Já demos a conhecer algumas apresentações dedicadas à biblioteca 2.0, a maior parte delas com um enfoque generalista e pouco contextualizado, esta, pelo contrário, aborda de forma muito clara o que significa, na prática, colocar a web 2.0 ao serviço da biblioteca, onde o utilizador é, na verdade, central a todo o processo, situando a biblioteca num novo paradigma. Apesar de se dirigir às bibliotecas públicas, parece-nos que, através dos numerosos e significativos exemplos de portais que apresenta, pode dar pistas e ideias muito interessantes, de aplicação às bibliotecas escolares. Propomos uma análise atenta da apresentação e aguardamos os vossos comentários. Fonte: Lionel Dujol.http://labibapprivoisee.wordpress.com/2008/10/05/reinventer-les-services-en-ligne-de-biliotheque/
Um grupo espanhol de escritores de literatura juvenil – Serra i Fabra, Cornélia Funke, Laura Gallego, Elvira Lindo e Maite Carranza – apresenta as suas propostas para conquistar leitores perdidos, crianças e jovens que deixam de ler à medida que vão crescendo. A Federación de Grémios de Editores de Espanha, referindo estatísticas de 2007, indica que os adolescentes de 13 anos lêem em média 8 livros por ano, enquanto nos jovens de 25 anos a média desce para 1 a 4 livros. Entre a narrativa fantástica que primeiro atrai os jovens, ou mesmo alguma literatura mais realista e os chamados livros para adultos, parece existir um vazio. O fenómeno é antigo e até certo ponto normal, dizem aqueles escritores, que apontam várias razões:
a explosão hormonal e as mudanças no corpo, que passa a estar demasiado ocupado com as suas próprias transformações;
a importância que adquire a vida social: as saídas, os amigos, pertencer a um grupo;
o pouco tempo que sobra depois das actividades lectivas, extracurriculares e de estudo;
a preferência dada à televisão - a que os jovens dedicam 4 vezes mais tempo que à leitura - e à internet;
a leitura exige paciência e não oferece gratificação imediata, o oposto da educação que muitos jovens recebem, estimulando constantemente actividades novas, o que é uma receita, diz Elvira Lindo, para os tornar permanentemente insatisfeitos e neuróticos;
as leituras escolares obrigatórias, seleccionadas unicamente em função de critérios pedagógicos. Não existem antídotos infalíveis, mas será bom termos em conta alguns princípios que parecem óbvios, mas às vezes esquecemos:
a finalidade principal da leitura deve ser o próprio prazer de ler e não a aprendizagem;
é necessário atender às competências leitoras dos jovens, ou a incompreensão será o 1º factor de desmotivação;
as leituras não têm que ser solitárias, a internet oferece páginas e fóruns de apresentação e comunicação sobre livros, e encontro entre os leitores, como Laura Gallego promove na sua página http://www.lauragallego.com/noticias.html
embora alguns clássicos sejam imprescindíveis, podem ser combinados com títulos modernos e não há que ter medo se os adolescentes não gostam do que consideramos a boa literatura;
encontrar o género, o autor ou o livro de que gostamos é, dizem os escritores, como encontrar o amor, distinto para cada um de nós e uma procura difícil.
Quantos de nós podem dizer que só leram "bons livros" na sua adolescência? E não é o prazer e não a aprendizagem que nós, adultos, procuramos na literatura? Segundo aquele grupo de escritores, os livros para jovens devem oferecer: boa dose de entretenimento e um desenvolvimento da intriga que aguce a curiosidade, como as novelas policiais; fantasia, épica e iniciação como o realismo mágico. Algumas sugestões de leitura juvenil:
Realiza-se este ano, na cidade do Porto, entre 28 e 30 de Janeiro de 2009, o Encontro Internacional BOBCATSSS’2009, dedicado aos "Desafios para o Novo Profissional da Informação", onde serão abordados os seguintes temas:
Interdisciplinaridade da Ciência da Informação O Profissional e a Gestão da Informação O impacto actual das novas tecnologias na vida do Profissional da Informação A ascensão e a queda das bibliotecas e arquivos físicos Literacia da Informação eLibraries & eArchives O Bibliotecário 2.0
Este encontro, que vai na s 17ª edição, é organizado por estudantes do Curso de Mestrado e do Curso Licenciatura em Ciência da Informação da Universidade do Porto, em parceria com um grupo de estudantes da Universidade de Tampere (Finlândia), sob os auspícios da European Association Library and Information Education Research - EUCLID
O Instituto Camões vai colocar em acesso livre, na Biblioteca Digital, a partir do dia 8, cerca de 1200 documentos da cultura portuguesa, abrangendo os últimos cinco séculos.
