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Blogue RBE

Sex | 18.12.20

Mensagem da coordenadora nacional: Resilientes, as bibliotecas escolares continuam a responder

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Fazendo um balanço deste primeiro período de 2020-2021, evidencia-se que as escolas (e naturalmente as bibliotecas) continuam a ser permanentemente desafiadas a ajustarem as suas práticas e a encontrarem soluções para novos problemas que, em cada dia, vêm acrescer a todas as exigências com que habitualmente já tinham de lidar.

É com grande reconhecimento e orgulho que estamos habilitados a afirmar que, mais uma vez, a grande maioria das bibliotecas encontrou soluções ajustadas, capazes de responder simultaneamente a modalidades de ensino presencial, não presencial e misto, caminhando consistentemente para se transformarem de facto em bibliotecas híbridas, necessidade que, por força da transformação digital omnipresente nas nossas vidas, já se impunha antes da pandemia, mas que esta veio reforçar.

No terceiro período de 2019-2020, quando todas as escolas fecharam, as bibliotecas tiveram de dar passos gigantescos para se adaptarem. Nessa altura a Rede de Bibliotecas Escolares publicou um sítio em linha, a biblioteca escolar digital que, por um lado oferece orientações, por outro lado, permite partilhar as práticas das bibliotecas, de forma a que umas se possam inspirar nos sucessos das outras.

Em Julho, no final do ano letivo, foi recolhido um conjunto de práticas concretizadas pelas bibliotecas, as quais estão disponíveis aqui, na biblioteca escolar digital.

Para melhor consulta, as práticas encontram-se indexadas de acordo com um conjunto de áreas de intervenção das bibliotecas: Cidadania | Envolvimento da comunidade educativa | Escrita | Literacia da informação | Literacia da leitura | Literacia dos media | Matemática | PLNM | Projetos | Utilização livre da biblioteca

É esta experiência acumulada que permite a atual hibridez e a coexistência das atuais diferentes e simultâneas modalidades de trabalho, acompanhando permanentemente a evolução das necessidades das comunidades educativas.

Este suporte à atividade das bibliotecas é continuamente atualizado e, quando no final de outubro a tutela questionou sobre a forma como as bibliotecas implementaram as Orientações para a recuperação e consolidação das aprendizagens | Ao longo do ano letivo de 2020.21, procedeu-se a uma recolha de práticas que permitiu evidenciar que as bibliotecas nunca se desmobilizam e prestam um serviço inestimável nas várias áreas de trabalho das escolas, contribuindo para a sua missão. Essa recolha está disponível aqui.

Mais uma vez, para melhor consulta, as práticas encontram-se indexadas de acordo com um conjunto de áreas: Bem-estar socioemocional no regresso à escola | Dimensões curriculares estruturantes para a progressão na aprendizagem | EMAI | Mentoria | Organização da biblioteca | Prioridades para as aprendizagens | Tutoria |

Em novembro, através do seu Instagram, foi lançado um desafio às bibliotecas: mostrar que, mantendo sempre a segurança, continuam em ação, encontrando modos de fazer. Desse desafio, com ampla adesão, resultou o vídeo que se partilha e que se constitui como uma breve síntese do muito que tem sido feito nas bibliotecas escolares ao longo deste primeiro período:

É tempo de uma breve pausa, de retemperar as energias despendidas para responder afirmativamente a todas estas solicitações, para que, em janeiro, seja possível continuar a perseverar e a desenvolver, com o habitual sucesso, o excelente trabalho das bibliotecas.

Por agora, Boas Festas, Bom ano, Boas leituras!

A coordenadora nacional da RBE
Manuela Pargana Silva

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Qui | 17.12.20

A Biblioteca Escolar – Um contributo fundamental para ler o mundo

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“Porque eu sou do tamanho do que vejo/E não do tamanho da minha altura…”.
Alberto Caeiro, “O Guardador de Rebanhos – Poema VII”

O Agrupamento de Escolas Carlos Amarante conta com o serviço de três bibliotecas escolares, uma com sede na escola secundária, outra situada na escola básica de 2.º e 3.º ciclos de Gualtar e uma terceira na escola básica de 1º ciclo, também em Gualtar. Esta última biblioteca, inaugurada em 2018, destina-se a um público infantil, que inicia a sua atividade escolar com a curiosidade própria da idade e a avidez de conhecer e explorar tudo o que a escola e o mundo têm para oferecer.
 
Como lembra Alberto Manguel: “O amor às bibliotecas, como a maioria dos amores, tem de ser aprendido. Ninguém que entre pela primeira vez numa sala feita de livros pode saber instintivamente que comportamento ter, o que o espera, o que se promete e o que é permitido.” É este trabalho que se tem vindo a fazer na biblioteca da escola básica de 1º ciclo de Gualtar, o trabalho de mostrar este espaço como um lugar onde os livros e a leitura estimulam a imaginação, a criatividade, a descoberta, o pensamento crítico, a aprendizagem e o conhecimento.
 
