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Blogue RBE

Sex | 24.10.25

Como pode uma escola não apoiar?

por Hernâni Mealha Pinho, Diretor do AE de Santa Catarina, Oeiras

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Num tempo em que as famílias, as escolas e as sociedades em geral, estão tão contaminadas com o vírus dos ecrãs, torna-se imperativo que nos locais onde os nossos jovens e crianças passam mais tempo, se exceptuarmos o tempo de sono no domicílio, sejam estimulados ao nível do brincar/ interagir e da leitura.

Em ambos os aspetos, é com grande orgulho que podemos afirmar que já tivemos a presença, no Agrupamento de Escolas de Santa Catarina, quer do Professor Carlos Neto – grande embaixador da motricidade humana, quer do Escritor António Carlos Cortez – verdadeiro patrono da literacia e da literatura.

Por conseguinte, espaços como os recreios, salas de convívio e bibliotecas, assumem uma importância determinante em qualquer escola que se proponha dar uma alternativa que ajude os nossos jovens a crescerem e a cultivarem-se enquanto seres humanos capazes de aprofundar o autoconhecimento e a interpretação do mundo que os rodeia.

Centrando-nos no tema da leitura, iniciativas como os dez minutos a ler ou os trinta minutos a ler, são dinâmicas desenvolvidas em sala de aula que se inserem numa prioridade bem clara que definimos para os nossos alunos, que é a de estimular a leitura, à luz da ideia de Victor Hugo quando refere que “Un enfant qui lit sera un adulte qui pense”, reforçada pelo Relatório da OCDE de 2024, sobre as competências dos adultos, ao mencionar que, quase metade dos adultos portugueses só compreende textos simples e curtos.

Desta forma, pergunta-se, como pode uma escola não apoiar e dar condições de trabalho a quem dinamiza uma biblioteca escolar, arrastando consigo toda uma panóplia de atividades que são estruturantes, para o desígnio do desenvolvimento nos nossos alunos da capacidade de interpretação e da afirmação de uma cultura de leitura? No agrupamento de Escolas de Santa Catarina, contamos com a dedicação e profissionalismo das colegas Ana Cristina Gala e Isabel Raposo e suas equipas, exemplos do que deve nortear o trabalho de um professor bibliotecário, desde os aspetos de natureza organizativa, até ao conjunto de atividades que poderão ir desde palestras, aulas e apresentação de trabalhos pelos alunos, até à presença de autores prestigiados no lançamento das suas obras literárias.

Tudo isto desenvolvido num espaço que deve ser acolhedor, diferenciado, confortável e dinâmico, em linha com o Projeto Educativo da Escola.

Hernâni Mealha Pinho
Diretor do Agrupamento de Escolas de Santa Catarina, Oeiras

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Este trabalho está licenciado sob licença: CC BY-NC-SA 4.0