A conferência de imprensa para apresentação da 4º edição do Festival Literário Internacional do Interior - Palavras de Fogo (FLII), decorreu a 14 de junho em Pedrógão Grande, na sede da AVIPG.
A primeira Sessão desta 4ª edição do FLII - Palavras de Fogo [http://www.arte-via.org/notice/flii-palavras-de-fogo] decorreu no dia 17 de junho em Pedrógão Grande e a iniciativa terá o seu encerramento em Tábua, a 20 de junho de 2021.
Trata-se de um evento intermunicipal que decorrerá em onze concelhos da região afetados pelos fogos, com o objetivo de levar os livros e os escritores aos sítios mais inusitados e imprevisíveis, como fábricas, campos, praias, igrejas, mercados, romarias, locais onde as pessoas trabalham e convivem.
A ligação aos municípios e respetivas Bibliotecas Municipais e Redes Concelhias de Bibliotecas permite uma aproximação com o trabalho das escolas e bibliotecas escolares, nos dias em que o festival decorre, mas também em datas próximas.
Na 12.ª edição do concurso: "Conta-nos uma história" foram submetidas 320 histórias, nas modalidades áudio e vídeo, avaliadas por um júri presidido pela Professora Doutora Ana Amélia Carvalho da Universidade de Coimbra, e constituído por elementos da Direção-Geral da Educação (DGE), do Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), do Plano Nacional de Leitura 2027 (PNL), da Microsoft, da Associação Portuguesa de Professores de Inglês (APPI) e da Rádio ZigZag.
No dia 8 de junho teve lugar, no auditório da Fundação José Saramago (FJS), Casa dos Bicos (Lisboa), a apresentação do Programa do Centenário de José Saramago, bem como dos seus parceiros e logotipo.
A convite do Comissário para o Centenário, Carlos Reis, esteve presente na cerimónia a Coordenadora Nacional da Rede de Bibliotecas Escolares, Dra. Manuela Silva.
As comemorações, iniciativa de que a RBE é parceira, decorrerão entre 16 de novembro de 2021 e 16 de novembro de 2022 e organizam-se em quatro eixos: Biografia, Leitura, Publicações e Reuniões Académicas.
As bibliotecas escolares participam no eixo da Leitura, através de programa centrado na presença de Saramago no currículo e que conta com a participação da Rede de Bibliotecas Escolares, Plano Nacional das Artes e Plano Nacional de Leitura:
“- Leitura Centenária (1): a 16 de novembro de 2021, 100 escolas do Ensino Básico promoverão a leitura, em simultâneo, d’ A Maior Flor do Mundo. (…)
- Leitura Centenária (2): a 16 de novembro de 2022, 100 escolas do Ensino Secundário promoverão a leitura, em simultâneo, de páginas do Memorial do Convento e d’ O Ano da Morte de Ricardo Reis. (…)
- Contar por Imagens: a partir da leitura de textos de José Saramago, as escolas incentivarão representações artísticas em diferentes suportes e linguagens.”
Deste programa também faz parte Leituras Dramatizadas: O Ano da Morte de Ricardo Reis, do Teatro Nacional S. João e escolas associadas.
Porque a literatura intensifica a realidade, expondo problemas e abrindo perspetivas para um futuro mais justo e harmonioso, em que os direitos humanos não são um bem formal e individual, mas uma experiência coletiva que se reforça com o exercício quotidiano dos direitos de todos, a Carta dos Deveres e das Obrigações dos Seres Humanos, sugerida por Saramago num discurso de Estocolmo, constituirá nestas celebrações fonte incontornável de questionamento, reflexão e ação das bibliotecas escolares.
Consagrado internacionalmente através do Prémio Nobel da Literatura (1998), o Centenário de José Saramago é objeto de comemorações em Portugal e outros pontos do mundo, através de uma diversidade de atores e expressões intelectuais e artísticas que reforçam o valor da cultura na transformação da vida humana.
Realizou-se no dia 28 de abril, em linha, a fase final do torneio Oeiras Internet Challenge Nacional (OIC), iniciativa promovida pelo Município de Oeiras, através das suas Bibliotecas Municipais, em parceria com a Rede de Bibliotecas Escolares.
