Chamamos de novo a atenção para o 10.º Congresso Nacional da BAD, que vai acontecer já na próxima semana.
Realizados em Portugal desde 1965, os congressos BAD têm constituído ao longo dos anos o principal ponto de encontro, de debate, reflexão, troca de informações e convívio dos profissionais de informação portugueses.
São mais de uma centena os conferencistas que integram o programa, já disponível no sítio da BAD.
O congresso, que se realizará em Guimarães (Centro Cultural Vila Flor e Hotel de Guimarães) nos dias 7, 8, 9 e 10 de Abril pretende promover o debate em torno da produção, uso e difusão de conteúdos informacionais, numa lógica de partilha e colaboração entre cidadãos, profissionais e especialistas das mais diversas áreas.
A EB23 de Amarante é uma escola aLer+ e estes cartazes são bem reveladores da criatividade dos alunos e professores que participaram, de forma entusiástica, na Semana da Leitura.
A CILIP (Chartered Institute of Library and Information Professionals) publicou o Manifesto 2010 que clarifica quais são as seis prioridades que o governo britânico deve adoptar em relação às bibliotecas e informação: 1. Tornar obrigatórias as bibliotecas 2. Direitos de Informação 3. Gestão de Informação 4. Preservar a herança cultural do Reino Unido 5. Saúde pública 6. Direitos dos utilizadores.
As Bibliotecas Escolares dos Agrupamentos de Escolas de Silgueiros e Infante D. Henrique e a Drª Anabela Carvalho, psicóloga deste último Agrupamento, realizarão no dia 15 de Maio de 2010, no Auditório da Escola Superior de Tecnologia de Viseu, o II Encontro “Formar crianças leitoras: instrumentos e estratégias”.
Destacamos a presença das Professoras Fernanda Leopoldina Viana (Universidade do Minho), Isabel Festas (Universidade de Coimbra) e Maria Luísa Pereira ( Universidade de Aveiro).
A actividade dirige-se particularmente a docentes do pré-escolar e do 1.º ciclo; docentes de língua portuguesa do 2.º, 3.º ciclos e secundário; docentes do ensino especial; professores bibliotecários e psicólogos.
The most effective headteachers had a vision for the library’s key role in raising standards of literacy and making a difference to learning. They talked about placing the library at the centre of the school – and meant it. — Ofsted 2006
Uma actividade original das Bibliotecas do Agrupamento de Escolas Professor Paula Nogueira com os alunos do 1º ciclo: no Dia da Poesia marcaram presença no Mercado Municipal de Olhão, distribuindo Marcadores de Livros com poemas sobre frutos e legumes, poemas seleccionados, adaptados ou criados pelos alunos. A iniciativa foi muito bem recebida junto dos vendedores e do público em geral. Aqui ficam algumas fotos:
Um workshop que pretende sensibilizar os participantes para a arte da encadernação artesanal e, ao mesmo tempo, transmitir os conhecimentos básicos para encadernar um livro recorrendo aos materiais e técnicas necessárias.
No Museu do Oriente, dia 24 de Abril, para público a partir dos 12 anos.
Associando o Ano Internacional da Biodiversidade e o Dia Internacional do Livro Infantil, a DGLB lançou um passatempo para as crianças entre os 8 e os 12 anos intitulado: E se eu fosse um bicho??? cujo regulamento pode ser lido aqui.
O belíssimo cartaz é da autoria de Madalena Matoso, vencedora da 13ª edição do Prémio Nacional de Ilustração.
Um livro espera-te. Procura-o. Era uma vez um barquinho pequenino que não sabia não podia navegar Passaram uma, duas, três, quatro, cinco, seis semanas e aquele barquinho aquele barquinho navegou.
Antes de se aprender a ler aprende-se a brincar. E a cantar. Eu e os meninos da minha terra entoávamos esta cantiga quando ainda não sabíamos ler. Juntávamo-nos na rua, fazendo uma roda e, ao despique com as vozes dos grilos no Verão, cantávamos uma e outra vez a impotência do barquinho que não sabia navegar.
Às vezes construíamos barquinhos de papel, íamos pô-los nos charcos e os barquinhos desfaziam-se sem conseguirem alcançar nenhuma costa.
Eu também era um barco pequeno fundeado nas ruas do meu bairro. Passava as tardes numa açoteia vendo o sol esconder-se à hora do poente, e pressentia na lonjura – não sabia ainda se nos longes do espaço, se nos longes do coração – um mundo maravilhoso que se estendia para lá do que a minha vista alcançava.
Por detrás de umas caixas, num armário da minha casa, também havia um livro pequenino que não podia navegar porque ninguém o lia. Quantas vezes passei por ele, sem me dar conta da sua existência! O barco de papel, encalhado na lama; o livro solitário, oculto na estante, atrás das caixas de cartão.
Um dia, a minha mão, à procura de alguma coisa, tocou na lombada do livro. Se eu fosse livro, contaria a coisa assim: «Certo dia, a mão de um menino roçou na minha capa e eu senti que as minhas velas se desdobravam e eu começava a navegar».
Que surpresa quando, por fim, os meus olhos tiveram na frente aquele objecto! Era um pequeno livro de capa vermelha e marca-de-água dourada. Abri-o expectante como quem encontra um cofre e ansioso por conhecer o seu conteúdo. E não era para menos. Mal comecei a ler, compreendi que a aventura estava servida: a valentia do protagonista, as personagens bondosas, as malvadas, as ilustrações com frases em pé-de-página que observava uma e outra vez, o perigo, as surpresas..., tudo isso me transportou a um mundo apaixonante e desconhecido.
Desse modo descobri que para lá da minha casa havia um rio, e que atrás do rio havia um mar e que no mar, à espera de partir, havia um barco. O primeiro em que embarquei chamava-se Hispaniola, mas teria sido igual se se chamasse Nautilus, Rocinante, aembarcação de Sindbad ou a jangada de Huckleberry. Todos eles, por mais tempo que passe, estarão sempre à espera de que os olhos de um menino desamarrem as suas velas e os façam zarpar.
É por isso que... não esperes mais, estende a tua mão, pega num livro, abre-o, lê: descobrirás, como na cantiga da minha infância, que não há barco, por pequeno que seja, que em pouco tempo não aprenda a navegar.
ELIACER CANSINO
Tradução: José António Gomes
Eliacer Cansino Macías (Sevilha, 1954) é professor de Filosofia numa escola de Sevilha, desde 1980, e autor de romances para jovens e adultos. Em 1997, recebeu o Prémio Lazarillo por O Mistério Velázquez, recriação da vida do anão Nicolasillo Pertusato e da sua relação com Velázquez. Em 1992, foi-lhe outorgado o Prémio Internacional Infanta Elena pelo livro Eu, Robinsón Sánchez, tendo naufragado, obra que foi também finalista do Prémio Nacional de Literatura Infantil, de Espanha. Em 2009, recebeu o Prémio Anaya de Literatura Infantil e Juvenil por Um Quarto em Babel. O lápis que encontrou o seu nome (2005). Tem muitos outros títulos editados.
A chuva impediu que se realizasse a Festa do Desenho e da Paisagem no dia da Primavera. Amanhã, dia 27, com o jardim cheio de cores exuberantes, vamos finalmente celebrar com jogos e oficinas, visitas e algumas surpresas, para todas as idades. Estão convidados todos os que gostam de desenhar, experimentar ou descobrir novas formas de ver e representar.
A entrada é livre, limitada ao número de lugares diponíveis.