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Blogue RBE

Ter | 23.04.24

Dia Mundial do Livro

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“Quanto a mim, muito me agrada a ideia de tratar o hábito da leitura de livros como um dever moral e fraterno, face ao próximo”

Olga Tokarczuk, Viagens

“Há livros pelos quais deslizamos ao de leve, esquecendo-nos das páginas, à medida que as vamos passando; há outros que lemos com reverência, sem nos atrevermos a concordar com eles ou a discordar deles; outros, ainda, que, porque os amámos tanto e durante tanto tempo, somos capazes de recitar palavra a palavra, dado que os sabemos de cor – sabemo-los com o coração.”

Alberto Manguel, Um Diário de Leituras

Na 28.ª Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em 1995, foi proclamado que o dia 23 de abril seria o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor.

A UNESCO instituiu o Dia Mundial do Livro em 1995. A data foi escolhida por ser um dia importante para a literatura mundial, uma vez que foi a 23 de abril de 1616 que Miguel Cervantes faleceu, no mesmo dia de 1899, nasceu Vladimir Nabokov e é neste dia que é celebrado o nascimento de William Shakespeare, que também se acredita ser a data do seu falecimento.

A diretora-geral Audrey Azoulay, da UNESCO, anunciou a nomeação de Estrasburgo, França, como Capital Mundial do Livro em 2024, sucedendo assim à capital de Gana, Acra (2023), e à mexicana Guadalajara (2022), afirmando que "em tempos de incerteza", os livros funcionam como "refúgio e fonte de sonhos".

No ano em que se assinalam os 500 anos do nascimento de Camões, a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas homenageia o poeta através do seu cartaz comemorativo do Dia Mundial do Livro 2024.

Celebrar este dia é incentivar a promoção do livro e da leitura, difundir a importância da literatura como um pilar essencial na edução e na cultura dos povos.  

Neste dia visite livrarias, bibliotecas escolares e municipais, partilhe leituras, ofereça livros, divulgue os livros de que mais gosta e comece a ler um novo livro.

Para celebrar o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor deixamos-lhe algumas sugestões:

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A biblioteca de Manguel é privada, intimista e humanista. Um espaço povoado por “criaturas espantosas”, de “silêncio mediativo”, de solidão e de múltiplas palavras que são “o guia que nos indica o que é a traição e o que é a verdade”, de leituras apaixonadas e oníricas. Homero, Calímaco, Platão, Dante, Shakespeare, Kafka, Gabriel Garcia Marques, Borges e muitos outros continuam vivos nas estantes da biblioteca. Como num jardim, esta é um lugar de achados e encontros, de amores e desamores, um mundo colorido e habitado por fantasia e realidade, pelo caos e pela ordem, pelo devir e pela transformação na busca incessante da identidade. Assim compreendemos melhor Manguel quando nos confessa que “a minha biblioteca explicava quem eu era, me conferia um eu sempre em mudança, que se transformava constantemente ao longo dos anos “.

Ao embalar os 35 mil livros, o bibliógrafo argentino reflete sobre a sua relação com os escritores, a literatura e os livros. Destes momentos chegam até nós dez divagações, por onde passam bibliotecas públicas, escolares, virtuais ou as “dez bibliotecas famosas”, acontecimentos históricos catastróficos, memórias ou simplesmente pequenas anotações ou lembretes, inscritas na biblioteca ou na margem de um livro tais como “Lemos para fazer perguntas” ou “Não emprestes nem peças emprestadas “.

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Depois, o lenhador corta a árvore e leva-a para a fábrica, onde é cozinhada a pasta de papel. Mas quem inventou o papel? De onde veio? Do Egipto ao Japão, do Norte de África à Europa, nesta aventura damos a volta ao mundo e percorremos milhares e milhares de anos. Segredo durante muito tempo guardado a sete chaves, o papel é hoje usado em cadernos, jornais, notas, sacos... e neste livro! Um álbum minimalista e divertido para os mais pequenos descobrirem os segredos de uma folha de papel.

