O desafio curricular atual, por força do decreto nº 55/2018, convocou, desde o primeiro momento, a Rede de Bibliotecas Escolares para o desafio de acompanhamento e monitorização de práticas realizadas pelas bibliotecas no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular.
Dado que as Bibliotecas Escolares integram espaços multifuncionais com vista à flexibilização e ao reforço das áreas de criação de conhecimento e de trabalho em equipa, apresentam-se como uma mais-valia ao serviço da escola. Para além disso, os serviços pedagógicos que desenvolvem:
- privilegiam o trabalho colaborativo entre docentes;
- promovem a diversidade de estilos de aprendizagem, reforçando a sua natureza transdisciplinar;
- preconizam uma articulação horizontal do currículo;
- dão acesso a uma vasta gama de recursos educativos de qualidade (analógicos e digitais), fomentando o uso das TIC;
- organizam e gerem de modo flexível espaços de aprendizagem (makerspaces);
- dinamizam práticas educativas diversificadas e originais, acessíveis a todos (inclusão) e suportadas por informação íntegra e fidedigna;
- educam para um conjunto de valores e de atitudes considerados indispensáveis ao exercício da cidadania;
- criam ambientes potenciadores da curiosidade intelectual (arte, multiculturalidade, STEAM…);
- fomentam uma utilização crítica de diversas fontes, através de atividades de pesquisa, avaliação, reflexão e mobilização crítica e autónoma da informação;
- contribuem para o desenvolvimento das competências previstas no Perfil do Aluno à saída da Escolaridade Obrigatória.
Todos os aspetos mencionados são coincidentes com as linhas orientadoras da Autonomia e Flexibilidade Curricular e permitem-nos perceber a importância que o referencial Aprender com a Biblioteca Escolar poderá desempenhar na implementação desse processo.
Atendendo ao trabalho desenvolvido pelas Bibliotecas Escolares do Algarve, neste âmbito, a equipa regional da Autonomia e Flexibilidade Curricular contactou as Coordenadoras Interconcelhias no sentido de organizarem em parceria um encontro de rede dedicado ao tema Bibliotecas Escolares e a Articulação interdisciplinar. Para essa sessão, realizada a 23 de março de 2022, a distância, foram convidadas todas as escolas do Algarve e respetivas lideranças, tendo sido destacadas as seguintes práticas de referência:
O projeto interdisciplinar «Navegar com a Biblioteca Escolar», no âmbito da comemoração do V centenário da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães, foi promovido pela Biblioteca Escolar em articulação com as disciplinas de Português, Físico- química e Cidadania e Desenvolvimento.
Foi planificado com base no Referencial Aprender com a Biblioteca Escolar (Literacias da Leitura e da Informação). Na sua operacionalização foram explorados tutorias, e realizadas atividades de leitura, produção escrita, literacia da informação (pesquisa e tratamento da informação) e produção de vídeos, com recurso a ferramentas digitais. https://view.genial.ly/5ede59450be7890d8715b452/guide-projeto-navegar-com-a-biblioteca-escolar
O Three4climate é um projeto que tem como objetivo desenvolver atividades por forma a sensibilizar a comunidade educativa para as questões climáticas e para as possibilidades de um futuro com carbono zero.
Trata-se de um projeto internacional, articulado com os Ministérios da Educação e do Ambiente, durante a presidência tripartida europeia (Alemanha, Portugal e Eslovénia).
- Monchique – AE de Monchique – Escola EB Manuel do Nascimento- Ler+ com História e Expressão
O projeto “Ler com História e Expressão”, desenvolvido nos últimos anos letivos, centrou-se na leitura e análise de obras associadas à temática do Holocausto. Tratou-se de um projeto interdisciplinar que envolveu alunos do 9º ano, contou com a participação das disciplinas de Educação Visual, História e Português, em articulação com a biblioteca escolar, e teve como parceiro externo o “Jornal de Monchique”.
Com o objetivo de levar os alunos à apropriação da funções da linguagem escrita e de motivá-los para a construção de textos, a partir das leituras realizadas, foram produzidos trabalhos individuais que foram divulgados no blog da Biblioteca e no “Jornal de Monchique” (cartas, recensões críticas, textos de opinião, resenhas históricas,etc.). Para além de incentivar nos alunos o prazer de ler e desenvolver a expressão escrita, procurou-se igualmente sensibilizá-los, através do estudo do nazismo, para temas tão delicados e atuais como o racismo, a xenofobia e a violência entre povos. https://bityli.com/qdxRdT
Para além desta sessão, as Coordenadoras Interconcelhias do Algarve desenvolveram, nos últimos anos, várias iniciativas, entre as quais Ações de formação de Curta Duração (ACD) em vários concelhos, para enquadramento da temática, apoio no terreno à implementação de projetos interdisciplinares e outros, recolha de boas práticas e articulação com as embaixadoras da Autonomia e Flexibilidade Curricular nos Centros de Formação de Associações de Escolas.
“Maleta Pedagógica”, concebida pelos professores bibliotecários dos Agrupamentos de Escolas do concelho de Cantanhede, integra já 13 agregadores de recursos concetuais e digitais, constituindo uma das ações dos Planos de Ação do Desenvolvimento Digital dos respetivos Agrupamentos de Escolas.