Na edição de 2021, dirigida ao ensino secundário e alargada a nível nacional, registaram-se quarenta e quatro inscrições, apesar dos constrangimentos decorrentes da pandemia. O apuramento destas equipas foi organizado localmente por cada biblioteca escolar, de modo descentralizado e com inteira autonomia, sendo de realçar o envolvimento dos professores bibliotecários e o interesse dos alunos em todo o processo. Foi grande a mobilização dos alunos, patente não só no número de vezes que os Kahoot disponibilizados pela organização no blogue da iniciativa foram realizados durante a fase de apuramento, mas também no número de participações das diferentes equipas nos “Desafios Kahoot” lançados no Instagram das Bibliotecas Municipais de Oeiras.
A fase final do torneio, disputada pelas quarenta equipas que compareceram, consistiu na realização, com recurso ao Kahoot em modo live, de duas provas eliminatórias e de uma prova final, todas bastante renhidas.
Alunos e professores envolvidos reconheceram, de um modo geral, a relevância da iniciativa que visa o desenvolvimento de competências de pesquisa, seleção e avaliação da informação disponível na Web, promovendo não só a utilização eficaz das ferramentas de pesquisa e recuperação da informação, mas também a análise crítica e seletiva da informação e/ou de fontes de informação. A participação no torneio OIC assumiu-se, também, como um ótimo pretexto para as bibliotecas escolares trabalharem as questões relativas à literacia da informação.
Os alunos da equipa T & M, que obtiveram o 2.º prémio e já haviam participado em anteriores edições concelhias do torneio, referiram ter gostado muito da experiência e “da adaptação a nível nacional” e ao “regime online”. A sua participação permitiu-lhes, por um lado, identificar “algumas falhas nos métodos de pesquisa” e, por outro, perceber como “pesquisar com mais eficiência encontrando a informação procurada”. Na opinião destes alunos, que aconselham os colegas a participar nos próximos anos, “as últimas rondas da competição foram muito emocionantes e renhidas”.
Também um aluno da equipa Infomaníacos (1.º prémio), considerou que “a experiência de participar neste concurso foi excelente” e reconheceu ter melhorado as suas “habilidades de pesquisa”, opinião partilhada por outra colega da mesma equipa que acrescentou: “aprendi alguns atalhos de pesquisa, a importância das palavras-chave e como identificá-las”. E ambos afirmaram que, sem dúvida, voltariam a participar!
Apesar de não terem conseguido chegar à prova final, “porque os outros concorrentes eram bem mais rápidos”, as alunas da equipa STEAM, da Escola Secundária de Camões, em Lisboa, consideraram que este “foi um concurso muito giro com prémios ainda melhores” e, o facto de se ter realizado por videoconferência, “criou um dinamismo ainda mais engraçado”.
A todos os envolvidos, obrigada, parabéns e continuação de boas pesquisas!
Agora, é tempo de balanço mas, em breve, voltaremos com novidades...
Entre os dias 10 e 17 de julho, terá lugar a VII edição do seminário “Da Arte de Ler”, organizado pela Rede de Bibliotecas do Concelho de Alcobaça (RBCA), tendo como destinatários técnicos de bibliotecas municipais, agentes culturais, mediadores de leitura, professores bibliotecários e professores de todos os grupos de recrutamento.
Este ano, o seminário “Da Arte de Ler” é dedicado ao tema do humor e decorrerá exclusivamente a distância. Para o pessoal docente, através de uma parceria entre a RBCA e o CFAE dos concelhos de Alcobaça e Nazaré, o seminário corresponde a uma formação certificada, com 12 horas acreditadas, com o registo CCPFC/ACC-107598/20. Como habitualmente, o programa integra um conjunto de comunicações de destacados professores e investigadores da Universidade de Coimbra, além de oficinas dinamizadas por reconhecidos formadores e agentes culturais. As sinopses das oficinas podem ser consultadas aqui.
As inscrições, que deverão ser formalizadas através do formulário disponível nesta ligação [https://cutt.ly/inODoGx], encerram no dia 27 de junho. A ordem de inscrição será o único critério de seriação dos formandos. Para qualquer esclarecimento adicional, os interessados deverão contactar a organização através do email rbcacb@gmail.com.
A Escola Secundária Infanta D. Maria, em Coimbra, celebrou, na última semana de maio, o envolvimento, entre 2018 e 2021, de cerca de 120 alunos no projeto pedagógico «Todos com os ODS», desenvolvido no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, em torno dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da ONU.