Vão estar disponíveis textos literários, pautas musicais, ensaios, poemas, estudos científicos, incluindo textos literários de grandes autores portugueses falecidos há mais de 70 anos.
Um conjunto de editores e livreiros norte-americanos em colaboração com a Universidade de Rochester, escolheu os 25 livros de ficção estrangeira melhor traduzidos nos EUA. Entre esses contam-se 2 portugueses, António Lobo Antunes e José Saramago, o angolano José Eduardo Agualusa e o brasileiro Rubem Fonseca.
Quando olhamos para este filme temos a sensação de que nada é já novidade, estamos só à espera que o futuro se faça presente, porque começamos a estar preparados para ele.
Estamos na quadra que convida à realização de balanços e sínteses do ano que findou. Por isso fomos à Web espreitar um pequeno nº de sítios onde é feito o tradicional balanço dos livros publicados no último ano. Começámos pelo Ípsilon, suplemento cultural do Público que desde o mês passado se encontra em linha, http://ipsilon.publico.pt/, e procurámos depois em algumas publicações congéneres estrangeiras. Deixamos aqui as ligações para os sítios visitados, cujas listas tipo “best of” reflectirão critérios diversos e opções particulares dos seus autores e editores, mas não deixam de constituir uma referência interessante e reflectida sobre uma parte do que de melhor se vai publicando e lendo. Curioso será também compararmos as escolhas dos críticos nacionais com as que são feitas fora de portas. Idêntico percurso poderia ser feito em relação a filmes, música, banda desenhada, livro infantil....Ainda que em todas estas matérias que implicam o gosto, é sempre a experiência pessoal quem ordena. "O nosso 2008" do Ípsilon, escolheu como melhores livros publicados em Portugal, os seguintes:
A Faca Não Corta o Fogo, Herberto Helder, Assírio & Alvim O Homem sem Qualidades, Robert Musil, Dom Quixote O Romance de Genji, Musaraki Shikibu, Relógio d’Água Livro do Desassossego, [Fernando Pessoa] Vicente Guedes / Bernardo Soares, Ed. Teresa Sobral Cunha, Relógio d’Água Salónica, Mark Mazower, Pedra da Lua Caos Calmo, Sandro Veronesi, Asa Myra, Maria Velho da Costa, Assírio & Alvim Diário de um Mau Ano, J. M. Coetzee, Dom Quixote A Grande Guerra pela Civilização, Robert Fisk, Edições 70 O Jogo do Mundo, Julio Cortazar, Cavalo de Ferro Contos Completos, Truman Capote, Sextante Ela e Outras Mulheres, Rubem Fonseca, Campo das Letras Odes, Horácio, Cotovia A Seco, Augusten Burroughs, Bico de Pena O Jovem Estaline, Simon Sebag Montefiore, Alethêia Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português, AAVV, Fernando Cabral Martins (org.), Caminho A Feiticeira de Florença, Salman Rushdie, Dom Quixote Entre os Dois Palácios / O Palácio do Desejo / O Açucareiro, Naguib Mahfouz, Civilização Correcção, Thomas Bernhard, Fim de Século A Educação Sentimental, Gustave Flaubert, Relógio d’Água
Os críticos literários do vizinho El País, publicaram no suplemento literário Babelia, várias listas de melhores livros de 2008: os 10 melhores, os 30 melhores, os 100 melhores... E elegeram mesmo de todos eles, o que mais se destacou: Chesil Beach de Ian McEwean, que consta igualmente das listas francesa e britânica e foi publicado entre nós em 2007, pela Gradiva, com o título Na Praia de Chesil. Consulte aqui as escolhas do Babelia: http://www.elpais.com/articulo/semana/placer/paraisos/perdidos/elpepuculbab/20081227elpbabese_3/Tes
No britânico Times as selecções de livros do ano alargam-se aos mais diversos domínios: arte, biografias, humor, jardinagem, música, negócios, políticos, viagens, vinhos.... Fique a conhecer toda essa variedade em: http://www.timesonline.co.uk/tol/system/topicRoot/The_Sunday_Times_Christmas_Book/ O The New York Times, através do Sunday Book Revues, também publica várias listas de livros - ficção, não ficção, os 10 melhores livros, 100 livros notáveis, livros infantis notáveis... Pode ver todas essas listas e ainda a dos anos anteriores, a partir daqui: http://www.nytimes.com/2008/12/14/books/review/10Best-t.html?ref=review No suplemento Livres do quotidiano francês Le Monde, encontrámos uma lista de livros destacados, já publicada em Agosto. Consulte aqui: http://www.lemonde.fr/livres/article_interactif/2008/08/28/les-livres-dont-on-parle_1088730_3260.html Uma comparação destas diferentes listas conduzirá, por certo, a alguns livros incontornáveis e também à consciência de algumas exclusões - todas as escolhas implicam esse risco. Mas agora chegou a vez do leitor fazer esse exercício e retirar as suas conclusões.
