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Blogue RBE

Sex | 11.10.24

Apoio à conceção de cartaz - Composição

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Após a escolha do formato (dimensão e orientação), é necessário começar a delinear a organização dos diversos elementos (título, subtítulo, blocos de texto, imagens, gráficos, logotipos, etc.) no espaço disponível, para que a comunicação se efetue com eficácia.

Uma das primeiras decisões a tomar é escolher o tipo de composição mais adequado aos conteúdos a inserir: alinhamento à esquerda, centrada, alinhamento à direita ou seguindo uma diagonal. Há programas que disponibilizam grelhas ou linhas guia, que constituem um bom auxílio para o alinhamento e distribuição dos vários elementos segundo regras. As composições ‘aleatórias’ ou livres também são uma opção, mas exigem maior domínio e experiência por parte dos autores.

Em alguns casos, é a imagem que define a organização dos elementos textuais e outros. Noutras situações, é o texto o ‘protagonista’ que delineia o conjunto e aponta para uma solução.

Fundamental: o equilíbrio, o alinhamento e a hierarquia na disposição dos conteúdos, que devem ser apenas os necessários – menos é mais!

Escolha da cor de fundo  - esta é decisiva para a criação de boas condições de apreensão da mensagem - bom contraste para boa leitura:

  • Fundo de cor plana clara – elementos escuros ou de cores fortes;
  • Fundo de cor plana escura - elementos claros ou de cores fortes;
  • Fundo de cor plana de tonalidade média – fraco contraste em relação aos elementos gráficos. Testar antes de publicar.

Tipos de preenchimento de fundo a evitar:

  • Gradações de cores com muita presença;
  • Texturas pouco subtis;
  • Imagens fortes e bem definidas ou de baixa resolução.

A razão para o desaconselhamento destes preenchimentos prende-se com a diminuição substancial da clareza da leitura dos elementos textuais ou outros, quando sobrepostos, reduzindo a eficácia da comunicação e do impacto no público-alvo.

A colocação dos logotipos numa ‘barra’ de rodapé é a solução mais segura e que contribui para uma correta organização do conjunto.

Seguem-se alguns esquemas exemplificativos do exposto, que podem servir como ponto de partida para a tomada de decisões. A ponderação do tipo de composição a adotar está relacionada com o tema e os respetivos conteúdos.

Figura 1 – composição centrada – estrutura base
A opção centrada é a mais segura quanto ao equilíbrio dos elementos no espaço

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Veja também: Desenho e conceção de um cartaz na prática do professor bibliotecário | Como começar?

Figura 2 – composições centradas – esquemas A e B

Imagem2.pngImagem3.png

Figura 3 – composições alinhadas à esquerda – esquemas A e B

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Figura 4 – Composições diagonais (esquerda-direita) – esquemas A e B

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Antes de iniciar um novo projeto de cartaz, e após análise e reflexão sobre o tema e os conteúdos a incluir, deve-se proceder a uma recolha de dados – exemplos que nos podem inspirar e orientar (metodologia de projeto em design – fase inicial).

Para começar…

Cartazes com composição centrada:

Cartazes com composição alinhada à esquerda:

Cartazes com composição diagonal:

Cartazes com composição ‘aleatória’ ou livre:

Referências

  1. Arden, Paul. (2003). Não basta ser bom, é preciso querer ser bom. Phaidon.
  2. Arnheim, Rudolf. (1984). Arte & Percepção Visual. Uma psicologia da Visão criadora. Nova Versão. Livraria Pioneira Editora.
  3. Macedo, Joana. (2010). Design por todos. Democratização dos princípios fundamentais do Design Gráfico. Conselhos gráficos para não-designers. Faculdade de Belas artes. Universidade do Porto. https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/67364/2/23765.pdf
  4. Munari, Bruno. (1981). Das coisas nascem coisas. Arte e Comunicação. Edições 70.

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Este trabalho está licenciado sob licença: CC BY-NC-SA 4.0