O CIEC é um Centro de Ciência que “vive” dentro de uma escola, está organizado em salas temáticas inspiradas no contexto local (ex. “Explorando o Castelo”; “Explorando o Tejo”...) e tem um laboratório de ciências concebido originalmente para a realização de atividades práticas de ciências no 1ºCEB.
Ao longo do webinar é apresentado este projeto inovador e são dados exemplos de práticas que integram a exploração dos módulos de ciências da exposição permanente do CIEC com atividades realizadas no laboratório, no âmbito do currículo formal do 1.º CEB.
Trata-se de uma inovadora perspetiva de organização da educação em ciências, integrando o formal e não formal.
É produto e objeto de investigação de uma equipa do Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro & Centro de Investigação em Didática e Tecnologia na Formação de Formadores – CIDTFF.
A necessidade de construir lugares de encontro, reflexão e diálogo, a respeito dos problemas que afetam as crianças e os jovens nas suas vidas diárias, pode ser facilitada pela disponibilização, leitura ou, mesmo, exposição de álbuns gráficos, selecionados pelo professor bibliotecário, de preferência “em cooperação com os alunos para garantir que os materiais refletem os seus interesses e cultura” (IFLA, 2015, p. 40).
Tendo crescido numa comunidade mediática impregnada de imagens visuais (internet, jogos de computador, televisão ...) e convivendo com diversas populações que possuem diferentes competências e estilos de aprendizagem, as crianças e jovens podem encontrar na novela gráfica um elemento de consenso favorável à reflexão, discussão de ideias e descoberta da própria voz ou meio de influência na comunidade. Combinando imagens visuais a textos, muitas vezes curtos e simples, este género literário adapta-se a uma aprendizagem não-formal e informal que pode suscitar a curiosidade de todos, sem perder o seu propósito educativo.
Um dos produtos do Projeto LIDIA é um livro de atividades com tecnologias destinadas a adultos. Este livro, em formato e-book, mas também em impressão convencional, integra propostas de atividades com tecnologias especialmente criadas para promover a literacia e a inclusão digitais, em especial dos adultos com menos oportunidades para aceder e utilizar o potencial que o desenvolvimento tecnológico coloca hoje à nossa disposição.
As sugestões de atividades de inclusão digital incluídas no eBook partiram do levantamento de situações concretas em que o cidadão adulto encontra dificuldades para exercer a sua autonomia por não saber utilizar as tecnologias digitais. Estas propostas de atividades visam sobretudo constituir um estímulo e inspiração sobre o que pode ser feito com tecnologias digitais para promover uma cidadania efetiva de todos os cidadãos, e têm como principais destinatários formadores, animadores, técnicos de educação e técnicos da área social inseridos em contextos de formação formal e não formal que intervenham na mediação e concretização de ações dirigidas a públicos tipicamente mais afastados da “sociedade da informação”.
Destina-se nomeadamente a profissionais responsáveis pelas áreas culturais, educativas e de ação social de câmaras e juntas de freguesia, IPSS, associações culturais e recreativas, museus, universidades seniores, centros de dia, mas também a docentes e outros educadores.
Referência: E-book · LIDIA · Literacia Digital de Adultos. (2018). LIDIA · Literacia Digital de Adultos. Retrieved 14 January 2020, from http://aprendercomtecnologias.ie.ulisboa.pt/e-book/
Título: Esteiros Autor: Soeiro Pereira Gomes Edição: Agrupamento de Escolas Leal da Câmara Revisão e diagramação: Carlos Pinheiro Coleção: Clássicos da Literatura 1.ª edição: janeiro de 2020 Imagem da capa: Angelina Pereira
Edição segundo as regras do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, com base na edição de 1941 (Edições Sirius).
«Esteiros, minúsculos canais, como dedos de mão espalmada, abertos na margem do Tejo. Dedos das mãos avaras dos telhais que roubam nateiro às águas e vigores à malta. Mãos de lama que só o rio afaga.»
"Em forma de livro, feita em pequenas oficinas colaborativas, com folhas repletas de palavras e ilustrações, a canastra (também designada por alcofa, gamela ou giga) carregou, desta vez, a imaginação da comunidade educativa do Agrupamento de Escolas de Alcochete."
Estudo sobre um contexto singular e original, onde o fluxo da leitura é entremeado com interação, partilha e produção de conteúdo, a partir do uso de aplicativos e streamings. A associação entre essas novas tecnologias no oferecimento de livros literários interativos é denominada de plataformas de literatura-serviço, já que seu conteúdo é oferecido pela tecnologia digital e móvel, e apresentado em forma de serviços, transmutando o comportamento e a experiência do leitor no processo de leitura.
