hábitos e têm um papel central na vida dos mais novos. Que efeitos estão a provocar sobre a família, a escola e, muito especialmente, sobre as nossas crianças?
Infância, Crianças e Internet: desafios na era digital, é o título da conferência onde especialistas nacionais e estrangeiros irão abordar a temática, a 23 e 24 de Novembro, na Fundação Calouste Gulbenkian.
A 2ª Conferência Internacional Bibliotecas para a Vida é uma iniciativa conjunta da Universidade de Évora e da Biblioteca Pública de Évora, que terá lugar no póximo mês de Novembro, entre os dias 18 e 21.
Para já só para quem tem um IPhone, em breve, para qualquer telemóvel com ligação à internet. A Winged Chariot surge como a primeira editora a levar o livro ilustrado ao iPhone em 2009. O primeiro foi o título The Surprise, adaptado pela autora holandesa Sylvia van Ommen. Neal Hoskins partiu da constatação da acelerada difusão de aparelhos como o iPhone e o iPod junto das faixas etárias mais jovens e de como a prática de partilhar está instalada. Os responsáveis pela Winged Chariot decidiram arriscar e criaram o projecto Stories to Touch que vale a pena conhecer. Mais um suporte a não ser ignorado pela escola, em particular pela biblioteca do séc.XXI!
Mais uma escola que assumiu o incentivo e o prazer da leitura como uma das suas prioridades e, hoje, iniciou uma experiência já realizada por outras escolas aLeR+: alunos, professores, funcionários, encarregados de educação e todos os que se quisessem juntar à iniciativa, foram convidados a trazer o seu livro e a ler durante 45 minutos, nos vários espaços da escola - das salas de aula e da biblioteca ao refeitório, pátios, direcção, secretaria ou ginásio!
A multiplicação dos suportes de armazenamento e a sua esperança de vida limitada colocam a questão da salvaguarda do conhecimento. Para o escritor italiano Umberto Eco, não há dúvida de que o papel ainda tem futuro.
"As estrelas egípcias, as placas de argila, os papiros, os pergaminhos e, claro, o livro impresso foram suportes de informações escritas. Este último mostrou que podia sobreviver facilmente durante cinco séculos, desde que fosse impresso em papel de trapo.
Desde o século XIX, passámos para o papel à base de pasta de madeira, que parece ter uma duração máxima de 70 anos (basta pegar em jornais ou em livros do pós-guerra para verificar que muitos se desfazem assim que os folheamos). Nas últimas décadas, Têm estado em estudo diversos meios para salvar todos os livros que enchem as nossas bibliotecas. Um dos meios mais apreciados (mas quase impossível de realizar para a totalidade das obras existentes) consiste em digitalizar todas as páginas e transferi-las para um suporte electrónico.
Aí, porém, coloca-se outro problema. Todos os suportes para transferência e conservação da informação que utilizamos actualmente, desde a fotografia as películas cinematográficas, do disco a pen USB, são mais perecíveis do que o livro. Sabemos que, nas velhas cassetes áudio, ao fim de um certo tempo, a fita ficava encravada. Tentávamos arranjá-la com uma esferográfica mas, muitas vezes, era tempo perdido. As cassetes de vídeo perdem facilmente as cores e a definição.
(…) Também não tivemos tempo para perceber quanto tempo podiam durar os discos flexíveis, porque, antes de nos termos acostumado a eles, foram substituídos pelas disquetes rígidas [de 3,5 polegadas], estas pelos CD-ROM e estes pelas pens.
(…)
Em relação a todos os suportes mecânicos, eléctricos e electrónicos, sabemos que irão desaparecer em breve ou não sabemos ainda quanta tempo irão durar e, provavelmente, nunca o saberemos. Basta um incidente, alias, um relâmpago que cai no jardim ou qualquer outro incidente mais banal, para desmagnetizar uma memória de computador. Se houver uma avaria eléctrica importante, deixarei de poder utilizar qualquer memória electrónica. Além disso, mesmo tendo gravado na minha memória electrónica a versão integral do “Dom Quixote”, não a poderei ler à luz de uma vela, numa cama de rede, num barco, numa banheira ou num baloiço, ao passo que com um livro posso fazer tudo isso, mesmo em condições menos confortáveis. E, se o meu computador ou o meu livro electrónico caírem do 5º andar, estou matematicamente certo de ter perdido tudo, enquanto que, se for o meu livro a cair, na pior das hipóteses terei de apanhar as paginas uma a uma.
