A base de dados RBE/GEPE permite-nos extrair algumas conclusões, a nível nacional, sobre a formação dos professores coordenadores das bibliotecas escolares no ano de 2007-2008:
Quadro 1 - Formação especializada por tipologia de escola
Gratuita. Em linha. Publicação periódica canadiana (Universidade de Alberta), especializada em Evidence Based Library and Information Practice / Práticas de Bibliotecas e de Informação Fundamentadas em Evidências, incluindo, entre outras, práticas em/para bibliotecas escolares. Interessante ver a equipa editorial, chefiada por Denise Koufogiannakis - actualmente em funções de coordenação nesta Universidade, começou a sua carreira na área da documentação e informação sobre ciências de saúde. Mais sobre bibliotecas escolares no Canadá: CLA (Assoc. Canadiana), SLIC, e websites de movimentos cívicos a favor de bibliotecas escolares como este (Québec) ou este (British Columbia)
Num debate nacional sobre educação julgamos que será oportuno referir o papel e a importância que as bibliotecas escolares assumem hoje no contexto da escola e de uma aprendizagem de qualidade. Aliás, numa leitura atenta de diversas participações, nos fóruns, nos diferentes temas propostos e ainda nos depoimentos, a transversalidade de algumas questões levantadas pelos intervenientes é recorrente. A saber, entre outras, a necessidade da escola preparar para a aprendizagem ao longo da vida, para o domínio de um conjunto de competências capazes de permitir o acesso à (in) formação, requisito base para a mobilidade social e profissional no mundo actual e a atribuição do insucesso escolar aos fracos níveis de literacia, nomeadamente da leitura, que muitos professores referem como grande constrangimento ao progresso na aprendizagem.
«Em Portugal, país que bate recordes no consumo de antidepressivos, este antídoto [a leitura] devia ser promovido oficialmente», diz-nos Maria José Nogueira Pinto.
“Vou viajar com o imaginário dos outros”, assim definiu Bernard Babkine a sua ida para Deauville com uma mala cheia de livros. O que prova que, hoje em dia, é preciso ter férias para poder ler livros, o tempo normal devorado pelas novas formas e fórmulas de aquisição de conhecimentos, informação e convivência com as realidades e a imaginação.Mas, apesar de todos os sons e imagens que cruzam o nosso olhar, perfuram o nosso cérebro e nos tornam uma espécie de conduta passiva por onde toda essa informação passa, acriticamente, efémera e breve, o gesto de pegar num livro, o toque do papel, o virar da página, a sujeição a um ritmo necessariamente lento, nesse encontro iniciático entre quem escreve e quem lê, esse cerimonial de apresentação aos personagens, esse esforço ansioso de configurar o espaço onde se movem, os sons de vozes que não ouvimos, os cheiros e cores que não sentimos nem vemos é, e será sempre, um exercício emocionante, singular e inaugural.