Ler é, mesmo, ser livre!
Todos os anos, em abril, mais propriamente a 23 de abril, celebramos o Dia Mundial do Livro. A este propósito recordamos que a UNESCO instituiu o Dia Mundial do Livro em 1995. A data foi escolhida por ser um dia importante para a literatura mundial, uma vez que foi a 23 de abril de 1616 que Miguel Cervantes faleceu, no mesmo dia de 1899, nasceu Vladimir Nabokov e é neste dia que é celebrado o nascimento de William Shakespeare, que também se acredita ser a data do seu falecimento.
Este ano, a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) associa o Dia Mundial do Livro às comemorações dos 50 anos do 25 de abril de 1974. "Ler é Ser Livre" é o mote que inspira não só o cartaz, mas também de todas as celebrações, promovidas pela DGLAB ao longo do mês de abril. A Rede de Bibliotecas Escolares associa-se, subscrevendo o mote. Porque sabemos que Ler é, mesmo, ser livre!
A ilustração do cartaz é da autoria de Rachel Caiano, distinguida com menção honrosa no Prémio Nacional de Ilustração 2024. Estão todos convidados a juntarem-se a esta celebração!
Neste Dia Mundial do Livro, a DGLAB oferecerá mais de 100 livros, incentivando o acesso à leitura e reforçando o seu compromisso com a democratização da cultura.
Celebrar este dia é incentivar a promoção do livro e da leitura, difundir a importância da literatura como um pilar essencial na edução e na cultura dos povos. Recordemos um pequeno Manifesto pela Leitura, escrito por Irene Vellejo, que tanto nos têm encantado com reflexões preciosas sobre os livros e o poder da leitura.
Os livros, veículos da nossa memória, capazes de transformar o futuro, não surgiram de uma inspiração repentina, foram uma invenção desejada e procurada. Muitas mentes de diversos séculos trabalharam para a melhorar, explorando engenhosas possibilidades. O desejado suporte para a escrita devia ser ao mesmo tempo pequeno, leve, flexível, fácil de transportar e — nos melhores sonhos — também duradouro. “
“Os livros são refúgios da memória, espelhos onde nos olhamos para podermos ser mais parecidos com aquilo que desejamos ser. Estes frágeis universos são a nossa for a nossa força.
Somos seres entretecidos de relatos, bordados com fios de vozes, de história, de filosofia e de ciência, de deis e lendas. Por isso, a leitura vai continuar a cuidar de nós se nós cuidarmos dela. O que nos salva não pode desaparecer. Os livros recordam-nos, serenos e sempre dispostos a abrir-se perante os nossos olhos, que a saúde das palavras está enraizada nas editoras, nas livrarias, nos clubes de leituras partilhadas, nas bibliotecas, nas escolas. E aí que imaginamos o futuro que nos une.”
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São muitos os livros que nos falam sobre livros. Já conhecem – O que vem a ser isto? – A História de um objeto surpreendente. (Imprensa Nacional & Pato Lógico, 2021)
“Os livros fazem uma espécie de magia: transportam ideias e emoções da cabeça do autor para a cabeça do leitor. Portanto, a primeira coisa de que um livro precisa é de um autor. “
“Os livros criam-se devagar, avançando um pouco de cada vez, mas chega finalmente o dia em que o autor vê a sua ideia transformada em realidade e já a pode espalhar pelo mundo.”
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Um Vestido Curto de Festa (2020), de Christian Bobin, editado pelo Barco Bêbado é um livro que elogia a escrita e a leitura. É um livro singular.
“O livro escreve-se sob o teu olhar. A leitura é contemporânea de quem a lê. O leitor e o autor avançam ao mesmo tempo no éter das paixões. (…) Para que serve ler? Para nada, ou quase nada. É como amar, como jogar. E como rezar. Os livros são como rosários de tinta negra, cada conta rolando entre os dedos, palavra após palavra. E o que é realmente rezar? É silenciar-se. Afastar-se de si no silêncio. Talvez seja impossível. (…)”
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Neste dia visite livrarias, bibliotecas escolares e municipais, partilhe leituras, ofereça livros, divulgue os livros de que mais gosta e comece a ler um novo livro.
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Deixamos-lhe algumas sugestões:
” Incontornável para todos os que gostam de livros, esta aclamada obra de Mortimer J. Adler e Charles Van Doren, publicado originalmente em 1940, é um prodígio raro, um clássico vivo sobre os vários níveis de leitura e a forma de os alcançar – desde a leitura elementar, passando pela leitura sistemática, profunda e introspetiva, até à leitura rápida.
Aqui, o leitor terá a oportunidade de intensificar o prazer da leitura, aprender a avaliar (ou não) um livro pela capa, fazer uma análise pormenorizada do conteúdo, desenvolver uma leitura crítica aprofundada e extrair de forma eficaz a mensagem que o autor deseja transmitir.