A Geração Alpha chega às instituições educacionais com um desempenho instrumental elevado das tecnologias, para uso multifuncional, com destaque para a interação, comunicação e produção síncrona, mas com pesada lacuna em relação à competência literária.
Apresenta-se um recorte de investigação, em desenvolvimento, que tem como objetivo analisar o comportamento e a experiência do leitor infantil de aplicativos de literatura-serviço.
Neste artigo, destaca-se, além do referencial teórico, a análise de hotspots do aplicativo TecTeca, objeto da pesquisa. Conjectura-se que os aplicativos de literatura-serviço, por usar mídias dinâmicas e ferramentas de interação, expressão e comunidade de leitores, ocasiona pontos relevantes no estímulo à prática de leitura literária para a Geração Alpha.
Portanto, recomenda-se seu uso, nas bibliotecas escolares, como um novo instrumento para as atividades com a literatura.
Reconhecendo os jovens de todo o mundo “como agentes poderosos de mudança social”, a Organização Internacional para Migrações (OIM) e a Aliança de Civilizações das Nações Unidas instigou-os a formar uma visão original e criativa capaz de responder, de modo construtivo, ao mundo atual dominado pela intolerância e divisão.
Da participação de jovens de quase uma centena de países resultou um conjunto de curtas metragens (1 a 5 minutos), nos géneros de animação, documentário, videoclip e comédia, “focadas nas questões sociais da migração, diversidade, inclusão social e prevenção da xenofobia”. [...]
Como educar e investigar na IV Revolução Industrial? Devem ter prioridade as ciências hard (science, technology, engineering & mathematics, STEM) sobre as ciências soft, sociais e humanísticas? Analisa-se aqui o custo e o impacto de uma suposta neutralidade ética e advoga-se um novo contrato social que integre as hard e as soft.
“Hay que ser absolutamente moderno”, escribía Rimbaud, en 1873. ¿Cómo no serlo hoy, en el mundo líquido de Internet, donde hemos ahogado toda categoría tradicional de territorio, propiedad o identidad? Puesto que, como científico y docente, deseo ser moderna sopeso afiliarme a STEM1, que no es un nuevo deporte, sino las siglas de la asociación de las más hard de las ciencias: Science, Technology, Engineering & Mathematics. Algunos diseñadores de políticas educativas de vanguardia y la avanzadilla científica más disruptiva están intentando convencerme de que investigar y enseñar en STEM resulta mucho más útil para la sociedad que hacerlo en Social Science & Humanities (SSH)2, ciencias simplemente soft. ¿Acaso no es preferible dedicar más tiempo, esfuerzo y presupuesto a la biología sintética, que solucionará la enfermedad del envejecimiento, que al análisis sociológico de las consecuencias de la inmortalidad? ¡Avancemos en la buena dirección y desarrollaremos un catálogo de títulos, competencias y destrezas adaptativas para la meta-educación!
En aras del progreso, me recomiendan investigar, en el nuevo esperanto STEM, desde ciencias precisas, eficientes, medibles y en la vanguardia de la tecnología y arrinconar la subjetividad cualitativa de la ciencia degenerada escrita a lápiz, en bellas e inútiles palabras. Porque no basta definir triángulo, en cuanto entrar en las propiedades geométricas y de medición asociadas a cualquier triángulo, la palabra debe decaer en beneficio de diagramas, árboles, experimentación, autorregulación y feedback permanente. Debemos elaborar materiales educativos nuevos, consensuar una lista de key skills3, preparar profesores, y definir un entorno cultural adecuado. Siguiendo un artículo reciente, la asociación apuesta por la cultura hip-hop. Confieso mis carencias para rapear cadenas de Markov4, pero lo intentaré.
¿Qué pasará con las ciencias soft en ese escenario? Bradbury apunta una solución en Fahrenheit 4515: ¡quememos los libros que predican fantasías y desvían del objetivo! ¡Pongamos a latinistas, teólogos, antropólogos, novelistas y a todos los que se resisten a la modernización a trabajar por el bienestar! ¡Reeduquémosles! ¿Necesita un niño conocer a Séneca, Napoleón o Borges?, ¿precisa memorizar teniendo un teléfono inteligente en el bolsillo? ¿Y qué me dicen de investigar el universo Kandinsky6? Su resultado puede satisfacer nuestra curiosidad intelectual pero es conocimiento inútil: no ofrece soluciones reales para problemas auténticos. Me permito sugerirles que conserven a los cineastas: la gente necesita recargar sus baterías pasando muchas horas ante una pantalla y hay que darles de comer. [...]