Conhecendo as idiossincrasias da sociedade da informação e do conhecimento do século XXI, altamente marcada pela (r)evolução digital e pelas redes sociais, compreendemos que a biblioteca deixou de ser apenas uma “sala feita de livros”, utilizando as palavras de Manguel, para se tornar num espaço conceptual onde há lugar para o desenvolvimento de literacias várias, nomeadamente a literacia dos média, da informação e, claro, da leitura, que agora não se cinge ao livro e pode ser realizada com recurso a diferentes meios tecnológicos.
 
Consciente desta realidade, a Rede de Bibliotecas Escolares promove várias candidaturas que não apenas promovem e potenciam a leitura, como também impulsionam e exponenciam o trabalho colaborativo entre a biblioteca e a sala de aula. Uma das candidaturas que a RBE abre anualmente intitula-se “Leituras… com a Biblioteca” e foi no âmbito desta iniciativa que a biblioteca da escola de 1º ciclo de Gualtar se candidatou com o projeto “Jornal Digit@l_Mente”, que foi selecionado e apoiado por aquela entidade.
 
O “Jornal Digit@l_Mente” alicerça-se na confluência de dois eixos. O primeiro visa desenvolver as competências de leitura e escrita, maioritariamente de textos não literários e multimodais, cujas temáticas estão interligadas com os domínios da estratégia da educação para a cidadania do Agrupamento - a interculturalidade e o desenvolvimento sustentável. O segundo eixo pretende formar para os media desenvolvendo, ao mesmo tempo, competências digitais e tecnológicas. Neste caso, o enfoque é colocado em sessões formativas sobre ferramentas digitais vocacionadas para a redação e edição de texto. Pretende-se que a leitura orientada e a escrita associada a meios digitais catapultem o interesse dos alunos em produzirem um trabalho de equipa que se consubstancie na redação de um jornal online, que evidencie as suas leituras, pesquisas e descobertas.
 
O trabalho colaborativo em sala de aula entre os professores titulares e a professora bibliotecária já está em curso. Até ao momento, os alunos dos 3º e 4º anos refletiram sobre a evolução e a importância dos media na nossa sociedade, redigiram uma notícia, elaboraram um guião de entrevista e tomaram conhecimento dos seus direitos enquanto utilizadores da internet. Em todas as sessões realizadas enfatiza-se a participação, o empenho e o interesse dos alunos por conhecerem mais sobre assuntos tão atuais e pertinentes que fazem parte do seu quotidiano. As primeiras impressões dos alunos quanto ao trabalho já desenvolvido foram registadas num mural digital (padlet) e são muito positivas.
 
Quando há um ano se elaborava o projeto “Jornal Digit@l_Mente” estávamos longe de adivinhar o que o futuro próximo nos reservava e, portanto, não podíamos prever que o digital iria dominar tão rápida e intensamente a nossa vida pessoal, social e profissional. Hoje, com mais certeza e convicção, podemos afirmar que o projeto em curso pode ser um contributo muito pertinente na formação destes alunos e um passo muito importante para compreenderem e fazerem jus às palavras de Alberto Caeiro: “(…) eu sou do tamanho do que vejo / E não do tamanho da minha altura…”. E assim se trabalha nas nossas bibliotecas escolares!
 

Texto de opinião da Diretora do Agrupamento de Escolas Carlos Amarante, Braga, Hortense Lopes dos Santos com a colaboração da professora bibliotecária da EB1 de Gualtar, Cristina Gonçalves.

Este texto foi publicado originalmente no Jornal Correio do Minho .

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Qua | 16.12.20

Recursos de apoio à integração de famílias e alunos migrantes ou pertencentes a minorias étnicas

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Insegurança, incerteza, vulnerabilidade! Estes sentimentos tornaram-se presenças no nosso quotidiano e, de forma muito mais intensa, no das famílias e crianças que estão deslocadas do seu país ou pertencem a minorias étnicas.
Para as apoiar, o Alto Comissariado para as Migrações disponibiliza recursos e serviços pensados para acudir às suas maiores dificuldades. Ficam alguns exemplos:

• Serviço de tradução telefónica, imediata ou mediante marcação: por exemplo, um pai/mãe ou encarregado/a de educação de um/a aluno/a, ou as próprias crianças e jovens, podem solicitar este serviço através destes contactos: 808 257 257 (rede fixa) ou 218 106 191 (rede móvel).

• Informações sobre o Covid 19: em formato impresso ou em linha, existem indicações preparadas em Árabe, Bengali, Francês, Hindi, Inglês, Mandarim, Nepalês, Inglês, Russo,…

• Cursos de língua portuguesa: gratuitos, presenciais ou a distância, para jovens desde os 15 anos e adultos.

• Centros de Apoio à Integração de Migrantes: onde se presta apoio em questões tão diversas como emprego, legalização, saúde, segurança social, apoio jurídico, educação, habitação.

• Programa ‘Mentores para Migrantes’: em que um/a voluntário/a se oferece para acudir a necessidades específicas, seja na prática da língua, na procura de emprego, no apoio escolar...

A biblioteca escolar, enquanto espaço inclusivo por excelência na escola, pode constituir-se como um medidador entre estes serviços e os diferentes atores da escola, divulgando-os na sua comunidade.