Divididas em duas categorias, as maletas ora partem de conceitos de base, tais como “recursos educativos abertos”, “aprendizagem colaborativa”, “avaliação para as aprendizagens”, “gamificação”, entre outros, ora apresentam conceitos associados a metodologias centradas nos alunos, nomeadamente, a aprendizagem com base no questionamento, em projetos, em problemas, em fenómenos, em desafios.
Cada Maleta, organizada em torno de um conceito central, que, por sua vez, contrasta com outros, apresenta sugestões para a ação do professor, alicerçadas nas áreas de competências do Perfil dos Alunos à saída da Escolaridade Obrigatória e do DigCompEdu , o Quadro Europeu de Competência Digital para Educadores. A partir de um enquadramento pedagógico, facilita-se, deste modo, o acesso a recursos digitais, muitas vezes dispersos e sem contexto e promove-se o envolvimento ativo dos alunos.
O acesso a cada uma das Maletas, em permanente atualização, é efetuado através do sítio Aprendiz de Investigador , no separador Sala de Aula, no qual estão alocados recursos especificamente dirigidos aos professores.
Criado pelos professores bibliotecários dos Agrupamentos de Escolas do concelho de Cantanhede, o “Aprendiz de Investigador” é um dos rostos visíveis do projeto “Literacias na escola: formar os parceiros da biblioteca”, em implementação desde 2012 e apoiado, de 2015 a 2017, pela Rede de Bibliotecas Escolares como “Ideias com Mérito”.
Neste momento, estão disponíveis as seguintes Maletas:
Se está a (re)equacionar o sítio da sua biblioteca, uma das questões a que não pode ficar alheio é o modo como a escrita se vai concretizar. Neste artigo damos-lhe alguns conselhos que o poderão ajudar a tornar as suas produções textuais mais próximas dos seus utilizadores.
1. Extensão
Faça textos curtos. Dependendo dos objetivos e do público que pretendem atingir, os textos devem encontrar-se entre 500 e 2000 palavras. Se o assunto que pretender tratar for extenso, divida-o em mais do que um texto.
Uma regra interessante que pode ajudar a estruturar o texto é distribuir o conteúdo da seguinte forma: 1/5 para a introdução, 3/5 para o desenvolvimento e 1/3 para a conclusão.
Seja conciso: elimine redundâncias, repetições e palavras inúteis. Não faça perder tempo ao leitor.
2. Hierarquização
Siga a técnica da pirâmide invertida. Mostre imediatamente o mais importante e depois acrescente pormenores. Não se esqueça de selecionar aquilo que é verdadeiramente importante para que o leitor retenha a mensagem principal do que pretende transmitir.
Certifique-se de que os parágrafos se encontram organizados e de que as informações que vai apresentando estão ligadas entre si de forma coerente. Frases que anunciam o que virá a seguir são muito bem aceites.
3. Objetividade
Escreva de forma concreta e precisa. Escolha palavras fortes, informativas e concretas. Evite palavras abstratas.
Recorra sistematicamente ao dicionário para encontrar a palavra mais adequada à ideia que pretende transmitir e eliminar as repetições que surgem inevitavelmente enquanto elaboramos o texto.
Preste atenção à correção ortográfica. Embora por norma seja possível editar o texto após publicação é muito desagradável encontrar erros (sintáticos, ortográficos…) depois de o texto já estar em-linha. Nunca se esqueça da revisão.
Evite siglas e palavras técnicas. Muitas vezes os leitores desconhecem o seu significado e acaba por provocar ruído. Por exemplo, no contexto de bibliotecas, é frequente usar-se BE, PB, MABE, serviço de referência, literacia da informação… Será que esse código faz sentido para os seus leitores?
4. Simplicidade
Faça parágrafos curtos e evite frases subordinadas. Não se esqueça de que, hoje, muito acesso se faz via telemóvel e, por isso, os ecrãs não suportam muito texto.
Use frases simples, por norma só com sujeito, verbo e complemento. Esse tipo de frases permite ler rapidamente sem comprometer a compreensão e retenção de informações. Evite o gerúndio e a voz passiva.
5. Títulos
Use títulos precisos, informativos e longos, que incluam as palavras-chave do artigo, para que a pesquisa localize essas palavras e o seu artigo seja recuperado
Use intertítulos para dividir blocos de textos com subtemas. Aplique também nesses intertítulos, palavras-chave ou sinónimos.
Utilize ainda o negrito para evidenciar algumas ideias do seu texto e para levar o leitor a encontrar facilmente o que procura quando faz skimming (varredura do texto). Não é aconselhável usar sublinhados, pois o resultado pode confundir-se com as hiperligações.
6. Listas
Aproveite todas as oportunidades para apresentar listas em vez de texto corrido. No conjunto do texto, as listas destacam-se, sugerindo um conteúdo por tópicos, de mais fácil leitura.
7. Hipertextualidade
Na internet, a transmissão da mensagem não se faz apenas através das palavras. O uso de hiperligações é bastante recomendado, pois permite facilitar a compreensão da mensagem, adicionando informação sobre o assunto: imagens, vídeos ou mais texto.
Pode usar essas hiperligações para remeter o leitor para algum complemento de leitura, dentro do seu sítio ou blogue, que aprofunde ou complemente a informação do texto que está a elaborar.