Uma ação estratégica que abarcou quatro turmas de 3.º CEB, ao longo de três anos, numa dinâmica que seguiu a metodologia de trabalho projeto multidisciplinar (Geografia, Ciências Naturais, Educação Visual, Teatro, História, Inglês, Português), com a colaboração da Biblioteca Escolar (BE) e teve como finalidade a divulgação na comunidade escolar e educativa dos 17 ODS. Foi, igualmente, significativo o envolvimento de vários mecenas, que apadrinharam um ou mais objetivos, em associação com o seu âmbito de atividade.
Através de palestras, de oficinas e de jogo de papéis, os “padrinhos” sensibilizaram os alunos para temáticas dos seis Domínios do primeiro grupo da ENEC: Direitos Humanos, Interculturalidade, Igualdade de Género, Saúde, Educação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável. Reforçaram-se, deste modo, laços com o tecido empresarial da região e do país e envolveram-se de forma profícua os alunos, contribuindo-se para as suas competências comunicativas e de aprendizagem ao longo da vida.
A Biblioteca Escolar teve um relevante papel na capacitação destes jovens, numa articulação estreita com a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, mediante a dinamização de mais de meia centena de ações formativas no âmbito das literacias da informação e dos média e digital, em contexto de aprendizagem. Assim, foram promovidas competências que os jovens alunos mobilizaram na concretização dos produtos necessários para o projeto. Deste modo, a Biblioteca Escolar contribuiu ativamente para o enriquecimento dos contextos e das estratégias de ensino e de aprendizagem, promovendo o desenvolvimento das literacias essenciais ao exercício de uma cidadania plena.
No dia 25 de maio de 2021, a Escola festejou o envolvimento dos alunos neste projeto de longa duração com a edificação de um mural, constituído por 24 cubos gigantes, patrocinados pelos mecenas, subordinado ao tema “Todos com os ODS”. Na biblioteca escolar, estiveram expostos jogos didáticos, marcadores, artesanato têxtil e vídeos concebidos pelos jovens envolvidos, produtos que passarão a fazer parte do seu espólio. Adicionalmente, foi preparada e apresentada uma peça de teatro - “Vida de uma gaivota Maria”, sensibilizando para a importância da preservação do Oceano (ODS 14), representada pelos alunos da disciplina de Teatro.
Deste modo, acreditamos que esta dinâmica de projeto contribuiu para uma visão holística do conhecimento, tendo favorecido o desenvolvimento de todas as áreas de competências previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, bem como de literacias múltiplas, sendo que a Biblioteca Escolar assumiu um papel determinante na persecução destes objetivos.
Se a educação de qualidade é um direito humano fundamental e um investimento para o futuro, como nos é dado a ler na Estratégia Nacional de Educação para a cidadania, terminamos parafraseando a informação disponibilizada no portal da rede de bibliotecas escolares, aquando do lançamento do sítio em linha, Cidadania e Biblioteca Escolar – Pensar e Intervir : Olhando para o futuro, vemos na qualidade e continuidade das aprendizagens que todos possamos realizar o caminho que nos pode aproximar do cumprimento deste ideal (…)
Filomena Pedroso (professora bibliotecária), Margarida Gomes (professora de Geografia)
Uma das competências que nos é exigida no mundo atual é a capacidade de nos questionarmos e, desta forma, procurarmos contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e interventiva. Em contexto educativo, esta curiosidade, que leva o aluno a questionar-se sobre o que aprende, é fundamental para o seu desenvolvimento cognitivo, devendo ser uma competência treinada na escola.
A aprendizagem baseada em investigação (inquiry based learning) leva os alunos a questionarem-se não só sobre as aprendizagens feitas nas diferentes áreas curriculares, mas também sobre a sociedade, nas suas várias vertentes. Desta forma, promovendo o desenvolvimento de competências analíticas e de pensamento crítico, os alunos aprendem a refletir e criam o gosto pelo conhecimento, praticando uma cidadania ativa e responsável (Nata, 2010).
O que é aprendizagem baseada em investigação?
A aprendizagem baseada em investigação é uma abordagem pedagógica que tem como objetivo ensinar o aluno a questionar-se, isto é, a formular questões em função das respostas que quer obter e do conhecimento que pretende desenvolver (Márquez, Bonil & Pujol, 2005), atribuindo, desta forma, sentido ao que aprende.