Para que acolhimento, solidariedade, inclusão não sejam palavras vãs nas nossas escolas e nas nossas comunidades, registe, divulgue, utilize.

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Ter | 15.12.20

Adotar uma postura reflexiva

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Fonte da imagem: https://cutt.ly/fhU7inU

Este artigo é da autoria de Nigel Coutts, professor australiano, cujas reflexões e partilhas se focam muito na aprendizagem centrada no aluno e no desenvolvimento de competências que se constituam como ferramentas para aprender sempre. São temas da sua preferência os processos de compreensão, o pensamento crítico e criativo. No blogue que dinamiza, The Learner’s Way, partilha os seus pontos de vista.
 
É a tradução de um desses artigos, de 23 de novembro de 2020, que, com a sua autorização, aqui publicamos. Esse artigo vem na sequência de um outro que escreveu sobre a importância da prática reflexiva como peça do puzzle da aprendizagem, no qual citou John Dewey, quando este afirma: "Não aprendemos com a experiência, aprendemos com a reflexão sobre a experiência".
 
Para assegurar que a prática da reflexão seja mais do que uma atividade acrescentada à nossa programação, precisamos de assumir uma postura reflexiva.
 
A reflexão é, demasiadas vezes, o que fazemos no final de uma tarefa ou no fim do dia. Olhamos para trás e contemplamos o que aconteceu, e com isso em mente, ansiamos pelo que poderemos fazer de maneira diferente da próxima vez. É, deste modo, um processo muito reacionário. É evidente que esta forma de reflexão tem o seu lugar e pode ser uma estratégia poderosa a implementar quando procuramos aprender com a experiência. Se valorizarmos a prática reflexiva, teremos a certeza de reservar tempo para esta forma de reflexão numa base rotineira. Ao envolvermo-nos habitualmente na reflexão, asseguramos que ela se torne uma das nossas rotinas diárias.
 
Mas isto pode ser reforçado através da adoção de uma postura reflexiva.
 
Uma postura reflexiva requer um esforço deliberado para nos afastarmos da reflexão enquanto atividade que põe termo à nossa jornada de aprendizagem. Em vez disso, torna-se algo em que estamos empenhados antes, durante e no final da aprendizagem. Significa que não só atribuímos tempo à prática da reflexão, mas que compreendemos o seu valor como ferramenta cognitiva que fortalece a aprendizagem.
 
Uma postura reflexiva faz-nos passar dos comportamentos à metacognição.
 
A metacognição é um dos Hábitos Mentais, que Costa & Kallick definem como "Pensar sobre o pensamento. Conhecer o próprio conhecimento. Ter consciência dos seus próprios pensamentos, estratégias, sentimentos e ações - e de como estes afetam os outros". Segundo Costa & Kallick "metacognição, ou pensar sobre o pensamento, é a nossa capacidade de perceber o que sabemos e o que não sabemos. É a nossa capacidade de planear uma estratégia para produzir a informação necessária, de estar conscientes dos nossos próprios passos e estratégias durante o ato de resolver problemas, e de refletir e avaliar a produtividade do nosso próprio pensamento. . . As pessoas inteligentes planeiam, refletem e avaliam a qualidade das suas próprias capacidades e estratégias de pensamento". Tal como com cada um dos "Hábitos da Mente", e num sentido mais lato, com as disposições, a metacognição progride quando existe uma predisposição para a utilizar, baseada na perceção do seu valor e no empenho em desenvolvê-la enquanto capacidade.
 
Se pretendemos maximizar os benefícios da metacognição, devemos estar conscientes da nossa capacidade de planear no sentido de um pensamento objetivo e eficaz. Devemos então monitorizar os efeitos que o nosso pensamento está a ter no momento e ter consciência de como pensamento e ação estão a evoluir. Por fim, também devemos prever tempo para refletir tanto sobre os processos graduais da nossa jornada de aprendizagem como sobre os resultados assim alcançados. Num artigo para Improve with Metacognition, Costa & Kallick identificam a necessidade de o planeamento do pensamento ser combinado com o autocontrolo, através de um olhar consciente para a frente e para trás. As práticas reflexivas de fim de dia ou de fim de tarefa dependem demasiado da eficácia de uma das partes deste processo: olhar para trás.
 
Uma postura reflexiva permite que cada parte deste processo seja feita de uma forma que as práticas habituais de fim do processo não permitem. Uma postura reflexiva inclui uma atenção prévia à atividade cognitiva, durante a atividade cognitiva e, no final, sobre a atividade cognitiva. Uma postura reflexiva torna-se um ciclo contínuo de planeamento, observando e refletindo sobre a eficácia do pensamento e da ação.
 
Uma postura reflexiva não significa que estejamos permanentemente a analisar o nosso pensamento.
 
Envolvermo-nos a cada o momento numa metacognição plena e atenta seria cansativo e largamente inútil. Thinking, Fast & Slow, de Daniel Kahnemann convida-nos a ver o nosso pensamento como sendo o resultado de dois sistemas metafóricos. "O sistema 1 funciona automática e rapidamente, com pouco ou nenhum esforço e sem controlo voluntário. O sistema 2 dedica atenção às atividades mentais exigentes que necessitam dele, incluindo cálculos complexos". Cada sistema tem as suas vantagens e desvantagens, e, na maioria dos casos, alternamos entre os dois sem esforço e sem problemas, um apoiando o outro.
 
