O Programa de Mentoria do Agrupamento de Escolas do Crato, seguindo as orientações do Ministério da Educação, tem como objetivo o desenvolvimento das aprendizagens, o esclarecimento de dúvidas, a preparação para os momentos de avaliação, a integração escolar e a implementação de uma diversidade de atividades conducentes à melhoria dos resultados escolares dos alunos. Este programa identifica alunos (mentores) que se disponibilizam para apoiar os seus pares (mentorandos) num ambiente de interajuda, confiança e respeito, através da realização de encontros regulares, sob a supervisão dos elementos que compõem a Equipa do Programa de Mentoria, que terão o papel de orientadores.
A integração da professora bibliotecária na equipa de Mentoria surge na sequência de uma orientação emanada do Conselho Pedagógico e vem materializar a importância que o Agrupamento reconhece a esta estrutura, em particular, quando se trata de inovação. A Biblioteca Escolar, para além de detentora de recursos e promotora de práticas de cooperação profissional, constitui-se assim como um hub de conhecimento no âmbito das tecnologias, metodologias e projetos.
Esta equipa é constituída pela Coordenadora dos Diretores de Turma, uma psicóloga, a coordenadora de Cidadania e Desenvolvimento e a professora bibliotecária.
As primeiras fases do “Programa de Mentoria” ainda decorreram em ensino presencial e visaram dar a conhecer o programa a cada turma, com recurso a apresentações feitas pela Equipa de Mentoria, visando motivar os alunos para que se candidatassem a mentores. Também foram realizadas reuniões com os encarregados de educação, tanto dos possíveis mentores, como dos mentorandos, para apresentar as características do programa, as vantagens e as expetativas. Estas reuniões decorreram em moldes idênticos, mas em momentos diferentes (primeiro Encarregados de Educação de mentores, depois de mentorandos), na plataforma MS Teams.
A chegada do E@D determinou que o programa passasse a operacionalizar-se integralmente online, tendo o processo continuado a desenvolver-se sob a ação da equipa que, de forma conjunta, e tendo em conta o conhecimento dos alunos, formou os pares de trabalho e desenvolveu os materiais de registo a serem utilizados pelos intervenientes no programa.
O procedimento seguinte foi a preparação da formação “Aprender a ser mentor” que decorreu em duas sessões, com a participação de todos os elementos da Equipa de Mentoria e precedeu o trabalho regular entre os pares mentor/ mentorando.
Neste momento, na equipa criada na plataforma Teams, existem vários canais, cada um deles regulado por uma orientadora de entre os membros da Equipa do Programa de Mentoria, e do qual fazem ainda parte cada um dos pares mentor/ mentorando. É neste canal que as orientadoras acompanham os pares, que também usam, preferencialmente, a mesma plataforma, nos seus encontros semanais, para comunicarem/ trabalharem.
Este programa tem sido objeto de uma participação entusiástica e responsável, por parte de todos os seus intervenientes, o que justifica expectativas de sucesso na sua implementação.
A professora bibliotecária do Agrupamento de Escolas do Crato, Clotilde Soares
Os documentos de apoio a este programa de mentorias podem ser consultados:
O Campeonato de Escrita Criativa inspira-se na coleção, O Clube dos Cientistas, de Maria Francisca Macedo, autora e professora distinguida pelo GLOBAL TEACHER PRIZE PORTUGAL 2018, com uma Menção Honrosa pelo elevado contributo para a Educação e Sustentabilidade.
Já com 14 títulos publicados, esta coleção alia o prazer da leitura ao gosto pela ciência. As histórias, empolgantes e cheias de ação, são protagonizadas por três irmãos, a Catarina, o Chico e o Carlos, fascinados pela ciência e sempre em busca de novos mistérios. Para ultrapassar os desafios que surgem ao longo das histórias, os jovens recorrem aos seus conhecimentos científicos.
O desafio desta proposta pedagógica consiste na leitura de um livro da coleção e à escolha, por parte dos estudantes, de um momento da história em que as personagens se deparam com um problema para resolver. A turma terá de propor uma nova solução, concorrendo com um texto que deve incluir a descrição de uma experiência, usando o protocolo experimental, tal como consta no final de cada livro (no Caderno de Experiências).
