Vamos descobrir novidades?
por Júlia Martins*
Setembro, é tempo de (re)inícios, de recomeços e reencontros. É despedida do verão e a chegada do outono.
Em setembro, crianças e jovens voltam à escola com energia renovada, entusiasmo e novos sonhos e objetivos. Os professores planificam, reajustam conteúdos, perspetivam o futuro, traçam metas, tomam consciência de onde estão e para onde querem ir. Os professores bibliotecários abrem as portas da biblioteca escolar e dão a conhecer as atividades, projetos, as novas ideias, as sessões de leitura e escrita e as novidades editoriais. Quem não gosta de passear entre as estantes da Biblioteca a descobrir as novidades? Será que encontraremos os seguintes títulos:
O QUE NOS TORNA HUMANOS é um livro excecional! Com este livro celebramos as diferenças e as semelhanças, tomamos consciência que somos únicos, mas que precisamos (muito) uns dos outros. Um livro para pensar. Refletir. Dialogar.
“Um enigmático texto poético sobre língua, história e cultura, lançado em parceria com a UNESCO em homenagem à Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032). Inteligente e instigante, O QUE NOS TORNA HUMANOS é uma introdução acessível sobre como a linguagem conecta pessoas em todo o mundo.
Este livro único celebra todas as maneiras incríveis pelas quais a comunicação molda as nossas vidas e as línguas indígenas ameaçadas de extinção.” [sinopse disponibilizada pela editora]
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Gostas de ler poemas? Imagina que visitas uma Fábrica de poemas e um armazém de versos… o que isso mudaria a tua vida? O que aprenderias? Consegues imaginar?
“Alfredo Vates ganha a vida a dar aulas de piano, mas quando os pianos automáticos chegam à cidade, apercebe-se de que precisa de procurar outro emprego. É então que encontra uma Fábrica de Poemas, onde começa a trabalhar. No armazém dos versos, Alfredo aprende a operar o metricómetro, o estrofógrafo e a esvaziar os contentores de lugares-comuns. Mas um dia as máquinas avariam e dá-se uma explosão. Como é que a poesia vai sobreviver?
Explosão na Fábrica de Poemas é uma história divertida de ler, mesmo que não saibamos a diferença entre um «soneto» e um «epitalâmio». Em todo o caso, o glossário, no final, dará uma mãozinha, explicando algumas palavras e os tipos de poemas, recorrendo a citações dos nossos poetas preferidos.” [sinopse disponibilizada pela editora]
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Este delicioso diário gráfico, com muitos apontamentos, desabafos, desenhos e rabiscos, partilha com o leitor quão difícil e, simultaneamente, surpreendente e aprazível os desafios que uma (pré)adolescente vive.
“A Tuva vai entrar no 7.º ano e fez uma lista de objetivos: escrever um diário até ao fim, ter um estilo fixe, construir o melhor forte na floresta com as suas amigas e muito mais. Tudo parece bem encaminhado, mas o 7.º ano divide os seus amigos em duas frações rivais: de um lado, TEAM LINNÉA e as miúdas que se maquilham e se apaixonam, do outro, TEAM BAO e as miúdas que apenas querem brincar na floresta e não ligam a roupas e paixonetas.
É então que aparece a Mariam, que não pertence a nenhum dos lados, e a Tuva sente que acaba de conhecer a sua alma gémea. Será isto que é estar apaixonado?” [sinopse disponibilizada pela editora]
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Gostas de mistérios? Policiais? Amanda tem uma missão para cumprir será que conseguirá?
“No dia em que a Amanda Black faz treze anos, recebe uma carta misteriosa que muda a sua vida. Ela e a sua tia Paula, que quase viviam na miséria, mudam-se para uma mansão gigantesca e labiríntica, que pertenceu à família Black durante gerações. É então que a Amanda começa a manifestar capacidades inesperadas e descobre que tem de assumir um legado familiar empolgante, secreto e perigoso, para o qual tem de começar a treinar imediatamente.” [sinopse disponibilizada pela editora]
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Joana Bértholo habitou-nos a livros provocadores, perguntadores, sedutores, sensíveis e extraordinariamente bem escritos. Este livro narra a experiência de duas jovens de 22 anos, a mesma idade que tinha Agustina quando publicou o famoso anúncio à procura de correspondência «inteligente e culta». As duas jovens propõem-se replicar esse gesto 80 anos depois, e as dificuldades e peripécias que enfrentam… o que será que acontece a estas duas jovens?
«- Sabes que mais? Devíamos fazer como a Agustina! - exclamou. E foi aí que tudo começou. Foi nesta frase que tudo teve início, quando Raquel desafiou Augusta a seguirem o exemplo de Agustina. Os olhos de Augusta abriram-se como se ouvisse este nome pela primeira vez. A sua atenção cativa: o que fez Agustina?, foi a questão nunca formulada mas de imediato respondida.
Raquel detalhou então a ousadia de um gesto que celebrava naquele ano - 2024 - oitenta anos. Tudo naquela história soava obsoleto: o veículo, os modos e o contexto. Mas talvez não o impulso, sentiram elas; talvez não o anseio, talvez não a carência, a volúpia ou a intensidade. Porventura nada do que realmente importa teria mudado.» [sinopse disponibilizada pela editora]
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Este é um livro bem-humorado, reflexivo e que nos suscita muitas perguntas. Uma excelente leitura para dialogar.
«Escrever é o acto de pensamento mais justo. Obriga à escolha cuidadosa das palavras, a recuperar o pensamento que estava fixado e a fazê-lo voltar a mexer-se. Muitas vezes faz com que terminemos com o resultado contrário ao que tínhamos como certo antes de escrever a primeira palavra.
Escrever crónicas obriga a um pensamento constante sobre o que nos rodeia, mas o que nos rodeia nem sempre é companhia aconselhável, e pensar sobre isso pode aumentar – para o bem e para o mal – o que antes não se via. Quando me convidaram para escrever crónicas semanais na revista Sábado (que sai à quinta, já agora), foi essa a minha dúvida: quais seriam as consequências de escolher mais uma maneira de ver de perto as coisas que me aleijam? Para me contrariar, aceitei. Enquanto escrevia dei por mim muitas vezes a pôr em causa o que pensava antes e a pensar sobre o que isso quereria dizer. Não cheguei a conclusão nenhuma, mas ao preparar este livro percebi que as coisas dentro da minha cabeça fazem muito barulho. Ordená-las e escrevê-las é ainda o último reduto de sanidade contra esse ruído. Este livro é uma compilação dessas crónicas que escrevi e que agora vieram para aqui viver todas juntas.» [sinopse disponibilizada pela editora]
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* Júlia Martins
Acredita no poder da leitura. Dar a ler é um desafio que gosta de abraçar. É leitora e frequenta, de forma assídua, Clubes de Leitura. Saiba mais
📷Imagem criada em https://www.canva.com/
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