Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Fonte da imagem: https://cutt.ly/fkB7tX5
Numa época em que o número de crianças e jovens com acesso à internet já se conta por muitos milhões em todo o mundo, não deixa de causar algum espanto pensarmos que esse número, efetivamente muito grande, corresponde afinal, apenas, a um terço da população mundial.
De facto, duas em cada três crianças ou jovens com menos de 25 anos não tem internet em casa.
A conclusão é de um estudo da UNICEF, realizado no final do ano passado, numa altura em que, por força da pandemia, o ensino a distância se tornou um imperativo, e a conectividade um bem de primeira necessidade. Afinal tão escasso.
O estudo cobre 87 países, espalhados por todas as regiões do globo, permitindo identificar assimetrias e discrepâncias.
Efetivamente, talvez mais impactante do que o valor global referido, são os valores regionais/ nacionais que estão por detrás dessa média aritmética. E esses revelam enormes contrastes: de um lado, os países com maior rendimento oferecem conectividade a cerca de 90 % das suas crianças e jovens; no outro extremo, os mais pobres ficam-se por uns confrangentes 6%. Entre uns e outros, os países de rendimento médio-alto andam em torno dos 50%.
Ironicamente, a média aritmética, sendo um indicador estatisticamente inquestionável, acaba, neste caso, por não corresponder à situação concreta de praticamente nenhum país. Quase todos estão muito acima ou muito abaixo.
Os investigadores da UNICEF quiseram levantar também, dentro de cada região, as diferenças entre zonas rurais e urbanas. Sem surpresa, foi identificado, em todos os países, um mais largo acesso à internet nas zonas urbanas do que nas rurais.
Mas essa diferença nunca é tão marcante como a que existe entre grupos de nações: nos países mais ricos, mesmo nas zonas rurais, a percentagem de jovens com acesso à internet é muito superior à das zonas urbanas dos países mais pobres.
Se começamos, talvez, por um instante de surpresa, este estudo vem, afinal, ao encontro do que já sabemos: a geografia do acesso à internet sobrepõe-se, sublinhando-a, à desigual distribuição dos (outros) bens essenciais, como medicamentos, segurança ou água.
Já conversou sobre isto com os seus alunos?
A tecnologia digital mudou a forma com trabalhamos, aprendemos e comunicamos. Ciente disto, a União Europeia definiu uma estratégia que visa apoiar esta mudança, quer junto dos cidadãos, quer das organizações, assegurando que a tecnologia está ao serviço das pessoas e que contribui para a melhoria do seu dia a dia.
As escolas fazem parte desta estratégia, tendo sido apresentado, pela Comissão Europeia, o Plano de Ação para a Educação Digital (2021-2027) que pretende criar as condições para que a educação digital na Europa seja “de alta qualidade, inclusiva e acessível” (1) . Para além desta prioridade estratégica de reconfigurar os sistemas de ensino e de formação para a era digital, pretende-se, ainda, reforçar as competências digitais dos profissionais de ensino, condição essencial para a tão desejada transformação digital.
Os referenciais que orientam a ação dos responsáveis educativos na concretização destas duas prioridades são o Quadro Europeu de Organizações Digitalmente Competentes (DigCompOrg, 2018 ) (2) e o Quadro Europeu de Competência Digital para Educadores (DigCompEdu, 2018 ) (3) .
De realçar que também foi lançado o Quadro Europeu de Competência Digital para Cidadão (DigComp) (4) que define as competências necessárias para o uso crítico e criativo de tecnologias digitais para os cidadãos em geral.
O DigCompOrg visa promover a inovação educacional através da integração das tecnologias digitais em contexto educativo. Está organizado em 3 dimensões e 7 elementos-chave:
1. Dimensão tecnológica:
- Infraestrutura e equipamento
2. Dimensão pedagógica:
- Recursos digitais
- Ensino e aprendizagem
- Práticas de avaliação
- Promoção da competência digital dos alunos
3. Dimensão organizacional:
- Envolvimento e desenvolvimento profissional contínuo
- Liderança
Foram, ainda, definidos 74 descritores que ajudam as escolas a definir metas.