Selecionado prémio BIG 2023 | Bienal de Ilustração de Guimarães “

 

 

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“Este é um livro sobre a história dos livros. Uma narrativa desse artefacto fascinante que inventámos para que as palavras pudessem viajar no tempo e no espaço. É o relato do seu nascimento, da sua evolução e das suas muitas formas ao longo de mais de 30 séculos: livros de fumo, de pedra, de argila, de papiro, de seda, de pele, de árvore, de plástico e, agora, de plástico e luz.

É também um livro de viagens, com escalas nos campos de batalha de Alexandre, o Grande, na Villa dos Papiros horas antes da erupção do Vesúvio, nos palácios de Cleópatra, na cena do homicídio de Hipátia, nas primeiras livrarias conhecidas, nas celas dos escribas, nas fogueiras onde arderam os livros proibidos, nos gulag, na biblioteca de Sarajevo e num labirinto subterrâneo em Oxford no ano 2000.

Este livro é também uma história íntima entrelaçada com evocações literárias, experiências pessoais e histórias antigas que nunca perdem a relevância: Heródoto e os factos alternativos, Aristófanes e os processos judiciais contra humoristas, Tito Lívio e o fenómeno dos fãs, Sulpícia e a voz literária de mulheres.

Mas acima de tudo, é uma entusiasmante aventura coletiva, protagonizada por milhares de personagens que, ao longo do tempo, tornaram o livro possível e o ajudaram a transformar-se e evoluir – contadores de histórias, escribas, ilustradores e iluminadores, tradutores, alfarrabistas, professores, sábios, espiões, freiras e monjes, rebeldes, escravos e aventureiros.

É com fluência, curiosidade e um permanente sentido de assombro que Irene Vallejo relata as peripécias deste objeto inverosímil que mantém vivas as nossas ideias, descobertas e sonhos. E, ao fazê-lo, conta também a nossa história de leitores ávidos, de todo o mundo, que mantemos o livro vivo.”

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“Na biblioteca do faraó Ramsés II estava escrito por cima da porta de entrada: «Casa para terapia da alma». É o mais antigo mote bibliotecário. De facto, os livros completam-nos e oferecem-nos múltiplas vidas. São seres pacientes e generosos. Imóveis nas suas prateleiras, com uma espantosa resignação, podem esperar décadas ou séculos por um leitor.

Somos histórias, e os livros são uma das nossas vozes possíveis (um leitor é, mal abre um livro, um autor: ler é uma maneira de nos escrevermos).

Nesta deliciosa colheita de relatos históricos e curiosidades literárias, de reflexões e memórias pessoais, Afonso Cruz dialoga com várias obras, outros tantos escritores e todos os leitores.

Este é, evidentemente, um livro para quem tem o vício dos livros.”

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“O Henrique adorava livros. Mas não exatamente como nós adoramos livros…Um dia, assim por acaso, o Henrique descobre esta estranha paixão, que se transforma numa mania constante e deliciosa! E eis a parte melhor: quanto mais livros devora, mais esperto fica. O Henrique sonha tornar-se a pessoa mais esperta do mundo. Até que um dia as coisas começam a correr mal… “

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“«- Romano, quero abrir uma livraria na minha aldeia.

 - Quantos habitantes tem?

- 170.

- Então, 170 000 a dividir por…

- Não são 170 000, são 170.

- És louca.»

Um crowdfounding em 2019 permitiu à poeta Alba Donati deixar o seu trabalho numa das maiores editoras italianas e trocar Florença pela sua aldeia natal, Lucignana. Um incêndio e uma pandemia não foram suficientes para enterrar o sonho; pelo contrário, uma vez inaugurada esta pequena cabana nas montanhas, repleta de delícias literárias (incluindo meias e chás!), os amantes da leitura, de todos os tipos e proveniências, juntaram-se para a manter viva – e próspera! Visitada por escolas, turistas, peregrinos, destino de um festival literário e dos mais diversos eventos, a livraria na colina, um pequeno espaço cheio de grandes sonhos, tornou-se um destino global para leitores ávidos, curiosos… e até principiantes. “

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“Uma menina atravessa um mar de palavras para chegar a casa de um menino. Ela convida-o para acompanhá-la numa aventura pelo mundo das histórias onde, com um pouco de imaginação, tudo pode acontecer.

A Menina dos Livros é uma história com fantásticas ilustrações, vencedora do prestigiado prémio Bologna Ragazzi de 2017.”

