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Blogue RBE

Ter | 12.07.11

Estudo internacional sobre ensino e literacia da leitura














De acordo com os resultados do estudo sobre ensino e literacia da leitura,  Teaching Reading in Europe: Contexts, Policies and Practices publicado pela  Rede Eurydice e apresentado ontem, em Bruxelas, pela Comissão Europeia, a percentagem de alunos portugueses de 15 anos com dificuldades de leitura situa-se nos 18%. Um número ainda abaixo da meta estabelecida pela UE, 15%, apesar da melhoria verificada entre 2000 e 2009.

Um em cada cinco jovens de 15 anos de idade e um elevado número de adultos na Europa não conseguem ler correctamente. Um novo estudo, publicado hoje pela Comissão Europeia, revela quais as medidas adoptadas pelos países para melhorarem os níveis de leitura e quais as suas limitações. O estudo abrange 31 países (Estados-Membros da UE, Islândia, Liechtenstein, Noruega e Turquia) e mostra que, apesar dos progressos registados pela maioria dos países no desenvolvimento de políticas de literacia, muitas vezes essas políticas não consideram devidamente os grupos de maior risco, nomeadamente os rapazes, as crianças de meios desfavorecidos e as crianças migrantes. Os ministros da Educação da UE fixaram uma meta para 2020: baixar a percentagem de indivíduos com resultados insuficientes na leitura de 20 % para menos de 15 %. Apenas a Bélgica (Comunidade Flamenga), a Dinamarca, a Estónia, a Finlândia e a Polónia já alcançaram esta meta.

Androulla Vassiliou, Comissária para a Educação, a Cultura, o Multilinguismo e a Juventude, declarou: «É totalmente inaceitável que tantos jovens não tenham ainda adquirido as competências básicas de leitura e escrita na Europa. Esta situação coloca-os em risco de exclusão social, torna mais difícil a procura de emprego e reduz a sua qualidade de vida. Assistimos a alguns progressos na última década, mas não foi suficiente. A literacia é a base de qualquer aprendizagem, razão pela qual lancei recentemente uma campanha em prol da literacia dirigida a todas as idades e, em especial, às pessoas de meios desfavorecidos como as crianças ciganas.»


O estudo, elaborado para a Comissão pela rede Eurydice, incide em quatro temas principais: abordagens pedagógicas, resolução das dificuldades ligadas à leitura, formação de professores e promoção da leitura fora da escola. Cada tema é analisado à luz da investigação académica, dos últimos resultados de estudos internacionais e de uma análise aprofundada das políticas, programas e boas práticas nacionais. Segundo este estudo, apenas oito países (Dinamarca, Finlândia, Islândia, Irlanda, Malta, Noruega, Suécia e Reino Unido) dispõem de especialistas em leitura nas escolas, para ajudar os professores e os alunos. O relatório Eurydice contém informações importantes para o trabalho do Grupo de Alto Nível de Peritos em Literacia, instituído pela Comissária Vassiliou em Janeiro e presidido pela Princesa Laurentien dos Países Baixos. Este grupo identificará as formas mais adequadas de promover a literacia em todas as idades e os programas e iniciativas mais frutuosos no passado. O grupo apresentará as suas propostas em meados de 2012.
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Este trabalho está licenciado sob licença: CC BY-NC-SA 4.0