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Blogue RBE

Ter | 19.08.25

Percursos com sentido

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Reunimos aqui cinco "Retalhos da vida de um professor bibliotecário" intensos e singulares que, na sua diversidade, revelam o compromisso quotidiano de quem faz da biblioteca escolar um lugar vivo, habitado por pessoas, ideias e afetos.

São percursos marcados por dúvidas e conquistas, por laços entre gerações, por recomeços e persistência, por projetos que nascem do território, das urgências do presente e da esperança no futuro. Cada texto é um convite à escuta: do que se sente, do que se constrói e do que se partilha em torno dos livros, da leitura e do outro.

Longe de serem apenas relatos de práticas, estas narrativas são também declarações de pertença e paixão pelo que a escola pode ser quando há tempo, espaço e intenção para costurar relações, renovar olhares e abrir caminhos de aprendizagem com sentido.

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Querida biblioteca: para que te quero?

por Adelaide Peres e Marta Brandão, professoras bibliotecárias do AE de Arouca

Entre montanhas e bibliotecas, cumplicidades que constroem futuros

Em Arouca, as montanhas guardam histórias — e nas bibliotecas escolares, duas gerações caminham juntas para as fazer crescer.
Uma professora bibliotecária experiente e a sua antiga aluna, agora colega, constroem em conjunto um mapa feito de livros, escolas e pessoas. Entre desafios, aprendizagens e partilhas, mostram-nos como a biblioteca é uma promessa renovada todos os dias. Um testemunho comovente sobre colaboração, transmissão, afetos e resiliência.

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Entre fronteiras e palavras: a biblioteca como guardiã de histórias

por Isabel Robalo, Professora Bibliotecária do AE de Almeida

Palavras com fronteira, raízes com futuro

Entre a Raia Beirã e a Fortaleza de Almeida, uma biblioteca escolar semeia, recolhe e partilha histórias. Este é o testemunho de quem trabalha com paixão entre serras, livros e pessoas — onde cada projeto nasce do território e cresce com a memória, os afetos e a esperança. Das palavras bordadas em aventais às histórias guardadas em podcasts, das rodas de leitura à “Parábola do Semeador”, tudo ecoa o compromisso com o bem comum e com uma escola onde os livros estão sempre prontos a partir… com todos, todos, todos.

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A matemática tem grandes conversas com a literatura

por Cristina Lima, Professora bibliotecária, AE D. Afonso Sanches, Vila do Conde

Quando a matemática conversa com a literatura

Este é o testemunho de quem descobriu que o rigor da matemática e a sensibilidade da literatura habitam os mesmos corredores do pensamento — e que, numa biblioteca, podem finalmente sentar-se à mesma mesa. Entre equações e metáforas, leituras e aprendizagens, construiu-se um espaço onde cada ser humano é único e acolhido como é. Um lugar onde até as tristezas acabam por sorrir. Este testemunho recorda o valor da liberdade de pensar, de ler, de aprender… e de escutar o silêncio que diz: “estás a fazer um trabalho bonito”.

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É fácil? Nem sempre! Mas compensa.

Isabel Gomes Ferreira, professora bibliotecária, ES da Boa Nova, Leça da Palmeira

Bibliotecas em rede, escolas com futuro

Inspirado pelas palavras de Irene Vallejo, este testemunho transporta-nos de Alexandria para Leça da Palmeira, onde uma professora bibliotecária reflete sobre o papel das bibliotecas escolares na construção de uma escola mais humana, crítica e colaborativa, preparada para os desafios e incertezas do século XXI. Entre a paixão pelos livros e o compromisso com a mudança, afirma-se a biblioteca como espaço de partilha, de ação e de futuro, onde se constroem pontes, se cruzam saberes e se desperta o desejo de transformar o mundo.

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Com livros, cabelos ruivos e histórias para contar

por Anabela Correia dos Santos Penas, professora bibliotecária do AE de Valpaços

Costurar mudanças com livros e afetos

Neste testemunho, acompanhamos o percurso de quem fez da biblioteca uma extensão do coração: entre escolas, caixas de livros, estantes esquecidas e sorrisos tímidos de leitores iniciantes, foi tecendo um trabalho persistente, sensível e marcante. Cada espaço ganhou alma, cada história contou, cada gesto acolheu. Com dúvidas naturais e uma força interior que nunca esmoreceu, foi-se construindo uma biblioteca viva, feita de escuta, dedicação e presença. Um texto comovente sobre o poder de recomeçar, o valor das relações e a certeza de que uma biblioteca com alma transforma vidas.

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Este trabalho está licenciado sob licença: CC BY-NC-SA 4.0