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Ler Melhor, Ler com Gosto

Ao longo do ano letivo 2024 -2025, publicamos um conjunto de textos focados num dos desafios mais persistentes das políticas educativas e das bibliotecas: ensinar a ler, promover o gosto pela leitura e criar condições para que os alunos leiam com prazer, regularidade e compreensãoLer Melhor, Ler com Gosto

Reunimos neste dossier uma seleção de artigos que partilham práticas pedagógicas eficazes, fundamentadas na investigação e centradas nos alunos, com propostas que valorizam a leitura como atividade ativa, significativa e social.

Da leitura ativa no ensino secundário ao trabalho com alunos multilíngues, da leitura repetida como ferramenta de empoderamento à exploração de metodologias ativas em sala de aula, estes textos revelam estratégias diversificadas que geram envolvimento e progresso real.

São contributos que ajudam a pensar como se pode fazer da leitura uma prática transformadora, capaz de capacitar os alunos, dar sentido ao currículo e reforçar o papel da escola na formação de leitores críticos, autónomos e motivados.

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O Direito Universal à Leitura
Seg | 28.04.25

Reconhecido em documentos internacionais como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e o Tratado de Marraquexe, o direito à leitura implica muito mais do que o acesso físico aos livros: é o acesso à informação, à cultura, à imaginação, à cidadania e à liberdade. O Direito Universal à Leitura, reflete-se sobre o papel das bibliotecas — especialmente as escolares — na concretização deste desígnio, identificando os enquadramentos legais, os compromissos internacionais e os instrumentos práticos que visam combater a “fome de livros”.

Numa sociedade que se pretende inclusiva e democrática, garantir formatos acessíveis, recursos diversificados e bibliotecas preparadas para todos os leitores não é uma opção: é uma exigência de justiça, dignidade e equidade.

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Ensinar competências de leitura ativa aos alunos do ensino secundário
Seg | 07.10.24

A leitura no ensino secundário é muitas vezes encarada como um dado adquirido. Contudo, como lembra Sunaina Sharma, professora e investigadora, muitos alunos continuam a dizer "não sou bom leitor", revelando que o domínio técnico da leitura nem sempre se traduz em competência real para ler com profundidade, compreender, refletir e participar.

Neste artigo, traduzido da Edutopia, Sharma partilha práticas pedagógicas concretas para desenvolver a leitura ativa em sala de aula, envolvendo os alunos antes, durante e depois da leitura, através de estratégias colaborativas, mapeamento de pensamento e acompanhamento próximo dos leitores com dificuldades. Este texto oferece pistas relevantes e acessíveis para docentes de todas as áreas, defendendo uma ideia simples e poderosa: ler bem é uma competência que se ensina e que transforma.

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Como ir além de encontrar a ideia principal nas aulas de Línguas e Literatura
Seg | 04.11.24

Ensinar a ler vai muito além de treinar os alunos para localizar a ideia principal.
Neste artigo publicado na Edutopia e traduzido pela Rede de Bibliotecas Escolares, o escritor e educador Andrew Boryga apresenta uma síntese prática e atualizada de estratégias que promovem uma leitura mais profunda, crítica e envolvente nas aulas de Línguas e Literatura.

Com base em estudos recentes e práticas pedagógicas diversificadas, o texto propõe abordagens que valorizam o conhecimento prévio, a análise textual, o diálogo entre pares, o uso de anotações, o pensamento visual e a escrita como ferramentas para compreender e interpretar textos exigentes. Trata-se de um convite claro aos professores para cultivarem salas de aula que desenvolvem leitores atentos, curiosos e ativos, capazes de pensar com e através dos textos.

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Empoderar os alunos com a leitura repetida
Seg | 09.12.24

Ensinar a ler implica repetir, com sentido, intenção e acompanhamento.
Neste artigo publicado na Edutopia e agora traduzido pela Rede de Bibliotecas Escolares, a formadora e coordenadora de literacia Kathy Collier partilha estratégias práticas para implementar a leitura repetida com alunos do ensino básico, mostrando como esta pode aumentar a fluência, a confiança e a autonomia leitora.

Mais do que uma técnica para melhorar a velocidade, a leitura repetida é aqui apresentada como uma ferramenta de empoderamento, quando acompanhada de feedback ajustado, autorreflexão, metas pessoais e registo visual de progresso. Ao devolver aos alunos o controlo sobre o seu próprio desenvolvimento, esta abordagem torna visível a aprendizagem e reforça uma visão da leitura como competência essencial para o crescimento e para a liberdade.

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Ajudar os alunos a desenvolver o gosto pela leitura
Seg | 13.01.25

Fomentar o gosto pela leitura implica escutar os alunos, as suas histórias e os seus mundos. Neste artigo da Edutopia, a professora Sarah Wysocki partilha práticas centradas na comunidade, na oralidade e na relevância cultural, especialmente eficazes com alunos que estão a aprender uma nova língua e provêm de culturas marcadas por tradições de narração oral.

A leitura transforma-se numa atividade partilhada e afetiva, onde ler em voz alta, contar histórias pessoais e estabelecer ligações com a própria experiência de vida são caminhos para desenvolver uma relação mais autêntica e duradoura com os livros.

Mais do que encontrar “o livro certo”, trata-se de criar um ambiente acolhedor, culturalmente sensível e emocionalmente seguro, onde os alunos sentem que as histórias também lhes pertencem e que ler pode ser uma forma de afirmação, pertença e descoberta.

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Promoção da leitura: metodologias ativas e práticas
Qua | 29.01.25

Ler bem exige prática, regularidade e envolvimento ativo dos alunos. Neste artigo, sublinha-se que a promoção da leitura não pode assentar apenas em recomendações ou discursos motivacionais: exige experiências concretas, intencionais e significativas, integradas no quotidiano escolar.

O texto apresenta um conjunto de metodologias ativas que colocam os alunos no centro do processo: círculos de leitura, dramatizações, clubes, produção criativa, gamificação ou debates são exemplos de práticas que tornam a leitura mais próxima, relevante e envolvente. Ao fazê-lo, não só se desenvolve a competência leitora, como se cultiva o gosto de ler ao longo da vida.

Trata-se de um contributo útil para todos os que procuram tornar a leitura numa atividade viva, partilhada e significativa, em qualquer ciclo de ensino.