Seja criterioso na forma como as hiperligações estão construídas, ponderando sempre se devem abrir na mesma janela (perdendo-se o texto onde o leitor se encontra) ou em nova janela (mantendo aberto o texto original).
8. Mancha gráfica
Intercale o seu texto com espaço em branco que contribua para organizar a mancha gráfica sem que o texto resulte demasiado denso, o que não convida à leitura.
Se adequado, intercale com imagens, gráficos e elementos multimédia (sem esquecer as legendas).
9. Proximidade
No ambiente web, as interações assumem grande relevo. Por essa razão, pode ser interessante criar ligações com o leitor, quer recorrendo a expressões que se sabe fazerem parte do seu contexto, quer através de perguntas. As perguntas são uma ferramenta interessante para criar uma ligação entre o leitor e o conteúdo.
A comunicação deve acontecer de forma amigável. Ao escrevermos, podemos imaginar que estamos a conversar com o nosso leitor e que ele é um amigo. Leia o seu texto em voz alta para perceber se o estilo de conversação se adequa à ideia que pretende transmitir.
10. Fontes e referências
Nunca caia na tentação do plágio. Com tantas informações disponíveis na internet, torna-se essencial revelar as fontes de que se serviu para elaborar o seu texto. A indicação das fontes da informação que transmite contribui também para dar credibilidade ao que pretende transmitir.
Em resumo
Criar uma comunicação clara com aqueles a quem nos dirigimos é um dos maiores desafios para a presença digital, seja no nosso canal principal, seja nas redes sociais. É todo um processo, cuja aprendizagem se faz com avanços e recuos.
Com este artigo, contribuímos certamente para apoiar o processo de escrita para a web, para que os utilizadores das bibliotecas possam tirar das suas publicações o máximo de informação, da forma mais económica possível.
O caminho curto e sinuoso até 2030: medindo a distância até aos objetivos dos ODS [1] é um relatório do Centro de Bem-estar, Inclusão, Sustentabilidade e Igualdade de Oportunidades da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) que visa avaliar o progresso dos 38 países membros relativamente ao alcance, até 2030, dos ODS.
Pretende ajudar a implementar a Agenda 2030 [2], plano de ação ambicioso que se organiza em 5 eixos, os 5 P’s (Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parcerias), 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas, indivisíveis e universalmente aplicáveis.
As principais perguntas que orientam o relatório são:
- Até que ponto os países da OCDE conseguirão alcançar os ODS?
- Quais foram os efeitos da pandemia Covid-19 no progresso dos países?
- Quais são as suas lacunas de informação?
O relatório conclui que os países da OCDE estão longe de alcançar, até 2030, os ODS porque apenas alcançaram, ou estão perto de alcançar, 25% das metas para as quais há indicadores de desempenho.
Os objetivos alcançados - ou perto de o serem - correspondem a necessidades básicas:
- Erradicação da fome severa;
- Acesso a saneamento, água potável e energia;
- Redução da mortalidade materna e infantil;
- Acesso à educação infantil e a instalações educativas modernas;
- Reconhecimento da identidade jurídica a todos os cidadãos.
Em contrapartida, poucos países “serão capazes de prevenir totalmente a exclusão social [ODS 10] ou reduzir a desnutrição” (ODS 2) e, ao nível da igualdade de género (ODS 5), ação climática (ODS 13) e redução das desigualdades económicas (ODS 10), nenhuma meta em nenhum país da OCDE está perto de ser alcançada.
A OCDE considera que o progresso dos ODS tem sido "seriamente dificultado" pela pandemia que desencadeou a recessão mais severa (e mais curta) desde a Segunda Guerra Mundial, aumentando fraquezas estruturais dos países, designadamente na saúde e educação, colocando fontes de financiamento público sob pressão e perturbando o funcionamento das instituições. No entanto, a pandemia também teve "alguns desenvolvimentos positivos", como a redução temporária de emissões poluentes e programas de recuperação que favorecem a oportunidade de “reconstruir melhor”.
Além da pandemia, grandes incêndios florestais, desastres climáticos mais violentos e frequentes provocaram milhares de mortes e destruíram propriedades, agravando o setor económico e bem-estar das populações.
O relatório considera ainda que há muitos pontos cegos na compreensão do progresso no desempenho dos países e que estes devem informar com mais precisão, pois mesmo para as 136 das 169 metas para as quais há dados, verificam-se lacunas de informação. E adverte: “se a estrutura de relatórios dos ODS estiver incompleta ou desatualizada, ou não representar todos os segmentos da população, qualquer inferência sobre eficiência das políticas corre o risco de falhar”.
O relatório sugere a adoção de instrumentos globais de monitorização e avaliação, como o Sistema de Contabilidade Económica Ambiental (SEEA) que mede as ligações entre economia, ambiente e bem-estar social, procurando perceber o que é que os diversos setores - agricultura, florestas, pesca… - extraem do ambiente, como é que esses produtos são usados na economia e que serviços oferecem e como regressam ao ambiente sob a forma de emissões e resíduos.
O relatório lança ainda, à comunidade internacional, o desafio de começar a trabalhar numa nova estrutura para ação política global, diferente da Agenda 2030 e capaz de corrigir as suas vulnerabilidades.