Figura 1: Elementos chave e subelementos do DigCompOrg (p. 18)
Desta forma, pretende-se levar as escolas a autorrefletirem sobre a integração sistemática das tecnologias digitais nos processos de ensino e de aprendizagem, orientando-as na criação dos seus Planos de Ação para o Desenvolvimento Digital (PADD). Nestes PADD, as escolas definem áreas/dimensões consideradas prioritárias e identificam objetivos e ações a desenvolver, tendo em conta um diagnóstico inicial (5) ao modo como as tecnologias digitais estão integradas na organização e/ou às competências digitais dos docentes.
Este documento articula-se de forma direta com o DigCompEdu que apresenta um quadro de referência geral que visa apoiar o desenvolvimento de competências digitais específicas dos educadores, em todos os níveis de educação. Este referencial está organizado em seis áreas (DigCompEdu, p. 16), que se apresentam abaixo, e integra 22 competências.
Área 1 - Envolvimento profissional: usar tecnologias digitais para comunicação, colaboração e desenvolvimento profissional.
Área 2 - Recursos digitais: selecionar, criar e partilhar recursos digitais.
Área 3 - Ensino e aprendizagem: gerir e orquestrar o uso de tecnologias digitais no ensino e aprendizagem.
Área 4 - Avaliação: usar tecnologias e estratégias digitais para melhorar a avaliação.
Área 5 - Capacitação dos aprendentes: usar tecnologias digitais para melhorar a inclusão, a personalização e o envolvimento ativo dos aprendentes.
Área 6 - Promoção da competência digital dos aprendentes: possibilitar aos aprendentes usar tecnologias digitais de forma criativa e responsável para informação, comunicação, criação de conteúdos, bem-estar e resolução de problemas.
Figura 2: Síntese do Quadro DigCompEdu (p. 19)
De realçar que estas competências visam promover a integração efetiva e articulada do digital em ambientes de aprendizagem e no apoio ao trabalho dos docentes.
A Comissão Europeia disponibilizou uma ferramenta de autoavaliação aos educadores (DigCompEdu Check-in) (6) que, partindo de 6 níveis de desempenho - Recém-chegado (A1), Explorador (A2), Integrador (B1), Especialista (B2), Líder (C1) e Pioneiro (C2) - permite identificar os pontos fortes pessoais e as áreas onde é possível melhorar a utilização que se faz das tecnologias digitais em contexto de ensino e de aprendizagem.
Esta ferramenta foi também o ponto de partida para o diagnóstico que os professores portugueses foram convidados a fazer recentemente e que permitirá definir o nível de formação no âmbito da transição digital que deverão frequentar.
Figura 3: Modelo de progressão do DigCompEdu (p. 29)
As bibliotecas escolares têm vindo a posicionar-se estrategicamente nesta mudança de paradigma que caracteriza a aprendizagem na era digital, pelo que se constituem como parceiras por excelência dos decisores e dos professores, quer contribuindo para a criação dos Planos de Ação de Desenvolvimento Digital, quer no apoio à capacitação de professores e alunos.
Muito brevemente, previsivelmente ainda durante o presente ano letivo, será disponibilizada pela RBE, num trabalho articulado com a DGE, formação específica para os professores bibliotecários, no âmbito do plano de transição digital. Esta formação estará diretamente relacionada com os contributos que deles se esperam para a elaboração e implementação do PADD, assim como sobre questões particulares do Plano de Ação para o Desenvolvimento Digital da Biblioteca.
