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Blogue RBE

Qua | 11.11.20

4.ª Competição Europeia de Estatística

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Entre 20 de outubro e 18 janeiro, os alunos do 3º ciclo e do secundário podem registar equipas para participar na edição 2020-21 da ‘Competição Europeia de Estatística’. É a primeira etapa desta iniciativa, que tem duas fases principais: a nacional, durante a qual os alunos competem com colegas do seu país; e a europeia, na qual os vencedores da fase nacional representam os seus países a nível europeu e produzem vídeos com base num tema estatístico.
Nesta edição, participam alunos de 16 países: Bélgica, Bulgária, Croácia, Chipre, Eslovénia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Lituânia, Noruega, Polónia e Portugal.
Os objetivos desta iniciativa são vários: promover a curiosidade e o interesse dos alunos pela estatística, levando-os a desenvolver a pesquisa, análise e interpretação de dados e, ao mesmo tempo, a trabalhar em equipa com vista a alcançar objetivos comuns. Simultaneamente, procura-se incentivar os professores a utilizarem novos materiais pedagógicos, baseados em estatísticas oficiais. É ainda uma forma de mostrar aos alunos e aos professores o papel da estatística em vários aspetos da sociedade.
Esta competição é promovida pelo Eurostat, o Gabinete de Estatísticas da União Europeia. No nosso país, a fase nacional é uma organização conjunta do Instituto Nacional de Estatística e do Banco de Portugal.

Fonte: https://www.ine.pt/scripts/esc2021/index.html

 

Ter | 10.11.20

Futuro da Educação e Competências 2030 - Bússola de Aprendizagem 2030 da OCDE

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Fonte: https://www.oecd.org/education/2030-project/

“Como podemos preparar os estudantes para empregos que ainda não foram criados, para enfrentar desafios sociais que ainda não podemos imaginar e para utilizar tecnologias que ainda não foram inventadas? Como podemos equipá-los para prosperarem num mundo interligado onde precisam de compreender e apreciar diferentes perspetivas e visões do mundo, interagir respeitosamente com os outros e tomar medidas responsáveis em prol da sustentabilidade e do bem-estar coletivo?”

Estas são algumas das questões que introduzem a apresentação em linha de Future of Education and Skills 2030/ Futuro da Educação e Competências 2030, criado em 2015 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Para que esta discussão seja gerada globalmente, a OCDE propõe uma estrutura concetual comum, na qual participam líderes políticos e escolares, académicos, professores, alunos e parceiros sociais de todo o mundo.

Futuro da Educação e Competências 2030 desenvolve-se em duas fases:

Primeira: Desenvolvida até 2019, foca-se em “que” competências (conhecimentos, aptidões, atitudes, valores) devem os estudantes desenvolver e dela resulta Learning Compass 2030/ Bússola de Aprendizagem 2030;

Segunda: Em construção desde 2019, Teaching Framework for 2030/ Estrutura de Ensino para 2030 incide sobre “como” implementar currículos e ambientes de aprendizagem que tornem efetivas até 2030 as competências identificadas. Embora a tecnologia possa ser um valioso instrumento, os professores, tutores, mentores… e os aspetos relacionais do ensino serão determinantes para a aprendizagem, a realização pessoal e o bem-estar.

Bússola de Aprendizagem 2030 parte de uma metáfora, a “bússola”, cujo uso em educação Andreas Schleicher, Diretor da Direção de Educação e Competências da OCDE, justifica:

"A educação já não é apenas ensinar aos estudantes algo específico; é mais importante ensiná-los a desenvolver uma bússola e ferramentas de navegação confiáveis para que eles possam encontrar o próprio caminho num mundo cada vez mais complexo, volátil e incerto. A nossa imaginação, consciência, conhecimento, competências e, o mais importante, os nossos valores comuns, maturidade intelectual e moral e sentido de responsabilidade são o que nos guiará para o mundo se tornar um lugar melhor." Presentation at the Forum on Transforming Education, Global Peace Convention, 2019.

A Bússola de Aprendizagem proposta pela OCDE traça as bases de um currículo internacional comum - aplicável a todos os tipos e níveis de educação e dinâmico, em que os diferentes temas e disciplinas estão inter-relacionados e cada estudante realiza um diferente percurso de aprendizagem consoante as suas competências prévias, talentos e vontade. Perspetiva ainda “diferentes tipos de avaliação para diferentes fins”, em vez de testes normalizados (Bússola de Aprendizagem 2030, p. 13). A Bússola 2030 é composta por 7 elementos indissociáveis e complementares:

1. Fundamentos essenciais - Tendo como propósito o bem-estar individual e coletivo, as aprendizagens essenciais “não abrangerão apenas a literacia e numeracia, mas também a literacia de dados e digital, a saúde física e mental, a saúde social e aptidões emocionais.” (Ibid., p. 25).