Dirigida a alunos do 1.º Ciclo (3.º e 4.º anos) e do 2.º Ciclo, a iniciativa visa estimular a leitura, a escrita e a experimentação; incentivar o pensamento crítico e a criatividade e fomentar a transdisciplinaridade e o trabalho colaborativo.
Trata-se, pois, de uma atividade que promove leitura, escrita e literacia científica junto dos alunos mais novos, com autoria portuguesa e que envolve, ao longo de todo o processo, o trabalho colaborativo entre professor bibliotecário e professor titular/ da disciplina, com prémios para os intervenientes e também para a biblioteca escolar.
A eventualidade de a biblioteca escolar não contar com os livros desta coleção no seu acervo não é impeditiva da sua participação, uma vez que a editora disponibiliza a leitura dos primeiros capítulos em formato digital.
É igualmente disponibilizada uma tabela que identifica a temática e os conteúdos pedagógicos das áreas curriculares ou disciplinas do 1.º e 2.º ciclo passíveis de abordagem, em cada volume.
Os trabalhos devem ser enviados até 23 de abril de 2021. As três turmas vencedoras serão anunciadas a 18 de junho de 2021.
O Regulamento, Ficha de Inscrição e restantes materiais de apoio encontram-se aqui neste link.
Tendo em mente o lema “distinguir para inspirar”, a iniciativa Fazer em Rede pretende dar rosto e voz aos professores bibliotecários, líderes na sua comunidade e profissionais capazes de enfrentar as mudanças com confiança.
Na Atividade TOP em destaque, partilhamos a experiência de Ernestina Pinheiro, professora bibliotecária da Escola Básica de Mosteiro e Cávado em Braga, que aproveitou como matéria-prima as novas regras de funcionamento da escola para desenvolver a atividade "Jornalista por um dia" em articulação com a disciplina de Português.
A ONU Mulheres definiu como tema do Dia Internacional da Mulher, 8 de março de 2021 (IWD 2021): “Mulheres na liderança: Alcançando um futuro igual num mundo COVID-19”.
Este tema celebra os enormes esforços de mulheres e meninas em todo o mundo na construção de um futuro mais igualitário e na recuperação da pandemia COVID-19.
Está igualmente alinhado com o tema prioritário da 65ª sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher: “ Participação plena e efetiva da mulher e tomada de decisões na vida pública, bem como a eliminação da violência, para o alcance da igualdade de género e o empoderamento de todas as mulheres e meninas ”, e a campanha emblemática de Igualdade de Geração , que clama pelo direito das mulheres de tomar decisões em todas as áreas da vida, remuneração igual, divisão igual de cuidados não remunerados e trabalho doméstico, o fim de todas as formas de violência contra as mulheres meninas e serviços de saúde que atendam às suas necessidades.
Os direitos das mulheres são um tema de educação para os direitos humanos necessário e urgente e estas são algumas das razões:
#Facto 1.“Nenhum de nós verá paridade de género em nossas vidas, e nem provavelmente muitos de nossos filhos (…) a paridade de género não será atingida por 99,5 anos” 2, não obstante este tenha sido o compromisso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável3
#Facto 2: “Todos os dias, 137 mulheres são mortas por um membro da família”; “Menos de 40 por cento das mulheres que sofrem violência procuram ajuda de qualquer tipo” 4.
#Facto 3. “As mulheres representam cerca de 25% dos deputados nacionais” 5.
#Facto 4. “Durante a pandemia Covid-19, a perda de emprego para as mulheres é de 5,0 por cento em 2020, contra 3,9 por cento para os homens. Em todas as regiões, as mulheres têm maior probabilidade do que os homens de abandonar a força de trabalho e tornar-se inativas” porque são quem mais trabalha na economia informal e em setores em que a perda de emprego é maior - a maternidade continua a ser um obstáculo a uma carreira profissional 6.
# Facto 5. Em Portugal “dois terços das mulheres têm rendimentos que não ultrapassam 900 euros líquidos mensais e, entre as que trabalham por conta de outrem (86%), quase um terço tem vínculo contratual instável”; em mais de dois terços dos casais as mulheres desempenham mais tarefas domésticas (73%) que os companheiros (23%) - serão “necessárias cinco a seis gerações para que se alcance uma distribuição equilibrada das tarefas” 7. Em 129 países analisados, Portugal ocupa o 16º lugar no Índice de Igualdade de Género 8.