Notas:
1. Comissão Europeia (2020). Plano de Ação para a Educação Digital (2021-2027), disponível em
https://ec.europa.eu/education/education-in-the-eu/digital-education-action-plan_pt
3. Disponível em https://erte.dge.mec.pt/noticias/digcompedu-quadro-europeu-de-competencia-digital-para-educadores
4. Disponível em: https://www.erte.dge.mec.pt/sites/default/files/Recursos/Estudos/digcomp2.1_0.pdf
5. É sugerida a utilização da ferramenta de diagnóstico europeia SELFIE. Mais informações em: https://ec.europa.eu/education/schools-go-digital_pt
6. Disponível em: https://ec.europa.eu/eusurvey/runner/DigCompEdu-S-PT
No dia 14/01/2021, a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e a Direção Geral da Educação (DGE) dinamizaram um webinar destinado a toda a equipa RBE, a saber, elementos do Gabinete Coordenador, Coordenadores Interconcelhios para as Bibliotecas Escolares e Professores Bibliotecários, que permitiu esclarecer várias questões relacionadas com o Plano de Transição Digital nas Escolas e com o papel que as bibliotecas são chamadas a desempenhar.
Para quem não teve oportunidade de assistir, divulga-se o vídeo da sessão, que se revelou bastante útil para toda a equipa.
A Dra. Manuela Pargana da Silva, Coordenadora Nacional da Rede de Bibliotecas Escolares, abriu os trabalhos, começando por louvar todo o trabalho que tem sido desenvolvido pelas bibliotecas, a sua atitude e a sua resiliência nestes tempos difíceis.
Lembrou que a transição digital na educação será suportada por um plano de ação que irá ser desenhado em todas as escolas e que se baseia em princípios norteadores europeus.
Chamou a atenção para o facto as bibliotecas escolares já estarem a encontrar respostas para as necessidades da atualidade e referiu que todos temos consciência de que “vivemos num mundo cada vez mais complexo, interconectado que enfrenta mudanças tecnológicas, culturais, económicas, informacionais e demográficas” como consta no Quadro Europeu para a Competência Digital. São mudanças que nos convocam!
Referiu ainda que tem sido desde sempre preocupação das bibliotecas que a tecnologia seja utilizada ao serviço das aprendizagens e nunca como um objetivo em si.
Apresentou os professores bibliotecários como pessoas proativas, pessoas experientes, pessoas com formação, pelo que se espera que, nas suas escolas, sejam protagonistas na área da capacitação dos docentes, colaborando com os colegas.
As bibliotecas desenvolvem sistematicamente práticas de colaboração e trabalho em rede e têm uma experiência que, sem dúvida, ajudará a percorrer este caminho de construção de novas metodologias, de novas abordagens, de promoção das literacias tão necessárias para os nossos tempos. Os professores bibliotecários trabalham com os restantes docentes no desenvolvimento do currículo e das literacias, recorrendo a várias ferramentas e possibilidades.
Além das práticas implementadas, os próprios recursos das bibliotecas encerram em si a hibridez dos tempos modernos, apresentando-se em múltiplos suportes.
Também os serviços prestados pelas bibliotecas têm lugar presencialmente, mas também em modalidades a distância.
Há, pois, um caminho facilitador de uma intervenção muito proativa por parte das bibliotecas na transição digital, que já tem vindo a ser percorrido há algum tempo. Graças a esta experiência, os professores bibliotecários poderão constituir-se como elementos importantes no que será o desenho, pelas escolas, dos seus planos de ação de desenvolvimento digital.
Evidenciou finalmente que toda a Rede está convocada para uma ação que deverá ser concertada, articulada, estruturada e que visa sobretudo inovar e melhorar a educação, preparar melhor os alunos para o seu mundo e garantir-lhes um futuro.
Seguiu-se o Dr. José Vítor Pedroso, Diretor-Geral da Educação que apresentou as linhas gerais do Plano de Transição Digital na Educação, que a RBE tinha já referido no seu artigo Plano de ação para a transição digital: implicações para as escolas, publicado no dia 07/01/2021, neste mesmo blogue.
