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Blogue RBE

Ter | 03.08.21

Para todos os tamanhos! Arte: proposta pedagógica com recurso a livros-álbum

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Imagem de yourstagedrama por Pixabay 

 

Na Semana Internacional da Educação Artística (assinalada todos os anos na quarta semana de maio) remetemos para o texto da UNESCO, entidade promotora desta comemoração, em tradução livre. É difícil dizer o mesmo por melhores palavras.

“A arte, em toda a sua diversidade, é uma componente essencial de uma educação abrangente para o pleno desenvolvimento do indivíduo. Hoje em dia, as competências, os valores e os comportamentos promovidos pela educação artística são mais primordiais do que nunca. Estas competências - criatividade, colaboração e resolução imaginativa de problemas - desenvolvem a resiliência, alimentam a apreciação da diversidade cultural e a liberdade de expressão, e cultivam a inovação e as capacidades de pensamento crítico. Como um vetor de diálogo no sentido mais elevado, a arte acelera a inclusão social e a tolerância nas nossas sociedades multiculturais e interligadas.

A arte aproxima-nos. Uma pintura, um artefacto, uma peça de música ancestral falam muito da história das civilizações e dos laços que as ligam. Faz-nos sentir e compreender o que une a humanidade na diversidade das suas culturas e expressões, contribuindo assim para o nosso futuro brilhante e sustentável.

Esta consciência da arte pode ser adquirida desde tenra idade e mantida ao longo da vida. É com a convicção de que a criatividade e as artes, e a aprendizagem das mesmas, contribuem para a construção de sociedades prósperas e pacíficas que a UNESCO encoraja os seus Estados-membros a apoiar a educação artística, na escola e para além dela. A educação artística é uma chave para formar gerações capazes de reinventar o mundo que herdaram. Apoia a vitalidade das identidades culturais, enfatizando as suas ligações com outras culturas, contribuindo assim para a construção de um património comum. Ajuda a formar cidadãos tolerantes e dinâmicos para o nosso mundo globalizado.”

A inutilidade da arte é um “estribilho”. Por outro lado, a arte não é neutra e interpela sentidos e emoções. Observar, produzir e participar. Refletir sozinho e com os outros.  Questionar e debater. Inquietar-se, entristecer-se e alegrar-se.  Apreciar, amando ou detestando. Durante a pandemia que nos assola, temos sido testemunhas de como diferentes formas de arte trazem alívio em tempos de confinamento, paz em tempo de angústia, solidariedade em tempos de solidão. Comprovando-se uma perceção antiga e paradoxal em relação à arte nas nossas vidas, afinal como pode uma coisa que não serve para nada, ser indispensável ao ser humano?

Que diferentes expressões artísticas conhecemos? Como nos relacionamos com elas? E as que desconhecemos? Como podemos aprender mais sobre elas? A arte tem que ser bela? Todos podemos ser artistas? Todos somos criativos? Que relação existe entre a arte e o bem-estar? Este tema convida a perguntar ininterruptamente, pois cada resposta transporta em si um conjunto de novas perguntas.

A leitura mediada de livros álbum é uma oportunidade para criar um espaço/ tempo para pensar em conjunto, fazer perguntas e partilhar ideias, experiências e emoções sobre estas questões. Sugere-se um conjunto de livros que, pelas suas características textuais e gráficas, podem ser utilizados com alunos de diferentes faixas etárias.

 

O sonho de Mateus, de Leo Lionni, Kalandraka

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Os ratos eram muito pobres, mas tinham grandes expetativas para Mateus. Quando ele crescesse, talvez viesse a ser médico. Então, teriam queijo parmesão ao pequeno-almoço, ao almoço e ao jantar. Mas quando lhe perguntavam o que é que ele queria ser, Mateus respondia:– Não sei… Eu quero ver o mundo.

