Ler para o Desenvolvimento Sustentável
por Júlia Martins*
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, “adotada por todos os Estados-Membros das Nações Unidas em 2015, define as prioridades e aspirações do desenvolvimento sustentável global para 2030 e procura mobilizar esforços globais à volta de um conjunto de objetivos e metas comuns”. São dezassete Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ( https://ods.pt/) que devem ser entendidos numa perspetiva holística, como se tratasse de “uma lista das coisas a fazer em nome dos povos e do planeta”.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável têm como base os progressos e as aprendizagens resultantes dos 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, estabelecidos entre 2000 e 2015. Recordamos que a Agenda 2030 decorre do trabalho conjunto de governos e cidadãos de todo o mundo. Trata-se de um apelo urgente a todos os países, a todos os líderes, a todos os educadores, a todos nós.
Muitas são as bibliotecas escolares (BE) que seguem as orientações da IFLA (https://www.ifla.org/wp-content/uploads/2019/05/assets/hq/topics/libraries-development/documents/libraries-un-2030-agenda-toolkit-pt.pdf ) reforçando a ideia que as “bibliotecas dão um importante contributo para o desenvolvimento. O propósito deste conjunto de ferramentas é apoiar o trabalho de advocacy para a inclusão das bibliotecas e do acesso à informação como parte dos planos de desenvolvimento nacionais e regionais que contribuirão para cumprir - Transformar o nosso mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável (Agenda 2030 da ONU) “
As Bibliotecas Escolares associam-se a estes objetivos apresentando um conjunto diversificado de atividades, recursos e de sugestões de leitura para que os professores bibliotecários, docentes e alunos possam trabalhar em prol de uma maior consciencialização e da urgência de dar cumprimento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Neste sentido, partilhamos os seguintes títulos para conhecer e pensar melhor os objetivos:
"Estes livros pretendem falar de uma forma aberta, simples, mas factual sobre o mundo em que vivemos e incentivar as crianças e jovens a agirem proativamente de forma a conseguirem contribuir para a melhoria das condições de vida das pessoas, mesmo aquelas que vivem longe, noutros países.” [Sinopse da editora - Plátano Editora] Coleção Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, de Carlos Desgarrado Pereira, Catarina Soares, Cátia Cavaco, Filipa Saldanha, Sofia Santos, Tânia Marques e Tânia Oliveira
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“A obra ODS-Estratégia Metodológica para a Sustentabilidade, surge da investigação e compreensão da Agenda 2030 e o conjunto de indicadores que compõem os ODS, onde exponho os critérios metodológicos de cerca de 200 indicadores dos 17 objectivos. Trata-se de uma obra técnica, do ramo das estatísticas, com abordagem metodológica em termos de cálculos de variadíssimos indicadores (Económicos, Sociais e Ambientais), nela apresento uma análise estatística e teste de conformidade dos indicadores, de forma qualitativa e/ou quantitativa. No desenvolvimento de cada capítulo, apresentamos a caracterização metodológica de cada indicador, fazendo uma exposição da definição, fundamentação, conceitos, comentários e limitações, metodologia de cálculo, desagregação, fonte de informação e organização internacional responsável.” [sinopse responsabilidade do editor]
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Na impossibilidade, de num só artigo, de sugerir leituras para todos os ODS, neste artigo partilhamos algumas sugestões de leitura para trabalhar, debater, dialogar sobre o ODS 4 – Educação de Qualidade.
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“Quando um percurso de transformação pode ser um percurso de traição. Tara Westover cresceu a preparar-se para o Fim dos Tempos, para ver o Sol escurecer e a Lua pingar, como que de sangue. Passava o verão a conservar pêssegos e o inverno a cuidar da rotatividade das provisões de emergência da família, na esperança de que, quando o mundo dos homens falhasse, a sua família continuasse a viver.
Não tinha certidão de nascimento e nunca pusera um pé na escola. Não tinha boletim médico, porque o pai não acreditava em médicos nem em hospitais. Não havia quaisquer registos da sua existência. O pai foi ficando cada vez mais radical com o passar do tempo, e o seu irmão, mais violento. Aos dezasseis anos, Tara decidiu educar-se a si própria. A sua sede de conhecimento haveria de a levar das montanhas do Idaho até outros continentes, a cruzar os mares e os céus, acabando em Cambridge e Harvard. Só então se perguntou se tinha ido demasiado longe. Se ainda podia voltar a casa. Uma Educação é a história apaixonante de uma mulher que se reinventa. Mas é também uma história pungente de laços de família e de dor quando esses laços são cortados. Com o engenho dos grandes escritores, Tara Westover dá forma, a partir da sua experiência singular, a uma narrativa que vai ao cerne do que é a educação e do que ela nos pode oferecer: a perspetiva de ver a vida com outros olhos e a vontade de mudarmos."[sinopse responsabilidade do editor]
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“O Pedrito está ansioso por aprender, mas não quer ir sozinho à escola. Será que vai correr bem? É o primeiro dia de escola do Pedrito. Ele começa a juntar todas as coisas importantes de que vai precisar, desde o lápis ao cesto com o almoço. Mas apercebe-se de que as irmãs vão ficar em casa. Então, a mãe explica-lhe que a escola é para coelhinhos crescidos como ele! O Pedrito fica contente e ansioso por aprender coisas novas e estar com os amigos.
