A fase de crise financeira que atravessamos, deve permitir que repensemos a forma como utilizamos os recursos, evitando desperdícios, gastos inúteis. Na área da Educação, em concreto, é possível ter iniciativas que aliviem as bolsas dos pais e encarregados de educação na hora (presente) de adquirir manuais escolares. Assim, temos sabido (e aqui divulgamos) que muitas autarquias, associações, indivíduos e redes sociais teem criado bancos para troca de manuais escolares. As bibliotecas escolares podem e devem associar-se a esta onda de solidariedade e promover, a nível de escolas e agrupamentos de escolas, espaços de troca de manuais escolares e, eventualmente, outros materiais como mochilas, estojos, lápis, esferográficas...
Aqui ficam algumas das iniciativas que estão no terreno:
Terminou, ontem, na Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), a V Conferência Internacional do PNL - Ler + Ler Melhor. Um dia e meio de variados paineis com intervenções de grande qualidade e pertinência. Contudo, queremos destacar o anúncio feito por Marçal Grilo na abertura da Conferência de que o serviço educativo e a Biblioteca de Arte da Fundação vão encetar a realização de um estudo intitulado "Novas ferramentas de leitura". "Queremos perceber qual o papel que [o livro digital] vai ter no futuro, como maximizar essa ferramenta", disse Marçal Grilo.
As conclusões do estudo deverão ser divulgadas dentro de dois anos, estando prevista a utilização de 200.000 euros para o concretizar. Como parceiros, a Gulbenkian contará com a participação de entidades como a Direção Geral do Livro e das Bibliotecas, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, a Sociedade Portuguesa de Autores, o PNL e a RBE e, a nível externo, com duas instituições de Espanha e do Reino Unido: a Fundación Germám Sánchez Ruipérez e a Booktrust.
Num tempo de mudanças na área do livro com o desenvolvimento do digital, Eduardo Marçal Grilo afirmou que este estudo pretende ainda ajudar a entender qual vai ser a função da leitura e das bibliotecas.