Como criar e organizar uma exposição na biblioteca? (PDF, 27 páginas) É um novo guia prático posto em linha pela ARL PACA(Agence Régionale du Livre) no início de 2016.
A APDEN (Association des Professeurs Documentalistes de l'Éducation Nationale) publicou, no último número da sua revista Mediadoc, um artigo sobre o referencial Aprender com a Biblioteca Escolar que agora se disponibiliza. O convite à RBE para a elaboração do artigo foi feito na sequência da nossa participação na conferência IFLA WLIC (World Library and Information Conference) de 2015.
Todos - família e escola - são responsáveis por transformar as crianças em leitores competentes, diz a jornalista e escritora Januária Cristina Alves
Educação literária é aquela capaz de transformar pessoas em leitores competentes, ou seja, naquele leitor que não apenas entende as palavras de um texto, isoladamente, mas também compreende seu contexto e utiliza suas referências para apreendê-lo. Quem explica é Januária Cristina Alves, escritora com mais de 40 livros para crianças e jovens publicados no Brasil. Educar literariamente as crianças, afirma, é função não apenas das escolas, mas também dos pais. “Todos somos os mediadores da leitura do mundo de nossas crianças”, diz.
Antes de se render à literatura, Januária Cristina Alves trabalhou como jornalista, roteirista do incrível Bambalalão – programa infantil da TV Cultura que, na década de 80, reunia contação de história, teatro, teatro de bonecos, música, artes plásticas e brincadeiras – e foi colaboradora da Mauricio de Sousa Produções, onde fez roteiros de histórias da Turma da Mônica. Em 1990 recebeu o Prêmio Wladimir Herzog de Direitos Humanos, pela criação do Sport Gang, a primeira publicação infantojuvenil com foco em esporte e ecologia, e em 2014 ganhou o Prêmio Jabuti com Para Ler e Ver Com Olhos Livres, da Editora Nova Fronteira, na categoria Didáticos/Paradidáticos.
Confira a seguir, a conversa com Januária:
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O que é educação literária? É um conceito antigo ou mais contemporâneo?
Educação literária, como um conceito mais estruturado, é algo recente, que surge com os estudos de teoria literária que investigam as questões da leitura e da formação do chamado leitor competente. Ou seja, aquele que não só compreende as palavras, mas é capaz de ler um texto, compreender o seu contexto, dar-lhe um sentido com base em suas referências e ainda compartilhá-lo socialmente. A educação literária pretende formar esse leitor competente.
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Quem deve cuidar da educação literária de uma criança? Qual é o papel da família e da escola nesse processo?
Todos nós podemos e devemos cuidar da educação literária das nossas crianças. Segundo nosso educador maior, o pernambucano Paulo Freire, a leitura do mundo precede a leitura da palavra, ou seja, todos somos os mediadores da leitura do mundo de nossas crianças. Ler para elas, com elas, observar o que nos cerca e conversar, perguntar o que veem e como veem, tudo isso faz parte da educação literária. Sem falar que nosso exemplo é o maior instrumento dessa educação. Uma criança que observa seus pais e professores lendo, percebendo os fenômenos que nos cercam e tentando compreendê-los vai entender que a leitura não só é algo interessante, mas necessário para compreender a nós mesmos e ao mundo em que vivemos.
Aqui fica a conversa entre o escritor português e George Steiner, promovida pela revista LER e o CLEPUL, disponível no canal do Youtube do CLEPUL. Dia histórico, esse de 9 de Outubro de 2011, em Cambridge.
O livro “Narrativas de experiências docentes com o uso de tecnologias na educação ‘básica’”, organizado pelas professoras doutoras Adriana Barroso de Azevedo (Universidade Metodista de São Paulo) e Maria da Conceição Passeggi (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) apresenta questões importantes e de grande atualidade ao abordar a temática do uso de tecnologias no campo da educação, focalizando de modo especial a educação básica. Os textos compõem um conjunto coerente, constituído por narrativas produzidas por docentes sobre o uso de meios digitais em suas práticas pedagógicas. Fruto da experiência de pesquisa-formação desenvolvida pela professora Adriana Barroso de Azevedo em curso de extensão na Universidade Metodista de São Paulo, o livro consegue abordar e refletir sobre experiências muito diversificadas no uso de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), permitindo que sejam visualizadas novas formas assumidas na prática pedagógica com a utilização dos mesmos. São inúmeros os usos e as ferramentas analisados nas experiências relatadas, sugerindo ao leitor possibilidades várias de alternativas pedagógicas que não é possível reproduzir aqui. (...)
Profa. Dra. Zeila de Brito Fabri Demartini - Programa de Pós-graduação em Educação Universidade Metodista de São Paulo