Considere a tarefa de conduzir. Para o condutor experiente, é normal viajar grandes distâncias tendo como tarefa gerir o veículo, percorrendo as estradas e evitando obstáculos, com a nossa mente em piloto automático. Só quando a tarefa exige maior concentração, é que nos concentramos nela e estamos plenamente conscientes das escolhas que fazemos. Quando refletimos sobre a nossa viagem, recordamos estes momentos com detalhes vívidos enquanto os outros não são de todo recordados. O mesmo se aplica a muito do pensamento que ocorre ao longo dos nossos dias. No entanto, quando adotamos uma postura reflexiva, planeamos os momentos em que iremos deliberadamente envolver todas as nossas capacidades mentais e os momentos em que iremos observar como o nosso pensamento está a evoluir e o efeito que isso tem. Porque valorizamos as nossas práticas reflexivas, tomamos medidas para garantir que teremos o impacto que desejamos e que anotamos as ações e pensamentos que realizamos com este objetivo. Não estamos a deixar as coisas ao acaso; estamos a planear e a monitorizar o sistema de que necessitamos.
 
A nossa postura reflexiva também irá melhorar a forma como aprendemos no futuro.
 
Como referido, aprendemos com a reflexão sobre a experiência. Quando adotamos uma postura reflexiva, reconhecemos os benefícios de determinados padrões de ação e pensamento. Ao reconhecer estes padrões e o impacto que têm no momento, e ao refletir depois sobre as nossas observações, permitimo-nos incorporar os padrões mais eficazes no nosso planeamento futuro e aperfeiçoar ou abandonar aqueles que não estão a funcionar.
 
Uma postura reflexiva exige um compromisso e uma valorização da prática reflexiva como sendo mais do que um conjunto de comportamentos que programamos para o nosso dia. Os benefícios plenos de uma postura reflexiva são alcançados quando planeamos a observação e a reflexão sobre as nossas ações e depois utilizamos a informação obtida como resultado para informar as nossas escolhas futuras.
 
Nigel Coutts
 
Ler - Playing with Habits of Mind
 
Explorar - Strategies & Routines that Support Metacognition
 
Costa, A. & Kallick, B. (2008) Aprender e liderar com hábitos de mente: 16 características essenciais para o sucesso. ASCD, EUA
 
Costa, A & Kallick, B. (2015) Metacognition: What Makes Humans Unique  https://www.improvewithmetacognition.com/metacognition-what-makes-humans-unique/
 
Kahnemann, D. (2012) Thinking, Fast And Slow. Penguin, Random House Books; UK
 
Coutts, Nigel. Taking a reflective stance. The Learner’s Way, 23/11/2020. Acedido em 25/11/2020 em https://thelearnersway.net/ideas/2020/11/23/taking-a-reflective-stance 
 

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Seg | 14.12.20

Conhece os teus direitos

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Fonte da imagem: Pormenor da exposição

Durante o mês de novembro, as bibliotecas do Agrupamento de Escolas Queluz-Belas promoveram uma Exposição sobre a Convenção dos Direitos da Criança que teve como objetivo principal a implementação do previsto no seu Artigo 42: o direito da criança a conhecer os seus próprios direitos. Esta exposição pretendeu aumentar os conhecimentos dos alunos sobre os seus direitos, para além de promover competências para identificar eventuais situações em que estes não sejam assegurados. O Agrupamento entendeu ainda que era necessário abranger um público mais extenso do que apenas os seus alunos, na medida em que o conhecimento dos Direitos da Criança deve ser geral e obrigatório em toda a nossa comunidade. 
 
Assim sendo, surgiu a ideia de uma exposição híbrida: física e presencial para os alunos, e virtual para a restante comunidade.
 
A exposição física, que itinerou por várias escolas, foi explorada pelos alunos em colaboração com os seus docentes, apoiados pelos colaboradores do Centro de Recursos Escolares (CRE). Adicionalmente, esta exposição permitia a interação com os pensamentos e opiniões dos alunos (Artigo 12), deixando estes um registo escrito dos mesmos na própria exposição.
 
A exposição virtual foi explorada pelos Diretores de Turma e docentes de Cidadania e foi igualmente destinada aos a alunos da escola sede cuja biblioteca se encontra presentemente encerrada.
 
Após divulgação por parte dos docentes e do CRE aos Encarregados de Educação e outros elementos importantes da comunidade educativa, a exposição virtual, reforçava o intuito da divulgação deste tema e da sua importância para as crianças desta e de todas as comunidades mundiais.
 

 
Para ambas as exposições, foram elaboradas atividades de exploração, centradas em artigos específicos.
 
A primeira atividade, no formato quiz, reforçava os conhecimentos sobre os artigos. Este quiz foi elaborado em formato físico e digital, para que pudesse ser explorado em ambas as exposições.
 
