No dia 20 de fevereiro foi apresentado na Galiza (Santiago de Compostela) o nosso projeto "Dilfícil Leitura". Nosso: das professoras de ensino especial, da professora bibliotecária, das auxiliares de educação, dos Pais, da Biblioteca Municipal, da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), da Laredo, do Agrupamento de Escolas S. Gonçalo....
A apresentação decorreu nas jornadas formativas da Rede de Bibliotecas Escolares da Galiza, na Escola Galega de Administación Pública em Santiago de Compostela onde foi partilhado o trabalho de mediação do livro e da leitura que tem vindo a ser feito junto de alunos com necessidades educativas especiais, através da Laredo Associação Cultural.
Este encontro formativo acontece no seguimento da intervenção/projeto Dilfícil Leitura apresentado no Folio/Educa (Óbidos/Portugal) a convite da Curadora Maria José Vitorino (Professora Bibliotecária).
Na realidade, tudo começou há 3 anos por iniciativa de Goretti Cascalheira, Biblioteca Municipal de Torres Vedras, lançando as Oficinas improváveis que têm percorrido as bibliotecas escolares do concelho promovendo a leitura inclusiva e a acessibilidade aos livros.
Trata-se de um projeto que decorreu durante 2 meses intensos numa biblioteca escolar rural (no meio das vinhas) no Centro Escolar da Ventosa (Torres Vedras) e envolveu crianças com necessidades educativas especiais, maioritariamente do perfil autista (severo), crianças das diferentes turmas que se constituíram em tandem para desenvolverem leitura a par e mediação leitora, 1 professora bibliotecária (figura central em todo o processo), 3 professores de ensino especial e 3 auxiliares de educação e Miguel Horta, mediador da leitura no contexto das necessidades educativas especiais.
Este projeto decorreu com grande envolvimento da Rede de Bibliotecas Escolares e da Laredo Associação Cultural e do Agrupamento de escolas de S. Gonçalo (Torres Vedras). O trabalho foi desenvolvido em laboratório, na biblioteca escolar onde foram criadas as condições para o seu desenvolvimento.
Apresentámos um conjunto de livros que foram testados pelas crianças e adultos. Um dos objetivos do projeto, para além da pesquisa pedagógica, foi retirar as unidades de ensino especial (multideficiência e autismo) do isolamento que vivem na escola. Por outro lado, interessava-nos clarificar a diferença entre acessibilidade e inclusão, e foi nesse ponto de vista que também pensámos os livros, permitindo a fruição, tanto pela criança autista, quer pelo seu par. Importava mostrar que a biblioteca é um lugar onde cabe toda a gente e que as metodologias não-formais usadas na “casa dos livros” tinham um efeito positivo sobre as crianças, propondo um caminho mais aberto, diverso das práticas correntes do ensino especial no nosso país.
Os professores de ensino especial desta escola de Torres Vedras abraçaram o projeto, tratando de adaptar alguns livros a objetivos específicos da aprendizagem da leitura funcional e não só, com assinalável sucesso, relembrando que o livro é uma ferramenta sobre a qual se podem inventar mil e uma formas de mediar, de acordo com o perfil específico dos alunos. Durante o projeto foram desenvolvidos alguns materiais auxiliares ao momento da leitura que pretendem captar o foco e a perceção das crianças mais dispersas.
Também valorizámos o empréstimo domiciliário no contexto da sala de ensino especial, mesmo sabendo que algumas das nossas crianças poderiam danificar os livros.
Outra decisão deste projeto, foi valorizar o papel das auxiliares de educação, referentes sólidos das crianças especiais (autismo e multideficiência) no interior da escola, como mediadoras de leitura especializada, a par dos docentes e do mediador da leitura.
A ida ao Folio/Educa (Festival Internacional de Literatura de Óbidos) foi o ponto alto do nosso projeto – durante um dia, alunos em tandem, auxiliares de educação, professores de ensino especial e o mediador de serviço, partilharam com grupos visitantes (alunos e professores) os livros e a metodologia desenvolvida na escola da Ventosa. Este projeto envolveu toda a comunidade escolar, com especial destaque para os Pais que confiaram na nossa aventura, e aponta um caminho possível para a inclusão, onde a biblioteca escolar desempenha um papel proactivo e central. Na sequência do “Dilfícil Leitura” a professora bibliotecária Joana Rodrigues lançou uma nova ideia de leitura inclusiva no interior da escola, “Ler é ser especial”.
por Miguel Horta
Texto composto a partir de textos do Facebook e do blogue da Laredo, da autoria de Miguel Horta (responsável pelo projeto), reproduzido aqui com algumas alterações.
As leis do direito de autor em todo o mundo mudam constantemente no intento de adaptar-se -ou reagir- ao mundo digital. Estas mudanças podem ter um grande impacto no funcionamento das bibliotecas e no serviço que prestam.
Embora algumas reformas ofereçam novas possibilidades e segurança jurídica, outros olham para trás e tentam usar a lei para restringir a capacidade das bibliotecas de garantir aos utilizadores um acesso significativo à informação.
É por isso que o comitê de direitos autorais da IFLA e outros comitês e redes de assuntos jurídicos compilaram um inventário das reformas recentes e em andamento que afetam as bibliotecas e os seus serviços em todo o mundo. Após esta primeira parte, a segunda parte identificará as questões que parecem estar a ganhar importância nas reformas de direitos autorais e na abordagem que os países estão a tomar.