Como Ler Um Livro inclui resumos, esquemas e instruções sobre diversas técnicas de leitura, adaptadas a cada género literário, desde peças de teatro a poesia até filosofia e ciências sociais.
Além disso, oferece excelentes recomendações de obras imperdíveis e testes que permitem avaliar o progresso em termos de capacidade de leitura, compreensão e rapidez. (…) Esta obra conduz-nos por uma agradável viagem pelo mundo da leitura e explora as razões fundamentais pelas quais devemos ler.” [sinopse da editora]
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“Este livro é uma carta de amor aos livros.
Desafiámos 28 autores a escreverem um texto original sobre um livro que os tenha marcado: aquele livro a que voltamos muitas vezes, aquele que nos fez descobrir a leitura, aquele que nos acompanhou numa viagem ou que simplesmente nunca nos saiu da cabeça.
São esses livros que estão em O Que Lêem os Escritores, numa partilha única e generosa de escritores‑leitores com leitores que querem sempre descobrir novos escritores, e com todos os que compreendem o impacto que um livro pode ter na nossa vida. “[sinopse da editora]
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“Já te aconteceu, em conversas com amigos, contarem as mesmas histórias vezes sem conta? Conversar pode ser só isso: revisitar lugares antigos com alguém. Mas uma conversa — mesmo quando parece que não estamos a dizer nada de novo — pode levar-nos também a lugares onde nunca tínhamos estado antes, lugares onde chegámos simplesmente porque continuámos juntos.
Este livro traz algumas perguntas para a mesa da conversa. Por exemplo: como podemos criar esse espaço de conversa quando ele ainda não existe? Por que é tão fácil conversar com umas pessoas e mais difícil com outras?
Conversar faz parte de sermos humanos, e a forma como conseguimos comunicar é uma parte muito importante de nos sentirmos bem com o mundo. Conversar não resolve tudo, mas é fundamental para fazermos o caminho em conjunto. “[ sinopse da editora]
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” Quando o escravo Jim ouve rumores de que será vendido a um homem de Nova Orleães e para sempre separado da mulher e da filha, decide esconder-se na ilha de Jackson e conceber um plano.
Inesperadamente, vê aparecer o jovem Huck Finn, que acaba de fingir a própria morte para escapar às mãos do pai violento. Mais de um século depois de Mark Twain ter escrito As Aventuras de Huckleberry Finn, elas são agora retomadas por Percival Everett, que lhes muda o ponto de vista. Quem é Jim? Quais as suas paixões? E até onde está disposto a ir para vingar os seus? James é uma reinvenção brilhante de um clássico da literatura mundial, ferozmente divertido e provocador, e uma lição notável sobre o poder da linguagem, pelas mãos de um dos mais aclamados autores norte-americanos da atualidade. [sinopse da editora]
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“Esta banda desenhada adorável capta, com exatidão, o que se sente quando se está totalmente apaixonado pelos livros de capa dura. E pelos livros de capa mole! E pelos ebooks! E por livrarias! E por bibliotecas!
Book Love — Para quem adora ler! é um presente, em forma de livro de banda desenhada, feito à medida de gente bebericadora-de-chá, cheiradora-de-páginas, bibliófila-acumuladora-de-livros.
O estilo da banda desenhada de Debbie Tung reconhece-se imediatamente e traz com ele gargalhadas, enquanto transmite, na perfeição, os pensamentos e hábitos de quem é livrólico.
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“Este é o terceiro de cinco ou seis volumes a publicar, que compilam toda a ficção curta de Camilo Castelo Branco, mantendo uma ordem cronológica de publicação. (…) Pela primeira vez o leitor contemporâneo poderá ter acesso a uma obra fundamental e eminentemente moderna, que reúne o percurso literário de um génio cujo trabalho tocou todos os estilos vigentes na sua época: gótico, romantismo, ultra-romantismo e realismo. Camilo escreveu igualmente sobre tudo, usando humor, drama e um domínio da língua portuguesa único no panorama das letras lusas. Escritor prolixo, a sua obra revela até que ponto dominava as escolas e os géneros, o que lhe permitia satirizá-los e subvertê-los, usando-os de igual modo para estabelecer uma forma de comunicação com o leitor, mas subvertendo-os para o deixar entregue a um fio condutor que o arranca das amarras da narrativa tradicional.” [sinopse da editora]
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“A história fora da caixa nasceu no dia em que o Xavier desceu do alto do seu castelo para procurar um remédio para a tristeza da mãe.
Mas este é só o princípio desta história...