A segunda atividade pretendia reforçar o conhecimento do Artigo 12 (Respeito pela opinião das crianças), sendo composta por várias etapas com um mesmo objetivo: reconhecer a importância da voz de cada criança e as formas com que podiam defender as suas opiniões e direitos.
 
Esta exposição obrigou o agrupamento a pensar de forma diferente, forçado pelas questões sanitárias decorrentes de uma pandemia limitadora do seu campo de ação. Desta forma, o papel da Biblioteca Escolar enquanto fomentadora de conhecimento e cidadania foi reforçado, permitindo dar resposta à articulação de temas relevantes, não apenas para o currículo académico dos alunos, mas também para a sua formação pessoal e a da comunidade de que fazem parte.

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Sex | 11.12.20

O dever dos nossos deveres

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Aproximando-se a data de comemoração do centenário do Prémio Nobel da Literatura, José Saramago (16 de novembro de 2022), lembramos, por ocasião do 72.º aniversário do Dia Mundial dos Direitos Humanos, o cidadão e escritor quando, no banquete do Prémio Nobel, proferido no 50.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos (10. 12. 1998), diz: 
“Neste meio século não parece que os governos tenham feito pelos direitos humanos tudo aquilo a que moralmente estavam obrigados. As injustiças multiplicam-se, as desigualdades agravam-se, a ignorância cresce, a miséria alastra. […]
Mas também não estão a cumprir o seu dever os cidadãos que somos. Pensamos que nenhuns direitos humanos poderão subsistir sem a simetria dos deveres que lhes correspondem […]. Tomemos então, nós, cidadãos comuns, a palavra. Com a mesma veemência com que reivindicamos direitos, reivindiquemos também o dever dos nossos deveres. Talvez o mundo possa tornar-se um pouco melhor.”
 
Inspirada neste discurso de José Saramago, a Carta Universal de Deveres e Obrigações dos Seres Humanos foi criada por uma equipa internacional de pessoas da cultura, de diferentes formações e ideologias, foi entregue oficialmente à Organização das Nações Unidas e está a ser discutida e divulgada por Pilar del Rio, presidente da Fundação José Saramago.
 
A Carta Universal de Deveres e Obrigações dos Seres Humanos mantém com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948) e os  Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ONU, 2015) que a impulsionam, um vínculo essencial, pois os deveres que ela consagra são simétricos dos direitos desta e são deveres do cidadão para consigo próprio, para com a comunidade e para com as gerações futuras. 
 
Para que cada cidadão se comprometa com as próprias ações e com as ações dos outros no quadro da atual sociedade e crise ambiental, é necessário que abandone a atitude de indiferença e passividade perante o que se passa à sua volta - espécie de “cegueira branca”, descrita por José Saramago em Ensaio sobre a Cegueira (1995) - e assuma uma responsabilidade, não apenas jurídica e individual, mas também ética e global (Preambulo da Carta Universal de Deveres e Obrigações dos Seres Humanos).
 
Esta revolução coperniciana que coloca o sofrimento humano e o desequilíbrio ambiental no centro dos compromissos de cada cidadão é a revolução da bondade e do cuidado e dela podemos esperar que o mundo cresça em liberdade e harmonia, de forma justa e equitativa.
 
Com o propósito de consciencializar para a importância de exercermos os nossos direitos tendo por base o bem comum, a Rede de Bibliotecas Escolares criou, com base na Carta Universal dos Deveres e Obrigações dos Seres Humanos, um conjunto de dez propostas de atividades, dirigidas a crianças e jovens, de todas as idades e níveis de educação e ensino, que geram o diálogo, o engajamento e a transformação de si próprios e da comunidade.
 
Artigo completo: O dever dos nossos deveres | DUDH e CUDOSH
Fonte da imagem: https://www.rbe.mec.pt/np4/835.html

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Qui | 10.12.20

Semana dos Direitos Humanos e da Luta contra a corrupção (AE D. Dinis, Leiria)

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Fonte: Imagem de OpenClipart-Vectors por Pixabay

As Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas D. Dinis, Leiria, no âmbito da sua missão e do projeto "Mais Vale Prevenir" (parceria da Rede de Bibliotecas Escolares com o Conselho de Prevenção da Corrupção), assinalam a Semana dos Direitos Humanos e da Luta Contra a Corrupção, de 9 a 11 de dezembro, uma ação colaborativa com a área de Cidadania e Desenvolvimento. O programa [https://cutt.ly/fhYZJxA], destinado a aos alunos do 1º ao 3º ciclos, é vasto, contando com a colaboração de várias parcerias internas (Serviços de Psicologia e Orientação Escolar, Clube de Fantoches, dinamizado por Encarregados de Educação, Equipa de Formação Interna) e externas (Conselho de Prevenção da Corrupção, Amnistia Internacional, DECO Jovem, no âmbito do projeto BrainIdeas, Biblioteca José Saramago, do Politécnico de Leiria, no âmbito do Plano de Ação da Rede de Bibliotecas de Leiria).
A equipa das Bibliotecas Escolares, em parceria com a área Cidadania e Desenvolvimento, criou um sítio online, Mais Vale Prevenir, onde se encontra toda a informação da iniciativa, nomeadamente um conjunto de significativos recursos pedagógicos, produzido pela equipa organizadora, para as atividades a desenvolver com os alunos. Estes recursos estão organizados por anos de escolaridade e abordam temas como: Bullying e Ciberbullying (5º ano), Ética e Luta Contra a Corrupção (6º ano), Propriedade Intelectual (7º ano), Desinfomação (8º ano) e Contrafação e Desenvolvimento Sustentável (9º ano).
O programa contempla também, no dia 9 de dezembro, a conferência Hora de Dizer Não, [https://cutt.ly/shYXdJJ] uma iniciativa do Conselho de Prevenção da Corrupção [http://www.cpc.tcontas.pt/], para assinalar o Dia Contra a Corrupção. Esta conferência destinada a professores, enquadra-se no projeto Mais Vale Prevenir, que o Agrupamento de Escolas D. Dinis integrou no corrente ano letivo.