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“Há livros capazes de mudar uma vida para sempre…Imagem1.png

Mukesh leva uma vida pacata num subúrbio de Londres e tenta manter as rotinas estabelecidas pela sua mulher, Naina, que faleceu recentemente. Vai às compras todas as quartas-feiras, frequenta o templo hindu e tenta convencer as três filhas de que é perfeitamente capaz de organizar a sua vida sozinho.

Aleisha é uma adolescente que trabalha na biblioteca local durante o verão e que, curiosamente, não gosta de ler. Até que encontra um papel amachucado dentro de um exemplar de Mataram a Cotovia com uma lista de livros dos quais nunca ouvira falar. Intrigada, e um pouco entediada com o seu trabalho, decide começar a ler os livros aí sugeridos.

Quando Mukesh vai à biblioteca para devolver um dos livros de Naina e pedir outras sugestões de leitura, numa tentativa de criar laços com a neta, Aleisha recomenda-lhe os títulos da lista. É assim que, livro a livro, vão descobrindo a magia da leitura e encontrando novos significados para as suas vidas. E é através destas leituras partilhadas que Aleisha e Mukesh encontram a força necessária para lidar com os desgostos e problemas do dia a dia e reencontram a alegria de viver. Uma história sobre amizade, amor e o poder que os livros têm de mudar a vida de quem os lê. “

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“Isto é um Livro. Faz o que ele te diz e vê o que acontece.

Um livro recomendado para a educação pré-escolar, destinado a leitura em voz alta.

É um jogo, é magia…é um livro! Basta fazer o que ele te pede e as coisas vão acontecendo na página seguinte. Altamente interativo, este livro pede a participação das crianças… e elas adoram!

Ao virar de cada página somos levados numa viagem que promove outras aprendizagens, como as cores, o contar, distinguir o lado esquerdo do direito, estimula a atenção e a criatividade e ainda ajuda no desenvolvimento de capacidades psicomotoras."

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“Muito da imagem associada às livrarias, aos livreiros e aos livros é tão romanesco como o que vai dentro deles. Existem, sim, o lado iniciático, o cenário algo apocalíptico e o papel do livreiro como guardião da cultura e de preciosidades esquecidas. Todavia, apesar desta retórica da resistência, há fenómenos recentes estimulantes, como a venda na internet ou as aldeias de livreiros, e ainda existem livrarias que respiram à vontade. Este é um livro sobre a história e a vida dos livreiros e das livrarias que terá certamente algumas historietas rocambolescas, mas que se guia pelo olhar da normalidade. Fala da diversidade da oferta atual, de bibliófilos, bibliotecas, leilões e livrarias independentes. Fala de esperança, porque enquanto houver livros, haverá muito mais do que leitores.”

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«Dei-me conta de que os livros perdidos têm algo que os outros não possuem: deixam-nos, a nós, não leitores, a possibilidade de imaginá-los, de contá-los, de reinventá-los.» Ernest Hemingway, George Byron, Sylvia Plath, Nikolai Gógol, Malcolm Lowry, Bruno Schulz, Romano Bilenchi, Walter Benjamin… Histórias de oito livros perdidos, queimados, rasgados, roubados, simplesmente desaparecidos, que sabemos terem sido escritos, que sabemos existirem. As pistas são fracas e a esperança de os encontrar reduzida, mas procurá-los não será já um modo de os lermos? Da Florença deste século à Londres regencial, da estepe russa à Praga da Segunda Guerra Mundial, Giorgio Van Straten, no papel de detetive de livros perdidos, guia o leitor pelo espaço e pelo tempo numa viagem fascinante, desenterrando histórias de infâmia, tragédia e oportunidades (de leitura) perdidas.”

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“Esta novela foi escrita em 1929 e publicada, em folhetim, no jornal diário vienense Neue Freie Presse, de que Zweig era colaborador permanente. Narra-se aqui a história de um judeu ortodoxo galiciano, estabelecido há anos em Viena como alfarrabista/vendedor de livros ambulante, e cujo único interesse eram os livros que comprava e vendia a universitários e académicos de Viena.