A arte como escaparate de conhecimento e cultura do mundo inteiro; como expressão de criatividade e liberdade; como caminho para transformar a realidade. (resenha da editora)

 

MVSEVM. Manuel Marsol e Javier Sáez Castán, Orfeu Negro

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O que é um Museu?

Será um mero local de arquivo de imagens e objectos ou um espaço que todos podemos recriar em cada olhar? E será estática a nossa visão ou transformativa?

Neste álbum silencioso de Javier Sáez Castán e Manuel Marsol, dois grandes ilustradores do nosso catálogo, um misterioso museu cativa e brinca com um visitante incauto, a ponto de não o querer deixar sair. (resenha da editora)

 

A Sinfonia dos Animais, Dan Brown, Bertrand Editora

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Nesta história, cada animal tem uma característica que o distingue e transporta um instrumento musical. Individualmente, podem não parecer muito importantes, mas em grupo tornam-se surpreendentes. Quando - conduzidos pelo Maestro Rato - se juntam numa orquestra, o resultado é uma sinfonia afinada e maravilhosa, em que todos os músicos e instrumentos se revelam imprescindíveis e se completam. (resenha da editora)

 

A Orquestra, Avalon Nuovo, Editora Fábula

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Em bandas sonoras de cortar a respiração ou em emocionantes apresentações ao vivo, a atuação de uma orquestra é, sem dúvida, um espetáculo único. Vem conhecer alguns dos mais famosos compositores de todos os tempos, os instrumentos que constituem uma orquestra sinfónica e importantes salas de concerto que vale a pena visitar. Com ilustrações de grande qualidade, num estilo original, elegante e sóbrio, este é o livro ideal para iniciar as crianças no mundo da música. (resenha da editora)

 

Dança, João Fazenda, Pato Lógico

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Ele quer dançar, mas o corpo não obedece; ela é leve e balança. Ele é contido e rectilíneo; ela é descontraída e voa com ritmo. Ele vive num mundo ortogonal, pesado e previsível, até descobrir que há pesos que devem ficar para trás. Prémio Nacional de Ilustração 2015 (resenha da editora)

 

O Livro dos Erros, Corinna Luyken, Editora Fábula

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Nos desenhos, nos textos e na vida, os erros acontecem. Este livro é sobre os erros, e sobre como se podem transformar em algo melhor do que aquilo que tínhamos sonhado ou planeado. Um livro-presente para várias pessoas e situações. Tocará todos aqueles que o lerem e a história ficará na memória de todos os leitores. Mesmo os maiores «erros» podem ser a fonte das ideias mais brilhantes! (resenha da editora)

 

Como Ser um Explorador do Mundo: Museu de (Arte) Vida Portátil, Keri Smith, Editorial Planeta

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A qualquer momento, onde quer que estejas, há centenas de coisas à tua volta que poderão ser interessantes e que vale apena registar. Explora-as! Aviso a quem comprar este livro: Se descobrires que és incapaz de usar a tua imaginação, deverás pousar este livro de imediato. Não é para ti. Ao longo dele. Ser-te-á pedido repetidamente que…suspendas a tua descrença, realizes tarefas que te farão sentir um pouco estranho, olhes para o mundo de formas que te farão pensar de uma maneira diferente, realizes experiências com regularidade e vejas objetos inanimados como vivos. (resenha Wook)

 

História da Imagem para Crianças, David Hockney, Martin Gayford e Rose Blake, Edicare

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A história da imagem começa nas cavernas e termina, neste momento, num tablet. Quem sabe onde irá a seguir? Junta-te a David Hockney, a Martin Gayford e à ilustradora Rose Blake numa incrível e original viagem pela história da imagem. Com eles, irás descobrir uma muito ampla variedade de obras-primas, nos mais diversos formatos e suportes. Este livro abrir-te-á os olhos para um mundo repleto de imagens e para um maravilhoso despertar para a cultura visual. (resenha da editora)

 

Republicação: 1.ª publicação em 2021-05-26

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