Tem a palavra... Isabel Alçada
“Venha ver a nossa biblioteca”
Vou com frequência a escolas de todo o país e mal transponho a porta, é frequente alguém sugerir: “Venha ver a nossa biblioteca”. A Biblioteca Escolar é geralmente o primeiro lugar da escola para onde qualquer visitante é encaminhado, tanto por docentes, como por alunos. A razão é evidente. As bibliotecas das nossas escolas são espaços amplos, alegres, convidativos, onde todos se sentem bem. São espaços dinâmicos, pensados para colocarem a leitura no centro do processo educativo e, graças ao incrível poder da leitura, estimularem a curiosidade, o conhecimento, o acesso à ciência e à cultura.
As bibliotecas oferecem vários tipos de recursos e de experiências. Mas é bom não esquecer que no centro estão os livros, livros ao alcance da mão, que se podem folhear, consultar, requisitar para a aula ou para casa.
Sei que ainda há quem não se aperceba da importância de assegurar que os alunos disponham de livros, ao alcance da mão. Quem nunca tenha pensado que os livros permitem contactar com personagens inspiradoras, descobrir locais exóticos, conhecer histórias antigas ou recentes, histórias que comovem ou fazem rir. E que a leitura em profundidade abre a mente, abre horizontes, estimula a imaginação, transforma as pessoas. É importante não esquecer como os livros continuam a ser essenciais na formação dos seres humanos e no desenvolvimento da humanidade.
É para mim um privilégio ter assistido ao nascimento da Rede de Bibliotecas Escolares. Ao longo dos anos pude verificar como as bibliotecas se foram gradualmente instalando por todo o país, sempre com exigência e rigor, e mantendo vivos os princípios fundadores.
Quero felicitar a Coordenadora e as equipas da Rede de Bibliotecas Escolares pelo excelente trabalho que realizam, pelo caráter evolutivo do projeto, pelas múltiplas iniciativas que lançam e, sobretudo, pela dinâmica de leitura que conseguem gerar nas nossas escolas.
As bibliotecas escolares são hoje um dos mais evidentes símbolos de qualidade da escola portuguesa.
Isabel Alçada