Concluindo a sua intervenção, chamou a atenção para o relevante papel que as bibliotecas escolares são chamadas a desempenhar, no que respeita à curadoria de Recursos Educativos Digitais de qualidade, isto é, à sua produção/ seleção e disponibilização.
Terminou o seu discurso, afirmando que teremos todos muito trabalho, mas que se espera que este seja interessante e construtivo e nos conduza a muito sucesso neste processo de transição digital.
Interveio em seguida a Dra. Maria João Horta, Subdiretora-Geral da Educação, que apresentou o Programa de Capacitação Docente em Competências Digitais, bem como as etapas da elaboração do Plano de Ação para o Desenvolvimento Digital das Escolas. A sua intervenção foi apoiada numa apresentação que permitiu clarificar as várias questões abordadas e que pode ser consultada aqui.
Seguiu-se o tempo para perguntas e respostas através da sala de chat do YouTube.
Das várias intervenções, salienta-se a pertinência de os professores bibliotecários estarem integrados nas equipas a quem competirá a elaboração do PADDE. Para isso, será imprescindível que a sua ação seja proativa e colaborativa, mobilizando permanentemente as competências e a experiência que têm vindo a ser adquiridas ao longo dos últimos anos.
De um modo geral, foi com grande recetividade que toda a equipa recebeu os desafios lançados, manifestando a sua disponibilidade para fazer parte das soluções a encontrar em conjunto nos seus contextos.
Imagem: Símbolo oficial do Portugal Digital.
Temos ouvido falar nele, amiúde, a propósito da distribuição de computadores aos alunos dos ensinos básico e secundário, mas o Programa de digitalização para as Escolas é muito mais do que isso. Em que consiste, então, este programa?
Antes de mais, trata-se de uma das medidas-chave de um projeto mais vasto que abrange, de forma articulada, um amplo leque de áreas e sectores da sociedade: o Plano de ação para a transição digital.
Aprovado em março passado e publicado em Diário da República em 21 de abril, este Plano assume-se como um instrumento de desenvolvimento do país, através da capacitação digital das pessoas, da transformação digital das empresas e da digitalização do Estado.
Em torno destes 3 pilares - pessoas, empresas e Estado - organizam-se 57 medidas, das quais 12 são consideradas ‘iniciativas emblemáticas’. Significativamente, o Programa de digitalização para as escolas constitui a primeira dessas 12 medidas de prioridade máxima.
Os objetivos deste Programa (vide Resolução do Conselho de Ministros n.º 30/2020) contemplam:
• a disponibilização de equipamento individual para utilização em contexto de aprendizagem;
• a garantia de conectividade móvel gratuita para alunos, docentes e formadores;
• o acesso a recursos educativos digitais de qualidade;
• o acesso a ferramentas de colaboração em ambientes digitais que estimulem a criatividade e a inovação, e o trabalho colaborativo online;
• a definição de processos para realização e classificação de provas de avaliação externa em ambiente digital;
• uma forte aposta na formação e capacitação de docentes.
Para a execução de todos estes objetivos foi afetado um financiamento de 400 milhões de euros, inscrito em orçamento de Estado. Os primeiros 100 mil computadores destinados aos alunos já começaram a chegar às escolas e destinam-se a beneficiários da Ação Social Escolar, priorizando aqueles que não têm acesso a equipamentos eletrónicos em casa. Na segunda fase, prevê-se a entrega de 300 mil computadores com internet móvel.
Os computadores são de três tipos, consoante se destinam a alunos do 1º ciclo, dos 2º e 3º ciclos, ou do ensino secundário. Em qualquer dos casos, optou-se por equipamentos portáteis, permitindo assim que as aprendizagens não fiquem condicionadas a um local fixo, mas pelo contrário, possam desenvolver-se nos múltiplos contextos físicos onde os jovens, hoje, e por maioria de razão desde a pandemia, estudam, pesquisam e interagem.
