Treze anos é um bom tempo para relembrar como tudo começou e o que até então conseguimos realizar no âmbito da Rede de Bibliotecas Escolares em Portugal. É um tempo de balanço, avaliação e também de comemorações. Tempo para pensar sobre as coisas boas que aconteceram na nossa roda viva de trabalho, em prol da construção de uma rede de interesses especialmente dedicada à leitura e à organização de espaços atractivos que favorecessem ainda mais o incentivo e a mobilização para o belo prazer do acto de ler. No início tudo parecia mais um sonho, mas acreditamos na frase do Chico Buarque que diz “está provado, quem espera nunca alcança”. Por isso, arregaçámos as mangas e fomos fundo no nosso sonho, abrimos portas e janelas, conversamos com quem passava e percebemos que muitos tinham a mesma utopia que nós.Ler mais >>
Os nossos colegas de língua castelhana, de aquém e de além-mar, já transformaram o conceito num acrónimo: ALFIN é o termo utilizado para designar aquilo que em Portugal, adoptando a palavra de origem inglesa, chamamos mais vulgarmente de literacia da informação, mas que não será desadequado chamar de ALFabetização INformacional. De acordo com os standards da AASL (American Association of School Librarians) para o estudante do século XXI (AASL_LearningStandards.pdf (Objecto application/pdf) ) , os alunos que são alfabetizados em informação acedem-lhe de forma mais efectiva e eficaz, avaliam-na de modo crítico e competente e usam-na adequada e criativamente. Hoje em dia, o trabalho de proporcionar um acesso equitativo, quer físico quer intelectual, aos recursos de informação e às ferramentas necessárias à aprendizagem no ambiente agradável e propício ao conhecimento das bibliotecas escolares, requer que nestas também esteja assegurada a existência de um corpo de professores bibliotecários que assegure o tratamento adequado da informação, bem como a formação nas estratégias necessárias ao uso da informação nos seus mais variados formatos e meios de transmissão, e naturalmente à sua transformação em conhecimento útil e criativo. A colaboração com o restante corpo docente da escola é essencial para que esta prática seja efectiva, aproximando o trabalho do bibliotecário do trabalho do professor e vice-versa.
RBE 10 anos Depoimento do Professor Doutor Marçal Grilo
É sempre difícil fazer um depoimento sobre um tema que nos é muito caro e com o qual estamos relacionados de forma particular. O Programa das Bibliotecas Escolares lançado em 1996 e que portanto completa agora dez anos de existência é uma daquelas iniciativas a que me orgulho muito de ter o meu nome ligado.Uma Escola sem Biblioteca é como uma Biblioteca sem livros, ou seja, a Escola para o ser realmente tem que dispor de uma espaço onde “reina” o livro e onde cada um pode dedicar-se à leitura, ao estudo, à reflexão e à aprendizagem. Leitura esta que deve incluir uma grande diversidade de temas, sejam das matérias inscritas nos curricula escolares, seja de tudo o que em forma de livro possa merecer o interesse dos alunos ou dos professores.ler mais >>