Esta técnica foi apresentada por Andrew Walsh [1] na rede social Library Instruction e pode ser interessante para trabalhar de forma ativa, criativa e lúdica a literacia de informação.
Já há muito tempo que Andrew Walsh utiliza a colagem com objetivos pedagógicos; faz parte de todo um conjunto de coisas correlacionadas que costuma fazer e que envolvem pedir aos alunos para criarem qualquer coisa e depois falarem sobre aquilo que criaram; é uma forma de usar o jogo, a criatividade, a metáfora... uma abordagem que também pode funcionar bastante bem online.
Todos aqueles que referem esta técnica parecem usá-la de forma ligeiramente diferente, por isso decidiu partilhar os seus princípios básicos na abordagem deste método.
Em primeiro lugar, pega em folhas A3, cola, tesoura e um conjunto de revistas antigas.
Começa por desafiar a turma com uma pergunta relacionada com qualquer assunto sobre o qual pretenda que os alunos reflitam ou pesquisem informação ou sobre qualquer problema que possam ter de resolver.
Em seguida, individualmente, os alunos têm de encontrar imagens e colá-las numa folha para responder a essa pergunta. Têm de começar a cortar e colar o mais depressa possível (quanto mais tempo pensam sem "fazer", pior é o resultado). Normalmente é definido um tempo para conclusão (muitas vezes 10 minutos), mas também é necessário ser flexível, de modo a ter em conta as características da turma.
Quando acabam a colagem, cada aluno tem então de a explicar a outra pessoa - é realmente muito importante que esta fase aconteça logo a seguir à fase da criação. Nunca se deve pedir, Agora explique a sua pergunta de pesquisa, mas antes, Explique a sua colagem. Não importa se a explicação é para uma outra pessoa, ou para o resto da turma com quem estão sentados, ou para um ser imaginário sentado ao fundo da sala... é muito importante que terminem a parte de criação do exercício com alguma reflexão, alguma construção narrativa, sobre o que acabaram de fazer. Este momento desencadeia a transformação de alguns pensamentos imprecisos, que poderiam ter sido apenas meio pensados à medida que selecionavam uma imagem, em algo mais concreto e significativo.
Muitas vezes, o próprio professor pode colocar algumas perguntas que, de algum modo, permitem dar um feedback à turma, para que aqueles que ouviram a explicação da colagem possam acrescentar-lhe algumas palavras ou ideias como retorno àquele que a criou.
Geralmente, esta técnica suscita algumas ideias interessantes, pois ajuda os alunos a pensarem num problema de uma forma que normalmente não fariam, bem como a expressarem-se com menos receios e inseguranças, obtendo-se com frequência uma maior profundidade na reflexão e na resolução de problemas.
Para algumas pessoas a técnica também funciona bem online e sugerem opções como o Padlet, ou colar coisas em PowerPoint e depois partilhá-las online, remetendo normalmente os alunos para um repositório de imagens, fazendo-o equivaler a uma pilha de revistas... Para Andrew Walsh, essa transposição faz perder muitos dos benefícios desta abordagem, pois os alunos acabam por ter em conta as palavras que descrevem as imagens que vão encontrando e a procura de uma "boa" imagem torna-se a força dominante no exercício. Muito do objetivo desta abordagem é encontrar inesperadamente imagens significativas a partir de uma fonte restrita, com isso ajudando-se os alunos a pensarem em coisas que de outra forma não teriam feito...
Em vez disso, Andrew Walsh propõe uma alternativa que usa ideias muito similares e que parece funcionar bem quando transposta para um ambiente online:
Em vez de cortar e colar imagens, uma versão diferente desta técnica consiste em levar para a aula uma quantidade de objetos bastante aleatórios (penas, dados, balões, cartões… apenas tem de ser uma quantidade de objetos muito diferentes). Depois dá-se a todos um saco de papel e faz-se uma pergunta semelhante à da colagem, mas em vez de pedir Crie uma colagem representando x, pede-se Encontre 5 objetos que representam x e coloque-os no seu saco de papel. Depois, na parte de partilha da sessão, o aluno retira os objetos do saco, um de cada vez, e explica porque foram escolhidos. Esta opção também dá alguns resultados bastante ricos.
Ao transferir essa ideia para um ambiente online, pode dizer-se Tem 2 minutos para encontrar 3 objetos que representam x e normalmente funciona muito bem - a limitação de encontrar objetos rapidamente funciona de forma semelhante à limitação de ter apenas um pequeno número de revistas para cortar no exercício de colagem.
Os alunos podem então partilhar os seus objetos no chat, ou usando áudio/ num grupo maior ou mais pequeno e é possível obter o mesmo tipo de discussões que surgem de exercícios do tipo colagem.
Uma hipótese interessante que Andrew Walsh pondera é usar a técnica em contexto de formação: Tem dois minutos para encontrar um objeto que resuma que tipo de professor é - afixar no chat o que encontrou e porque o escolheu. Pode ser um bom exercício lúdico que leve a pensar. Já pensou?