Vem divertir-te com este conto do Pedrito Coelho, no mundo encantado de Beatrix Potter. “ [sinopse responsabilidade do editor]
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“Chegado ao fim do seu passeio matinal, o velho olha ainda, já ao longe, a escola das suas infâncias. A Escola do seu futuro. A sua Escola de paredes brancas. Ávidas de inscrições. Onde muitos sonhos possam ser gravados. Tantos quantas crianças e quantos os sonhos que não deixamos morrer-lhes."
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“Os Lápis estão prontos para voltar às aulas, cheios de vontade de aprender mais e mais! Eles também estão prontos para fazer novos amigos e para se divertirem na sua aula preferida... Artes Plásticas!
Mais uma história hilariante, que vai acompanhar os mais pequenos no seu regresso às aulas, com o material escolar preferido, os Lápis de Cor! Mais um livro cheio de humor que vem ajudar os mais pequenos a regressar à escola ainda com mais energia!” [sinopse responsabilidade do editor]
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“Podem os pais, os educadores, os profissionais do ensino ou outros interessados aprender através da escuta atenta à voz das crianças? Manuela Castro Neves entende que sim. Ao longo de vários anos, a autora reuniu um conjunto de relatos de episódios vividos por ela com crianças entre os quatro e os dez anos de idade e que designou por «histórias». Ocorridas em sessões de apoio individualizado à aprendizagem, ou em encontros com os seus ouvintes em escolas e bibliotecas, ou ainda noutros lugares e tempos sem ligação entre si, estas «histórias» afloram questões pedagógicas, ao mesmo tempo que abrem pistas para o seu aprofundamento. Uma obra de grande sensibilidade, que coloca a criança no centro do processo de crescimento e de aprendizagem, com as suas interrogações e descobertas, e que aborda o papel do erro e da motivação como 'leitmotive' desse processo. Uma obra profundamente humana, que irá certamente regalar e enternecer, mas também surpreender o leitor.” [sinopse responsabilidade do editor]
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“O Martim é um menino especial, sobretudo para a sua melhor amiga, que o vê como ninguém e dá valor a tudo o que o torna diferente de toda a gente. Martim sabe de cor a ementa do mês da cantina da escola, mas engana-se a fazer contas. Gosta de abraços, mas não que lhe toquem. Gosta de bicharocos, mas para os guardar no bolso. Um dia, a melhor amiga deixa de o ver na escola e não descansa até perceber onde ele está. Um livro perfeito para abordar a situação das crianças “diferentes”, com necessidades educativas especiais. “ [sinopse responsabilidade do editor]
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“Neste ensaio sobre várias cegueiras, o professor Rui Correia debruça-se sobre a proximidade na educação. De como nos darmos aos nossos miúdos e da serventia, tão lunar quanto luminosa, que a escola traz para as suas vidas. O lugar que ela ocupa neles. De como a vida toda é sempre a melhor encarregada de educação. “ [sinopse responsabilidade do editor]
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"O nome de Malala Yousafzai, a menina que quase perdeu a vida por querer ir à escola, nunca será esquecido. Malala nasceu no Paquistão em 1997, no vale do Swat, uma região de extraordinária beleza, habitada por reis e rainhas, príncipes e princesas, cobiçada por povos antigos e protegida pelos bravos guerreiros pashtuns – os povos das montanhas. Uma das melhores alunas da turma, a pequena Malala cresceu nos corredores da escola do pai, Ziauddin Yousafzai, até ao dia em que os talibãs invadiram a sua cidade. Armados e sempre vigilantes, proibiram a música e a dança, obrigaram as mulheres a ficar em casa e decretaram que apenas os meninos poderiam estudar. Malala não podia aceitar esta situação e, fazendo das palavras a sua arma, resistiu – e continuou a ir às aulas. A 9 de outubro de 2012, quando voltava da escola, foi alvejada por membros dos talibãs, e poucos acreditaram que sobreviveria. A jornalista Adriana Carranca visitou o vale do Swat dias depois do atentado, hospedou-se em casa de uma família local e decidiu escrever este livro-reportagem, onde conta tudo o que por lá viu e aprendeu, para ensinar às crianças do resto do mundo a história real da menina mais jovem a ter recebido o Prémio Nobel da Paz. Um bonito e verdadeiro exemplo de como uma pessoa e um sonho podem mudar o mundo.” [sinopse responsabilidade do editor]
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* Júlia Martins
Acredita no poder da leitura. Dar a ler é um desafio que gosta de abraçar. É leitora e frequenta, de forma assídua, Clubes de Leitura. Saiba mais
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