Miúdos a votos! – leitura e cidadania
No dia 23 de março, em muitas centenas de escolas, em Portugal e no estrangeiro, alunos do 1.º ao 12.º ano de escolaridade votaram no seu livro favorito, em mais uma edição da iniciativa Miúdos a votos!, que cruza um exercício ativo de cidadania com a motivação para a leitura.
Mesa de voto na EBS de Vila Nova de Cerveira
Na edição deste ano, o dia de votação coincidiu com a data em que se assinalaram em Portugal tantos dias de democracia quantos os vividos sob uma ditadura, ou seja, 17 499 dias, correspondentes a 47 anos, 10 meses e 28 dias. Este marco simbólico, que nos convoca a todos, enquanto cidadãos, a refletir sobre a importância de salvaguardar os princípios e valores fundacionais de uma democracia, vem destacar, ainda mais, a importância pedagógica e cívica deste projeto, que mostra aos alunos, desde os mais novos aos finalistas do ensino secundário, como funciona um processo eleitoral, dando-lhes a oportunidade de participarem, ativamente, na nomeação de candidatos, na campanha eleitoral e, por fim, no exercício do seu direito de voto, em condições que replicam as de qualquer eleição real.
Mesa de voto na EB1 Casal do Telheiro, AE de Arruda dos Vinhos
Ao longo de toda a campanha eleitoral, os partidários de cada livro dinamizaram as mais diversas ações de campanha para apelarem ao voto: arruadas, comícios, debates, concertos, vídeos, canções, esculturas, entre muitas outras, que podem ser consultadas na cobertura jornalística da revista Visão Júnior. Disponibilizaram-se, também, tempos de antena para cada um dos livros candidatos, entre os dias 3 e 18 de março, que podem ainda ser ouvidos na página oficial da Rádio Miúdos. Criatividade, participação cívica, inclusão e gosto pela leitura foram as grandes linhas de força de uma campanha vivida em modo de celebração.
Após o apuramento dos votos globais, que contará com a assessoria técnica da Pordata, os resultados serão divulgados no dia 20 de maio, numa cerimónia a ter lugar na Fundação Calouste Gulbenkian. Só então se saberá quais são os livros considerados “mais fixes” pelos alunos portugueses no ano letivo 2021-2022.