Nota:
Andrew Wash faz ainda notar que James Soderman na conferência LILAC também falou sobre colagem: Visualise it! - Extra material
Referências
1. Andrew Walsh trabalha uma biblioteca universitária do Reino Unido e é formador e conferencista sobre literacia da informação, aprendizagem lúdica, aprendizagem ativa, criatividade no ensino (principalmente em bibliotecas). Segundo o próprio, está verdadeiramente interessado em ajudar qualquer pessoa que trabalhe em bibliotecas a melhorar suas competências de ensino e a refletir e desenvolver suas pedagogias pessoais. Partilha o seu conhecimento com grande generosidade e disponibilidade.
A formação dos assistentes de bibliotecas tem sido uma preocupação constante na região algarvia. A escassez de recursos humanos com formação específica na área da biblioteconomia e a necessidade de uma atualização contínua de conhecimentos em áreas emergentes levaram a que BIBAL ( Rede Intermunicipal das Bibliotecas do Algarve) apresentasse ao Centro de Emprego e Formação Profissional do Barlavento as seguintes propostas de formação, destinadas a assistentes de bibliotecas públicas e escolares:
1. Marketing digital (setembro de 2021, online), com os seguintes objetivos:
- Avaliar os impactos e os efeitos do advento da nova economia, as transações comerciais a partir de ambientes virtuais;
- Identificar as ferramentas do e-marketing e do e-commerce;
- Aplicar as ferramentas de gestão da informação e da comunicação, criando uma relação de interatividade, centrada nas necessidades dos consumidores.
2. Técnico de Informação, Documentação e Comunicação
Curso de formação que terá um total de 1150 horas e que confere, para além das competências em biblioteconomia, a certificação profissional – nível 4, a realizar em breve.
Esta iniciativa poderá envolver um total de 90 participantes e 1200 horas de formação.
Atendendo à conjuntura de mudança da sociedade atual e, consequentemente, às exigências do perfil de competências e do mercado de trabalho dos profissionais de bibliotecas, torna-se imprescindível apostar no seu desenvolvimento profissional contínuo (DPC).
Em suma, esta iniciativa sustenta-se numa ideia de mudança, de diversificação de atividades e de valorização destes recursos humanos, com foco na qualidade do trabalho, numa maior consciência profissional, dando resposta às necessidades identificadas. Assim, espera-se não só manter os atuais assistentes afetos às bibliotecas, como estimular a inclusão de novos profissionais nesta área.
Testemunhos de Assistentes de Bibliotecas Escolares:
Existe a perceção errada de que tudo o que se encontra na Internet é grátis, mas, na realidade, sempre que alguém publica uma fotografia, imagem ou ilustração, os direitos são do respetivo autor e os recursos apenas poderão ser utilizados com o consentimento do próprio.
Para usar imagens deve-se sempre:
verificar se o autor indicou as condições de uso e manipulação, que se podem encontrar nos metadados do recurso ou na licença Creative Commons caso tenha;
indicar quem é o autor do conteúdo, incluindo a ligação para a sua página Web, ou conforme indicado pelo autor.
Caso não seja possível determinar quem é o autor, deve colocar-se a indicação de “autor desconhecido” e a ligação a partir da qual é possível aceder ao recurso. Se, posteriormente, se identificar comprovadamente o autor da obra, deve substituir-se a indicação “autor desconhecido” pelo nome do autor ou mesmo retirar a imagem, caso o seu uso não seja autorizado.
No Portal RBE, Biblioteca Escolar Digital, estão elencados alguns bancos de imagens a partir dos quais é possível descarregar imagens, a utilizar sempre de acordo com a licença indicada.
2 – Metadados
É necessário prestar atenção aos metadados (dados sobre dados) pois podem divulgar informação que não se pretende que fique pública.
Quando relacionados com imagens, os metadados revelam dados como a data e local onde foi tirada uma fotografia ou criado uma ilustração, máquina ou software utilizado e outros. Permitem catalogar e organizar de forma automatizada e são utilizados pelos motores de busca quando faz pesquisa. Também são utilizados no combate à pirataria ou uso indevido de imagens. Frequentemente, é nos metadados que encontramos o nome do autor e a utilização que podemos fazer da imagem.
Deve sempre verificar-se os metadados e, no caso de a imagem ser própria, alterá-los nas propriedades da imagem, limpando o que não se pretende tornar público.
3 - Alt text
Ao publicar imagens na Web deve-se ter em conta os fatores de acessibilidade e de pesquisabilidade. Os utilizadores cegos, ou com deficiência visual, utilizam leitores que são incapazes de “ler” e/ou “descrever” uma imagem. O mesmo sucede com os motores de pesquisa. Perante este cenário, devemos, sempre que possível, escrever a descrição da imagem no campo correspondente ao “alt text” ou “texto alternativo”. O alt text é a descrição dos elementos visuais de uma imagem e do seu contexto, portanto deve:
descrever a imagem de modo simples e sucinto;
contextualizar a imagem para que possa ser devidamente indexada pelos motores de busca;
incluir palavras-chave, mas sem excessos.
A maior parte das plataformas de publicação de sítios Web tem disponível o campo de “alt text”.
4 - Formato
As imagens podem ser divididas em duas categorias:
píxeis/ bitmap
vetorial.
A primeira categoria refere-se a imagens compostas por píxeis. Estas podem ser comprimidas ou não, com perda ou não de resolução. Para publicar na Web deve-se utilizar imagens com boa resolução num tamanho reduzido de modo que carregue rapidamente e tenha qualidade. Os formatos mais utilizados são:
.jpg – compressão com perda de resolução;
.png – compressão sem perda de resolução e que permite utilização de transparências como remoção de fundo.