Esta história constitui, espantosamente, a antecipação em mais de uma década do definhamento do próprio autor: a metáfora de um escritor, «cidadão europeu», pacifista empenhado, entregue de corpo e alma, como o próprio Mendel o era, aos seus queridos livros, à criação de uma obra literária europeia com características universais, mas que, vítima da barbárie nacional-socialista, perde tudo, isto é o seu país, a sua língua, os seus leitores da língua alemã para quem escrevia e o próprio sentido da vida.”

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“Quando a morte nos conta uma história temos todo o interesse em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em A Rapariga Que Roubava Livros, vamos ao seu encontro na Alemanha, por ocasião da segunda guerra mundial, onde ela tem uma função muito ativa na recolha de almas vítimas do conflito. E é por esta altura que se cruza pela segunda vez com Liesel, uma menina de nove anos de idade, entregue para adoção, que já tinha passado pelos olhos da morte no funeral do seu pequeno irmão. Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro, o primeiro de muitos pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as dificuldades da vida, dando um sentido à sua existência. Quando o roubou, ainda não sabia ler, será com a ajuda do seu pai, um perfeito intérprete de acordeão que passará a saber percorrer o caminho das letras, exorcizando fantasmas do passado. Ao longo dos anos, Liesel continuará a dedicar-se à prática de roubar livros e a encontrar-se com a morte, que irá sempre utilizar um registo pouco sentimental embora humano e poético, atraindo a atenção de quem a lê para cada frase, cada sentido, cada palavra.”

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“Destinado a tornar-se o livro favorito de todas as famílias, Não Abras Este Livro foi criado pela celebridade australiana, Andy Lee. Comediante, ator, músico e colaborador regular de rádio, escreveu o seu primeiro livro por ocasião do primeiro aniversário do sobrinho, George, mas assim que tentou imprimir uma cópia, foi-lhe imediatamente proposta a publicação. As ilustrações fortes e vibrantes captam desde a primeira página. Não Abras Este Livro é interpretado por um personagem cheio de humor, que implora aos leitores que não virem a página. Hilariante e cativante, do início ao fim, para leitores de todas as idades.”

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“Todos os dias, ao fim da tarde, Carl carrega a mochila com uma série de livros embrulhados com esmero. Fecha a porta da livraria e começa a ronda pelos clientes habituais, a quem secretamente dá nomes de personagens (Olá, Mr. Darcy!). Entrega as obras porta a porta ao milionário recluso, à jovem melancólica, à última freira do convento. É assim há décadas, até ao dia em que uma miúda de nove anos lhe aparece no caminho… Mal se apresenta, Schascha começa a fazer perguntas: o que leva nessa mochila? Que histórias são essas? A quem se destinam? E começa ali uma inesperada relação. Ela, órfã de mãe, passa os dias sozinha, aborrece-se; ele vive preso a rotinas, envelhece. Juntos descobrem, nos passeios pela pequena cidade, um novo sentido para as suas vidas e para as vidas de quem visitam. E enquanto ambos arriscam um itinerário diferente, o horizonte carrega-se de nuvens cada vez mais pesadas e ameaçadoras.”

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“Era uma vez uma rapariga que confiava os seus segredos aos livros...

No coração de York, em Inglaterra, uma pequena livraria tornou-se o refúgio da jovem Loveday Cardew — o único sítio em que a tímida livreira se sente segura. Só aí pode cuidar dos livros da mesma forma que os livros cuidam de si, ensinando-a a entender os sentimentos que a inquietam: a solidão, com Anna Karénina; a alegria de viver, com A Feira das Vaidades; as paixões avassaladoras, com O Monte dos Vendavais. Depois de uma tragédia que lhe roubou tudo, uma infância passada com uma família de acolhimento e um relacionamento falhado, não é de admirar que Loveday prefira os livros às pessoas. Até que um dia, numa paragem de autocarro, ela encontra um livro perdido. Em busca deste livro surge Nathan, um poeta que se deixa encantar pela jovem livreira mas que não consegue quebrar a sua barreira de gelo, a não ser com a ajuda de Archie, o excêntrico dono da livraria onde trabalha.

Mas é quando os livros da sua infância começam a aparecer misteriosamente na livraria, que Loveday terá de aprender a confiar nos outros, para descobrir quem será a pessoa do seu passado que está a tentar contactá-la. Terá ela coragem para revelar a vida que, durante tantos anos, tentou esconder entre os livros?”

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