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Blogue RBE

Seg | 07.03.22

Porque é preciso compreender o que nos une

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Quem foi Ulisses, o guerreiro ardiloso, autor do cavalo de Troia? O que nos diz a sua errância pelos mares, enquanto Penélope prolonga a espera, conforme pode? 

Este não é um dos temas das Olimpíadas da Cultura Clássica 2022, mas pode bem vir a sê-lo numa próxima edição. Todos os anos, são três os temas da Cultura Antiga propostos para serem trabalhados nas escolas que assim o desejarem, a partir da biblioteca escolar.

Lançados os temas de cada edição, os professores são convidados a desafiar os alunos, levando-os a explorá-los, a debatê-los e a traduzi-los nos formatos e nos suportes que preferirem. 

As histórias de Cassandra, a visionária desacreditada, Ícaro, o jovem que sonhou demasiado alto e Antígona, a imagem da fidelidade que Sófocles imortalizou, são as escolhidas na edição deste ano letivo.

O que terá, cada uma delas, para nos revelar?

Pois se é certo que muitos séculos nos separam do tempo que em estas narrativas foram inicialmente construídas, também é certo que elas dão expressão a todo um leque de dúvidas, de anseios, de medos que nos são comuns, como seres humanos. 

Os conflitos, as paixões, as emoções descontroladas, a vida, a morte, a nossa coexistência, o nosso destino coletivo: são questões sobre as quais os Antigos tanto se questionaram e que constantemente nos interpelam. Questões intemporais que se colocam talvez, hoje, com especial acutilância. Questões que nos unem, indiferentes às distâncias que nos separam.

Entre os dias 7 e 11 de março, centenas de alunos, em escolas de todo o país, estarão a escrever um pouco, a traduzir um pouco do que a mitologia grega lhes permitiu pensar sobre o nosso destino comum. São os desafios escritos das Olimpíadas. Organizados por escalões etários, serão realizados a distância com a ajuda da aplicação Socrative.

Entretanto, vão sendo preparados os trabalhos que virão a integrar-se nas várias modalidades dos desafios de artes/ multimédia

Em ambos os casos, pela expressão escrita ou pela arte, o fim último das Olimpíadas da Cultura Clássica é oferecer, aos alunos, bons (pre)textos para pensar, em conjunto, sobre o nosso destino coletivo. 

Sobre as Olimpíadas da Cultura Clássica, consultar https://rbe.mec.pt/np4/ClassicosEmRede.html.

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Este trabalho está licenciado sob licença: CC BY-NC-SA 4.0