Atualmente, o formato mais recomendado para publicação na Web sem perda de qualidade é o WebP (.webp). Trata-se de um formato de imagem desenvolvido pela Google Inc que permite:
diminuir o tamanho dos arquivos, em cerca de 25% a 45% do que um formato .jpg;
utilizar transparências à semelhança do formato .png.
Contudo, algumas plataformas ainda não suportam este formato.
As imagens vetorial são mais utilizadas para utilização em materiais destinados a serem impressos.
5 - Resolução
A resolução de uma imagem é o elemento que mede a sua definição, que pode ser denominada por:
PPI: Píxeis por polegada (Pixels Per Inch – em monitores e telas);
DPI: Pontos por polegada (Dots Per Inch – em impressão).
Isto significa que quanto maior PPI (ou DPI), maior será a quantidade de píxeis num quadrado de 1x1 polegada (corresponde a um quadrado de 2,54x2,54 cm). Ao publicar-se uma imagem, deve ter-se em consideração que cada plataforma tem a sua própria dimensão de imagem ideal, pelo que, ao criar-se uma imagem para Instagram, Facebook ou outras plataformas dever-se-á primeiro redimensionar a imagem para as dimensões recomendadas pela plataforma. Por exemplo no Instagram as medidas são: - publicação no feed - 1080 por 1080 píxeis (72 dpi) ou 1080 x 1350 píxeis (72 dpi) - publicação nas stories – 1080 x 1920 píxeis (72 dpi)
Caso se esteja a trabalhar com uma imagem com resolução inferior à necessária, deve utilizar-se outra. Nunca se deve ampliar uma imagem acima do tamanho que tem originalmente para lhe aumentar a dimensão, pois perde qualidade, ou seja, fica desfocada e/ou “pixelizada” (com blocos de quadrados, em vez de linhas definidas e cores homogéneas).
6 – Redimensionamento
Redimensionar imagens é aumentar ou diminuir o tamanho físico de uma imagem alterando a sua largura, altura ou apenas o número de píxeis que a compõe sem perder resolução. A imagem poderá ser reduzida; nesse caso, é fundamental manter a proporção; caso contrário, apresentar-se-á deformada. Poderá também ser cortada, ação que permite não manter a proporcionalidade, permitindo adaptá-la à dimensão necessária.
Para redimensionar uma imagem deverá utilizar-se um software de edição de imagem, por exemplo, um softwareopen source de edição de imagem como o Gimp. Para redimensionar corretamente a imagem, basta seguir o respetivo tutorial.
7 - Logótipos
Os logótipos são a representação gráfica da identidade de um projeto, instituição ou empresa. Cada um obedece a um conjunto de normas que regulam a sua utilização e aplicação em diferentes suportes e materiais. Desta forma, ao aplicar um logótipo deve absolutamente evitar-se a sua deformação ou ilegibilidade devendo sempre manter a proporção do mesmo e as cores originais. Cada logótipo tem o seu próprio manual de normas gráficas onde se poderá consultar a forma correta da sua aplicação. Deverá utilizar-se sempre os materiais autorizados e seguir as suas normas de utilização.
Poetry slam é uma competição em que poetas leem ou recitam um trabalho original. Estas performances são, em seguida, julgadas por membros selecionados da plateia ou então por uma comissão de jurados. [1]
De forma a preparar-se para a competição “Poetry Slam”, a turma do 7.º BC da EB Gaspar Campello contou com várias sessões preparatórias na biblioteca da escola, numa estreita articulação entre a professora bibliotecária e a professora de português da turma. A turma contou ainda com o apoio de elementos da empresa Emerge - Associação Cultural Para A Promoção De Arte Contemporânea sediada em Torres Vedras.
A competição final decorreu, no dia 4 de abril, no Centro de Cultura e Animação de Campelos, onde várias turmas da escola estiveram presentes enquanto público e elementos do júri.
As etapas desta competição foram as seguintes:
- 1.ª sessão, na biblioteca, para contextualização, brainstormig sobre o tema a explorar poeticamente e escrita dos respetivos textos a apresentar em competição;
- 2.ª sessão, na biblioteca, para a preparação da leitura em voz alta dos poemas escritos por cada aluno (ou dupla);
- 3.ª sessão, no auditório onde decorreu a competição entre os alunos concorrentes, fazendo a leitura e a apresentação pública dos poemas e votação por parte do público presente.
Na Escola Padre Vítor Melícias, do mesmo agrupamento, a turma do 5.ºC também desenvolveu o projeto "Poetry Slam" ao longo de duas sessões e fez a apresentação final no dia 5 de abril, com a assistência das turmas do 3.º, 4.º ano e do 5.ºA.
Esta atividade resultou de uma parceria com a Associação Emerge e a Portugal Slam, no âmbito do Projeto Cultural de Escola/Agrupamento.
A promoção da leitura e o desenvolvimento da expressão e compreensão escrita e oral são objetivos do concurso Ser Leitor é COOL.
É organizado, nas diferentes fases, pelos professores das turmas envolvidas, pelos professores bibliotecários do grupo interconcelhio da Rede de Bibliotecas Escolares de dezassete concelhos do Alto Alentejo e com o apoio da respetiva Coordenadora Interconcelhia da RBE.