#Facto 6. Apresente-o, com base no seu conhecimento e experiência - a leitura do livro de Chimamanda Ngozi - Todos devemos ser feministas9, “provavelmente o livro mais importante do ano”, segundo The Telegraph, ou a Conferência TED10 desta escritora nigeriana, podem inspira-lo.
A propósito do dia 8 de março - Dia Internacional da Mulher, a Rede de Bibliotecas Escolares convida as bibliotecas a sensibilizarem a sua comunidade para a transformação e a partilharem aqui as suas iniciativas.
Perguntas que podem suscitar a reflexão e diálogo com todos:
1. Quais são as expetativas de género, suas e da sociedade, em termos de visibilidade, papeis, voz no espaço privado e público?
2. Essa visão limita o que cada um “quer” ser? Se sim, quais podem ser as consequências para cada um(a) e para a sociedade?
3. E se, para além de ser menina ou mulher, for também pobre, tiver alguma deficiência, negra(o), LGBT+, gorda(o), mais nova/ velha, refugiada, tiver registo criminal…, as expetativas e oportunidades são as mesmas?
4. O que devemos mudar para que todos se sintam livres de escolher o próprio caminho e tenham iguais oportunidades?
5. Todos devemos ser feministas?
A pergunta 3. facilita uma abordagem intersecional que aborda a questão de género cruzada com outras dimensões da discriminação e está de acordo com a experiência que as pessoas têm na vida diária, perspetiva que faz parte do Plano de Ação de Género 2021 - 2025 11 que reflete a Estratégia de Igualdade de Género 2020 - 2025 da União Europeia.
Outras atividades e recursos, criados e reunidos pela RBE, que podem ajudar à reflexão e ação:
3. Assembleia Geral das Nações Unidas. (2015). Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: Meta 5. Meta 5: Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. S.l.: Autor. Disponível em: https://www.un.org/sustainabledevelopment/gender-equality/ [acedido em 26 de fevereiro de 2021].
7. Sagnier, L. & Morell, A. (Coord.). (2019). As mulheres em Portugal, hoje. Portugal (Lisboa): Fundação Francisco Manuel dos Santos. Disponível em: https://www.ffms.pt/mulher-em-portugal [acedido em 26 de fevereiro de 2021].
11. Comissão Europeia. (2020). Plano de Ação de Género - colocar os direitos das mulheres e meninas no centro da recuperação global por um mundo com igualdade de gênero. Disponível em: https://ec.europa.eu/commission/presscorner/detail/pt/IP_20_2184 [acedido em 26 de fevereiro de 2021].
Durante o primeiro confinamento, no terceiro período de 2019/2020, as bibliotecas escolares nunca baixaram os braços e continuaram a apoiar as suas comunidades, com múltiplas ações e práticas várias, quer de sua iniciativa, quer em articulação com outros docentes e técnicos.
Em julho de 2020, a Rede de Bibliotecas Escolares reuniu algumas dessas práticas a distância e publicou-as na biblioteca escolar digital, na expetativa de que essa partilha possa ser inspiradora e ajude outras bibliotecas a pensar novas ações.
Por razões sobejamente conhecidas, o ensino voltou a ser não presencial e, mais uma vez, as bibliotecas mobilizaram todos os seus recursos para apoiar os seus públicos e manterem com eficácia o seu papel, agora com uma experiência acumulada que permite maior segurança e atrevimento.
Novamente é importante partilhar o que estamos a fazer, nesta lógica de rede, em que todos provocam todos e juntos se chega mais longe. Assim, o desafio que a RBE lança às bibliotecas escolares durante o mês de março consiste em mostrarem o que de extraordinário estão a fazer, neste período de ensino não presencial, com os alunos, os docentes, as famílias… e que poderá sugerir ideias e entusiasmar outras.
Trata-se de trabalho da iniciativa da biblioteca ou são propostas apresentadas em conjunto com outros docentes ou técnicos? É do âmbito da leitura, da informação e dos media, da cultura e das artes, da cidadania…? Aposta no bem-estar?
Enfim, de tal forma amplo é o leque de possibilidades de trabalho que certamente as partilhas excederão em muito o esperado.
Para fazer chegar as práticas das bibliotecas, que serão divulgadas nos canais de comunicação da RBE, e integrarão a biblioteca escolar digital, basta preencher o formulário que se encontra disponível aqui.