J. Rentes de Carvalho
foto de Rui Duarte Silva. artigo de José Mário Silva no EXPRESSO |
J. Rentes de Carvalho: “Nasci rebelde e nunca deixei de o ser”
Aos 85 anos, continua a dividir o tempo entre Amesterdão e Trás-os-Montes. Esquecido durante décadas pelos seus compatriotas, é hoje um dos mais admirados escritores portugueses. A sua vida dava vários filmes
O automóvel com matrícula holandesa atravessa a paisagem transmontana: serranias, pedregulhos, vegetação rasteira. Uma natureza quase intocada pela mão humana. Para trás ficou Torre de Moncorvo, engalanada para a Feira Medieval, ponto de encontro com os jornalistas vindos de Lisboa. No restaurante do costume, onde almoça às terças e quintas-feiras, sempre na mesma mesa, José Rentes de Carvalho já explicara, diante uma travessa farta de “feijoada à D. Dinis”, o modus operandi de uma vida que há muitas décadas se divide entre a Holanda, para onde foi viver em 1956, e Portugal. Desde que recuperou a casa do avô materno, em Estevais (a pequena aldeia perdida nos montes, para os lados de Mogadouro), passa alternadamente três meses ali, perto do solo que diz seu, e três meses no conforto de Amesterdão. As viagens, quer num sentido quer no outro, são sempre feitas no Opel de matrícula amarela referido no início deste parágrafo. (...)
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