A poesia como celebração da memória e do talento
IV Concurso de Poesia Zélia Santos
A Biblioteca Escolar Zélia Santos, da Escola Básica do Alto do Moinho (Agrupamento de Escolas de Vale de Milhaços), promoveu, pelo quarto ano consecutivo, o Concurso de Poesia que perpetua a memória da professora bibliotecária Zélia Santos. A sua paixão pelo ensino, pelas bibliotecas e pela promoção da leitura permanece muito viva entre nós. A Zélia merece bem esta permanente evocação.
Sob o mote "aMAR Camões", a edição de 2025 desafiou a comunidade educativa — do ensino público, particular e cooperativo, bem como das IPSS dos concelhos do Seixal e de Almada — a revisitar a obra camoniana através da linguagem poética. A resposta foi entusiasta: chegaram à organização 134 poemas. Estes revelaram não apenas o domínio da linguagem poética, mas também uma ligação pessoal e reflexiva à figura de Camões.
Organizado em sete escalões — do pré-escolar aos docentes e assistentes operacionais — o concurso revelou grande diversidade de estilos e vozes. Das construções poéticas mais simples dos mais novos, à qualidade literária dos trabalhos dos escalões superiores, foi notório o empenho dos participantes. Cada poema foi uma janela aberta para o universo de Camões e uma ponte entre a tradição literária e a expressão pessoal dos jovens autores.
Mais do que uma atividade pontual, este concurso é também um exercício de cidadania literária, incentivando a leitura, a escrita e a partilha, bem como o reconhecimento do valor da palavra como meio de expressão pessoal e cultural. Através da poesia, os alunos descobrem-se, experimentam e projetam o seu olhar sobre o mundo e a História, num espaço seguro de criação e liberdade.
A cerimónia de entrega de prémios decorreu na Feira de Projetos Educativos do Seixal, num ambiente de celebração com alunos, famílias e docentes, onde a poesia se fez ouvir com alegria e emoção.
A Biblioteca Escolar Zélia Santos da EB Alto do Moinho, AE Vale de Milhaços, agradece a todos os participantes, professores, jurados, bem como a toda a comunidade educativa que, mais uma vez, tornaram este momento possível. A poesia continua viva, inspirada pela memória da professora bibliotecária Zélia Santos e pelo talento dos jovens poetas que lhe dão voz.