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Qui | 10.12.20

Dia dos Direitos Humanos - 10 de dezembro: Recuperar-se – Defender os Direitos Humanos

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Fonte: https://www.un.org/en/sections/universal-declaration/history-document/index.html

Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada a 10 de dezembro de 1948 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, fixa um ideal comum de direitos fundamentais: saúde/ segurança, educação/ trabalho e liberdade de expressão/ opinião. 
 
Estabelece que todos os seres humanos têm um valor intrínseco, a dignidade, que deve ser reconhecido pela sociedade, para que cada um - independentemente de seus atos, origem ou caraterísticas - tenha a oportunidade de construir uma vida com significado. Este valor está consagrado no primeiro artigo: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”.
 
Em 2015 a Assembleia Geral das Nações Unidas estabelece 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) interdependentes que têm na raiz os direitos humanos, uma vez que o progresso dos ODS impulsiona o avanço de todos os direitos humanos e os ODS progridem cada vez que os direitos humanos avançam.
 
A globalização, as inovações digitais e tecnológicas e a fragmentação do poder dificultam a adoção de medidas que permitam às instituições democráticas a adaptação eficaz aos problemas sociais e ambientais, de natureza imprevisível e exponencial. A crise pandémica, provocada pela doença Covid- 19, que em 2020 assolou o mundo, acentuou maciçamente a discriminação e desigualdades.  
 
Assim, é fundamental que na reconstrução do mundo pós-Covid 19 coloquemos os direitos humanos no centro. A saúde e a segurança resultam de uma efetiva e justa distribuição de direitos por todos. 
 
Neste contexto a ONU propõe como tema para o Dia dos Direitos Humanos, Recuperação – Defender os Direitos Humanos e desafia cada cidadão a apresentar exemplos, práticos e inspiradores, que possam contribuir para uma melhor recuperação e promoção dos direitos de todos e construção de uma sociedade mais resiliente e justa.
 
Na página oficial deste Dia, a ONU sublinha o contributo das mulheres que deram forma à Declaração Universal dos Direitos Humanos, disponibiliza uma edição ilustrada da Declaração Universal dos Direitos Humanos e um conjunto de materiais que podem ser trabalhados com as crianças e jovens e a comunidade.
 
Recordando a humanista Eleanor Roosevelt, que presidiu ao comitê que aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, “Afinal, onde começam os direitos humanos universais? Em lugares pequenos, perto de casa - tão perto e tão pequenos que não podem ser vistos em nenhum mapa do mundo.”

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Qua | 09.12.20

Uma defesa contra a desinfodemia

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Fonte: https://en.unesco.org/news/seoul-declaration-media-and-information-literacy-everyone-and-everyone-0

Há dez anos que a UNESCO, em conjunto com outras instituições, promove, no mês de outubro, a Semana Global da Literacia dos Media e da Informação (Media and Information Literacy - MIL). Em 2020 comemorou-se o décimo aniversário da iniciativa, tendo os eventos principais desta semana mundial sido dinamizados em linha, a partir da República da Coreia. Assim, as deliberações da Conferência Principal e do Fórum da Agenda da Juventude ficaram plasmadas na Declaração de Seul sobre Literacia dos Media e da Informação para Todos e por Todos: Uma Defesa contra a Desinfodemia.
 
Esta declaração vem na sequência de várias outras, em anos anteriores, entre as quais: a Declaração de Fez (2011), a Declaração de Moscovo (2012), a Declaração de Paris sobre MIL na Era Digital (2014), as Recomendações de Riga sobre MIL num Contexto Mediático e Informativo em Mutação (2016), a Declaração da Juventude sobre MIL (2016) e o Quadro Global da UNESCO para as Cidades MIL (2018).   
 
Aprovada em plena pandemia de COVID-19, a Declaração de Seul propõe-se enfrentar outro risco maior que é o impacto da torrente de desinformação no mundo atual e que designa como “desinfodemia”. Para a combater, a literacia da informação e dos media é uma competência central, já que reforça o pensamento crítico das pessoas e o seu poder de discernimento sobre a forma como se envolvem com as tecnologias de informação e comunicação - especialmente em tempos de crise.
 