Para isso, as questões formuladas em contexto educativo devem ser abertas e de níveis cognitivos mais elevados, para permitirem a análise, síntese e avaliação, de forma a estimular o pensamento crítico dos alunos (Wood & Anderson, 2001). De facto, quando se questiona, o aluno realiza tarefas cognitivas de complexidade distintas, pois recorre a conhecimentos diversos, compara informação, relaciona conceitos, faz previsões e avalia, tirando conclusões.
Como se implementa?
Dadas as características desta metodologia, podem ser apresentadas cinco etapas principais (Pedaste, M. et. al, 2015), que não são necessariamente lineares, pelo que podem variar, de acordo com o contexto e o objetivo pedagógico subjacente à implementação desta abordagem.
Orientação,
Conceptualização,
Investigação,
Conclusão,
Discussão.
Nas duas primeiras fases, é pedido aos alunos que façam a recolha de informações sobre uma questão, levando-os a pesquisar informação, tomar notas e construir hipóteses. Na fase de investigação, os alunos devem verificar se as respostas encontradas para as hipóteses / questões definidas estão certas. Nas duas últimas fases, os alunos refletem sobre o seu processo de aprendizagem, comparando os resultados obtidos e discutindo-os com outros alunos.
Para favorecer este processo, os alunos devem ser levados a[1]:
1 - Colocar questões reais:
O que quero saber sobre este tópico?
O que já sei?
O que preciso de saber?
2 - Encontrar recursos
Que tipo de recursos me podem ser úteis?
Onde os posso encontrar?
Como sei que a informação que encontro é válida?
3 - Interpretar a informação
Que informação é relevante para responder à minha questão?
Como se relaciona com o que já sei?
A informação recolhida levanta novas questões?
4 - Apresentar os resultados
Qual é o aspeto principal da minha resposta?
O que mais interessa saber?
Como é que se relaciona com o que já sabia?
Qual o papel da biblioteca escolar?
Na biblioteca escolar o aluno é levado a assumir-se como cidadão ativo e interveniente, sendo incentivada a sua participação, para que possa aprender a:
- exprimir a sua opinião com clareza,
- questionar-se,
- argumentar,
- ter pontos de vista críticos em relação às situações que o rodeiam.
Dadas as características da biblioteca escolar, a sua ação é tendencialmente promotora de atividades que promovem a implementação de metodologias ativas, nomeadamente a investigação.
Nesse sentido, num trabalho de articulação com os docentes, poderão ser dinamizadas atividades / projetos que levarão os alunos a apropriarem-se do processo de aprendizagem, pois assumem-se como produtores de conhecimento, isto é estão ativamente envolvidos em todo o processo.
Este tipo de abordagem promove a ação dos alunos que, de forma colaborativa, partilham ideias, defendem ou respondem a outras questões, o que desenvolve a sua capacidade de reflexão e, consequentemente, a metacognição.
Nata, R. (2010). Progress in Education, volume 18. New York: Nova Science Publishers, Inc.
Márquez, C., Bonil, J., & Pujol, R.M. (2005). Las preguntas mediadoras como recursos para favorecer la construcción de modelos científicos complejos. Enseñanza de las Ciencias, Núm. Extra, 1-5.
Pedaste, M. et. al (2015). Phases of inquiry-based learning: Definitions and the inquiry cycle, Educational Research Review, 14 (pp. 47 – 61) https://doi.org/10.1016/j.edurev.2015.02.003
Wood, A. T., & Anderson, C. H. (2001). The case study method: Critical thinking enhanced by effective teacher questioning skills. Lund, Sweden: Paper presented at the Annual International Conference of the World Association for Case Method Research & Application, Lund, 17-20 June 2001.
No ano de 2020 registou-se um aumento significativo dos riscos e dos incidentes relacionados com segurança na internet.
Esta conclusão não espanta, tendo em conta a expansão do uso dos ambientes virtuais como meio de comunicação, como resultado das restrições à interação presencial.
Porém, ela é apenas a primeira de uma série de outras conclusões e informações importantes que encontramos no Relatório ‘Cibersegurança em Portugal: riscos e conflitos 2021’ acabado de publicar em maio passado.