Com dragões, princesas, um ogre, sete anões, a Bruxa Má e a Branca de Neve, entre tantas outras personagens dos contos infantis, esta história desafia os limites da imaginação, num texto que é uma carta de amor a uma mãe. “[ sinopse da editora]
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“Todos os dias me sinto triste e desconfortável. Desvio o olhar. Choro muitas vezes, em silêncio. Por mais que eu fale com a mamã, fico sem perceber as palavras que ela usa para me explicar as coisas. Todos os dias, o mesmo caminho, o mesmo desconforto, a mesma tristeza. E eu sem dizer nada. E eu sem fazer nada. Gostava de ir por outro caminho.” [sinopse da editora]
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"A vida no nosso planeta como nunca a viu.
Seis astronautas orbitam a Terra a bordo de uma nave espacial, a fim de recolher dados meteorológicos e de realizar experiências científicas.
Acima de tudo, porém, observam.
Juntos, contemplam o nosso silencioso planeta, que lhes oferece, tudo no simples passar de um dia, um espetáculo infinito, uma de beleza de cortar a respiração.
Contudo, mesmo tão distantes do mundo, os seis astronautas não conseguem escapar à sua constante influência.
Chegam notícias da morte de uma mãe, trazendo pensamentos de regresso e de saudades de casa. A fragilidade da vida humana torna-se um tema central nas suas conversas, nos seus medos e nos seus sonhos.
Apesar de tão longe da Terra, nunca antes se haviam sentido tão protetores dela, tão parte dela. Começam a refletir: o que será a vida sem a Terra? O que será a Terra sem a humanidade? “ [ sinopse da editora]
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TRINCAS, o MONSTRO devorador de livros, trincou tanto que saiu do seu próprio livro, e agora está a provocar o caos em histórias bem conhecidas.
Cuidado!
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” O Poder Transformador da Literatura. Baseando-se na sua vasta experiência pessoal, trabalho com clientes e pesquisa aprofundada, Bijal Shah oferece uma abordagem prática para organizar uma lista de leitura que se adapta a cada estado de espírito e ocasião. Este livro traça a evolução da leitura terapêutica, destacando o papel crucial de escritores influentes, como os estoicos, na popularização desta prática. Através de histórias comoventes de clientes que enfrentaram variados desafios durante a vida, Bijal Shah demonstra como a leitura pode ser uma fonte de conforto e transformação. Para além de explicar o funcionamento da biblioterapia, Shah fornece uma lista abrangente de livros, de A a Z, para todos os gostos e necessidades incluindo vários títulos de autores portugueses/nacionais, exclusivamente escolhidos e pensados para esta edição. É uma celebração vibrante da leitura, convidando o leitor a ver os livros como uma ferramenta essencial. Prepare-se para uma viagem enriquecedora que mudará a sua forma de ver a leitura e, possivelmente, a sua vida. “[sinopse da editora]
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"Nesta obra absorvente, inteligente e divertida, a reconhecida psicoterapeuta britânica Philippa Perry explica o que é realmente importante e que tipo de comportamentos devemos evitar ou fomentar no relacionamento com os nossos filhos. Em vez de desenhar o plano "perfeito", Perry oferece-nos uma visão geral de como pais e filhos podem alcançar um bom relacionamento. Cheio de conselhos sábios e saudáveis, este é o livro que todos os pais quererão ler e que todos os filhos agradecerão que os seus pais leiam também. “[ sinopse da editora]
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"(…) Em A Geração Ansiosa, o psicólogo social Jonathan Haidt revela os dados sobre a epidemia de doenças mentais em adolescentes que atingiu, ao mesmo tempo, muitos países. De seguida, investiga a natureza da infância, incluindo a razão pela qual as crianças precisam de brincar e de explorar sozinhas para se tornarem adultos capazes e felizes. Haidt mostra como a infância baseada na brincadeira começou a declinar na década de 1980 e como foi substituída, no início dos anos 2010, com a chegada da infância baseada no telemóvel. Apresenta mais de uma dúzia de mecanismos de como esta grande reconfiguração da infância interferiu no desenvolvimento social e neurológico das crianças, abrangendo tudo, desde a privação do sono à fragmentação da atenção, dependência, solidão, contágio social, comparação social e perfecionismo. O autor explica por que razão as redes sociais prejudicam mais as raparigas do que os rapazes e porque é que os rapazes têm vindo a retirar-se do mundo real para o mundo virtual, com consequências desastrosas para si próprios, suas famílias e sociedade. (…) Descreve os passos que os pais, professores, escolas, empresas de tecnologia e governos podem dar para acabar com a epidemia de doenças mentais e restaurar uma infância mais humana. (…) Não nos podemos dar ao luxo de ignorar as suas descobertas sobre a melhor forma de proteger os nossos filhos – e nós próprios – dos danos psicológicos de uma vida baseada no telemóvel.” [sinopse da editora]
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* Júlia Martins
Acredita no poder da leitura. Dar a ler é um desafio que gosta de abraçar. É leitora e frequenta, de forma assídua, Clubes de Leitura. Saiba mais
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