Ter | 24.06.08
Modelos de Literacia de Informação ou de Promoção de Leitura: recensão de uma leitura
“A nuestros alumnos se los considera en las aulas más como alumnos que como lectores y en las bibliotecas más lectores que aprendices.
La vinculación estrecha entre lectura,aprendizaje, conocimiento y disfrute no se ha conseguido.”
Cuevas Cerveró, A. Lectura, alfabetización en información y biblioteca escolar, Gijón: Trea, 2007
Nunca como na actual Sociedade do Conhecimento se valorizou tanto a leitura como base indispensável da educação e da formação de cidadãos livres, conscientes e capazes de aprender ao longo da vida.
Consensual, tem sido também a ideia de que o conceito de leitura não é hoje o mesmo de épocas anteriores, como não são os mesmos os desafios que a actual Sociedade do Conhecimento coloca à Escola no domínio do desenvolvimento das competências leitoras das crianças e dos jovens.
O papel das bibliotecas escolares tem, por outro lado, sido por demais evidenciado, quer ao nível da aprendizagem da leitura, quer na consolidação de competências que permitam dominar diferentes tipos de leitura e saber seleccionar e usar criticamente a informação.
Uma vez estabelecida esta base de pensamento mais ou menos unânime, entramos, contudo, num campo de reflexão onde, apesar do muito que se tem escrito e continua a escrever sobre estes temas, ainda subsistem muitas dúvidas, ideias feitas e mal-entendidos, e novas ideias necessitam de afirmar-se.
A demonstrá-lo está o livro de Aurora Cerveró, Lectura, alfabetización en información y biblioteca escolar, publicado em 2007, que inadvertidamente conhecemos e tão oportunamente questiona algumas das nossas ideias e práticas.
Trata-se de uma tese de doutoramento vertida em livro no qual a autora propõe um modelo de literacia de informação orientado no sentido da promoção da leitura, entendida de uma forma ampla, integradora e próxima das competências de informação.
A promoção da leitura centra-se, nesta acepção, na formação leitora e não exclusivamente na promoção do livro:
“Actualmente la lectura ha de entenderse en sentido amplio e integrador, sin deslindar o discriminar lo textual de la imagen, el sonido o el soporte, que pueden convivir y enriquecerse mutuamente. Por tanto omitir la lectura icónica o la lectura digital de la enseñanza obligatoria en el siglo XXI es obviar una parte importantísima de nuestra cultura y acrecentar la brecha que separa a la escuela de la realidad social.” (p. 193)
A ênfase é colocada no desenvolvimento de habilidades e estratégias cognitivas para a formação de leitores competentes e não apenas no fomento do gosto e dos hábitos de leitura, que não poderão florescer sem se “saber” ler.
Como o domínio destas competências de “meta leitura” depende de um conjunto de capacidades de processamento de informação, estas constituem-se como núcleo de um programa de literacia de informação do qual a leitura, entendida de forma transversal, é parte imprescindível, atravessando as várias leituras escolares:
“La escuela ha tendido a separar la lectura eferente, cuya finalidad es recabar información, de la lectura estética, que se orienta al disfrute. Esta división perjudica seriamente el acto lector, que ha de ser integrador, pues leer para informarse o documentarse no impide experimentar emociones, así como leer una obra literaria también puede reportarnos información.
Esa disociación que la escuela establece entre diferentes tipos de lectura _ lectura recreativa, informativa, de consulta, de estudio o de investigación _ perjudica, a nuestro entender, a la formación lectora del alumno, que ha de ser transversal e integradora.” (idem)
O modelo proposto estrutura-se em três categorías, subdivididas em objectivos, normas e indicadores: “Alfabetización, información y lectura”; “Lectura y aprendizaje” e “Perfeccionamento personal y lectura”, e procura dar corpo à hipótese de partida lançada por este estudo:
“La alfabetización en información alienta la lectura; es pertinente, entonces, articular un modelo de alfabetización en información para el CRA [Centro de Recursos para el Aprendizaje] que contemple la promoción a la lectura como eje vertebrador de su funcionamento.