Este ano letivo o 4º Concurso Interconcelhio de Leitura “Ser Leitor é Cool” terá lugar em terras de Frei Manuel Cardoso, na tranquilidade da planície dourada do Alto Alentejo, no dia 12 de maio 2022.
Neste dia, cerca de oitenta e quatro alunos, provenientes de vinte e uma escolas do Alto Alentejo, rumarão a Fronteira e darão voz à poesia e aos poetas portugueses.
A organização do evento está a cargo do Agrupamento de Escolas de Fronteira, com o suporte dos seguintes parceiros:
- Município de Fronteira; - Junta de Freguesia de Fronteira; - Rede de Bibliotecas Escolares; - Caixa de Crédito Agrícola do Norte Alentejano; - Editora LeYa.
O Júri da 4ª edição Concurso Interconcelhio de Leitura ‘SER LEITOR É COOL’ tem a seguinte composição:
- João Pedro Polido, Diretor do Agrupamento de Escolas de Fronteira; - Maria Mário Murteira, em representação da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares; - Maria Rita Rodrigues, Vereadora da Educação, Cultura, Desporto e Tempos Livres, Ação Social e Saúde; - António Luís Palrão, Presidente da Junta de Freguesia de Fronteira; - Fernando Correia Pina, Técnico Superior de Arquivo e autor da monografia do Concelho de Fronteira.
A maioria das pessoas pensa que o design é algo decorativo. Para mim, design não é apenas o que parece e se sente. É como funciona. Para mim, nada é mais importante no futuro do que o design. O design é a alma de tudo o que foi criado pelo homem. Steve Jobs.
Quando começamos a projetar (ou a rever) o principal canal de comunicação na web, é necessário considerar o que temos para transmitir – quais os conteúdos e serviços que pretendemos disponibilizar - e de que forma vamos estruturá-lo para que a informação seja recuperada de forma eficaz.
Aspiramos também a que, além de útil, ela seja esteticamente agradável: simples, familiar, intuitivo, limpo e acessível.
A aparência geral da página é, obviamente, uma componente crucial do web design. Sabemos que as primeiras impressões do utilizador são críticas e que leva apenas milésimos de segundos para formar uma opinião e ficar ou sair.
Por esta razão, não se deve sobrecarregar a página com muitos elementos e cores diferentes, mas sim simplificá-la e incluir elementos que chamem a atenção do utilizador, seguindo a regra fundamental do design: menos é mais.
Layout geral da página
Os principais elementos que compõem uma página web são cabeçalho, conteúdo e rodapé. Esta é a estrutura básica, mas frequentemente é complementada com colunas laterais ou barra lateral, onde são colocados outras componentes secundárias como banners (faixas), widgets ou outros elementos, podendo a organização desses elementos variar de acordo com os objetivos definidos.
Cabeçalho
É fácil esquecermo-nos do cabeçalho de um sítio, quando, na verdade, ele tem uma importância estratégica, uma vez que é uma das primeiras coisas que os visitantes veem ao aceder.
Um cabeçalho é uma imagem visual ou um elemento tipográfico que percorre a parte superior da página inicial (e, idealmente, todas as outras páginas) tornando o sítio instantaneamente reconhecível. É a oportunidade de causar uma boa primeira impressão e convidar a ficar e explorar.
Seja qual for a forma como se chega a um sítio, ele começa na parte superior da página, varrida da esquerda para a direita (no caso de pesquisas feitas em idiomas que usam esse padrão de leitura e escrita). Isso significa que o que está colocado no cabeçalho não vai passar despercebido, principalmente os elementos colocados nos cantos esquerdo e direito.
Espera-se que o cabeçalho forneça a navegação principal de todo o sítio para que os utilizadores possam compreender em fração de segundos a sua organização e saltar para os conteúdos específicos que procuram.
O cabeçalho pode incluir vários elementos importantes: elementos básicos da identidade, geralmente um logótipo, hiperligações para as categorias principais de conteúdo do sítio, informações básicas de contactos, campo de pesquisa, entre outros. Isso não significa que todos os elementos mencionados devam ser incluídos num cabeçalho de página web, pois a secção ficaria sobrecarregada de informações e perder-se-ia a identificação do essencial.
Em resumo: o cabeçalho deve ser simples e fácil de ler, havendo também a possibilidade de transferir algumas informações para o rodapé, para o tornar menos confuso.
Conteúdo
Fornecer os conteúdos de forma legível é um dos principais pontos a ter em conta na criação de um website com uma boa experiência de utilização. Isto implica que os textos tenham uma dimensão confortável, espaçamentos entre linhas que permitam ler o conteúdo sem cansar a vista e um contraste suficiente entre a cor do texto e a cor de fundo para que não seja preciso forçar a vista.
A forma como os conteúdos são arrumados, com o aproveitamento dos espaços em branco, também ajuda a tornar a interface mais simples e a melhorar a legibilidade e a procura de informação na página. Uma página com conteúdos demasiado amontoados leva a que seja mais difícil encontrar a informação pretendida. Pelo contrário, o espaço em branco pode ajudar a separar visualmente as diferentes áreas da página e até mesmo os vários conteúdos da mesma área.