A MIL é apresentada em todas as suas dimensões: facilitadora do acesso à informação, da liberdade de expressão, da proteção da privacidade; promotora da segurança digital, da prevenção do extremismo violento, do combate ao discurso do ódio e à desigualdade; incentivadora da diversidade, capacitando as minorias marginalizadas para criar e disseminar conteúdos que expressem a sua visão do mundo.
 
A Declaração de Seul apela a que a MIL, ainda que não constitua a panaceia universal, seja mais reconhecida e valorizada em todos os sistemas educativos, sociais e económicos, através de uma abordagem mais proativa, tendo em vista uma sociedade sustentável e inclusiva. Este apelo tem vários destinatários a quem cabem medidas de vária ordem.
 
Aos governos, desde o nível nacional até ao das cidades, pede-se que: 
• desenhem políticas e atribuam recursos nas mais diversas áreas de ação, desde a educação e a saúde até ao clima e à igualdade de género;
• integrem ações de MIL nas suas estratégias nacionais de combate à desinformação, sobretudo no contexto da atual crise da COVID-19 e de outras que possam surgir;
• desenvolvam programas de MIL para todas as gerações;
• garantam as competências em MIL dos atuais e futuros formadores;
• deem prioridade a grupos em risco de marginalização, nomeadamente mulheres e raparigas;
• promovam a participação dos jovens e da sociedade civil em geral na elaboração das políticas de MIL;
• transformem as cidades em Cidades MIL da UNESCO, capacitando os seus residentes no domínio da informação e comunicação;
• colaborem com cientistas e universidades para sustentar as políticas;
• melhorem a cooperação entre as entidades governamentais, educação, comunicação social, bibliotecas;
• considerem a MIL como ferramenta-chave na governação dos meios de comunicação e tecnologia, desenvolvimento de bibliotecas e design tecnológico.
 
À sociedade civil, meios de comunicação social, juventude, instituições académicas e investigadores, apela-se, entre outras ações, a que:
• integrem redes relevantes para a MIL, tais como a Aliança MIL da UNESCO;
• planeiem e implementem ações de colaboração a nível nacional, regional e global para responder à desinfodemia da COVID-19 e preparar outras futuras desinfodemias;
• se envolvam mais nas políticas nacionais e internacionais relativas à MIL;
• exerçam a sua influência para que os documentos de enquadramento da MIL contemplem a comunicação multicultural e multilingue, a preservação dos direitos linguísticos, e a quebra de barreiras à comunicação com grupos vulneráveis e marginalizados;
• incentivem a investigação multidisciplinar sobre como a MIL pode contribuir para a saúde psicológica e social.
 
Ao setor privado, incluindo empresas de comunicações na Internet apela-se, entre outras ações, a que:
• manifestem responsabilidade institucional estabelecendo a colaboração entre vários stakeholders, num esforço conjunto de combate à desinformação e de construção de comunidades capacitadas em MIL;
• promovam a MIL entre os jovens;
• desenvolvam programas específicos para apoiar a investigação científica e académica relativa à MIL;
• fomentem a inovação social, utilizando a IA e outras novas tecnologias, com a participação de grupos vulneráveis nestas iniciativas.
 
Finalmente, à UNESCO, em cooperação com outras Agências da ONU, apela-se, entre outras ações a que:
• mantenha o seu papel de influenciadora internacional de políticas na área da literacia da informação e dos media;
• continue a integrar a MIL noutras intervenções temáticas da resposta da UNESCO à COVID-19;
• mobilize os vários intervenientes, incluindo o setor privado, para combater a desinformação e assegurar que a MIL seja incluída nos esforços para colmatar as clivagens digitais, nomeadamente no que toca às competências digitais;
• amplie os seus esforços para que a “MIL para todos” seja declarada uma prioridade urgente.
 
Esta Declaração salienta a importância do contributo da MIL para a realização dos dezassete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial o ponto 10 do ODS 16 (acesso à informação) sobre Paz, justiça e Instituições eficazes, o ODS 4 sobre Educação de qualidade, o ODS 5 sobre Igualdade de género, o ODS 8 sobre Trabalho digno e crescimento económico, e o ODS 11 sobre Cidades e comunidades sustentáveis.
 
O combate à desinfodemia deve estar no centro das preocupações das bibliotecas. As prioridades definidas pela RBE para 2020-21 espelham bem essas preocupações. 
 
As bibliotecas escolares em Portugal estão em condições de responder ao apelo feito nesta declaração: são norteadas por documentos orientadores que promovem a literacia da informação e dos media (Aprender com a biblioteca escolar, Modelo de avaliação da biblioteca escolar) ; dispõem de instrumentos de apoio ao seu trabalho neste domínio (https://www.rbe.mec.pt/np4/recursos/); são geridas por professores bibliotecários cuja formação lhes permite porem em prática as orientações. 
 
