Metaverso... uma tecnologia que veio para ficar
O metaverso combina várias tecnologias, como por exemplo a realidade aumentada e a realidade virtual, para criar um mundo digital, em que os utilizadores, através de avatares, interagem uns com os outros. Neste mundo, os utilizadores poderão viajar, trabalhar, jogar, organizar festas, viajar e até estudar.
Este termo foi utilizado originalmente em 1992, pelo escritor Neal Stephenson, no seu livro Samurai: Nome de Código, para descrever um mundo imaginário, onde as personagens podiam imaginar e criar elementos do futuro. Mas foi a mudança do nome do Facebook para Meta que mais chamou a atenção para o metaverso (em inglês metaverse).
Face às potencialidade do metaverso, são já inúmeras as utilizações:
- simular práticas profissionais para estagiários (médicos, enfermeiros, bombeiros, pilotos, por exemplo);
- aprender sem sair de casa, mas com um ambiente idêntico ao presencial (a Optima Classical Academy, uma escola americana, anunciou que irá abrir a sua escola virtual, a partir de agosto de 2022 - https://www.euronews.com/next/2022/01/14/educating-in-the-metaverse-are-virtual-reality-classrooms-the-future-of-education).
- experimentar produtos virtualmente, antes de os comprar (uma peça de roupa, um peça de mobiliário para casa, um novo corte de cabelo);
- viver na casa com que sonhamos, antes de a construir (já há empresas de construção a apostar nesta tecnologia - https://olhardigital.com.br/2022/01/27/pro/metaverso-ja-e-utilizado-na-construcao-civil/);
- viajar até um país distante.
As características desta tecnologia não podem ser descuradas em educação, pois permitirão aos alunos “mergulhar” virtualmente nos conteúdos das várias disciplinas, graças a avatares e mundos digitais, o que permite uma aprendizagem imersiva, isto é interativa, pois o aluno está no centro da sua experiência de aprendizagem. Desta forma, assegura-se a personalização e flexibilidade das propostas de aprendizagem às características dos alunos, que é, aliás, uma das grandes tendências em educação, face ao avanço tecnológico das ofertas híbridas no ensino.
Também as bibliotecas escolares, enquanto centros de inovação nas escolas, devem estar atentas ao avanço nesta área, pois a utilização do metaverso melhorará a experiência dos utilizadores, quer sejam alunos, professores e até outros elementos da comunidade educativa. Esta tecnologia permitirá recriar as interações da biblioteca escolar num ambiente digital, nas suas várias vertentes:
- serviço de referência;
- apoio ao ensino e à aprendizagem;
- promoção de atividade/ projetos no âmbito da leitura e das diferentes literacias;
- dinamização de atividades culturais.