Catalogação e automatização: instrumentos de gestão indispensáveis
A catalogação e a automatização do empréstimo são investimentos estratégicos essenciais para uma biblioteca escolar funcional, acessível e alinhada com as exigências dos tempos atuais.
- Um fundo catalogado permite que alunos, professores e professores bibliotecários localizem rapidamente os recursos desejados, reduzindo o tempo despendido na localização dos recursos, maximizando o uso efetivo do acervo. Possibilita ainda a disponibilização do catálogo online, facilitando aos utilizadores a consulta em qualquer lugar sobre a disponibilidade de recursos.
- Sem a catalogação do fundo, a automatização dos processos de empréstimo e devolução não é possível, mantendo-se um sistema manual de registos com elevados custos em termos de tempo, erros humanos e recuperação de recursos.
- Torna-se igualmente difícil gerir os recursos de forma eficiente, não sabendo os professores bibliotecários e assistentes de biblioteca exatamente o que está disponível, emprestado, perdido ou danificado, o que dificulta a planificação de reposições ou novas aquisições.
- Os relatórios gerados pelos sistemas automatizados permitem ainda compreender a utilização do fundo da biblioteca, o que se revela importante para uma boa gestão documental.
- O catálogo e a automatização das tarefas rotineiras, como empréstimos, devoluções e análise de movimentos, reduz o tempo de gestão e liberta os professores bibliotecários para atividades pedagógicas, mais significativas, como promoção e mediação de leitura, apoio ao desenvolvimento curricular e capacitação na literacia informacional e mediática.
Em tempos de inteligência artificial, é impensável a inexistência de catálogo e sistema automatizado de empréstimo numa biblioteca escolar. Embora ainda subsista um número reduzido de bibliotecas escolares que ainda não asseguraram esse instrumento de gestão essencial, a maioria tem esta questão bem resolvida e está habilitada para ir mais além.
O autoempréstimo
O autoempréstimo é um sistema que permite ao utilizador retirar das estantes os documentos que se encontram em livre acesso e fazer autonomamente o empréstimo nos postos disponíveis para o efeito. Representa um avanço significativo na forma como os utilizadores interagem com os recursos disponibilizados pela biblioteca escolar.
- Uma das principais vantagens do autoempréstimo é a agilidade e a autonomia proporcionadas. Ao eliminar a necessidade de filas e esperas para realizar o empréstimo, o aluno pode dedicar mais tempo à escolha dos documentos e à leitura em si. Além disso, o sistema incentiva a responsabilidade individual, uma vez que é o utilizador a gerir os seus próprios empréstimos.
- Outro aspeto positivo do sistema autónomo de requisição é a sua capacidade de atrair mais alunos para a biblioteca. A possibilidade de realizar empréstimos de forma rápida e intuitiva torna a experiência mais agradável e atrativa, incentivando os alunos a visitarem a biblioteca com mais frequência. Além disso, pode ser integrado nos programas de leitura dos alunos e projetos pedagógicos, tornando a biblioteca num espaço ainda mais dinâmico e estimulante para a aprendizagem.
- Ainda assim, a implementação desta modalidade de empréstimo requer muita formação aos utilizadores. A escolha de equipamentos adequados, a organização do acervo e a criação de um ambiente favorável à utilização do sistema são outros fatores essenciais para o sucesso da iniciativa.
Em suma, o autoempréstimo de livros nas bibliotecas escolares representa uma tendência positiva na área da gestão da biblioteca. Ao proporcionar mais autonomia no processo de empréstimo, esta modalidade contribui para a formação de leitores mais autónomos, responsáveis e críticos, além de fortalecer o papel da biblioteca como um espaço de conhecimento e cultura na escola. Conheça abaixo a experiência do Agrupamento de Escolas Engenheiro Duarte Pacheco, Loulé.