2. Competências transformadoras – São três: “Criar novo valor” para uma vida melhor, questionando o status quo, cooperando e pensando de modo criativo; “Conciliar tensões e dilemas” resolvendo problemas complexos, aprofundando e equilibrando as próprias posições com posições opostas e cultivando relações de respeito e empatia; “Assumir responsabilidades” avaliando as próprias ações com base na sua experiência e nos objetivos éticos de educação (Ibid., p. 60).

3. Agenciamento/ co-agenciamento dos estudantes - Sempre que os estudantes são ativos no que e como aprendem, aumenta o seu gosto por aprender a aprender e produzir benefícios na própria vida e na vida da comunidade e é reforçado o seu sentido de realização e pertença (Ibid., p.32). Para além de serem responsáveis pela própria aprendizagem, eles - tal como os professores e diretores - são agentes de mudança do sistema educativo.

4. Conhecimento - “As competências correspondem a um conceito holístico que envolve a mobilização de conhecimentos, aptidões, atitudes e valores para satisfazer exigências complexas.” (Ibid., p. 84). A Bússola 2030 reconhece diferentes tipos de conhecimento: Disciplinares (sobre temas específicos); Interdisciplinares (relação entre temas ou trabalhados com base em projetos); Epistémicos (pensar e trabalhar como um profissional especializado); Processuais (compreender os passos como algo é feito). Todos os conhecimentos têm uma componente teórica – concetual - e prática - baseada na experiência - e contribuem para uma compreensão alargada e aprofundada de problemas e contextos (Ibid., p. 72).

5. Aptidões - Correspondem à capacidade de usar o próprio conhecimento para um objetivo e, segundo Bússola de Aprendizagem 2030, são de 3 tipos: Cognitivas e metacognitivas (aprender a aprender ao longo da vida); Sociais e emocionais - “empatia, auto-consciencialização, respeito pelos outros e capacidade de comunicar estão a tornar-se essenciais à medida que as salas de aula e locais de trabalho se tornam mais étnica, cultural e linguisticamente diversos”; Práticas e físicas – associadas a tarefas manuais, ao desporto e às artes promovem o envolvimento emocional, a inteligência empática, o empenho e a persistência na aprendizagem (Ibid., p. 84).

6. Atitudes e valores – Traduzem-se nos princípios e crenças que influenciam os nossos julgamentos, decisões e ações em direção ao bem-estar. À medida que os locais de trabalho e comunidades são mais diversificados, que a tecnologia se desenvolve, que a confiança nas instituições é posta em causa, valores partilhados de cidadania adquirem uma importância crescente na aprendizagem (Ibid., 100).

7. Ciclo Antecipação-Ação-Reflexão - É importante que as ações praticadas sejam intencionais e responsáveis e, por isso, é necessário antecipar antes de agir - prevendo as consequências e compreendendo as próprias intenções, bem como as intenções dos outros - e refletir depois da ação praticada - tornando mais eficiente o pensamento e ação (Ibid., 118).

Futuro da Educação e Competências 2030 - Bússola de Aprendizagem 2030 opta “por utilizar a palavra 'aprendizagem' em vez de 'currículo' para que o quadro [2030 da OCDE] abrace todas as formas de aprendizagem, incluindo atividades formais, não formais e informais” (Ibid., p. 130). No geral, propõe uma visão holística do que os estudantes precisam de aprender para moldar um futuro melhor e ajuda os Estados-Membros e parceiros a construir uma visão comum sobre o futuro da educação.

 

Seg | 09.11.20

Candidatura 'Todos Juntos podemos Ler'

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Está lançada a candidatura ‘Todos Juntos podemos Ler’ 2021, que decorre de 09 de novembro a 18 de dezembro de 2020.
A lista de escolas selecionadas será, como sempre, divulgada nos sítios da Rede de Bibliotecas Escolares e do Plano Nacional de Leitura 2027. Todas as informações referentes a esta candidatura podem ser consultadas no ‘Aviso de abertura’.
Esta iniciativa vem incentivando, desde 2011-12, a criação de escolas e bibliotecas inclusivas, capazes de envolver os diferentes atores educativos, respeitando a equidade na definição de objetivos e estratégias, de modo a garantir a participação efetiva de todos os alunos.