Pinter, referência destacada da literatura britânica, foi um dos grandes dramaturgos do século XX. Actor, director, guionista, poeta e intelectual comprometido na defesa dos direitos humanos, recebeu em 2005 o prémio Nobel de Literatura.
Foi um dos grandes representantes do teatro do absurdo juntamente com Samuel Beckett e Eugène Ionesco. Em 1958 Harold Pinter escreveu: "Não há distinção entre o que é real e o que é irreal, nem entre o que é verdadeiro e o que é falso. Uma coisa não é necessariamente verdadeira ou falsa, mas pode ser simultaneamente verdadeira e falsa".
A s editoras Prelo, Tempo, Dinossauro, Quasi e Relógio d'Água publicaram obras de Harold Pinter, deixamos as capas das mais recentes.
Edições Relógio D'Água
Quasi Edições
A pesquisa feita no catálogo global das bibliotecas escolares (216 catálogos), disponível em http://www.rbe.min-edu.pt/np4/36, deu o seguinte resultado:
Rede de Bibliotecas Escolares 2009/01/02
PINTER, Harold - Harold Pinter: Plays 4 / Pinter, Harold. - London : Faber and Faber, 1996. - vol 4. - (FF Contemporary Classics)
PINTER, Harold, 1930- - Feliz aniversário / Harold Pinter ; trad. Artur Ramos e Jaime Salazar Sampaio ; [dir. lit.] Luiz Francisco Rebelo. - Lisboa : Prelo, 1967. - 128 p., [1] f.; 19 cm
PINTER, Harold, 1930- - O monta-cargas / Harold Pinter ; trad. Luís de Sttau Monteiro. - Lisboa : Tempo, D.L. 1962. - 38, [2] p.; 20 cm. - (Tempo de teatro ; 3)
PINTER, Harold, 1930- - Teatro II / Harold Pinter ; trad. Jorge Silva Melo...[et al.]. - Lisboa : Relógio D'Água, 2002. - 279, [2] p. - (Teatro)
PINTER, Harold, 1930- - Teatro / Harold Pinter ; trad. Pedro Marques... [et al.]. - Lisboa : Relógio d'Água, D.L. 2002-. - v.; 21 cm. - (Teatro)
PINTER, Harold - Teatro I e II / Harold Pinter. - 2ª ed.. - Lisboa : Relógio d'Água Editores, 2005. - 2 vol. ; 21 cm
PINTER, Harold - Guerra = War / Harold Pinter ; trad. Pedro Marques, Jorge Silva Melo, Francisco Frazão. - 2ª ed. - Vila Nova de Famalicão : Quasi Edições, 2005. - 19, [6], 19, [2] pag. converg. ; 20 cm. - (O barco ébrio ; 6)
PINTER, Harold - A Teia / Harold Pinter. - [Lisboa] : Edições Dinossauro , 2006. - 55 p.; 21 cm
PINTER, Harold - Harold Pinter - Plays Four. - Londres : Faber and Faber, 1996. - 456
PINTER, Harold - Teatro I / Harold Pinter. - Lisboa : Relógia D'Água, 2002