En el ámbito del CRA la promoción a la lectura y la alfabetización en información se convierten en elementos esenciales para el aprendizaje. Un CRA plenamente integrado en la actividad educativa es uno de los elementos insoslayables en el proceso educativo que hace posible aumentar el nivel de competencias de los alumnos a la vez que acerca lúdica y académicamente la lectura.” (p 209).
Consensual, tem sido também a ideia de que o conceito de leitura não é hoje o mesmo de épocas anteriores, como não são os mesmos os desafios que a actual Sociedade do Conhecimento coloca à Escola no domínio do desenvolvimento das competências leitoras das crianças e dos jovens.
O papel das bibliotecas escolares tem, por outro lado, sido por demais evidenciado, quer ao nível da aprendizagem da leitura, quer na consolidação de competências que permitam dominar diferentes tipos de leitura e saber seleccionar e usar criticamente a informação.
Uma vez estabelecida esta base de pensamento mais ou menos unânime, entramos, contudo, num campo de reflexão onde, apesar do muito que se tem escrito e continua a escrever sobre estes temas, ainda subsistem muitas dúvidas, ideias feitas e mal-entendidos, e novas ideias necessitam de afirmar-se.
A demonstrá-lo está o livro de Aurora Cerveró, Lectura, alfabetización en información y biblioteca escolar, publicado em 2007, que inadvertidamente conhecemos e tão oportunamente questiona algumas das nossas ideias e práticas.
Trata-se de uma tese de doutoramento vertida em livro no qual a autora propõe um modelo de literacia de informação orientado no sentido da promoção da leitura, entendida de uma forma ampla, integradora e próxima das competências de informação.
A promoção da leitura centra-se, nesta acepção, na formação leitora e não exclusivamente na promoção do livro:
“Actualmente la lectura ha de entenderse en sentido amplio e integrador, sin deslindar o discriminar lo textual de la imagen, el sonido o el soporte, que pueden convivir y enriquecerse mutuamente. Por tanto omitir la lectura icónica o la lectura digital de la enseñanza obligatoria en el siglo XXI es obviar una parte importantísima de nuestra cultura y acrecentar la brecha que separa a la escuela de la realidad social.” (p. 193)
A ênfase é colocada no desenvolvimento de habilidades e estratégias cognitivas para a formação de leitores competentes e não apenas no fomento do gosto e dos hábitos de leitura, que não poderão florescer sem se “saber” ler.
Como o domínio destas competências de “meta leitura” depende de um conjunto de capacidades de processamento de informação, estas constituem-se como núcleo de um programa de literacia de informação do qual a leitura, entendida de forma transversal, é parte imprescindível, atravessando as várias leituras escolares:
“La escuela ha tendido a separar la lectura eferente, cuya finalidad es recabar información, de la lectura estética, que se orienta al disfrute. Esta división perjudica seriamente el acto lector, que ha de ser integrador, pues leer para informarse o documentarse no impide experimentar emociones, así como leer una obra literaria también puede reportarnos información.
Esa disociación que la escuela establece entre diferentes tipos de lectura _ lectura recreativa, informativa, de consulta, de estudio o de investigación _ perjudica, a nuestro entender, a la formación lectora del alumno, que ha de ser transversal e integradora.” (idem)
O modelo proposto estrutura-se em três categorías, subdivididas em objectivos, normas e indicadores: “Alfabetización, información y lectura”; “Lectura y aprendizaje” e “Perfeccionamento personal y lectura”, e procura dar corpo à hipótese de partida lançada por este estudo:
“La alfabetización en información alienta la lectura; es pertinente, entonces, articular un modelo de alfabetización en información para el CRA [Centro de Recursos para el Aprendizaje] que contemple la promoción a la lectura como eje vertebrador de su funcionamento.
En el ámbito del CRA la promoción a la lectura y la alfabetización en información se convierten en elementos esenciales para el aprendizaje. Un CRA plenamente integrado en la actividad educativa es uno de los elementos insoslayables en el proceso educativo que hace posible aumentar el nivel de competencias de los alumnos a la vez que acerca lúdica y académicamente la lectura.” (p 209).