Deve ser estabelecido um nível de importância da informação disponível em cada página. O layout das páginas deve ajudar os utilizadores a encontrar a informação mais importante de forma rápida e direta. A informação mais importante deve aparecer mais acima na página de forma a ser localizada rapidamente e deve ser apresentada de acordo com a ordem em que seja mais útil para os utilizadores.
Atualmente, uma estrutura de página bastante utilizada é a que resulta da arrumação de caixas quadradas ou retangulares. É o caso dos cartões, também chamados blocos, que são elementos de layout que ajudam a organizar e visualizar dados ou conteúdos homogéneos. Geralmente são organizados numa espécie de grade, mas cada cartão parece uma peça separada nesse sistema. Podem combinar diferentes tipos de conteúdo sobre um determinado item. Por exemplo, pode incluir uma imagem, um título, um pequeno resumo, etc.
É ainda importante ter em conta que, atualmente, uma questão fundamental no design de qualquer sítio é que seja responsivo, isto é que se adapte a qualquer dispositivo a partir do qual se faça o acesso. Isso significa que ao definir o layout, designadamente no que respeita ao número de colunas, é importante garantir que as opções tomadas permitem uma experiência de navegação semelhante em qualquer dispositivo. (Sugere-se a utilização desta ferramenta http://www.responsinator.com/ para testar a responsividade de um sítio).
Rodapé
O rodapé é a parte inferior da página da Web que geralmente marca seu final. Sendo outra zona comum de navegação global do site, o rodapé fornece o campo adicional para ligações úteis e dados que os utilizadores podem estar interessados em encontrar.
O rodapé pode incluir: sinais de identidade, geralmente o nome e o logótipo; ligações para secções de apoio ao utilizador, por exemplo, página de perguntas frequentes, página sobre, política de privacidade, termos e condições, etc.; créditos aos criadores do site; formulários de contacto e informações; links para presença em redes sociais…
O rodapé, se existir, deve entrar em combinação harmónica com todas as outras soluções de design do layout do sítio e do conceito estilístico geral.
Favicon
Favicon, também conhecido como ícone de URL ou ícone de marcador, é um tipo especial de símbolo que representa o sítio na linha de URL do navegador e na guia de marcadores. Permite que os utilizadores obtenham uma conexão visual rápida com ele enquanto navegam e é marca de qualidade a considerar, pois apenas se faz uma vez e resulta num elemento distintivo interessante.
Elementos gráficos
Esquema de cores
A importância da cor dentro de uma página web é fundamental não só para que o resultado seja esteticamente confortável, mas também para mostrar uma imagem homogénea com a linha editorial definida. Uma escolha correta de cores assegura qualidade e confiança, enquanto outras têm o efeito contrário.
O círculo cromático é uma representação ordenada e circular das cores, de acordo com sua tonalidade ou tom. Esta roda de cores representa as cores primárias e suas derivadas que pode ajudar a definir a paleta de cores a utilizar
- Cores primárias: amarelo, vermelho e azul. Eles não podem ser criados pela mistura de outras cores.
- Cores secundárias: Verde, laranja e roxo. São obtidas a partir da mistura de cores primárias.
- Cores terciárias: cores obtidas a partir da combinação de cores primárias e secundárias.
A partir daqui, obtemos uma classificação diferencial entre cores quentes (vermelhos, amarelos e laranjas) e cores frias (verdes, azuis e violetas). As primeiras transmitem paixão, alegria, poder, energia, entusiasmo, enquanto as últimas estão envolvidas na comunicação de preocupação, calma, tristeza, profissionalismo.
Depois de escolher a cor dominante, é importante considerar as outras cores a introduzir. Para estudar as cores mais adequadas pode usar-se a paleta de cores, uma ferramenta que representará rápida e visualmente as cores principais a utilizar no trabalho. Desta forma, antes de iniciarmos um projeto, é possível decidir a paleta com se vai trabalhar. Para isso, sugere-se a exploração dos seguintes instrumentos de apoio: Adobe colour e Coolors.
É muito importante anotar a gama cromática que vai ser utilizada para facilitar a edição posterior de materiais gráficos, o que permitirá oferecer uma imagem homogénea.
Tipografia
O design moderno de um sítio deve apresentar tipografia segura, limpa e arrojada, sugerindo-se que inclua:
- Texto de tamanho apropriado (geralmente maior que 16px);
- Tipografia preto/cinza, de acordo com os tons de fundo;
- Fontes padrão da Web;
- Fontes sem serifa;
- Espaço adequado entre as linhas para facilitar a leitura;
Fontes que imitem o manuscrito ou decorativas são de evitar.
Deve procurar manter-se os tamanhos e estilos de fonte: sugere-se a adoção de uma fonte que permaneça consistente em todas as páginas e noutros recursos online que possa fornecer.
Imagens e outros elementos gráficos
O uso de imagens e outros elementos, como ícones e gráficos, deve ser equilibrado com a componente de texto. Não é uma boa prática sobrecarregar o espaço com muitas imagens ou outros elementos gráficos. O movimento, a existir, deve ser cuidadosamente ponderado.
Todos os elementos devem ter uma boa resolução e legibilidade, sem o que o sítio onde estão incluídos adquire um ar pouco cuidado.