Artigo completo: Candidatura 2021

Sex | 06.11.20

"PISA 2018 Results (Volume V) Effective Policies, Successful Schools"

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O volume V dos Relatórios PISA 2018 torna públicos os resultados relativos às políticas educativas dos 79 países/ economias participantes neste inquérito e a sua relação com os níveis de desempenho dos alunos. Algumas das suas conclusões globais relevantes são:
- Na generalidade dos países da OCDE, 6% dos alunos inquiridos não frequentou educação pré-primária. Os seus níveis de leitura, aos 15 anos de idade, revelaram-se inferiores aos dos colegas que frequentaram entre 1 e 3 anos de pré-escolar, confirmando a importância deste ciclo.
- De um modo geral, os dados reiteram o enorme impacto do nível socio-económico dos alunos sobre o seu desempenho e, sobretudo, sobre a probabilidade de retenção ao longo do percurso escolar. Os jovens dos sistemas vocacionais de ensino apresentam, em todos os países, resultados bastante inferiores aos dos outros estudantes.
Para as bibliotecas escolares, o inquérito de 2018 é particularmente importante, já que o domínio de análise principal foi a leitura. Assim, vale a pena a consulta de alguns dados específicos revelados neste volume, como, por exemplo, o capítulo onde se mostra que o desempenho em leitura é mais elevado nas escolas que proporcionam aos alunos locais onde estes possam estudar e/ou fazer trabalhos.
Igualmente interessante é a conclusão de que os países/ economias cujos alunos apresentam níveis mais elevados de desempenho têm em comum um conjunto de políticas, tais como um forte investimento em formação e desenvolvimento profissional e um currículo escolar desenvolvido com base na partilha de recursos e materiais.
O investimento na formação e o trabalho colaborativo, preconizados desde sempre pela RBE, são, portanto, aqui confirmados como peças-chave no trabalho dos professores em prol do bom nível de leitura dos seus alunos.

Fonte: PISA 2018 Results (Volume V) Effective Policies, Successful Schools

Qui | 05.11.20

A educação através da arte. Porquê e como intervir no processo de ensino-aprendizagem.

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Fonte: https://pixabay.com/pt/illustrations/c%C3%A9rebro-mente-psicologia-id%C3%A9ia-2062057/

Este tema tem vindo a ganhar centralidade nos discursos e prioridades identificadas por organizações internacionais de referência (Unesco, OCDE, Conselho da Europa, Nações Unidas, UNICEF, IFLA...) e em políticas educativas, como acontece em Portugal com o Plano Nacional das Artes.

Também o gabinete responsável pela execução do Programa Rede Bibliotecas Escolares (RBE) em Portugal instituiu a questão da cultura e das artes como uma das prioridades para a ação das bibliotecas escolares em 2020/21 e, como forma de a tornar visível, disponibiliza na sua biblioteca escolar digital uma recolha de museus presentes no mundo virtual que pode ajudar as bibliotecas a desenharem atividades e a impulsionarem experiências educativas inovadoras nas escolas.

A educação para uma cultura participativa, crítica e mediática, aliada a uma aprendizagem aberta e em rede, emerge como um dos grandes desafios educativos do século XXI. Tais desafios exigem pensamento e articulação de políticas orientados para a coesão social, vivência democrática, inovação e igualdade de acesso à educação, onde o papel do processo cultural não pode ser subestimado.

Mas, o que torna a arte tão importante para a educação a ponto de lhe dedicarmos uma atenção especial e uma parte substancial de recursos e da nossa força anímica? Por que razão a arte deve ser incorporada, de forma mais transversal, no processo de ensino aprendizagem?

Se pensarmos do ponto de vista do valor da própria arte, embora não exista uma resposta amplamente consensual (arte, é uma palavra aberta que incorpora uma multiplicidade de sentidos e modos de compreensão), há uma aceitação, mais ou menos generalizada, de que que o seu valor reside nos efeitos que produz na nossa cognição (as sensações que a arte provoca conduzem-nos a novas maneiras de ver, ouvir, sentir, imaginar e pensar).

Também vários estudos (Cf. El arte por el arte? ; Measuring Innovation in Education 2019) e relatórios de organizações internacionais (p.ex. Re | Pensar as políticas culturais- Criatividade para o desenvolvimento 2018) sublinham que a arte e a educação através da arte têm um papel importante na construção de um futuro sustentável, já que a promoção da criatividade, inovação e pensamento crítico, fomentam a existência de uma cultura emancipadora, de igualdade e responsabilidade social.

Ora, o enfoque no desenvolvimento deste tipo de competências e aprendizagens, a inscrever de forma transversal na didática de qualquer disciplina, apela a novas lógicas não só de diluição de barreiras entre áreas do saber, como, também, no desenvolvimento de múltiplas formas de literacia, por meio das quais o conhecimento é construído.