As escolas, para além de estarem encarregues de entregar os computadores aos alunos - devendo registar, na plataforma criada para o efeito, a informação sobre os equipamentos e os alunos a quem foram cedidos - também serão contempladas com computadores, conectividade e licenças de software.
De igual modo, a aposta deste Programa na formação e capacitação dos docentes, deve ser tomada como uma oportunidade de reforço de competências e conhecimentos, para um melhor desempenho na área das tecnologias digitais.
A estratégia que está a ser implementada, a este respeito, toma em consideração o Quadro Europeu de Competência Digital para Educadores, como explicado pela Subdiretora-Geral da Educação, no Boletim Noesis de outubro. Este Quadro oferece um enquadramento de referência para a implementação de modelos de desenvolvimento digital, apresentando 22 competências elementares que devem alicerçar a formação profissional e pedagógica dos docentes e o seu papel na promoção das competências digitais dos aprendentes.
A oferta formativa que, em Portugal, será lançada ao longo de 2021, 2022 e 2023, apoiada neste referencial, visa tornar os docentes e outros profissionais de educação capazes de integrar as tecnologias de informação e comunicação no seu desempenho quotidiano, na vida dos alunos, nas práticas de aprendizagem e de cidadania.
Tanto ao nível da formação, como das outras componentes do Programa, um dos maiores desafios será sempre assegurar o envolvimento, à medida das necessidades, quer dos docentes que estão na linha da frente do domínio de competências digitais, quer dos colegas que necessitam de reforço e atualização nessas áreas. Todos estão implicados nesta caminhada.
Como se lê na sua Apresentação do Plano de Ação para a Transição Digital, de 5 de março, “Portugal Digital é o motor de transformação digital do país. Tem como propósito acelerar Portugal, sem deixar ninguém para trás.”
A Rede de Bibliotecas Escolares acompanha, de muito perto, todo este processo. Tendo nas suas funções a promoção das literacias digitais, da informação e dos media, os professores bibliotecários desenvolvem, de longa data, todo um trabalho no âmbito da capacitação digital dos seus utilizadores, alunos e docentes. Serão, portanto, certamente, atores importantes em todo este conjunto de iniciativas dirigidas às escolas, aos docentes e aos alunos.
Referências
Comissão Europeia (2020, Outubro). Plano de Ação para a Educação Digital (2021-2027): reconfigurar a educação e a formação para a era digital. [comunicação eletrónica]. Disponível em https://ec.europa.eu/education/education-in-the-eu/digital-education-action-plan_pt
Horta, M. J. (2020, Outubro) Programa de digitalização para as Escolas: capacitação dos docentes. Noesis: Notícias da Educação, 49. Disponível em https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/boletim/boletim_dge_n49_apoio_as_escolas_outubro2020.html
Plano de Ação para a Transição Digital (2020, Dezembro 10). SapoTek. [Dossier: O melhor e o pior de 2020]. Disponível em https://tek.sapo.pt/especiais/plano-de-acao-para-a-transicao-digital
Portugal2020 (2020, Abril 21). Plano de Ação para a Transição Digital aprovado [comunicação eletrónica]. Disponível em https://www.portugal2020.pt/content/plano-de-acao-para-transicao-digital-aprovado
República Portuguesa: XXII Governo (2020, Março 5). Apresentação do Plano de Ação para a Transição Digital [comunicação eletrónica]. Disponível em https://www.portugal.gov.pt/pt/gc22/comunicacao/documento?i=apresentacao-do-plano-de-acao-para-a-transicao-digital
República Portuguesa: XXII Governo (2020, Março 5). Portugal Digital: Apresentação do Plano de Ação para a Transição Digital [documento eletrónico]. Disponível em https://www.portugal.gov.pt/download-ficheiros/ficheiro.aspx?v=%3d%3dBAAAAB%2bLCAAAAAAABACzNDGyBAAC%2bXA9BAAAAA%3d%3d
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.