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Escola Básica de Mafra: Encontro inesquecível com os autores de Jean, John e João

No âmbito do projeto da Rota Histórica das Linhas de Torres (RHLT), a decorrer desde o ano letivo passado em escolas dos 6 concelhos que compõem a RHLT (Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira), o concelho de Mafra teve o privilégio de receber os autores Ricardo Henriques e André Letria, criadores do livro Jean, John e João. O encontro decorreu na Escola Básica de Mafra e foi tudo menos convencional: os protagonistas da tarde foram, sem dúvida, os alunos!

Recebidos com entusiasmo e criatividade, os autores foram surpreendidos logo à chegada com uns chapéus magníficos — bicórnios, inspirados na época napoleónica — feitos especialmente para a ocasião. Mas as surpresas não ficaram por aí.

Em vez da tradicional conversa de autor, foi dada voz aos alunos, que prepararam um conjunto de atividades originais e envolventes, que deixaram Ricardo Henriques e André Letria de sorriso rasgado do início ao fim.

Foi um verdadeiro crescendo de momentos inesperados, num encontro repleto de criatividade e emoção, onde brilhou o efeito surpresa — desta vez, não foram os autores a conduzir a sessão, mas os alunos:

Entrevista Criativa – Um grupo de alunos colocou aos autores várias perguntas inteligentes e curiosas sobre o processo de criação do livro, revelando um grande interesse e conhecimento da obra.

Notícia Escolar – Outro grupo apresentou a notícia que escreveram para o jornal da escola, relatando com detalhe e entusiasmo a visita de estudo ligada à Rota Histórica das Linhas de Torres.

Diário de Guerra – Um belo texto lido por um aluno, escrito no estilo de um diário de guerra, transportou todos para o contexto histórico da obra, com emoção e criatividade.

Kahoot Surpresa – A surpresa do dia foi um jogo de Kahoot preparado pelos alunos – algo completamente novo para os autores! Entre gargalhadas e competição saudável, toda a turma participou com energia e alegria.

Napollington: o Jogo Original – Para fechar com chave de ouro, os autores foram presenteados com um jogo inventado pelos alunos: Napollington, onde Napoleão e Wellington se confrontam de forma divertida e estratégica.

A tarde passou num instante, recheada de partilhas, descobertas e muitos sorrisos. Os autores ficaram encantados com o talento, a imaginação e a dedicação dos alunos. Foi uma celebração perfeita da leitura, da história e da criatividade (Veja instagram Pato_Logico).

Este encontro foi ainda mais notável tendo em conta as condições em que foi preparado: a sessão de apresentação do projeto por parte do Professor Bibliotecário teve lugar na última semana de aulas do segundo período, altura em que foram dadas algumas sugestões e os alunos requisitaram o livro para ler durante as férias da Páscoa. O trabalho desenvolvido surgiu quase exclusivamente em algumas aulas semanais de Cidadania — o que revela um empenho notável por parte de todos os envolvidos.

Importa destacar o trabalho de excelência da diretora de turma do 8.º B, que soube motivar, orientar e organizar os alunos neste projeto com grande dedicação. Foi graças ao seu acompanhamento e ao entusiasmo dos alunos que esta sessão se transformou num momento verdadeiramente inesquecível.

Este encontro com os autores foi também um excelente exemplo do espírito “aluno maker” — um conceito que promove o aluno como criador, investigador e protagonista ativo da sua aprendizagem. Ao imaginar, construir e apresentar os seus próprios projetos (desde jogos a textos originais), os alunos tornaram-se verdadeiros autores e produtores de conhecimento. Este modelo educativo estimula competências essenciais como a criatividade, a autonomia, a resolução de problemas e o trabalho colaborativo, em sintonia com os objetivos do Quadro Estratégico da RBE e com as diretrizes de uma escola centrada no desenvolvimento integral do aluno.

Este tipo de encontros são mais uma prova de que a escola é um espaço onde se cruzam mundos — da literatura, da história e da imaginação — e onde os livros são “apenas” o começo de grandes aventuras.