Mas como intervir no processo de ensino-aprendizagem? Que modos de intervenção?

Multiplicar os espaços de aprendizagem dos alunos pode ser uma boa via de acesso. Trazer museus, arquivos e bibliotecas para a sala de aula, atribuindo-lhes espaço e tempo curricular adequados, pode ser um primeiro passo.

Vários agentes culturais têm vindo a aprimorar o acesso a coleções e a disponibilizar programas educativos com elevado potencial didático. Programas que estimulam a produção de sentido, a sensibilidade estética e o livre exercício da curiosidade, recorrendo a estratégias pedagógicas que tradicionalmente se encontram fora dos modos de pensar e de fazer da escola, mas que se mostram eficazes em potenciar aprendizagens significativas.

O Museu de Arte Moderna (Museum of Modern Art), mais conhecido como MoMA, é disso um exemplo. Trata-se de um museu sem fronteiras, capaz de criar um diálogo com o visitante, dando-lhe uma visão dinâmica e multidisciplinar, na exploração da arte, das ideias e dos problemas de nosso tempo.

O desafio que se apresenta neste sítio inscreve-se nesse limiar do poder fazer diferente no que às artes na educação diz respeito. É como se uma porta se abrisse para um determinado período de tempo, no qual é possível identificar temas preponderantes, cujas visões originais ajudam a expandir os limites da arte como meio de expressão e, simultaneamente, permitem conhecer, refletir e contemplar obras dos mais influentes artistas da contemporaneidade.

O contacto com a coleção, associada a um conjunto de recursos complementares (para uso em sala de aula ou para aprendizagem autoguiada) oferece oportunidades de enriquecimento pessoal e pedagógico.
Repare-se, por exemplo:
- no uso construtivo de métodos sensíveis de questionamento, presente no desenho de atividades como ocorre em Modern Landscapes
- no desenho de atividades, cujos objetivos de aprendizagem induzem:

● à descoberta de quadros famosos (ex. Three Musicians, de Pablo Picasso ; I and the Village, de Marc Chagall …);
● à discussão de conceitos (ex. Bicycle Wheel, de Marcel Duchamp; The Birth of the World, de Joan Miró…) e de preconceitos (American People Series #20: Die, de Faith Ringgold);
● à exploração e análise de imagens (Migrant Mother, de Dorothea Lange);
● ao entendimento de correntes artísticas ( ex. aprender a pintar no estilo cubista dos artistas Pablo Picasso e Georges Braque ; Painting Modern Life)
● à exploração de temáticas (p.ex.Migration and Movement; Globalization and the Standardization of Identity)
● ao envolvimento do aluno na descoberta (ex. design) e no conhecimento de técnicas de pintura (ex. Elementos que se juntam para formar tinta....)

Nestas microforças pressente-se um núcleo de resistência capaz de se erguer contra as lógicas de exposição e repetição que têm alicerçado as práticas pedagógicas nas escolas. Caberá, no entanto, ao professor o complexo encargo e os saberes para criativa e criticamente: selecionar as atividades que melhor se adequem aos objetivos e contextos de aprendizagem (colocando cada vez mais o aluno como protagonista); recriar o ensino (por meio de projetos transdisciplinares); proporcionar acesso a recursos educativos de qualidade e criar, dessa forma, espaços significativos de aprendizagem.

Destaques:
Tools & Tips
Printed Guides for Educators
Glossary of Art Terms

Qua | 04.11.20

Construir soluções apoiadas na Biblioteca Escolar: O caso da Biblioteca do Agrupamento de Escolas de Gavião

