Uma história com final feliz, graças ao trabalho em rede
No dia 23 de abril celebrou-se o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor. Como é habitual, as bibliotecas escolares assinalaram a data com inúmeras atividades criativas e significativas, envolvendo alunos, professores e comunidades educativas de todo o país. Este ano, um pedido de última hora levou-nos a reunir informação num curto espaço de tempo e o que aconteceu foi mais uma demonstração da força e da agilidade da nossa rede.
Era uma terça-feira aparentemente igual às outras. A equipa da RBE seguia a sua preenchida rotina habitual quando, a meio da tarde, chegou uma pergunta:
“O que vão as bibliotecas escolares fazer para celebrarem o Dia Mundial do Livro?”
Centralmente, não tínhamos nada planeado. Mas sabíamos que, como sempre, as bibliotecas escolares estavam no terreno, com criatividade, empenho e muitas ações preparadas para assinalar a data.
Lançámos então a pergunta às 15h30.
O que aconteceu a seguir foi uma demonstração clara do que significa fazer parte desta rede.
Coordenadores interconcelhios, bibliotecas escolares, professores bibliotecários, equipas incansáveis... todos se mobilizaram de imediato para que a pergunta não ficasse sem resposta.
Às 18h00, três horas depois, já tínhamos informações concretas: atividades muito diversas que envolviam cerca de 16.300 alunos.
Hoje, com os contributos que continuam a chegar, são já mais de 21.000 os alunos contabilizados. E sabemos que ainda faltarão muitos.
Em boa hora surgiu a pergunta! Se, por um lado, nos apanhou sem dados, por outro deu-nos a oportunidade de recolher, sistematizar e divulgar publicamente dezenas de iniciativas que, de norte a sul, celebraram o livro e a leitura com enorme criatividade e sentido de missão.
Entre as muitas ações realizadas, destacamos apenas algumas, a título de exemplo:
📍 Em Alcobaça, os alunos subiram ao palco para defender, com paixão, as suas escolhas de leitura, numa prova oral onde cada palavra contou.
📍 Em Arganil, os livros-objeto ganharam forma e vida, cruzando leitura, educação visual e sustentabilidade.
📍 Em Arouca, quem levou uma flor à biblioteca recebeu um livro surpresa.
📍 Em Azeitão, Setúbal, os alunos “assaltaram” salas de aula com leituras surpresa de poesia, celebrando simultaneamente o livro e o 25 de Abril.
📍 Em Coimbra, uma marcha pela leitura agitou a Baixa com palavras de ordem, música e poesia, numa ligação única entre escola e cidade.
📍 Na Covilhã, design e literatura cruzaram-se com a curadoria de André Letria a visitar as escolas, num projeto em articulação com a biblioteca municipal.
📍 Em Estremoz, um peddy paper literário percorreu fontes e ruas da cidade, homenageando Camões.
📍 Na Moita, as redes sociais também celebraram, com um passatempo interativo e envolvimento da comunidade.
📍 Em Peniche, um livro sobre o património local foi apresentado pelo próprio autor, em parceria com uma aluna ilustradora.
📍 Em Silves, o concurso de leitura que envolve todas as bibliotecas escolares do concelho culminou, no dia 23, com a grande final concelhia, após várias fases de apuramento.
📍 E em tantas outras escolas, houve encontros com autores, sessões de leitura partilhada, feiras do livro, exposições, dramatizações, partilhas intergeracionais, performances, jogos, debates e muito mais.
As bibliotecas escolares celebraram o livro com criatividade, envolvimento e emoção.
E este levantamento, feito em tempo record, que só foi possível graças ao trabalho colaborativo desta rede, está longe de estar completo.
📌 Consulte aqui as atividades reportadas até ao momento.
A história deste dia ficou mais rica porque foi escrita a muitas mãos.