Fonte: Copyright for Libraries in 2018 – Part 1 « Library Policy and Advocacy Blog Copyright for Libraries in 2018 – Part 1 « Library Policy and Advocacy Blog. (2018). Blogs.ifla.org. Retrieved 20 February 2018, from https://blogs.ifla.org/lpa/2018/02/15/copyright-for-libraries-in-2018-part-1/
O referido protocolo tem por objeto enquadrar a colaboração entre a Direção-Geral da Saúde, a Rede de Bibliotecas Escolares, o Plano Nacional de Leitura 2027 e a Egas Moniz - Cooperativa de Ensino Superior, CRL, no âmbito do referido projeto.
O objetivo da colaboração é o desenvolvimento do projeto SOBE e traduz-se na colaboração técnica e especializada, bem como para o apoio à edição e distribuição de materiais lúdico-pedagógicos pelas bibliotecas escolares, materiais estes que têm contribuído para a melhoria dos conhecimentos, comportamentos e literacia em saúde oral, junto das crianças e jovens, bem como facilitado a integração da temática da saúde oral nos currículos escolares.
O Grupo Informal sobre Literacia Mediática lança mais uma iniciativa 7 Dias com os Media entre os dias 3 e 9 de maio de 2018, desafiando pessoas e instituições “a prestar atenção ao lugar que os media e as redes sociais ocupam no nosso quotidiano”. Se a importância e o impacto daqueles é crescente, também há um conjunto de preocupações ligadas ao seu uso que surge de forma cada vez mais nítida. Por exemplo:
“Como nos podemos tornar mais capazes de um uso inteligente e criativo das máquinas e dos conteúdos e ser mais exigentes naquilo que partilhamos e de que gostamos? Como podemos enriquecer-nos culturalmente com as redes sociais e outras plataformas digitais? A que ferramentas e métodos recorrer, para ser capaz de distinguir entre o que tem valor e o que é mentira ou mesmo charlatanice? De que modo gerir o tempo, para não ficarmos demasiado dependentes dos ecrãs e, antes, os utilizemos para enriquecer os encontros diretos e explorar o mundo em que vivemos?”
Entre 3 e 9 de maio de 2018, ou numa data próxima mais conveniente, convidamos as escolas e muito especialmente as bibliotecas escolares a associarem-se a esta semana dos 7 Dias com os Media. Todas as atividades e projetos visando refletir e capacitar para um uso mais competente e crítico das redes sociais podem ser enquadrados nesta iniciativa. Consulte a página 7 Dias com os Media, onde encontrará Materiais de Apoio e registe as atividades da sua biblioteca no formulário próprio.
Guardador das escrituras do Tombo, a ele D. Duarte confiou a missão de escrever "as estórias dos reis que antigamente em Portugal foram", mais os feitos do seu pai, o Mestre de Avis. Neste artigo, contamos quem foi Fernão Lopes, o cronista do reino.
De origem modesta, Fernão Lopes terá nascido por volta de 1380, perto de Alfama, em Lisboa. Em 1418 era ele o «guardador das escrituras» do arquivo da Torre do Tombo. Foi depois nomeado cronista-mor do reino e, nesse ofício, escreveu as crónicas de D. Pedro I, D. Fernando e D. João I, tarefa que realizou em vários anos.
Neste excerto da série “Grandes Livros“, atentamos na vida do cronista que relatou acontecimentos fundamentais do século XIV português. Fernão Lopes é considerado por muitos o pai da nossa História e um percursor do jornalismo no seu “sentido mais puro”.
Para elaborar um trabalho académico, é necessário utilizar fontes de informação de acordo com o tema que se deseje trabalhar.
Do mesmo modo, é necessário que na apresentação dos documentos académicos se citem todas as fontes consultadas. É muito importante ter em conta que a citação para o desenvolvimento de alguns escritos é obrigatória, de outra forma, o texto poderia-se considerar como plágio. Esta falta refere-se à utilização de produções escritas ou orais de outras pessoas dentro de um texto sem as citar devidamente. De acordo com o anterior, existem vários tipos de normas que regulam a apresentação de textos académicos. Uma das mais utilizadas internacionalmente são as Normas APA, desenvolvidas pela Associação Americana de Psicologia, que indica requerimentos específicos de trabalhos científicos no que se refere a conteúdo, estilo, edição, citação, referenciação, apresentação de tabelas e imagens, etc.
Que fique claro que as normas APA estão concebidas para a apresentação de artigos científicos, de maneira que se devem adaptar com as mínimas alterações necessárias para a apresentação de textos como ensaios ou teses.
No texto apresentam-se as considerações mais relevantes da sexta edição das normas APA (2010), pelo que se deve entender que o conteúdo exposto no presente documento é produto do Centro de Escritura Javeriano para facilitar o seu uso. Se o utilizador quer mais informação sugere-se que recorra ao manual completo ou a http://www.apastyle.org
A Rede de Bibliotecas Escolares estabeleceu uma parceria com a revista Fórum Estudante.
A revista, com periodicidade mensal divulga, desde setembro, ações relevantes no âmbito da promoção da leitura (atividades, projetos, boas práticas), realizadas pelas bibliotecas escolares do continente.
A revista tem como público-alvo os alunos e professores do ensino secundário, dando especial atenção às propostas formativas para estes alunos, bem como às múltiplas ofertas do ensino universitário para prosseguimento de estudos.
Paralelamente, lança discussão sobre temas da atualidade, passatempos, tecnologia, escolas, cinema e atividades realizadas pelas diversas “Academias Fórum” – experiências pedagógicas inovadoras e gratuitas com apoio de vários Institutos Politécnicos do país, nas quais os alunos interessados se podem inscrever.
A revista é publicada nos formatos impresso e digital, sendo distribuída pelas bibliotecas escolares das Escolas Secundárias e disponibilizada online.