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Num Mundo que acorda diferente todos os dias pede-se adaptabilidade, flexibilidade. E é dessas características que a biblioteca do Agrupamento de Escolas de Gavião se faz a cada novo dia.
Com o ensino à distância, e mesmo tendo todos os alunos acesso a equipamentos disponibilizados pela Escola e/ou Autarquia, revelaram-se iliteracias, dificuldades no uso das ferramentas digitais decorrentes de assimetrias contextuais e comprometedoras do processo de aprendizagem.
Tais dificuldades não podiam continuar a ser constrangimentos, mas oportunidades de crescimento e desenvolvimento de novas estratégias. Em comum com o Conselho de Diretores de Turma, que procederam ao levantamento das maiores dificuldades digitais dos alunos, criou-se um espaço de aprendizagem na Biblioteca Escolar, para o incremento das literacias digitais. No espaço de DT Alunos recebem-se os alunos sinalizados ou aqueles que solicitem um reforço numa ferramenta digital.
A Professora Bibliotecária, Ana Paula Pio, faz a formação destes utilizadores, a partir de uma tarefa indicada por um dos docentes do conselho de turma e que pode ir desde um simples utilizar de email, anexar documentos, ao reforço de competências no uso da Plataforma TEAMS, utilização do Zoom, produção e apresentação de trabalhos. Exploram-se ainda novas ferramentas e/ou aplicações úteis no contexto pedagógico e até lúdico.
Adaptamo-nos todos os dias às necessidades dos nossos utilizadores. Temos um serviço de referência presencial e online que não se esgota na literacia da leitura, por vezes indicada como o papel único das bibliotecas, mas que procura ser um apoio transversal e eficaz ao currículo. Este trabalho só é possível se articulado em rede, entre os Diretores de Turma, os Conselhos de Turma e a Biblioteca Escolar.
É nesta rede que se constroem soluções adequadas à diversidade.

Paula Pio
Professora bibliotecária do Agrupamento de Escolas de Gavião

Ter | 03.11.20

Miúdos a Votos - nomeação de livros

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A Rede de Bibliotecas Escolares e a VISÃO Júnior voltam a organizar, pelo quinto ano consecutivo, a eleição dos livros preferidos das crianças e jovens portugueses, através desta iniciativa que promove a leitura e o desenvolvimento de competências de cidadania ativa.
Como já é do conhecimento geral, nesta atividade será dada a possibilidade às crianças e jovens, através de uma eleição realizada em todas as escolas, de votarem no livro de que mais gostam, replicando os procedimentos e as normas de uma eleição real.
Este ano, os alunos são convidados a nomear o seu livro preferido a partir do dia 2 de novembro e até às 23:59 do dia 30 de novembro.

Artigo completo: Miúdos a Votos • 5.ª edição 

Seg | 02.11.20

Bibliotecas seguras em ação

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Há 20 anos atrás, quando a Biblioteca Amélia Pais, da Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, em Leiria, começou a assinalar o Dia Internacional da Biblioteca Escolar, ninguém imaginou que, um dia, as bibliotecas e as escolas se esvaziariam. Também ninguém imaginou bibliotecas com um número limitado de utilizadores e acesso restrito aos livros. Mas ninguém duvidaria que a biblioteca encontraria sempre um caminho para continuar a funcionar.
O texto de opinião partilhado no dia 26 de outubro no blogue da Biblioteca Amélia Pais mostra como é que, pouco a pouco, alunos e os professores redescobriram o seu espaço na biblioteca:
“Em cada ano se assinala o Dia Internacional da Biblioteca Escolar. Ultimamente até todo o mês de outubro é o Mês Internacional da Biblioteca Escolar.
Foi há mais de 20 anos que a nossa biblioteca começou a assinalar esse dia, o que ainda não era comum em Portugal.
Hoje há estudos que demonstram o que faz a ausência, ou mesmo a inexistência, da biblioteca escolar na aprendizagem.
A nossa biblioteca vai cuidando cada vez mais dos serviços à distância através da página web: consulta do catálogo, guiões orientadores para diferentes tarefas, contacto por formulário ou direto por email, Recursos Educativos Digitais (em construção), sugestões de endereços eletrónicos...
As atividades com alunos mudaram de local, são na sala de cada turma, e foram pontualmente ajustadas ao que as circunstâncias exigem. Mas seguem o seu curso, naturalmente.
Mas a biblioteca também é festa. E vêm os passatempos, os clubes: de Guitarra, de Teatro, de Robótica, de Escrita Criativa e Leitura em Voz Alta. Tudo em funcionamento neste momento.
E o espaço físico, desde que o ano letivo começou, vai-se enchendo, a pouco e pouco, de alunos que vêm estudar, fazer trabalhos de casa, ler, usar o computador. 
E tudo vai ganhando (mais) sentido, tudo encontra o seu lugar e os serviços e as pessoas de que a biblioteca escolar também é feita sentem que vale a pena.
Ainda bem que há um dia para fazermos a festa à Biblioteca Escolar e ao que ela É.”

Tal como a Biblioteca Escolar Amélia Pais, a generalidade das bibliotecas continua a trabalhar, ajustando-se aos novos tempos. Convidam-se assim as bibliotecas escolares a partilharem os materiais que produziram (cartazes, fotografias, filmes...), subordinados ao tema "Bibliotecas seguras em ação".

Os materiais podem ser enviados através do formulário [https://bit.ly/3kQrtT9] e serão partilhados na rede social Instagram da RBE [https://www.instagram.com/rbe_pt/].

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