No entanto, nunca será demais aperfeiçoar a intervenção da biblioteca no sentido de a tornar, na escola, o lugar por excelência onde, através do desenvolvimento da literacia da informação e dos media, se promova o acesso a informação validada e de qualidade, se exerça e exercite a liberdade de expressão, se aprenda e reflita sobre proteção da privacidade, se promova a segurança digital, se previna e combata a violência, o discurso do ódio e a desigualdade, se valorize a diversidade, conduzindo os alunos num percurso de crescimento em que o pensamento crítico, a empatia, a capacidade de diálogo e de ação sustentada em informação e em valores, tenham lugar de destaque.

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Sex | 04.12.20

Os alunos podem ser repórteres - uma nova vertente de 'Miúdos a Votos'

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Este ano, a VISÃO Júnior, através da sua parceria com a Rede de Bibliotecas Escolares, acrescenta uma vertente ao projeto ‘Miúdos a Votos: quais os livros mais fixes?’: a literacia mediática.

«Miúdos a Votos: quais os livros mais fixes?» é um projeto de promoção simultânea de cidadania e de leitura. Estarmos informados é condição essencial de uma cidadania de pleno direito. Com a pandemia, a desinformação e as fake news aumentaram exponencialmente, tornando mais urgente aprendermos todos a consumir (e produzir) boa informação.

Formas de participação

Os alunos podem participar em «Miúdos a Votos» das seguintes formas:
– Ajudar a organizar o processo eleitoral na escola
– Fazer campanha eleitoral por um livro
– Votar
– e, a partir deste ano, reportar aos outros o que se passa

Os alunos terão a oportunidade de perceber:

• Como funciona o mundo da informação?
• Como trabalham os jornalistas?
• O que é que os jornalistas têm de diferente?
• Como se faz uma notícia?
• Qual a diferença entre uma notícia e uma opinião?
• Como se faz uma reportagem?
• Uma imagem também informa?

Um projeto ‘mãos na massa’

Este é um projeto ‘mãos na massa’: os alunos serão não só os seus protagonistas, como os seus próprios agentes. Terão por isso oportunidade de escrever uma notícia, fazer uma reportagem, escrever uma coluna de opinião – e vê-la publicada no sítio de um órgão de comunicação social nacional.

Os alunos serão os repórteres da VISÃO Júnior na sua escola. Serão eles a contar aos nossos leitores o que se está lá a passar. Serão também eles a informarem os seus colegas.

Prémios para as bibliotecas

Para estimular a participação nesta nova vertente do projeto, a Visão Júnior criou duas distinções, com prémios associados.

• As escolas que mais ativamente fizerem a cobertura das atividades (notícias, entrevistas, podcasts, vídeos, crónicas) de ‘Miúdos a Votos’ na sua escola receberão livros para a biblioteca. Serão distinguidas três escolas por cada ciclo de ensino.
• As escolas cujos alunos realizarem a melhor reportagem para imprensa (ou seja, texto e fotos) sobre ‘Miúdos a Votos’ receberão livros para a biblioteca. Serão distinguidas três escolas por cada ciclo de ensino.
• Os trabalhos distinguidos serão escolhidos por uma equipa da VISÃO Júnior, da VISÃO e da RBE.
• Mas o melhor prémio será, provavelmente, verem o seu trabalho reconhecido ao ser publicado no sítio da VISÃO Júnior na internet. Todos os trabalhos com qualidade serão publicados.

Nota: o calendário e o regulamento serão posteriormente divulgados

Sessões online para as escolas

A equipa da VISÃO Júnior organiza uma série de sessões online, através de uma plataforma eletrónica, para alunos e professores.

Em janeiro, realizar-se-ão sessões em que se falará da diferença entre uma notícia e uma reportagem, as regras que os jornalistas têm de seguir, como estruturar a reportagem, ângulos de abordagem, etc.

• 14 de janeiro, 11h – 1.º ciclo
• 20 de janeiro, 11h – 2º e 3º ciclos
• 29 de janeiro, 11h – secundário

Em fevereiro, as sessões serão realizadas por um repórter fotográfico, que abordará questões relacionadas com a imagem:

• 3 de fevereiro, 11h – 1º ciclo
• 9 de fevereiro, 11h – 2º e 3º ciclos
• 10 de fevereiro, 11h – secundário

Em março, com a campanha eleitoral já a decorrer, o objetivo das sessões será ajudar a resolver questões práticas relacionadas com a produção dos textos. Serão também abordadas questões relacionadas com a cobertura jornalística durante as campanhas eleitorais:

• 4 de março – 1º ciclo
• 9 de março – 2º e 3º ciclos
• 15 de março – secundário

Nota: poder-se-ão combinar sessões adicionais ou noutros horários. Caso seja possível, poder-se-á também equacionar a deslocação de um jornalista à escola

Material de apoio

A VISÃO Júnior terá material de apoio disponível no seu site sobre como se escreve uma notícia, como se grava um podcast, como se planeia uma reportagem ou uma entrevista.
Será também fornecido às escolas o modelo de um cartão de jornalista para que os alunos se identifiquem como repórteres junto das suas fontes. Tentaremos que seja enviado em papel, mas, neste momento, podemos apenas garanti-lo em formato eletrónico.

Pode descarregar o power point de apresentação do projeto de literacia mediática

 

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