Trata-se do relatório anual do Centro Nacional de Cibersegurança (https://www.cncs.gov.pt/), entidade coordenadora do Consórcio responsável pelo projeto Internet Segura (https://www.internetsegura.pt/) que nasceu para dar concretização ao objetivo de assegurar a segurança e a privacidade no uso da internet e alargar a todos os cidadãos as ferramentas e a formação necessárias à sua proteção quando interagem em ambiente virtual.
A Rede de Bibliotecas Escolares integra, há já algum tempo, o Conselho de Acompanhamento deste projeto e, por inerência, o seu grupo de parceiros.
Deste relatório destacam-se 3 conclusões principais:
1 - O volume de incidentes de cibersegurança cresceu de forma significativa em 2020 (em contraciclo com a criminalidade em geral).
Na análise desta tendência, que é geral para o ano de 2020, constata-se uma coincidência temporal específica entre esse crescimento e os períodos de confinamento social fruto da pandemia de Covid-19.
Além do incremento no número de atividades ilícitas online, regista-se também uma diferença nos modos de atuação, que se tornaram particularmente oportunistas.
Ao mesmo tempo, este contexto fez aumentar a perceção de risco de se sofrer um incidente de cibersegurança, fruto da atenção redobrada que se tem prestado a este assunto.
2 - As principais ciberameaças em 2020 foram o phishing/ smishing, e o sistema infetado por malware, nas suas mais variadas expressões, nomeadamente na de ransomware.
Neste ponto da leitura, torna-se útil a consulta do glossário no final do relatório, que nos parece útil partilhar. Assim, o ‘phishing’ designa um mecanismo de elaboração de mensagens que usa técnicas de engenharia social em que os atacantes aliciam os recetores de emails para que estes abram anexos maliciosos, cliquem em URL inseguros, revelem as suas credenciais, etc., numa palavra, ‘mordam o isco’. O smishing mais não é que a combinação da sigla sms com phishing, designado o mesmo tipo de estratégia executada por mensagem de texto.
Por sua vez, ‘malware’ é a designação de software malicioso, correspondendo a um programa que é introduzido num sistema com a intenção de comprometer a confidencialidade, a integridade ou a disponibilidade dos dados da vítima, sendo o ‘ransomware’ um tipo de malware pelo qual um atacante se apodera dos ficheiros e/ou dispositivos de uma vítima, exigindo, para a sua recuperação, um resgate em criptomoedas.
Para além destas ameaças, pontuam igualmente outras formas de fraude e burla, a sextortion, bem como a desinformação digital.
3 - Os principais agentes de ameaças a afetar o ciberespaço de interesse nacional, são os Cibercriminosos e os Agentes Estatais.
Mais uma vez, o relatório ajuda a precisar conceitos, referindo que os cibercriminosos correspondem a indivíduos ou grupos que atuam de forma maliciosa em função de proveitos financeiros; enquanto os Agentes Estatais se caracterizam pelo uso, direta ou indiretamente, do aparelho de Estado com intuitos estratégicos e políticos.
As tendências para o futuro próximo, registadas no Relatório, não são muito animadoras. Prevê-se que as ciberameaças e os seus agentes, identificados em 2020, persistam em 2021, proliferando num contexto favorável, ainda pautado pela incerteza. Não parece haver dúvidas de que “Os Cibercriminosos e os Agentes Estatais tenderão a manter níveis elevados de atividade em 2021 no ciberespaço de interesse nacional” (p.12).
Uma última nota para referir que os setores e áreas governativas com mais incidentes registados em 2020 são a Banca, as Infraestruturas Digitais (ID), os Prestadores de Serviços de Internet (PSI) e a Educação e Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (ECTES).
Estando a área educativa entre os quatro setores mais visados por ciberameaças, torna-se por demais pertinente a presença da RBE no Conselho de Acompanhamento deste projeto.
A única forma de inverter a previsão de persistência desta tendência é através de um trabalho, cada vez mais consistente, de reforço das literacias digital, dos medias e da informação, em particular junto dos mais novos. Empreitada exigente, para qual as bibliotecas escolares estão, como sabemos, na linha da frente.
No dia 17 de junho de 2021, pelas 10h, terá lugar a sessão de apresentação: Quadro Estratégico RBE 2021-27 — Bibliotecas escolares: Presentes para o futuro. A Rede de Bbiliotecas Escolares convida a acompanhar esta iniciativa através do portal RBE, Facebook RBE e Youtube RBE.