Os suportes modernos parecem ter como alvo principal a difusão da informação e não a sua conservação. Pelo contrário, o livro foi o instrumento mais importante da difusão (pensemos no papel que teve a circulação da Bíblia impressa no aparecimento da Reforma e, ao mesmo tempo, da conservação. E possível que, daqui a alguns séculos, quando todos os suportes electrónicos ficarem desmagnetizados, único meio de obter informações sobre o passado seja abrir um incunábulo [obra impressa anterior a 1500].
Entre os livros modernos, sobreviverão todos os que tiverem sido impressos em papel de qualidade ou em papel sem ácido. São muitos os editores que já os disponibilizam.
Não sou um passadista. Num disco rígido de 250 gigabytes, gravei as maiores obras-primas da literatura universal e da história da filosofia. É bem mais cómodo para encontrar em segundos uma citação de Dante ou a Summa Theologiae, de Tomas de Aquino, do que levantar -me para ir procurar um livro demasiado pesado em prateleiras demasiado altas. Mas estou feliz por ter estes livros nas minhas estantes, uma memória fiável para o dia em que os meus instrumentos electrónicos se avariarem."
Pakili em memórias de uma gota, texto e aguarelas criados na disciplina de Desenho do 12º ano da Escola Secundária de Linda-a-Velha, no âmbito do projecto aLeR+, uma iniciativa conjunta do PNL e da RBE.
Como entender o Fair Use e os Direitos de Autor nos trabalhos escolares? Instrumentos de trabalho criados por Kristin Hokanson & Renee Hobbs, Temple Media Education Lab 2009 "(...) Não há listas de verificação do fair use que possam corresponder exactamente a cada caso particular. Por vezes, uma lista de verificação pode prejudicar o raciocínio. Uma lista de verificação pode tornar-se num substituto ou num atalho para o pensamento crítico. Use esta ficha de trabalho para o ajudar na sua reflexão sobre como é que a utilização de materiais sujeitos a direitos de autor pode ser considerada fair use. Pode recorrer a este instrumento para avaliar projectos ou para planear o seu próprio trabalho.
Tenha sempre em conta a natureza da utilização, a sua finalidade, dimensão e efeitos em mercados potenciais. Reflicta sobre o contexto ou a situação em que os materiais sujeitos a direitos de autor estão a ser usados na nova obra. Assegure-se de que pondera se a utilização de tais materiais é, ou não é, de carácter transformacional. (...)"
Momento da intervenção do Prof. Firmino da Costa que encerrou, hoje, a 3ª Conferência Internacional do PNL, com a apresentação de alguns aspectos e conclusões da Avaliação externa do Plano Nacional de Leitura - 3º ano. Ressalvando que os impactos do Plano Nacional de Leitura só poderão ser plenamente conhecidos a médio prazo, o Prof. Firmino da Costa salientou, no entanto, os efeitos positivos que esta avaliação já comprova: a intensificação das práticas de leitura; o crescente interesse dos alunos pela leitura; a sua valorização social e o desenvolvimento dos estudos, neste domínio, no nosso país.
As revistas da especialidade são, seguramente, plataformas ricas de informação, de ideias, de boas práticas e podem contribuir para a nossa aprendizagem contínua. No nosso país, não conhecemos nenhuma específica e, por isso, trazemos ao vosso conhecimento cinco revistas, em língua espanhola - Mi Biblioteca -, em língua inglesa - Teacher Librarian e School Library - e em língua francesa Intercdi e Savoirs CDI que poderão tornar-se recursos valiosos para um desempenho mais competente.